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Teoria Geral Do Processo

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1. Processo Civil
O direito processual é um dos ramos das ciências jurídicas, é uma das áreas do direito público que estabelece as normas que disciplinam o exercício do poder estatal na prestação jurisdicional, que poderá ser conflituosa ou não.
1.1. Origem das normas processuais:
É importante frisar, as primeiras normas não eram propriamente de direito processual, mas de direito material.
a) Ordenação do reino (ordenações Filipinas de 1603)
b) Regulamento n° 737 de 1850
c) Consolidações das leis de processo civil de 1876 (consolidação ribas)
d) Código de processo civil de 1939
e) Código de processo civil de 1973
f) Código de processo civil de 2015
1.2. O objeto do direito processual civil:
O objeto do direito processual civil é o processo. A relação jurídica processual desencadeada por uma pretensão resistida. Sobre esta significa dizer: a partir do momento que houver uma lesão ou perigo de lesão, surge o direito a pretensão (direito subjetivo). 
1.3. Aplicabilidade do processo civil 
O código de processo civil é hábil a reger questões de direito privado, direito público, além de eleitoral, militar e trabalhista, garantido elementos formadores do devido processo legal.
Art. 15 do CPC. “Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
 1.4. Estudo do direito processual civil
· Normas fundamentais do processo civil 
As Normas fundamentais ou também denominadas “princípios processuais” estão arrolados no CPC, do art. 1ª ao art. 11. 
· Jurisdição:
Poder, dever, função do Estado para resolução de um conflito de interesses.
· Ação:
Direito autônomo, imaterial, subjetivo de provocar a tutela jurisdicional do Estado.
· Processo
Instrumento de realização da função jurisdicional. 
1.5. Normas fundamentais do Processo:
a) Art. 1º do CPC. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil , observando-se as disposições deste Código.
· O art. 1ª mostra que as normas processuais devem ser interpretadas de acordo com com a constituição, bem como as normas supralegais, portanto, uma constitucionalização do processo.
b) Art. 2º do CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
· Neste artigo está contido o princípio da inércia, ou seja, o Judiciário precisa ser provocado para que a jurisdição seja exercida, aqui se percebe, também, o direito subjetivo da ação, a parte tem um direito privado e disponível e pode requerer a reparação de eventual dano sofrido.
A parte pode ou não requerer a tutela jurisdicional, todavia, se provocar, a forma que o processo irá se desenvolver é da forma prescrita em lei, portanto, extrai-se o princípio inquisitivo (ou princípio do impulso oficial)
c) Art. 3º do CPC. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Art. 5º da CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
· Este artigo está de acordo com o texto constitucional, no artigo 5°, inciso XXXV, de ambos os dispositivos podemos extrair o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, que está intrinsecamente ligado ao princípio do acesso à justiça. Nos parágrafos podemos observar o princípio da secundariedade, pois a autocomposição é a forma preferencial de resolução do conflito, caso não ocorra a resolução do conflito, pelos meios alternativos, caberá então ao judiciário resolvê-lo. 
d) Art. 4º do CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
· Princípio da primazia da decisão de mérito. O princípio em evidência valoriza as decisões definitivas, descritas no art. 487 do CPC
Art. 487 do CPC. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332 , a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
· Princípio da duração razoável do processo
· Princípio da efetividade
e) Art. 5º do CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Isso não faz alusão somente às partes, mas a todos que de alguma forma participam da relação processual, ou seja, promotores, magistrados, advogados e etc. terão que se comporta de acordo com a boa-fé. Assim sendo, não podem cometer omissões relevantes ao processo, não podem, portanto, esconder provas ou praticar outros atos que não são ressalvados pelos bons costumes. Desta forma, depreende-se o princípio da boa-fé objetiva que é horizontal, ou seja, que uma parte tem para com a outra.
f) Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
· Podemos entender que o processo busca decisão de mérito justa e efetiva com a cooperação dos sujeitos do processo entre si, de tal artigo compreende-se o Princípio da Cooperação, neste existe o dever do juiz cooperar com as partes e estas com o juiz, logo o princípio da cooperação é vertical.
g) Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Podemos observar na leitura do artigo o princípio da isonomia, ou seja, as partes serão tratadas de forma igualitária, ao final do artigo diz: “... competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório".
O princípio do contraditório e da Ampla Defesa está expresso no artigo 5º, LV da CF/88, o texto legal diz: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Tal princípio deve ser entendido como a participação da parte dentro do processo para contraditar tudo aquilo que é alegado pela parte contrária, até mesmo o magistrado está sobre tutela deste, veja, quando o juiz profere a sentença a parte interessada pode, portanto, questionar as razões que levaram o magistrado a proferi-la e a ampla defesa nada mais é que a oportunidade que as partes têm de trazerem provas ao processo para se defenderam.
Art. 5º da CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
h) Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade,a publicidade e a eficiência.
A expressão ordenamento jurídico não remete somente às leis, mas, também, abarca qualquer tipo de norma ligada ao ordenamento (súmulas vinculantes; decretos e etc.) o artigo em questão diz aquilo que o juiz deverá observar na aplicação do ordenamento jurídico. O texto legal diz: ‘... o juiz atenderá os fins sociais e as exigências do bem comum”. A grosso modo pode-se pensar que o juiz dará aos litigantes um processo justo e, ainda, que os seus direitos serão protegidos por meio do processo. O artigo supramencionado também faz alusão a dignidade da pessoa humana e que deverá ser observado a proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, a publicidade e a eficiência. O princípios da legalidade, publicidade e da eficiência são derivados do direito administrativo. Sobre a legalidade pode-se dizer: o magistrado terá que aplicar a norma no caso concreto, isso afasta a possibilidade de o indivíduo julgar da maneira que quiser. Contudo existem casos que trazem exceção, quando por exemplo o magistrado julgar por equidade, mas até mesmo para julgar desse modo tem que estar expresso em lei. Na legalidade também pode se extrair o princípio do Devido Processo legal, ou seja, não haverá juízo de exceção, portanto, o magistrado julgará as partes de acordo com o estabelecido em lei. Por sua vez o princípio da publicidade revela que os julgados do judiciário são públicos, pois a sociedade tem o direito de conhecê-los, porém, se o processo em questão tem a quebra de sigilo bancário ou é tutelado pelo ECA por exemplo, tramitará em segredo de justiça. A eficiência busca a melhor satisfação possível para os envolvidos naquele processo em um grau mínimo de tempo pois a jurisdição é um serviço público, logo, ela tem que ser eficiente.
i) Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ;
III - à decisão prevista no art. 701 .
Da leitura do artigo supramencionado podemos extrair o princípio do Contraditório e da Ampla Defesa. Sobre a Ampla Defesa podemos dizer: a parte que está sendo acusa de algo e tem condições efetivas de se defender em juízo; sobre o Contraditório podemos reforçar aquilo descrito no artigo 7º a parte pode contraditar tudo aquilo dentro do processo; ambos os princípios como já dito estão amparados no artigo 5º, inciso LV do texto constitucional.
 
j) Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
Com a leitura do artigo podemos entender que o princípio da inércia está implícito no texto, pois o juiz não pode decidir sobre aquilo pelo qual não fora provocado. O magistrado pode ergue os olhos e percebe que algo está em falta no processo, porém, ele terá que se ater aos autos somente.
k) Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Este está ligado ao artigo 8º do CPC, pois em ambos falam a respeitos da publicidade do processo. Porém, este tal princípio não é absoluto, o parágrafo único do artigo traz uma exceção a regra, a possibilidade de o processo tramitar em segredo de justiça, em casos como esse somente as partes, ou seja, todos aqueles que fazem parte do processo terem o acesso a ele.
1.6. Jurisdição:
· conceito 01:
Um Poder; um dever, uma função. Poder do Estado-juiz de interferir na esfera jurídica dos jurisdicionados, aplicando norma jurídica oriunda da atividade de reconstrução interpretativa do texto legal à luz dos valores constitucionais e dos direitos fundamentais. Aquela ideia de juiz boca de lei está ultrapassada, portanto, não basta a ele falar somente, o juiz, mediante a atividade interpretativa da norma jurídica, tem o dever de falar e fazer cumprir o direito no caso concreto.
· conceito 02: 
Um poder, dever e, também, uma função do estado. Um poder de dizer e realizar o direito no caso concreto. Assim produz uma norma jurídica individualizada, entre as partes. O conceito de juiz boca de lei já está ultrapassado. Não há o que se falar em jurisdição se o estado apenas limitou-se a dizer o direito e não o realizar no caso concreto. Logo a jurisdição terá de ser efetiva.
 
1.6.1. Jurisdição Nacional:
(Art. 21 - 23 do CPC)
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
 Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
 Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
 Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
1.6.2. Cooperação internacional:
(Art. 26/27 do CPC)
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
 Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença estrangeira.
§ 3º Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica.
 Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
1.6.3. A homologaçãoda sentença estrangeira é feita pelo STJ.
Art. 105 da CF/88. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; 
“Exequatur é o documento que autoriza o cumprimento da carta rogatória (o cumpra-se)”.
DA HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E DA CONCESSÃO DO EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA
 Art. 960 do CPC. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.
§ 1º A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória.
§ 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3º A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
Art. 961. A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
§ 1º É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
§ 2º A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente.
§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira.
§ 4º Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade brasileira.
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 6º Na hipótese do § 5º, competirá a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em processo de sua competência.
Art. 962. É passível de execução a decisão estrangeira concessiva de medida de urgência.
§ 1º A execução no Brasil de decisão interlocutória estrangeira concessiva de medida de urgência dar-se-á por carta rogatória.
§ 2º A medida de urgência concedida sem audiência do réu poderá ser executada, desde que garantido o contraditório em momento posterior.
§ 3º O juízo sobre a urgência da medida compete exclusivamente à autoridade jurisdicional prolatora da decisão estrangeira.
§ 4º Quando dispensada a homologação para que a sentença estrangeira produza efeitos no Brasil, a decisão concessiva de medida de urgência dependerá, para produzir efeitos, de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz competente para dar-lhe cumprimento, dispensada a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão:
I - ser proferida por autoridade competente;
II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III - ser eficaz no país em que foi proferida;
IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado;
VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Parágrafo único. Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-ão os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2º .
Art. 964. Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.
Parágrafo único. O dispositivo também se aplica à concessão do exequatur à carta rogatória.
 Art. 965. O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento de decisão nacional.
Parágrafo único. O pedido de execução deverá ser instruído com cópia autenticada da decisão homologatória ou do exequatur , conforme o caso.
1.6.4. Modalidades de cooperação:
· Do Auxílio Direto:
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
 Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento.
 Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.
 Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.
· Da Carta Rogatória
 Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
1.6.5. Competência:
“Delimitação da função jurisdicional de cada órgão, definido por lei”.
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
 Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
 Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal , a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal , a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
 Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
· Princípios que regem a competência:
A) Juiz Natural:
Aquele dotado de investidura, ou seja, que já estava investidona função antes do conflito.
B) Perpetuação da competência: 
Art. 43 do CPC. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
· Critérios de determinação da competência:
Art. 44 do CPC. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal , a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
1.6.5.1. Competência Internacional:
Poderá ser exclusiva ou concorrente. (Veja competência internacional e interna).
1.6.5.2.Competência Interna: 
Territorial; matéria; funcional; valor da causa.
I. Função: 
É a função de qual órgão do judiciário responder a pretensão em questão?
II. Matéria:
Ou seja, é matéria de Justiça Federal? Justiça Especial (Especializada)? Comum? Penal?
III. Valor:
Dependendo do valor da causa a competência poderá ser modificada, como é o caso dos Juizados Especializados. (até 40 salários mínimos).
1.6.5.3. Da Modificação da Competência
A competência relativa pode ser modificada por critérios de conexão; continência; inércia das partes; vontade das partes, conforme previsão legal.
Art. 54 do CPC. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.
 
