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Universidade do Grande Rio - “Prof. José de Souza Herdy” Unigranrio - Engenharia Química Amanda Telles - 5900955 Julia Rodrigues – 5900948 Matheus Zampillis - 5900922 Milena Rodrigues – 5900932 Victor Gomes -5900961 Prática de bombas em série e em paralelo Duque de Caxias – RJ 2020 RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE ENGENHARIA Prática de bombas em série e em paralelo Relatório de Laboratório de Engenharia da Universidade do Grande Rio – “Prof. José de Souza Herdy” como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Ba- charel em Engenharia Química. Orientador: Marlon Demauir Duque de Caxias 2020 Sumário 1. Objetivo ......................................................................................................... 4 2. Introdução ...................................................................................................... 5 3. Revisão Bibliográfica ..................................................................................... 6 3.1. Bombas em série .................................................................................... 7 3.2. Bombas em Paralelo ............................................................................... 7 4. Materiais Utilizados ........................................................................................ 9 5. Procedimento Experimental ......................................................................... 10 5.1 Descrição do equipamento ....................................................................... 10 5.2 Prática experimental ................................................................................. 10 6. Conclusão .................................................................................................... 12 7. Bibliografia ................................................................................................... 13 4 1. Objetivo Analisar a diferença de energias potenciais e energias cinéticas para as bombas em série e paralelo. 5 2. Introdução O desenvolvimento do presente trabalho “associação de bombas em série e em paralelo” foi motivado na recomendação explícita da cadeira “Operações unitárias I” que, em seu currículo estabelece que uma das fases para entendimento efetivo do conhecimento ofertado da referida cadeira é o entendimento conceitual e prático da utilização das bombas em série e em paralelo. Assim, no contexto mais objetivo o trabalho descreve a utilização dessas associações que podem ser de uso irrestrito na indústria, águas e esgotos, bem como acadêmica. Com o avanço tecnológico empregado em sistemas hídricos, entende-se a necessidade de projetos de instalações cada vez mais eficiente e de melhor desempenho, para suprir a demanda de forma otimizada. (Denículo, 1993) Em inúmeras aplicações (água, esgoto, industrial, acadêmica) a vazão e a altura manométrica pode não ser alcançada pelas características de uma bomba. Entretanto, podem-se utilizar as associações em paralelo ou em série, na maioria das vezes, utilizando bombas com deslocamento positivo ou bomba centrífuga. Segundo Henn (2006), as máquinas de fluidos são largamente utilizadas no transposte de fluidos e sólidos, aproveitando a energia contida neles com o intuito de gerar ou acumular energia, é utilizado em sistemas químicos e físicos nos quais se necessita do controle da pressão para o funcionamento adequado. As bombas centrífugas são exemplos disso. Brasil (2013) as classificas como máquinas de fluxos geradoras, que possuem o objetivo de transformar o trabalho mecânico externo em energia hidráulica, adicionando energia ao fluido nas formas potencial e cinética, realizando assim um trabalho útil específico ao deslocar este. No caso das bombas associadas em série é mais recomendável quando se tem altura manométrica elevada podendo não ser alcançada com uma única bomba. Essa associação é comumente utilizada no caso de o valor da referida altura manométrica ultrapassar valores alcançados por bombas de múltiplo estágio. Para instalação dessa associação em série é feita na ligação do recalque de uma bomba na sucção da seguinte, assim o fluido receberá energia das bombas dessa associação. Já para a execução de altas vazões é aconselhável à associação de bombas paralelas. Sendo consideradas duas bombas iguais em funcionamento, nesse caso com rotações iguais, sua a curva pode ser caracterizada somando-se as vazões de cada bomba correspondente a um mesmo valor de carga qualquer. 