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Módulo I O QUE É ENGAJAMENTO? ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Lição 2 – A experiência do Flow e sua relação com o engajamento 3 Mihaly Csikszentmihalyi, psicólogo de nome difícil de ler e de pronunciar e dono de uma mente inquieta, fazia-se a pergunta: Em suas pesquisas, chegou à conclusão de que, definitivamente, não era o dinheiro! Descobriu que as pessoas que se consideravam felizes eram as que conseguiam encontrar prazer e satisfação naquilo que faziam. Seguindo por esse caminho, tendo como base os dados coletados com os voluntários da pesquisa, Mihaly chegou ao conceito de “Flow”, cuja tradução é fluxo. O que faz as pessoas felizes? 1. Introdução 4 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Mihaly dedicou mais de 40 anos aos estudos da psicologia na busca pela resposta a essa pergunta. Ele estudou nos Estados Unidos e lá, entre os anos de 1956 e 1998, fez um comparativo entre o aumento da renda e a porcentagem de pessoas que se diziam realmente felizes. Durante todo esse período, cerca de 30% das pessoas pesquisadas diziam-se realmente felizes; embora, com o passar dos anos, tenha aumentado significativamente o conforto das pessoas, em consequência do aumento da renda e das tecnologias. No geral, a vida das pessoas mudou. O número delas que se diziam felizes, não! Os dados da pesquisa demonstraram que a ausência de recursos financeiros pode afetar negativamente a felicidade. Entretanto, o aumento de tais recursos e o consequente bem-estar por eles proporcionado não implica em aumento da felicidade. E o que vem a ser o Flow? 5 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Sim, essa pergunta foi o guia de Mihaly durante 40 anos de pesquisa! Inicialmente, ele entrevistou artistas e fez teste com eles. E foi justamente um desses artistas que colaborou para construção do conceito quando, ao descrever sua experiência com sua atividade, disse que conseguia sentir-se em estado de êxtase quando pintava, que “tudo fluía” quando fazia seu trabalho. Partindo dessa experiência individual, mais de 8000 pessoas espalhadas pelo mundo, de diversas classes sociais, profissões, religiões, regiões e culturas, foram objeto de uma pesquisa que monitorou a vida delas. O objetivo da investigação era coletar dados que respondessem à questão sobre a felicidade. Então, o que faz com que nos sintamos felizes em nossa vida cotidiana? 6 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO A missão dos pesquisados era, no decorrer de seus dias, informar os momentos em que eles conseguiam entrar em estado de êxtase ao realizar qualquer atividade cotidiana e rotineira. Eram questionados sobre o que estavam fazendo, o que pensavam, onde estavam e até mesmo como se sentiam em relação às suas habilidades em realizar a tarefa que estavam executando. Os estudos levaram à seguinte conclusão: Quando fizemos esses estudos com outros colegas do mundo inteiro, mais de 8 mil pesquisas com pessoas, entrevistamos de frades dominicanos a freiras cegas; de guias do Himalaia a pastores Navajo, pessoas que amam o que fazem. E independente da cultura e do nível de educação ou qualquer outra coisa, existem estas sete condições que parecem estar presentes quando a pessoa tem fluidez. Há um foco que, uma vez tornando-se intenso, leva a um tipo de êxtase e clareza, de saber exatamente o que se quer fazer em cada pequeno momento, e se obtém feedback imediato. Você sabe que o que tem que ser feito é possível fazer, apesar das dificuldades, e o sentido de tempo desaparece. Você esquece de você mesmo e se sente parte de algo maior. E uma vez que essas condições estão presentes, o que você fizer se torna valioso por si mesmo. (CSIKSZENTMIHALYI, 2004) 7 2. Condições e características do estado de Flow O estado de Flow, na síntese feita pelo pesquisador brasileiro Helder Kamei, “é um estado de excelência caracterizado por alta motivação, alta concentração, alta energia e alto desempenho, por isso também chamado de experiência máxima ou experiência ótima. As experiências de Flow muitas vezes são lembradas como os momentos mais felizes da vida da pessoa, em que ela se sentiu no seu melhor.” Existem algumas condições e caraterísticas que estão presentes quando a pessoa vive a experiência de Flow, conforme disse Mihaly. Vamos a elas: Condições e características: • Clareza e Feedback: Devem existir metas claras e haver retorno imediato pela própria atividade. É aquela sensação de quando você termina algo, vê o resultado e diz: “ficou ótimo!”