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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Ana Carolina Rios Simoni PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO I LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS • Entender a relação mente x comportamento humano • Aprender a lidar com pessoas no ambiente de trabalho • Compreender as necessidades das pessoas/clientes para empreender • Manejar problemas de relacionamento • Mapear perfis de comportamento • Mensurar comportamento • Formar times a partir da seleção de perfis • Pessoas certas nos lugares certos Tempos Modernos (1936) https://www.youtube.com/watch?v=3tL3E5fIZis https://www.youtube.com/watch?v=3tL3E5fIZis Administração científica e Psicologia Industrial • analisar atentamente cada trabalho, para otimizar a execução das tarefas; • estudar os funcionários para descobrir quais características pessoais são importantes e contratar de acordo com as características relacionadas ao desempenho no trabalho (o homem certo no lugar certo); • treinamento para executar tarefas com eficácia e eficiência; • recompensar os funcionários pela produtividade para incentivar a melhoria do desempenho; • foco na produtividade. Desenvolvimento do campo de estudos • a Psicologia Industrial e do trabalho se desenvolveu, inicialmente, externa ao meio acadêmico; • após a II Guerra Mundial o campo se ampliou e se consolidou; • treinamento, seleção, recrutamento, avaliação de desempenho; • novos processos de trabalho emergem, nos quais o controle do tempo e a produção em série e de massa são substituídos pela flexibilização da produção; • novos padrões de busca de produtividade. Fases da Psicologia do Trabalho Primeiro tempo • Psicologia Industrial focada na seleção de pessoal e colocação profissional; • testes psicológicos objetivando ajustar as pessoas aos postos de trabalho (MÜNSTERBERG, 1913) • engeneering psychology, projetar equipamentos condizentes às capacidades e limitações dos operadores humanos. Concepção de homem • incapaz de autocontrole e de autodisciplina; • emoções humanas como irracionais; • objetivos individuais em geral se opõem aos objetivos da organização, demandando estratégias de controle; • sentimentos e características imprevisíveis devem ser neutralizados e controlados; • funcionário deve ser estimulado por incentivos externos; • agente passivo que precisa ser administrado, motivado e controlado pela organização. Fases da Psicologia do Trabalho Segundo Tempo • Psicologia Organizacional e ampliação do objeto de estudo: dos postos de trabalho para as estruturas da organização; • não houve ruptura radical com a Psicologia da indústria, persiste o foco na produtividade; • continuam os estudos sobre treinamento, não só como capacitação para a tarefa, mas também como desenvolvimento de Recursos Humanos; • estudos de motivação com base nas teorias comportamentais e da motivação; • maximiza-se a influência do ambiente no comportamento humano e minimizam-se as influências intrapsíquicas, reduzindo-as ao âmbito da satisfação. Concepção de homem • capaz de exercitar a auto-direção e o autocontrole • aprende não só a aceitar, mas também a procurar responsabilidade, sob determinadas condições; • capaz de imaginação e engenhosidade na solução de problemas no trabalho; • satisfação das necessidades do ego ou de auto- realização; • controlar condições para que o trabalho seja fonte de satisfação e não de punição; Fases da Psicologia do Trabalho Terceiro Tempo • contempla a concepção japonesa de administração • estudar os efeitos do ambiente e da tecnologia no contexto da organização do trabalho • produtividade é mais questão de administração de pessoas do que de tecnologia • relações sociais e a organização informal dos trabalhadores são fatores chave para a produtividade • gerenciamento humano fundamentado em filosofia e cultura organizacionais • visão cooperativa associada à confiança Concepção de Homem • administração proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam, por si próprias, na relação com o trabalho; • capaz de participar e construir coletivamente a organização. Fases da Psicologia do Trabalho Quarto Tempo • Fase psicossociológica - aumento do campo de visão do pesquisador da área • organização funciona como uma comunidade humana em estreita vinculação e participação • visão de políticas organizacionais, voltam a atenção para as questões de poder, conflitos e seus reguladores, não mais como funções ou sistemas • questões relacionadas ao ‘clima organizacional’, ‘cultura organizacional’, ‘desenvolvimento organizacional’ • ênfase na saúde mental do homem que trabalha e as dimensões esquecidas como o significado e as relações de trabalho Concepção de Homem • Interação entre indivíduo, grupos e organizações no trabalho • aprendizagem como processo intrínseco às relações humanas; • capaz de participar e construir coletivamente a organização; • senso de responsabilidade comunitária como base para a cultura organizacional. Sistematização do Comportamento Organizacional ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall. 2002. Operadores teóricos • Comportamento micro-organizacional estuda o comportamento individual nas organizações – personalidade, habilidades, motivação, satisfação (exemplos: pontualidade, participação em atividades, iniciativa, prontidão, desempenho); • Comportamento meso-organizacional procura compreender o comportamento das pessoas em equipes e grupos (exemplos: liderança, socialização, comunicação, cooperação, competição, empatia, poder); • Comportamento macro-organizacional diz respeito ao comportamento da organização como um todo (exemplo: ambiente, clima e cultura organizacional). Consequências Metodológicas • As perspectivas teóricas de compreensão do comportamento humano nas organizações têm implicações para os modelos de gestão (de pessoas e estratégica); • Gestão de pessoas - maneira de organizar e gerenciar o comportamento humano no trabalho; • Gestão Estratégica - metodologia de gestão que visa a conduzir a organização a seus objetivos a longo prazo, através de planejamento estratégico, execução e controle de processo e resultados. Compreender o comportamento humano nas organizações para que? – questão ética • para o bom desempenho das organizações; • seleção-recrutamento-treinamento – “o homem certo para o lugar certo” não existe a apriori; • lidar com os grupos, com as condições e relações de trabalho e com processos de tomada de decisão; • demanda por promoção da qualidade de vida no ambiente laboral (formas contemporâneas de organização, competitividade intra e interequipes, mecanismos sutis de controle, a sobrecarga de trabalho resultante da precarização, prejuízos à produtividade e à satisfação no trabalho); • gerir equipes multidisciplinares. Contato: anacarolrs@hotmail.com
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