6 3. Revisão Bibliográfica A bomba centrífuga surgiu na Alemanha em 1890, e logo foi patenteada, nesse período houve ascenção industrial e muitas empresas nesse ramo foram fundadas. Contudo, só após a segunda guerra, em 1948, a indústria ganhou novo um novo start na Europa, foi então que surgiram bombas mais sofiscadas que ofereciam mais segurança, além de possibilitar maior limpeza e melhor ambiente nas instalações industriais. (KSB, 2014) A bomba centrífuga possui em sua estrutura duas partes que se destacam e pode ser facilmente localizada na Figura 1, são eles: o rotor, que está em contato direto com o eixo motriz, e a carapaça, revestimento da bomba. Figura 1 – Carapaça de bomba centrífuga com voluta Fonte: Site Propeq (2019) O rotor ou impulsor possui palhetas e laminas que auxiliam no escoamento do fluido. A velocidade de rotação dele, rotor, faz a energia do motor ser convertida em energia cinética, que por sua vez gera dois tipos distintos de pressões, alta e baixa, a alta pressão localiza-se ao redor do eixo motriz, já a baixa no centro motriz, que permite a sucção do fluido até a bomba. A partir dessa rotação o fluido ganha energia cinética, que mais tarde será convertida em pressão ao ser impulsionado para carapaça do tipo voluta. Por isso, quando o líquido atinge a saída da bomba ele atinge velocidade suficiente para o escoamento do fluido de maneira equilibrada a pressão que age como atrito. (Propeq, 2019) Com a expansão das indústrias petroquímicas, nos anos 60, houve uma pressão para que os fabricantes oferecessem bombas mais detalhadas, completas e versáteis. Deste modo, apareceram as primeiras produções em série e paralelo. (KBS, 2014) 7 3.1. Bombas em série Este sistema recebe este nome, pois a disposição bombas fica uma ao “lado” da outra como é representado na Figura 2 Figura 2 – Associação de bombas em série Fonte: Própria (2020) Ele, sistema, é comumente utilizado quando há variação de altura manométrica de elevação, como representado na Eq. 1, as principais características desses sistemas são: Não há alteração na vazão, como representado em Eq. 2, a altura manométrica do fluido aumenta quando passa pelo equipamento. 𝐻 = 𝐻 + 𝐻 + ⋯ + 𝐻 Eq.1 𝑄 = 𝑄 = 𝑄 = ⋯ = 𝑄 Eq. 2 Dessa maneira, pode-se admitir que duas ou mais bombas associadas em série, para a mesma vazão, a carga manométrica do sistema será a soma das cargas manométricas de cada bomba que constitui o sistema. Sendo assim, é possível obter uma curva dessa associação uma vez que essas alturas manométricas totais sejam somadas. (Andrade, 2019) 3.2. Bombas em Paralelo Como o próprio já diz este sistema é denominado assim, pois a disposição bombas fica uma paralela a outra como é representado na Figura 3 Figura 3 – Associação de bombas em paralelo Fonte: Própria (2020) Esse sistema é comumente utilizado quando há necessidade de grande oscilação na vazão, como representado em Eq. 5, as principais características desses sistemas são: Não há alteração na altura manométrica, como representado em Eq. 4, e há aumento de pressão 𝐻 = 𝐻 = 𝐻 = ⋯ = 𝐻Eq.4 𝑄 = 𝑄 + 𝑄 + ⋯ + 𝑄 Eq. 5 BA Ba BA Ba 8 Um ponto positivo do sistema de bombas em paralelo é que se houver falha em alguma bomba constituinte o funcionamento não sofrerá interrupção completa apenas redução da vazão a qual o sistema bombeia. Além disso, na associação em paralelo há possibilidade de flexibilizar o sistema, ao que se refere à operação, isto é, o sistema permite adição e retirada de bombas de maneira que não ocorra queda na vazão. (Andrade, 2019) A fim de entender o rendimento, é necessário saber que a potência consumida na associação é igual a soma de todas as potências individuais para qualquer associação, série ou paralelo, para entender melhor esse conceito a Eq. 6 demonstra o cálculo dessas potências .( ) = . + . Eq. 6 Na associação em série a vazão das bombas é igual à da associação. O seu rendimento tornar-se-á explicito quando observar a Eq. 7 com exemplificação de duas bombas. 𝑛 = Eq.7 Na associação em paralelo a altura manométrica das bombas é igual à da associação. O seu rendimento tornar-se-á explicito quando observar a Eq. 8 com exemplificação de duas bombas. 𝑛 = Eq. 8 9 4. Materiais Utilizados Fita métrica Béquer 1L Cronômetro Proveta 1L 10 5. Procedimento Experimental O experimento experimental foi feito no laboratório de engenharia da UNIGRANRIO pelo professor Marlon Demauir, sendo feito uma análise minuciosa de cada etapa a fim de realizar este relatório técnico. 5.1 Descrição do equipamento A configuração do sistema para o experimento de bombas em serie ou em paralelo pode ser usinada em acrílico, para melhor visualização. Neste subitem são apresentadas as partes integrantes do aparato que proporcionará a avaliação do sistema de bombas. • Tanque pulmão: É dotado do fluído que alimentará todo o processo, sendo o fluido reutilizado, pois sai do tanque pulmão recircula pelo sistema e é despejado novamente no tanque pulmão; • Bomba 1 e 2: São utilizadas para trabalhar a manipulação do sistema em série ou em paralelo. • Válvulas verdes: Controla a vazão. Liga-se ao sistema com uma tubulação em sua extremidade responsável por despejar o fluido no tanque pulmão. • Válvulas amarelas: Também usada para manipular o sistema, dotando ele como em série ou parelo. • Válvula branca: Pode utilizar como controle de vazão geral do sistema. • Tubulação solta reta: Utilizada para substituir todo o aparato de vazão e ser feita a vazão manual do equipamento. • Tubo comprido transparente: Da a sensação da energia potencial da bomba, em série ou em paralelo. • Rotâmetro: Equipamento que serve para medir a vazão (L/min). 