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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR Me. Flávio Joaquim Fronza Aluno:Carine Leticia Saffier 2a fase de Direito Texto 1 - BUROCRATAS CEGOS A decisão, na sexta-feira, da juíza Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, da 7a Vara Federal do Rio, determinando que a Light e a Cerj também paguem bônus aos consumidores de energia que reduziram o consumo entre 100 kWh e 200 kWh fez justiça. A liminar vale para todos os brasileiros. Quando o Governo se lançou nessa difícil tarefa do racionamento, não contou com tamanha solidariedade dos consumidores. Por isso, deixou essa questão dos bônus em suspenso. Preocupada com os recursos que o Governo federal terá que desembolsar com os prêmios, a Câmara de Gestão da Crise de Energia tem evitado encarar essa questão, muito embora o próprio presidente da República já tenha dito que o bônus será pago. Decididamente, os consumidores não precisavam ter lançado mão da Justiça para poder ter a garantia desse direito. Infelizmente, o permanente desrespeito ao contribuinte ainda faz parte da cultura dos burocratas brasileiros. Estão constantemente preocupados em preservar a máquina do Estado. Jamais pensam na sociedade e nos cidadãos. Agem como se logo mais na frente não precisassem da população para vencer as barreiras de mais essa crise. (Editorial do Jornal “O Dia”) 1) De acordo com o texto: a) a juíza expediu a liminar porque as companhias de energia elétrica se negaram a pagar os bônus aos consumidores. b) a liminar fez justiça a todos os tipos de consumidores. c) a Light e a Cerj ficarão desobrigadas de pagar os bônus se o Governo fizer a sua parte. d) o excepcional retorno dado pelos consumidores de energia tomou de surpresa o Governo. e) o Governo pagará os bônus, desde que as companhias de energia elétrica também o façam. 2) Só não se depreende do texto que: a) os burocratas brasileiros desrespeitam sistematicamente o contribuinte. b) o governo não se preparou para o pagamento dos bônus. c) o chefe do executivo federal garante que os consumidores receberão o pagamento dos bônus. d) a Câmara de Gestão está preocupada com os gastos que terá o Governo com o pagamento dos bônus. e) a única forma de os consumidores receberem o pagamento dos bônus é apelando para a Justiça. Texto 2 3) A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo. b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados. c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados. d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos. e) são pessoas sensatas e coerentes em seus julgamentos. Texto 3 TOLERÂNCIA Quando o mundo se torna violento, buscamos uma explicação em que a compreensão se expresse em atos e palavras. Mas como explicar a tortura, o assassinato, a censura, o imperialismo ou o terrorismo, ferramentas favoritas dos repressores que querem evitar qualquer opinião divergente? Histórias recentes da América Latina, da Europa e do Oriente Médio comprovam tais fatos: é o caso de Cuba de Castro, do Peru de Fujimori e dos radicalismos políticos, de triste memória, da Argentina e do Brasil; é a incompreensão de protestantes e católicos, na Irlanda; é a questão entre judeus e palestinos, que faz sangrar a Terra Santa. O fanatismo defensor de uma verdade aceita como única não é patrimônio exclusivo das ditaduras. Hoje os fundamentalismos religiosos, misturados a frustrações econômicas e sociais, são a expressão patológica de uma quebra de equilíbrio do universo. Como, então, enfrentá-los? Não há melhor antídoto contra a conduta intolerante que a liberdade, consequência da pluralidade, que consiste em defender ideias próprias, mas aceitando que o outro possa ter razão. Precisamos reconhecer velhas verdades: a violência gera violência; todo poder é abusivo; o fanatismo é inimigo da razão; todas as vidas são preciosas; a guerra jamais é gloriosa, exceto para os vencedores que creem que Deus está ao lado dos grandes exércitos. A solidariedade e a tolerância democrática, inexistentes no nosso tempo, implicam uma revolução em nossas mentalidades e na aceitação do que percebemos como diferentes, para se configurar uma sociedade multicultural. Esses são os desafios éticos que deveríamos enfrentar, sem a arrogância dos países desenvolvidos e sem a marginalização dos subdesenvolvidos, afundados na miséria e na fome. (Carlos Alberto Rabaça) 4) Com base nas ideias contidas no texto, pode-se afirmar que: a) só as ditaduras aceitam uma verdade tida como única. b) o fundamentalismo religioso não colabora com a queda do equilíbrio universal. c) nada pode combater a intolerância de nossos dias. d) tudo pode ser explicado, inclusive a intolerância. e) o mundo atual não tem solidariedade e tolerância democrática. 