A) Conexão:
Art. 55 do CPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
01. Ex.: é caso de determinado indivíduo que entra com uma ação de danos morais em razão de uma lesão e posteriormente, em razão da mesma pretensão entra com uma ação de danos materiais. No situação ministrada a pouco, a causa de pedir é a mesma.
 02.Ex.: é o caso das ações locatícias, o autor entra com a ação de despejo e, posteriormente, diante do inadimplemento, entra com a ação de cobrança contra o mesmo réu da ação de despejo.
“Caso exista duas ações pendentes elas serão reunidas para serem julgadas pelo juiz prevento, “litispendência” é o nome desse fenômeno. Em caso de uma delas já houver sido sentenciada, serão reunidas, no entanto, apenas para sentenciar a pendente”.
B) Continência:
Art. 56 do CPC. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
01. Ex.: é o caso do credor que entra com uma ação de cobrança contra o seu devedor, pois este não satisfez o crédito de determinado mês, porém, em razão da ação em curso, o devedor, não satisfaz os demais créditos pendentes, tendo em vista isso, o credor entra com uma ação buscando a reparação total. Na situção narrada tem-se as mesmas partes, a mesma causa de pedir, todavia, o pedido de uma abrange o da outra.
· As ações serão reunidas para serem julgados por um único juiz, o prevento.
Art. 58 do CPC. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Art. 59 do CPC. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
· Faz-se importante lembrar a hipótese do art. 57 do mesmo diploma,veja o texto:
Art. 57 do CPC. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
C) Inércia das partes:
Art. 65 do CPC. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
“Portanto, nos termos do artigo em evidência, o momento exato para que o réu alegue a incompetência do juízo é na contestação”.
D) Vontade das partes:
Art. 47 do CPC. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
 Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
1.6.5.4. Incompetência:
“É a inexistência de adequação legítima entre o órgão e a atividade jurisdicional a desenvolver”. (Dinamarco)
· Lembrete:
· Vício insanável: Incompetência absoluta (Matéria; hierarquia)
· Vício sanável: Incompetência relativa (Território; Valor da causa) 
I. Momento de alegação do vício:
Art. 64 do CPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
 Art. 65 do CPC. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
II. A competência absoluta não poderá ser modificada, como regra geral. São as hipóteses de competência ‘Matéria’ e ‘hierarquia’.
· Matéria:
01. Ex.: um juiz da Vara criminal não poderá julgar uma ação indenizatória.
02. Ex.: um juiz militar não pode julgar uma causa que compete a justiça Civil. 
· Hierarquia:
01. Ex.: o Presidente da República tem foro privilegiado, não poderá ser julgado, por exemplo, por crime comum perante um tribunal de 1º grau.
02. Ex.: ação rescisória somente poderá ser demandada em 2º grau de jurisdição.
1.6.6. Características da Jurisdição:
A jurisdição é Una e Indivisível:
Art. 16 do NCPC: “A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste código”. 
Inafastabilidade do controle jurisdicional:
Art. 5ª, xxxv da CF/88 combinado com o art. 3ª do NCPC, tal característica está ligado ao acesso da justiça e a efetividade da jurisdição. (Lesão ou ameaça a direito não será afastado do judiciário) 
Art. 5ª, XXXV da CF/88: - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Art. 3º do CPC. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
· Autocomposição:(não pode ser confundido com autotutela). 
(Art. 3ª, parágrafo primeiro do NCPC)
Substitutividade:
A atividade jurisdicional substitui à vontade das partes pela vontade da lei, assim evita atos de autotutela. 
O estado avoca para si a responsabilidade e o dever de dizer e realizar o direito no caso concreto, substituindo assim, a vontade das partes.
Lembrete:
· O que são ações constitutivas necessárias?
Não existe outra possibilidade de realizar o negócio em questão a não ser pela função jurisdicional do estado, portanto, uma atuação necessária do estado,não há a substitutivdade da vontade das partes, o caso de um divórcio por exemplo, somente poderá ser feito por meio de um processo de divórcio, por exemplo.
Inércia:
O exercício desta atividade depende de provocação
A jurisdição é inerte. (Vê art. 2ª do NCPC)
Isso significa dizer que em regra o juiz não pode agir de ofício. 
· Vê princípio da demanda.
· Vê princípio da congruência.
(A decisão judicial não pode ser: “ultra petita”, “extra petita” ou “infra petita”, ou seja, não pode dá mais do que foi pedido, não pode dá coisa diversa do que foi pedido (o sujeito pede danos morais o juiz dá danos materiais) e,ainda, não pode dá menos do que foi pedido (tudo o que fora pedido pela parte o juiz deve apreciar). 
Quando o juiz dá uma decisão “ultra petita” (mais do que foi pedido) fere o princípio da inércia, da mesma forma uma sentença “extra petita”, a parte pede danos materiais e o juiz dá danos morais, agindo assim, quebra o princípio da inércia. 
O juiz não age de ofício, todavia existe uma exceção a regra, na atividade probatória o juiz poderá agir de ofício, portanto, percebe-se que o princípio da inércia não é absoluto. Tal percepção pode ser imputada a todos os princípios/características, eles não são absolutos. (Veja art. 370/371 do NCPC).
Lide:
É o conflito, uma pretensão resistida ou interesse qualificado. 
Conflito de interesse caracterizado por uma pretensão resistida ou insatisfatória.
Como já dito (vê princípio da inércia) não é absoluto. (Veja ações constitutivas necessárias).
Manifestação de poder:
A jurisdição revela a manifestação de poder do estado, ou seja, a jurisdição atua de forma imperativa, portanto, a decisão judicial deve ser cumprida.
O estado tem mecanismo para que manifeste seu poder de forma imperativa:
· Cumprimento de sentença
· De execução
· Formas de coação (para que o devedor cumpra a obrigação) (coação direta: penhora por exemplo; coação indireta por meio de fixação de astrentis) 
Além da jurisdição ser imperativa é inevitável, pois, após decisão da autoridade judiciária ser proferida o Réu não tem a faculdade, mas, sim, o dever de cumpri-la. (A jurisdição é exercida de modo imperativo e inevitável).
Secundariedade:
A jurisdição é secundária pelo fato de no campo primário está a própria parte, os envolvidos devem promover esforços para a resolução do seu conflito, em caso de insucesso, procurar-se-á a atividade jurisdicional. 
A autocomposição é a forma preferencial de resolução de conflito.
Atividade criativa:
Texto legal não se confunde com norma jurídica. Por meio da jurisdição se cria uma norma jurídica individualizada. A atividade interpretativa exercida pelo juiz no caso concreto será uma norma jurídica individualizada, valendo somente para aquelas partes da lide.
Definitividade:
A atividade jurisdicional promove a segurança jurídica por meio da coisa julgada.
Por meio da jurisdição, a questão levada ao judiciário poderá ser definitiva. (A jurisdição tem força de tornar indiscutível a aquela determinada lide, por meio da coisa julgada).
Terceiro imparcial (desinteresse):
Ligado à ideia de imparcialidade do órgão jurisdicional, equidistante. 
Extrai desse princípio que a jurisdição será exercida por um terceiro imparcial, este é o juiz.
(Como já dito outrora, vê princípio da inércia e lide, os princípios da jurisdição não são absolutos.) O terceiro imparcial existe, também, na arbitragem, na mediação, na conciliação, estas não atividades jurisdicionais. Analisará o processo a partir de as provas. (Art. 5º, XXXVII e LIII, CF/88)
Indeclinabilidade:
A jurisdição é poder, mas também dever. Logo o judiciário não pode declinar de sua função, isso é, não pode deixar de julgar. Independentemente se não houver lei regulando o ato. 
Art. 140 do NCPC:
“O juiz não se exime de decidir sob alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento do jurídico”.
Indelegabilidade:
A função jurisdicional é indelegável, logo o judiciário não poderá delegar as suas funções a outro detentor do poder estatal (Legislativo, Executivo). Contudo, tenha cuidado com tal afirmação. Com já fora dito há exceção à regra. Como ocorre no caso de o Legislativo julgar o crime de responsabilidade, isso é, a Câmara dos deputados dando o provimento e o Senado Federal julgado o acusado; o Executivo por sua vez, julgando administrativamente, contudo cabe recurso ao órgão judiciário.
Objetivos da Jurisdição
	P
	Pacificação Social
	A
	Afirmar o poder estatal
	D
	Dizer e realizar o direito
· Participação Social:
Por meio da jurisdição se busca a pacificação social. (Vê artigo 8ª do NCPC)
 