. É o sentimento de que você é realmente bom no que faz; 8 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Habilidades: Há equilíbrio entre desafios e habilidades, ou seja, entre as atividades que você tem que fazer e suas reais condições de realizá-las; Foco e concentração: O envolvimento com a atividade é tão grande que você é absorvido por ela; Êxtase: Um sentimento de saltar para fora da realidade do cotidiano; Crescimento: Não existem preocupações e sim a sensação de estar crescendo. Você quer a excelência naquilo que faz; Noção de tempo: A absorção pela atividade desloca a noção de tempo, de maneira que as horas passam sem serem notadas; Motivação guiada por fatores intrínsecos: É quando você vivencia uma experiência “autotélica”, que nada mais é do que a busca por uma satisfação, sem expectativa de benefício futuro. Não é algo do tipo “se eu fizer, eu ganho”. A atividade é um fim em si mesma e tem sentido para você. 9 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Importante: Não é necessário que todas as características do estado de Flow estejam presentes simultaneamente para que ele aconteça. Reproduzimos ao lado o gráfico utilizado por Mihaly, que demonstra as várias experiências que antecedem a experiência de Flow. Observe-o com atenção. O gráfico demonstra exatamente o que terá real importância para nós em nossa jornada de engajamento: a relação habilidades x desafios. Observe a linha azul. Ela aponta a existência de alto nível de desafios e também de habilidades, com a interseção das linhas se dando no campo do Flow. Por outro lado, veja a linha vermelha. Quando temos baixa habilidade, combinada a baixo nível de desafios, certamente a pessoa estará em estado de apatia. A combinação entre níveis de habilidades e desafios será condicionante à existência da experiência de Flow. Tédio Fluxo Exaltação Ansiedade Preocupação Apatia Controle Altas Altos Baixos Habilidades D e s a fi o s 10 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO 11 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Bem, antes de prosseguirmos com o conteúdo, sugerimos que pare por alguns minutos e faça o seguinte exercício: Se precisar revisar o conceito de Flow, preparamos um infográfico que irá ajudar. Clique na imagem ao lado para vê-lo. Busque em sua memória algum momento no qual tenha experimentado o Flow ou tenha estado próximo dele. 12 3. A relação Flow x Engajamento Vamos iniciar nossa conversa tratando dos três elementos essenciais e indissociáveis à experiência de Flow no mundo corporativo: Autonomia Excelência Propósito Continuemos, em nossa mente, com aquelas memórias do exercício que solicitamos que fosse realizado individualmente. A partir dessa lembrança da atividade, na qual você mergulhou e vivenciou a experiência do Flow, você percebeu que, provavelmente: 1º Havia autonomia para realização da atividade: Você não estava cercado de rígidos controles; pelo contrário, 13 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO havia feedback constante e informações significativas para sua execução; Não trabalhava contando o tempo e sim pelo resultado que deveria ser entregue; Teve condições de escolher a melhor técnica a ser utilizada; Conseguiu engajar-se numa atividade em equipe, mesmo não podendo escolher os integrantes do time. 2º Havia umarelação entre aquilo que deveria ser feito e o que poderia fazer: Isso leva naturalmente à busca pela excelência, pois esse sentimento de significância em relação ao que estava sendo feito produziu foco e concentração na busca por um resultado e pela satisfação em entregar o melhor de si. 3º Existia propósito: Aquilo que produzia, de alguma maneira estava conectado a algo mais importante do que o impulso egoísta de ter uma recompensa particular. Autonomia, excelência e propósito são três dimensões sem as quais não é possível experimentar o estado de Flow no cotidiano e no trabalho. 14 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Rogério Cher, consultor e conferencista, afirma que “estar engajado é seguir mais adiante, ir além do esperado com persistência e resistência às adversidades. É sentir-se altamente comprometido. É não perceber o tempo passar ao se entregar com foco e atenção ao que fazemos. É experimentar uma forte identidade com o desafio, quando ele e você se tornam uma coisa só. É ver-se como parte de uma história significativa, que você está escrevendo no todo ou em parte. É enxergar essa história agora acontecendo em sua vida.” Estar engajado é, portanto, um estado emocional. Dessa forma, nós não pensamos o engajamento, nós o sentimos! 