5) Segundo o texto, ser livre é: a) fazer o que se quer. b) valorizar as suas ideias, em detrimento das dos outros. c) ter suas ideias e admitir as dos outros. d) viver intensamente. e) não se preocupar com a intolerância do mundo. Texto 4 LÓGICA DA VINGANÇA No nosso cotidiano, estamos tão envolvidos com a violência, que tendemos a acreditar que o mundo nunca foi tão violento como agora: pelo que nos contam nossos pais e outras pessoas mais velhas, há dez, vinte ou trinta anos, a vida era mais segura, certos valores eram mais respeitados e cada coisa parecia ter o seu lugar. Essa percepção pode ser correta, mas precisamos pensar nas diversas dimensões em que pode ser interpretada. Se ampliarmos o tempo histórico, por exemplo, ela poderá se mostrar incorreta. Em um dos volumes da coleção História da vida privada, Michel Rouché afirma, em seu artigo sobre a criminalidade na Alta Idade Média (por volta do século VI), que, se fôssemos comparar o número de assassinatos que ocorriam naquele período, proporcionalmente à população mundial de então, com o dos dias atuais, veríamos que antes eles eram bem mais comuns do que são agora. Segundo esse autor, naquela época, “cada qual via a justiça em sua própria vontade”, e o ato de matar não era reprovado - era até visto como sinal de virilidade: a agressividade era uma característica cultivada pelos homens, fazia parte de sua educação. O autor afirma, ainda, que torturas e assassinatos, bastante comuns naqueles tempos, ocorriam em grande parte por vingança: “Cometido um assassinato, a linhagem da vítima tinha o imperioso dever religioso de vingar essa morte, fosse no culpado, fosse num membro da parentela”. Realizada a vingança e assassinado o culpado da primeira morte, a mesma lógica passava a valer para parentes deste, que deveriam vingá-lo, criando assim uma interminável cadeia de vinganças, que podia estender-se por várias gerações. (A. Buoro/R Schilling/H. Singer/M. Soares) 6) Deduz-se do texto que: a) a violência estápresente em todas as épocas. b) a vingança era legal antigamente. c) antigamente a vida era menos segura. d) devemos fazer justiça com as próprias mãos. e) antigamente não havia leis contra a violência. 7) O autor citado no texto diz que os assassinatos eram bem mais comuns na época antiga do que agora, mas isto só pode ser afirmado: a) porque naquela época não havia estatísticas de registro de crimes. b) levando-se em consideração a proporção populacional das duas épocas. c) porque hoje não é mais aceita a lógica da vingança. d) se acreditarmos no que nos dizem os mais velhos. e) considerando-se que a população antiga era mais violenta que a atual. 8) “...o ato de matar não era reprovado...” equivale a: a) o ato de matar não tinha aprovação. b) merecia reprovação o ato de matar. c) o ato de matar não era aprovado. d) sofria reprovação o ato de matar. e) não havia reprovação para o ato de matar. 9) O gráfico apresenta a distribuição de vítimas de trânsito no mês de julho de 2013, segundo o tipo de usuário da via pública em uma determinada cidade brasileira. O grupo que corresponde a 2/5 do total de vítimas é o de: a) passageiro de carro. b) condutor de carro. c) passageiro de moto. d) pedestre. e) condutor de moto. 10) O gráfico compara o número de homicídios por grupo de 100.000 habitantes entre 1995 e 1998 nos EUA, em estados com e sem pena de morte. Com base no gráfico, pode-se afirmar que: a) a taxa de homicídios cresceu apenas nos estados sem pena de morte. b) nos estados com pena de morte a taxa de homicídios é menor que nos estados sem pena de morte. c) no período considerado, os estados com pena de morte apresentaram taxas maiores de homicídios. d) entre 1996 e 1997, a taxa de homicídios permaneceu estável nos estados com pena de morte. e) a taxa de homicídios nos estados com pena de morte caiu pela metade no período considerado. GABARITO: 1 – D 6 – A 2 – E 7 – B 3 – C 8 – E 4 – E 9 – E 5 – C 10 – C
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