· Afirmar o poder estatal:
Por meio da função jurisdicional o estado afirmar e reafirmar o seu poder, isso é, o exercício do poderio estatal.
· Dizer e realizar o direito:
Dizer e realizar, através dos mecanismo estipulados em lei, o direito.
Princípios da Jurisdição:
Territorialidade:
A jurisdição é una, exercida em todo o território nacional, porém, por uma questão de funcionalidade existem regras de competência que limitam a função do poder jurisdicional. O judiciário por uma questão de funcionalidade se organiza por meio de vários órgãos, cada um deles com a sua respectiva competência e esta é a que configura o limite para o exercício da jurisdição.
Tal princípio impõe limite de julgamento aos órgãos do judiciário. 
Limite territorial de atuação
Limite de competência territorial para a sua atuação. (Um juiz da comarca de Guarulhos não, por exemplo, julgar sobre imóvel situado no município de São Paulo. 
Inevitabilidade
A atividade jurisdicional é de sujeição obrigatória pois não depende de acordo entre as partes. Mesmo que um Réu seja revel, não se manifeste em juízo, a sentença proferida ainda assim será válida.
Investidura:
A jurisdição deve, portanto, ser exercida por aqueles dotados de investidura, ou seja, aqueles que ingressaram na carreira por nomeação ou concurso público, os meios legais.
Juiz Natural:
Quando ocorre determinado fato na sociedade e requer apreciação do judiciário, de antemão, necessariamente, a sociedade precisa saber quem é o juízo competente. O juízo competente é aquele que antes da ocorrência do fato já estava previamente determinado. Logo, um juiz do direito do trabalho, não poder julga sobre matéria penal por exemplo. O princípio do juiz natural veda, portanto, o tribunal de exceção, pois este serviria apenas para perseguir ou beneficiar o acusado ou autor.
(Tal princípio também abrange o MP, o promotor natural.)
Vedação de tribunal de exceção. Os chamados: “Ad hod” ou “Past factem” 
Tais tribunais são criados após o fato. Logicamente eles terão a intenção de favorecer ou perseguir. Esse princípio traz a ideia do juízo competente, aquele dotado de investidura. (Vê princípio da investidura)
O juiz natural é aquele para o qual a distribuição aleatória da petição inicial indicar o exercício da atuação.
 