5.2 Prática experimental Para iniciar o experimento fez-se necessário observar a voltagem do sistema versus a voltagem disponibilizada na tomada, energizando sistema. Feito isso, iniciou-se com a configuração em paralelo, por este motivo, foi ligado as duas bombas juntas, pois esse processo acontece simultaneamente. Iniciando, a bomba 1 (B1) puxou o fluído do tanque pulmão, passando pela primeira válvula verde (VV1), logo ela tem que está toda aberta para a circulação do fluído. O mesmo vai passar em um parte da tubulação em formato de “T”, como a B1 está ligada, a sucção não vai permitir que o fluído suba, ele seguirá em frente, passará pela B1 e logo após pela primeira válvula amarela (Va1), ela tem que está aberta. A partir disso, o fluído seguirá seu fluxo normal. Na bomba 2 (B2) é a mesma situação, puxou o fluído do tanque pulmão, 11 passando pela segunda válvula verde(Vv2), logo ela terá que está aberta. O fluído passa pela B2 e antes da segunda válvula amarela (Va2) tem uma conexão em formato de “T”, então o fluxo tende a se dividirnessa região. Como nesse primeiro momento foi feito a configuração em pararelo, é necessário fechar a terceira válvula amarela (Vv3) para que o fluído não se divida. Logo a Va2 tem que está aberta para que o fluxo dê continuidade e ir em encontro ao fluxo da B1. Como dito incialmente, esse processo acontece simultaneamente, por isso o fluxo da B1 vai de encontro a B2. Sempre que é feito um experimento de fluídos deve-se observar se está com bolhas no aparato. E durante esse processo foi notado que tinha ar na medição de altura, para solucionar e ter uma precisão maior no resultado, foi desligado a B2 e em seguida ligado novamente, assim o tubo é preenchido de fluído resolvendo esse pequeno problema. A vazão desse sistema em configuração paralela deu aproximadamente 18 L/min e altura 10 cm aproximadamente. Lembrando que esse resultado é baseado no que foi feito pelo professor. Após esse processo, foram desligadas todas as duas bombas para todo líquido sair da tubulação, voltar para o tanque pulmão e deu inicio a configuração em série. No equipamento utilizado só é possível fazer essa configuração começando pela B2. Logo, o fluído sairá do tanque pulmão, com a Vv2 aberta ele seguirá passando pela B2. É necessário está com a Va2 fechada para que o fluído não dê a continuidade, consequentemente a Va3 terá que está aberta. Após terá uma divisão de corrente, para que o fluído não volte para o tanque, a Vv1 tem que está fechada, com isso, ele passa pela B1 e segue seu caminho com a Va1 aberta. Nesse caso, como iniciou o processo pela B2, quando foi ligado o equipamento a primeira bomba a ser ligada é a B2, pois do contrário irá gerar uma pressão no sistema. Foi observado que a velocidade desse fluído é mais alta que a configuração em paralelo, justamente por ter passado por 2 bombas. Sua altura foi de aproximadamente 15 cm e vazãode 20 L/min. Lembrando que esse resultado é baseado no que foi feito pelo professor. Se o objetivo do relatório fosse fazer gráficos com informações obtidas no processo, poderia mudar a vazão final, para isso acontecer basta regular pela válvula branca (VB), ela iria alterar a velocidade do fluído. 12 6. Conclusão Conclui-se que o experimento aponta que a prática de bombas paralelas e em serie são feitas para um entendimento de como funciona o sistema, uma vez que é de fácil manuseio e percepção do aluno. Onde as bombas em série tem ganho de velocidade e a vazão correspondente a de uma bomba, mas sua energia potencial são de duas bombas, ou seja, a soma das duas. Já as bombas em parabelo tem dobro de vazão, mas a mesma energia potencial de uma bomba só. 13 7. Bibliografia KBS. Sabia que ... a 1ª patente duma bomba centrífuga é de 1890?. 2014. Disponível em: <https://www.ksb.com/ksb-pt/Informacoes_tecnicas- noticias_ch/Arquivo/2014-info-tecnicas-e-noticias/sabia-que-----1a-patente-de- bomba/177370/#:~:text=A%20primeira%20patente%20de%20uma,foram%20fundadas% 20muitas%20empresas%20industriais>. Acesso em: 22 de Setembro de 2020. PROPEQ. Como funciona uma bomba centrífuga?. 22 de Novembro de 2019. Disponível em: <https://propeq.com/post/como-funciona-uma-bomba- centrifuga/?gclid=CjwKCAjw2Jb7BRBHEiwAXTR4jXYpvmify_IVtyv2JToE0ZQm1FOSrhM yXK1UVOV25CimJT3RYeLT_xoC-Z8QAvD_BwE>. Acesso em: 20 de Setembro de 2020 GOMES, Marcio Rodrigues; ANDRADE, Marcos; FERRAZ, Fábio. Apostila de hidráulica. Santo Amaro-BA: Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia, p. 11-28, 2008. ANDRADE. Aula 08 - Associação de Bombas Centrífugas. Universidade Federal do Paraná. 2019 Acessado em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/AT087- Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF>. Acesso em: 18 de Setembro de 2020 BRASIL, Alex N. Hidráulica Básica e Máquinas de Fluxo. Faculdade de Engenharia Universidade de Itaúna, 2013. DENÍCULI, W. Bombas hidráulicas. Viçosa: UFV/Imprensa Universitária, 1993. 162p. HENN, Érico Antônio Lopes. Máquinas de fluido – 2. Ed. – Santa Maria: ed. Da UFSM, 2006 .