15 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Caso necessário, releia e observe como a definição de engajamento, de Chér, está diretamente ligada à experiência de Flow: Enfim, para estar engajado é necessário que você viva essa experiência e descubra quais são os elementos que o levam a esse estado. Daí a importância da autoconsciência, principalmente pelo fato de que o sistema operacional Motivação 3.0 é um sistema maximizador de propósitos, pois busca significado naquilo que fazemos, para que exista satisfação e felicidade. Não perceber o tempo passar; Ter identidade com o desafio; e Possuir alto compromisso com a atividade. 16 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Só a autoconsciência poderá responder a essas perguntas. Então, é hora de parar para ouvir sua voz interior e trilhar o caminho para uma vida de satisfação pessoal e profissional. Só assim, seu trabalho terá significado. Pense nisso! • Você tem conseguido se conectar com objetivos maiores? • Vê significado no seu trabalho? • Já parou para pensar qual é o seu propósito? • E o propósito da organização em que trabalha, você sabe qual é? Diante disso, eis algumas perguntas para você refletir: 17 4. Propósito: a mola propulsora do engajamento Durante o caminho até aqui, viemos falando de propósito e há pouco você se perguntou “qual é o meu?” Para entendermos o motivo de o propósito nos remeter ao engajamento, vamos fazer algumas reflexões sobre os temas abaixo: 1. Vocação Falar de vocação é retomarmos o tema autoconsciência. Vocação está diretamente relacionada com propósito. Não é fácil obter resposta à pergunta “Qual é o meu propósito?”. 18 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Mesmo assim, não podemos fugir dessa etapa da jornada. E pensar nisso requer compreender que tudo o que impacta sua vida, também impacta sua carreira, pois tudo está integrado. Engajar-se consigo mesmo, com sua história, valores e propósitos: essa é a missão! Só depois disso será possível se engajar com algo ou alguém. E mais importante do que encontrar o propósito é colocar-se em busca dele. Você pode começar por descobrir quais são os seus talentos. Mapeie quais são aquelas atividades que consegue realizar quase que perfeitamente nas repetidas vezes em que a executa. Tenha consciência de quais são as técnicas e habilidades que você consegue dominar no ponto próximo à excelência. E por que próximo à excelência e não no nível da excelência? Somos sempre exigentes conosco, de modo que, quando você descobrir e mapear seus talentos, seu nível de exigência consigo mesmo será maior a cada vez que realizar a mesma atividade. A busca pela excelência torna-se um ciclo de melhoria contínua. 19 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Pense em quantos talentos possui e quantos são seus pontos fracos ou pontos de melhoria. Passamos a maior parte de nossas vidas, dentro e fora do mundo corporativo, ouvindo que devemos focar no desenvolvimento de nossos pontos fracos e transformá-los em pontos fortes. Mas, o que é mais produtivo, desenvolver seus talentos ou a insistência nos vários pontos fracos? Não estamos lhe dizendo para negligenciar seus pontos fracos, pois é necessário corrigirmos o desempenho abaixo do esperado, mas sim para dispensar mais energia no aperfeiçoamento de seus talentos. É através deles que será possível experienciar o Flow, tornando seu trabalho mais significativo. 20 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Pensar sobre propósito passa por alguns pontos, tais como: Sua história de vida, sua herança familiar e cultural, suas origens; Seus modelos e referências e como eles inspiram você; Sua facilidade em aprender certas coisas e dificuldade em outras, que estão relacionadas aos seus talentos e, como vimos, é o caminho para a busca de seu propósito; O como você se relaciona consigo mesmo. Atividades do tipo: “tenho um espaço só meu onde eu possa me retirar do mundo e refletir, parar um pouco e falar comigo mesmo?” podem ser de grande valia; Como sua personalidade, valores, história de vida e crenças Suas experiências de Flow; e Sua espiritualidade, já que muitos buscam na fé um propósito para a sua vida. 21 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Os tópicos vistos são algumas das muitas reflexões que podem ser realizadas, com o intuito de ampliar a autoconsciência a ponto de ser um guia no caminho pela busca de propósito. 