· Espécies/classificação de Jurisdição:
· Jurisdição comum e especial;
I. Jurisdição especial:
· Trabalhista
· Militar
· Eleitoral
Jurisdição comum:
De forma residual, tudo aquilo que não for de competência da justiça especial (ou especializada), a saber: trabalhista; militar; eleitoral, será da justiça comum. Dentro da comum se tem a justiça federal e a estadual, tudo o que não for de competência da justiça federal será da estadual; e, ainda, dentro da comum, a civil e a penal, tudo aquilo que não for de competência da justiça penal, será de competência da justiça civilista. 
 
Direito e equidade:
Jurisdição de direito é a que aplica o ordenamento jurídico. Ordenamento jurídico, normas de direito, ou seja, regras propriamente de ditas. Atenção, o ordenamento jurídico não remete somente às leis. 
O que é precedentes vinculante ou qualificados? (PESQUISAR YOUTUBE/DOUTRINA) 
Jurisdição de equidade:
Art. 140, parágrafo único do NCPC:
“O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei”.
O juízo de oportunidade e conveniência do magistrado. Ou seja, o juiz põe de lado o ordenamento e julga de acordo comcritérios subjetivos e Idiossincrática, juízo de oportunidade e conveniência. 
I. Para julgar de forma equitativa precisa estar expresso em lei. 
· Jurisdição Inferior e Superior:
a) Inferior:
Justiça inferior é aquele que analisou a causa originalmente. “judex a quo”
Instantia a qua (instância da qual, de origem), 
b) Superior:
É aquele que está em grau recursal.
instantia ad quam (instância para a qual, destinatária)
· Contenciosa e voluntária.
a) Contenciosa: em razão da lide, litigiosa, ou seja, conflituosa.
b) Voluntária: Não há lide, não existe o litigio, não existe o conflito.
Predomina na doutrina que em verdade a “jurisdição voluntária” nem mesmo é uma jurisdição, sendo apenas algo orgânico desta, é apenas uma função exercida pelo judiciário, uma função meramente administrativa. (Administrativista pública de interesse privado) a teoria Clássica/Administrativista é quem defende essa definição de jurisdição voluntária. Nesta não precisa aplicar o ordenamento jurídico, pode ser por equidade. Não se tem partes somente interessados, inexiste o conflito. A teoria administrativista encontra oposição na teoria Revisionista/Jurisdicionalista. 
 A teoria jurisdicionalista (ou revisionista) define a jurisdição voluntária como verdadeiro exercício da função jurisdicional, pelo fato do poder judiciário ter o ofício jurisdicional, pois não é uma lide que condiciona o ofício deste, logo não há importância haver ou não conflito pois é função do judiciário. Trata-se de uma mera facilidade do jurisdicionados. Não interessa se a função é composta de uma lide ou de uma mera necessidade de regularização do interesse. 
1. Da mediação; conciliação e arbitragem
1.1. Mediação:
Presença de um terceiro um indivíduo (chamado de mediador)
Não propõe o acordo, apenas o ouve; pode haver diversas sessões. (É muito semelhante à conciliação, porém, o terceiro imparcial neste caso não interfere em uma possível saída, apenas ajuda as partes a restabelecerem a comunicação, as quais deverão encontrar sozinhas uma solução plausível. É aplicada para casos mais complexos, enquanto a conciliação em casos mais simples)
1.2. Conciliação:
O conciliador é sempre proativo, oferece a solução do litígio; a conciliação é mais utilizada para direitos patrimoniais. (As partes litigantes buscam, por meio de uma terceira pessoa imparcial, chamada de conciliador, obter um acordo que seja benéfico aos dois lados)
1.3. Arbitragem:
Solução de conflito extrajudicial, faz parte dos tribunais privados.
Somente possível diante de direito privado e disponível; às partes se comprometem a aceitar a decisão do árbitro mediante um contrato antes de o litígio acontecer, caso alguma delas não cumpra a decisão caberá denunciação ao judiciário. (As partes litigantes estabelecem que o conflito será decidido de forma impositiva por um terceiro, que será um árbitro. Isso torna a arbitragem muito semelhante a um processo judicial, mas ao invés da morosidade do Judiciário, as partes dependem de uma Câmara Arbitral, uma espécie de “tribunal privado”, no qual o julgador não necessariamente é um bacharel em direito, podendo ser também alguém com experiência na área relacionada ao conflito (por exemplo, engenharia civil, engenharia mecânica, contabilidade, medicina, administração, etc.).
 
· Da Ação
É um direito oferecido ao jurisdicionado em substituição à justiça pelas próprias mãos. (Autotutela). (Ação é um direito).
Um direito autônomo imaterial, subjetivo de provocar a tutela jurisdicional.
“É um direito público, autônomo, abstrato instrumental conexo a uma solução jurídica concreta”. 
“Instrumento do exercício do jurisdicionado”.
· Teorias da Ação:
I. Teoria imanentista, civilista ou clássica:
A ação era o direito de alguém perseguir em juízo o que lhe era devido. “Entendia o direito de ação como o próprio direito material”. 
Falha: conceber o direito processual como um apêndice do direito material. 
II. Teoria concreta da ação:
Reconhece relativa independência entre o direito de ação e o direito subjetivo material. O direito de ação constitui direito de natureza pública dirigindo-se contra o estado, o qual teria que suportar seus efeitos. 
Falha: só existe direito de ação quando a sentença for favorável.
III. Teoria da ação como direito potestativo
Variação da teoria concreta. O direito de ação se dirige contra um adversário e não contra o estado. É um direito potestativo de buscar efeito jurídico favorável ao seu autor, sujeitando ônus a outra parte.
Falha: só existe direito de ação quando a sentença for favorável.
IV. Teoria da ação como direito abstrato: 
 
Concebe o direito de ação como direito público que exerce contra o estado. Não se confunde com o direito privado alegada pelo autor. Além de autonomia e independência, é inerente a todo indivíduo e não exclui a possibilidade de uma sentença desfavorável.
V. Teoria Eclética da Ação:
Assentada na teoria abstrata, porém, com a inclusão das condições da ação é o direito ao processo e ao julgamento do mérito.
Falha: entender o direito de ação apenas sob determinadas condições.
“Por isso a teoria Eclética foi aprimorada pois diante uma visão constitucional de processo, não se deve falar em condições de existência do direito de ação, uma vez que ele é incondicionado, enquanto direito fundamental.
 “Fala-se, então, em condições para regular o exercício do direito de ação”.
VI. Teoria da asserção:
(Pesquisar oportunamente)
 
Características da Ação:
· Subjetividade
· Publicidade 
· Garantia Constitucional
· Instrumentalização 
· Elementos da Ação:
1. As partes:
Autor e réu (litisconsórcio e intervenção de terceiros) 
O auto é quem pede, ocupa o polo ativo; réu é contra quem se pede, ocupa o polo passivo
.
· Capacidade de direito; (capacidade de ser parte; vê legitimidade)
· Capacidade de fato ou exercício ou plenamente capaz; (capacidade para estar em juízo; vê legitimidade)
2. O pedido:
Objeto da jurisdição (a pretensão do autor, ou seja, o princípio da demanda)
O pedido tem de ser certo, determinado.
O pedido pode ser mediato ou imediato. Imediato remete ao provimento jurisdicional pretendido, isso é, o tipo de sentença buscada, ou seja, a providência que a parte quer que o judiciário tome, por exemplo: em uma ação de investigação de paternidade, o pedido imediato é a sentença declaratória. O mediato remete a o resultado prático que a parte tenciona ter, um pedido que tem de haver com o mundo dos fatos, ou seja, aquilo que diante dos fatos o agente requer. 
3. Causa de pedir:
(O porquê do pedido)
Fato jurídico que fundamenta a demanda do autor. 
 
Obs.: teoria da substânciação; 
Divide os fatos e a fundamentação jurídica.
· Os fatos são a causa de pedir próxima.
Aquilo que de fato ocorreu.
 
Ex. em um acidente de trânsito, o autor irá colocar aquilo que ocorreu sob sua ótica.
 
· Os fundamentos são a causa de pedir remota.
Aquilo que embasa o pedido, ou seja, a previsão legal que sustenta o pedido. 
Colocar os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido.
· Fatos:
O ocorrido (nada mais é que aquilo que ocorreu, mostra a lesão ou ameaça a direito).
· Fundamentos jurídicos:
A base, as razões da pretensão alegada
· Condições da ação:
Visão tradicional:
· Legitimidade de parte. (Seja no polo ativo ou passivo)
· Interesse de agir. (Interesse de provocar a tutela jurisdicional)
· Possibilidade Jurídica do pedido. (Pedido juridicamente possível)
 
Visão contemporânea:
NCPC, art. 17 
“Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”. E o art. 485, caput do CPC salienta o seguinte: “o juiz não resolverá o mérito quando” olhe para o inciso IV que diz: “verificar a ausência da legitimidade e do interesse processual”. 
· Legitimidade.
“Ad causam” e “Ad processum”
Poderá ser ordinária, defesa de direito próprio em nome próprio; ou extraordinária (ou substituição processual), defesa de direito alheio em nome próprio (art. 18 do NCPC).
· Legitimidade “Ad processum” (para o processo)
Estabelece que para o indivíduo ter legitimidade é necessário:· Capacidade de direito; e (capacidade de ser parte)
· Capacidade de fato (ou exercício, plenamente capaz) (capacidade para estar em juízo)
a) O relativamente incapaz será assistido;
b) O absolutamente incapaz será representado;
Se o indivíduo atender os requisitos acima terá legitimidade para figurar em uma relação jurídica processual.
· Legitimidade Ad causam (para a causa)
Este diz que além da capacidade de direito e de fato é necessária uma pertinência subjetiva como objeto da demanda, para caracterizar a legitimidade ad causam. 
Ex.: é caso de determinado indivíduo que compra um celular de uma marca qualquer. Caso este não apresente defeitos o indivíduo não terá legitimidade ad causam, no entanto, se o objeto apresentar vício terá. Ou seja, é necessária lesão ou ameaça a direito. A legitimidade ad causam passiva significa dizer que o réu tem de ser o autor da lesão ou ameaça a direito. Pois visualize, se “A” causa um dano a “Z”, este não pode entrar com uma ação de danos contra “F”, pois ele não tem nenhuma relação com “A”, salvo nexo de causalidade entre os dois. Se “A” estava com o carro do “F”, quando causou o dano, por ele ser o dono, “Z’ poderá pleitear direito em seu favor, em face de “F”.
· Interesse Processual
 