2. Causa ou missão Você tem plena consciência do motivo pelo qual faz o trabalho que faz? Sabe qual é a sua importância dentro de um contexto maior, que é a missão da empresa? Você consegue se conectar com isso? Vê significado nessa missão? Considere refletir sobre suas respostas e o impacto delas sobre sua vida e sua carreira. 22 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO 3. Contribuição Está diretamente relacionada com missão, visão e valores. Ter consciência de como você contribui com a missão, praticando os valores e identificado seu propósito com a causa de seu trabalho, promove significado à sua atividade e é ponto chave para o engajamento. 4. Relacionamento Tenha relacionamentos significativos, agindo de maneira a propiciar a existência de um ambiente onde haja confiança, camaradagem, cooperação e aprendizagem coletiva. Isso está diretamente relacionado à autogestão, elemento da autoconsciência que diz respeito ao controle que temos sobre nossos pensamentos, emoções e sentimentos e que afeta as pessoas à nossa volta. 23 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO 5. Domínio Consciente de seus talentos como pontos fortes, você se desenvolve e chega ao ponto que exerce domínio total sobre as atividades que executa. O que vai acontecer? Lembra-se do gráfico do Flow? Voltemos a ele. Quando existe alto desafio, aliado a altas habilidades, temos um caminho que leva você ao fluxo. Tédio Fluxo Exaltação Ansiedade Preocupação Apatia Controle Altas Altos Baixos(as) Habilidades D e s a fi o s 24 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Mas o que acontece quando você se desenvolve e começa a não ver mais aquela atividade como desafiadora? Vamos traçar uma nova linha no gráfico. Quando a atividade deixa de ser desafiadora, você entrará no campo “controle” (linha azul) e com o passar do tempo pode entrar no nível do relaxamento, chegando até ao tédio ou à apatia. Tédio Fluxo Exaltação Ansiedade Preocupação Apatia Controle Altas Altos Baixos(as) Habilidades D e s a fi o s Como evitar que isso aconteça? 25 ENGAJAMENTO — MÓDULO II— O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO Imponha-se sempre novos desafios, seja para desenvolver seus talentos e pontos fortes, seja na busca da melhoria dos pontos que se apresentam como fracos. Estamos chegando ao final do módulo II, no qual falamos de nossa jornada individual em busca do engajamento. No módulo seguinte, vamos saltar do “Eu” para o “Nós”. Considere iniciar sua jornada de autoconhecimento em busca de seu propósito, pois somente líderes engajados e com propósito conseguem engajar suas equipes! 26 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO SUGESTÕES DE LEITURA: Livro: CHÉR, Rogério. Engajamento: melhores práticas de liderança, cultura organizacional e felicidade no trabalho. Rio de Janeiro: Altas Books, 2010. Palestras em vídeo: ARIELY, Dan. O que nos faz sentir bem em nosso trabalho? Disponível em: https://www.ted.com/talks/dan_ariely_what_makes_us_feel_good_about_our_work/transcript?l anguage=pt-br CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. O que faz a vida valer a pena? Disponível em: https://www.ted.com/talks/mihaly_csikszentmihalyi_on_flow?language=pt-br#t-972870 PINK, Daniel. Dan Pink e a surpreendente ciência da motivação. Disponível em: https://www.ted.com/talks/dan_pink_on_motivation/transcript?language=pt-br https://www.ted.com/talks/dan_ariely_what_makes_us_feel_good_about_our_work/transcript?language=pt-br https://www.ted.com/talks/mihaly_csikszentmihalyi_on_flow?language=pt-br#t-972870 https://www.ted.com/talks/dan_pink_on_motivation/transcript?language=pt-br 27 ENGAJAMENTO — MÓDULO II — O ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO RESOLVE Coaching. Mude seu modelo mental em 5 minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NOkPy_e2fPM SELIGMAN, Martin. Psicologia positiva. Disponível em: https://www.ted.com/talks/martin_seligman_on_the_state_of_psychology?language=pt-br#t- 1230231 https://www.youtube.com/watch?v=NOkPy_e2fPM https://www.ted.com/talks/martin_seligman_on_the_state_of_psychology?language=pt-br#t-1230231 Final do módulo II
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