(Art. 18 do CPC/15)
Necessidade e adequação; possibilidade jurídica do pedido (ou seja. O pedido terá que ser possível, não existe mais como condição autônoma, pois no NCPC/15 passou a integrar o interesse. Vê art. 18 do NCPC)
I. Necessidade de provocar o judiciário (pretensão resistida)
II. Adequação; utilização do meio adequado;
Por exemplo: “A” quer a reparação de seus danos sofridos, para tanto não poderá impetrar uma ação de divórcio, este tem de utilizar o meio adequado, para a reparação de danos. 
Primeiro olhemos pela ótica da necessidade, esta está ligada a existência de uma lesão ou ameaça de lesão a direito. Assim sendo, quem não atende o requisito da necessidade, não terá interesse processual.
Ex.: um casal não tem interesse processual se for ao judiciário apenas para alegar que o casamento anda muito bem.
 Ex.: não tem interesse, por exemplo, quem vai a juízo requerer validade de um contrato que ninguém nunca impugnou. 
Por fim, passemos a analisar interesse processual pela ótica de adequação, o procedimento eleito tem que ser capaz de trazer utilidade, portanto, o procedimento utilizado terá que necessariamente ser o adequando, pois perceba:
· Ex.: ninguém pode se divorciar com uma ação de cobrança. Não é o procedimento adequado para o pedido.
· Ex.: determinadas pessoas têm um contrato em vigor, uma delas descumpre diversas cláusulas deste, a parte lesada não poderá, por exemplo, pedir a reparação dos danos em uma ação declaratória de paternidade.
a) Ação de conhecimento:
É um tipo de ação que o juiz toma conhecimento da natureza do conflito, ou seja, ele não tem conhecimento algum dos fatos em questão, ficando a cargo da parte os levar a conhecimento, para que assim o magistrado possa julgar. À parte, por sua vez, visa o deferimento daquilo que pleiteou pela autoridade judiciária. A ação de conhecimento divide-se em ação constitutiva, condenatórias e declaratória.
I. Constitutiva:
Visa criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica.
Dois indivíduos se casam, eles estão inovando, ou seja, criando uma relação jurídica. Agora estes se divorciam, não estão mais inovando, mas extinguindo uma relação jurídica. Sobre a modificação pode-se salientar, quando determinado indivíduo provoca o judiciário para, por exemplo, modificar determinada cláusula contratual. Deste modo, o agente que assim procede estará modificando uma relação.
II. Condenatórias:
 Aquela que implica em uma obrigação. A título de exemplo: um determinado funcionário é demitido injustamente, o ex-funcionário move uma ação para, por exemplo, fazer com que aquele que outrora fora o seu patrão lhe pagar aquilo que é devido, ou seja, condenar a fazê-lo.
III. Declaratórias:
Aquelas que tem por finalidade eliminar uma incerteza jurídica, declarando a existência, a esta se chama de positiva, ou a inexistência, a este tipo por sua vez se nomeia negativa. 
As positivas, como o nome sugere é uma ação para confirmar, é caso do pai que por meio da ação declaratória, declara a sua suspeita como real.
As negativas, a este tipo também sugere o nome, um tipo de ação para negar, o caso, por exemplo, da pessoa que prova não ter relação alguma com aquela que dividia o apartamento, pela ação de inexistência da união estável.
· Do processo
· 1º) PRINCÍPIOS INFORMATIVOS
· a) Princípio Lógico
	O Processo, enquanto instrumento necessário para a composição da lide, é, portanto, instrumento formal da judicatura, e há de ser desenvolvido através de atos rápidos e eficazes na busca da verdade.
· b) Princípio Político
	O Princípio Político, busca estabelecer o máximo de garantias sociais, com o mínimo de sacrifícios individuais.
· c) Princípio Econômico.
	Apesar do formalismo, o processo deve ser acessível a todos, tanto no que se refere a custos, quanto à sua duração.
· d) Princípio Jurídico: igualdade e justiça nas decisões judiciais. 
Instrumento de realização da função jurisdicional.
O direito processual não se confunde com o direito material. O fato do processo civil ser autônomo não significa que ele possa ser neutro ou indiferente às novidades situações de direito substancial.
(Mariani, arenhort, mitideiro)
O direito material: regula as relações substancial, os preceitos , as sanções etc.
O direito processual é o que instrumentaliza as relações do direito material
Conceito de processo:
· Teoria positivista: instrumento pelo qual a jurisdição é exercida. Procedimento que permite o exercício da função jurisdicional.
 
· Teoria pós-positivista: procedimento que atendendo aos ditames da constituição, permite que o juiz exerça sua função jurisdicional. 
”instrumento de exercício da jurisdição impregnada de todas as garantias fundamentais”.
Instituição pública constitucionalizada.
O processo então é o instrumento que leva o direito material ao conhecimento do juiz permitindo o ofício jurisdicional. 
Processo é:
Um conjunto de atos realizados sob o crivo do contraditório que cerca uma relação jurídica do qual surgem deveres, poderes, faculdades, ônus e sujeição para as partes que dela participam. (Pinho)
Trata-se de uma categoria jurídica autônomo (Arruda Alvim) que: 
“Garante a realização da justiça e efetivação dos direitos, já que somente mediante este instrumento, as partes poderão garantir sua participação”. (Dinamarco)
Um processo visa a efetividade sob a ideia de adquirir providências jurisdicional, as necessidades concreta das partes interessadas (Wambier).
Há uma ênfase em um processo garantista, pautado pelo direito constitucional. A efetividade relaciona-se com a celeridade processual e a segurança jurídica. Isso significa dizer: de nada adianta o processo ser célere, porém, não ter segurança jurídica, o contrário é verdadeiro. De nada adianta ter um processo seguro, mas não célere.
Processo e procedimento;
Processo: Instrumento que permite o exercício do poder jurisdicional para a eliminação dos conflitos e realização da justiça.
Procedimento: sequência de atos destinados a esse fim. (Parte visível).
Espécies de Processo:
1. Processo de conhecimento: um direito que precisa ser levado ao conhecimento do juiz. (Livro I da Parte especial)
1.1. Meio pelo qual as partes levam suas argumentações, provas e fundamentos ao conhecimento do juiz. Buscam sua comprovação e, assim, uma decisão favorável. 
2. Processo de execução: o direito da parte já está declarado, cabe agora ao Estado-juiz verificar se o título é regular, sendo este regular, dará o juiz o prazo para que o réu (inadimplente) cumpra a obrigação (promova o adimplemento).. (Materialização do direito) (Livro II da Parte II)
2.2. Meio pela qual se permite a satisfação do direito do credor.
· A atividade executiva admite duas espécies:
a) Processo de execução 
b) Cumprimento de sentença
Espécies de procedimentos:· Procedimento Comum (Padrão; título I do livro I da parte especial do CPC)
· Procedimento Especial (Específico para determinado direito; título III do livro I da parte especial da CPC)
· Processo de conhecimento pelo procedimento comum:
(Aquilo que não for procedimento comum será especial)
· Procedimento Especial:
Rol exemplificativo no CPC, art. 539 ao 770 do CPC.
· Processo de execução pelo procedimento comum. (Vê art. 771 do CPC).
Pelo procedimento Especial:
· Execução contra a Fazenda Pública (art. 910 do CPC)
· Execução de alimentos (art. 911 a 913 do CPC)
· Execução fiscal: Lei nº 6.830/80
Princípios Processuais:
Os princípios produzem a essência; a razão última; os valores que inspiram um determinado ordenamento.
Os princípios diferente da lei, não são revogados, é realizado um juízo de ponderação para melhor aplicação deles, no caso concreto. 
· Princípios constitucionais:
 
· Princípio da igualdade/isonomia: 
(art. 5º da CF/88)
Tratar os desiguais na medida de suas desigualdades, ou seja, igualdade dos jurisdicionados. (Respeito às desigualdades).
· Princípio do Devido Processo Legal:
(Art. 5º, LIV CF/88) 
O justo processo. O juiz não pode ter parte favorita, ou seja, aquilo que está previsto em lei deve ser observado por ambos os lados, não importa quem seja.
 
· Princípio do contraditório:
(Art. 5º, LV CF/88)
Possibilidade de manifestação da parte, possibilidade de contraditar tudo no processo.
· Princípio da Ampla Defesa:
(Art. 5º, LV CF/88)
As partes têm o direito de ser defender dentro do processo.
· Princípio da Razoável duração do processo:
(Art. 5º, LXXVIII, CF/88) (art. 4º do NCPC)
Este não remete somente a um tempo, mas a celeridade e a segurança jurídica, as partes devem ter a segurança jurídica no processo, ou seja, os atos processuais serão de boa-fé de ambos os envolvidos, ao final do processo o direito deve ser assegurado. A celeridade salienta-se sobre a razoável duração, pois de nada adiantaria ter segurança, mas não ter uma razoável duração, de nada adianta determinados indivíduos ingressarem uma ação de divórcio e esta ser demasiadamente lenta, e antes que o juiz profira a sentença um venha a falecer.
Não basta ser rápido tem que atender o mérito em sua integralidade, ou seja, resolução do direito. Sobre atividade satisfativa entende-se aquilo que é justo para ambos os lados.
· Princípio da motivação:
(Art. 93, IX CF/88)
Toda a decisão proferida pelo judiciário deve ser motivada, ou seja, fundamentada. 
· Princípio da Boa-fé:
(Art. 5º do NPC) 
Uma boa fé objetiva, ou seja, aquela que é exteriorizada.
· Princípio da Cooperação:
(Art. 6º do NCPC)
· Princípio da Igualdade:
(Art. 7º do NCPC) 
· Atendimento aos fins sociais e ao bem comum:
(Art. 8º do NCPC)
· Princípio do contraditório: 
(Art. 9º e 10 do NCPC)
· Princípio da transparência:
(Art. 12 NCPC) 
· Princípio da Economia Processual
(Art. 139, II NCPC)
· Princípio do convencimento motivado:
(Art. 371 NCPC)
· Princípio da Inadmissibilidade de prova obtida por meio ilícito.
(Art. 5º LVI CF/88 e 369 do NCPC)
 
Normas Processuais Civis
Art. 22, I da CF/88 (competência legislativa da União)
Art. 24, XI da CF/88 (competência concorrente dos entes federativos)
Normas Fundamentais:
Modelo Constitucional do Processo:
· Art. 1º do NCPC – Aplicação conforme a constituição
· Art. 2º do NCPC – Acesso à justiça
· Art. 3º do NCPC – Inafastabilidade e autocomposição
· Art.4º do NCPC – Razoável duração do processo
· Art. 5º do NCPC – Boa-fé
· Art. 6º do NCPC – Cooperação
· Art. 7º do NCPC – Igualdade 
· Art. 8º do NCPC – Fins sociais e Bem comum
· Art. 9º do NCPC – Contraditório
· Art. 10 do NCPC – Evitar as decisões surpresa (princípio do contraditório)
· Art. 11 do NCPC – Publicidade e fundamentação
· Art. 12 do NCPC – Ordem Cronológica de julgamento (preferencialmente)
Aplicação das normas processuais
· Art. 13 do NCPC
Princípio da Territorialidade 
· Art. 14 do NCPC/Art. 1º da LINDB
Aplicação imediata
Formas interpretativas da norma processual:
a) Literal ou gramatical
b) Sistemática
c) Histórica
d) Teleológica

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