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1 @medpelobem DIABETES MELLITUS CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO ➢ FISIOPATOLOGIA Os substratos energéticos são obtidos principalmente de carboidratos, gorduras e proteínas da dieta. Qualquer substrato energético da dieta que exceder as necessidades imediatas de energia é armazenado, principalmente, como triacilglicerol (gordura) no tecido adiposo, como glicogênio (carboidrato) no músculo e no fígado, e como proteínas no músculo. O metabolismo desses substratos energéticos é feto pelo fígado e pâncreas endócrino. METANOLISMO DA GLICOSE: A glicose serve para fornecer energia para o nosso organismo. Quando os níveis de glicemia caem abaixo do normal, como ocorre entre as refeições, o organismo busca a glicose através de outras fontes, como: 1. Glicogenólise: degradação do glicogênio 2. Gliconeogenese: formação de glicose pelo nosso organismo, principalmente pela quebra de aminoácidos, glicerol e ácido lático. HORMÔNIOS REGULADORES DA GLICOSE A regulação da glicose no sangue é influenciada por vários hormônios do intestino, que aumentam a liberação de insulina após a ingestão de nutrientes, bem como por hormônios contrarreguladores, que ajudam a manter os níveis de glicemia durante períodos de ingestão limitada ou de uso excessivo de glicose. A insulina é o único hormônio que reconhecidamente exerce um efeito direto sobre a redução dos níveis sanguíneos de glicose ❖ Promove a captação de glicose pelas células-alvos e proporciona o armazenamento da glicose na forma de glicogênio ❖ Impede a degradação dos lipídios e do glicogênio ❖ Inibe a gliconeogênese e aumenta a síntese de proteínas ❖ Insulina deriva do pâncreas endócrinos, o qual possuía as ilhostas de Langerhans. Cada ilhota é constituída por celulas betas que são responsáveis pela produção da 2 @medpelobem insulina e por células alfas que são responsáveis pelo glucagon. A insulina bloqueia a liberação de glucagon. ❖ A produção de insulina pela célula beta: ✓ O cromossomo 11, gene da insulina, produz a préproinsulina que sofrerá modificações pós- transcricionais no reticulo endoplasmático rugoso e complexo Golgi. Essa preproinsulina entra no reticulo e terá uma característica de conseguir fazer pontes de sulfeto entre duas cadeias polipeptideas. Lá no complexo golgi essa preproinsulina será modificada, resultando em duas coisas: insula e peptídeo C ✓ É agrupado 6 insulinas que se junta com o zinco, e é armazenada desse jeito. Quando liberada, é na sua forma individual. ✓ A secreção de insulina pela célula beta: o A partir do momento que a concentração da glicose aumenta no sangue, ela entra dentro da célula beta através de GLUT 2 (ativado pela insulina). o Ao entrar, a glicose recebe fosfato e a partir da enzima glucoquinase, passará pela glicólise e produzirá piruvato, que produzirá Acetil Coa que entrará no ciclo de Krebs, produzindo, assim, ATP. Se tiver muito ATP em relação a ADP, o canal de potássio fecha, levando ao processo de despolarização da membrana, o canal de cálcio se abre. Uma vez dentro da célula, o cálcio estimula as vesículas a liberarem insulina e o peptídeo C (parte da proteína que dá origem a insulina). o A dosagem do peptídeo C serve para ver o funcionamento da célula beta. o Essa insulina liberada atua no seu receptor em outras células. Esse outro receptor é responsável por ativar GLUT4, que irá para a membrana formar um 3 @medpelobem canal de entrada para a glicose. ➢ A fisiopatologia explica os sintomas da diabetes: o Se o indivíduo está quebrando proteínas e gorduras para a produção de glicose ele emagrece o A falta de glicose dentro da célula, leva a falta de formação de ATP, o que o organismo entende como falta de energia para ele, levando ao aumento do apetite o Se ele está urinando muito, ele passa a ter poliúria. o E sua desidratação leva a polidipsia. o Caso a glicose esteja alta, mas inferior a 180, o paciente pode ficar assintomático por anos. o Outros sintomas é cansaço, alteração da visão. ➢ CLASSIFICAÇÃO DO DM O diabetes mellitus consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. 1. Quando o problema for no receptor da insulina, dizemos que o paciente tem resistência à insulina, ou seja, ele produz normalmente a insulina. 2. Quando o problema for na célula beta (destruição total ou não), se tem uma deficiência relativa ou absoluta de insulina. Em ambas situações, ocorre um aumento da glicose, elevando a glicemia no sangue e deixando as células sem energia. Para se equilibrar, o organismo passa a fazer glicogenólise ou gliconeogênese, o que leva ainda mais o aumento da glicose no sangue (hiperglicemia). Geralmente, o limiar para a pessoa conseguir reabsorver a glicose na filtração glomerular é de 180 miligrama, acima disso o paciente 4 @medpelobem começará a fazer diurese osmótica (excretada na urina), essa perda de glicose na urina causa desidratação. A classificação atual é em cima da patologia 1. Diabetes mellitus tipo I: diabetes causado por destruição das células beta pancreáticas, levando a deficiência absoluta de insulina. Maioria dos casos é autoimune (comprovado por anticorpos). 2. Diabetes mellitus tipo II: perda progressiva da secreção de insulina, porém a base da doença é a resistência insulínica. Com o passar dos anos, a resistência insulínica, leva a falência das células betas, levando a perda da produção de insulina. 3. Diabetes mellitus gestacional: diagnosticado no segundo ou terceiro trimestre da gestação. 4. Diabetes específicos: outras causas mais raras, como os a. Diabéticos monogênicos (mutação de um único gene); b. Secundário ao pâncreas (pancreatite, fibrose cística, traumas, pancreatectomia); c. Doenças endócrinas (aumento dos hormônios contrarreguladores da insulina, como GH, cortisol, glucagon, epinefrinas, hormônios tireoidiano); d. Diabetes pós –transplantes (corticoides), por medicamentos, etc. ➢ DIABETES MELLITUS TIPO 2 O peso da genética é muito maior no tipo 2, porém possui uma etiologia complexa e multifatorial, pois envolve componentes genéticos e ambientais. A resistência insulínica pode ser causada por obesidade (fatores liberados pelo tecido adiposo), SOP, sedentarismo, hábitos dietéticos, etc. 90 a 95% de todos os casos de DM, acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora, se descreva aumento na sua incidência em crianças e jovens, devido ao componente ambiental, como obesidade e sedentarismo. O desenvolvimento da hiperglicemia ocorre concomitantemente com 5 @medpelobem hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, disfunção incretínica, aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, aumento da reabsorção renal de glicose e graus variados de deficiência na síntese e ne secreção de insulina pela célula beta pancreática. A doença, na maioria das vezes, é assintomática ou oligossintomática por longo período, sendo o diagnóstico realizado por dosagens laboratoriais de rotina ou manifestações das complicações crônicas. ❖ Menos frequente: sintomas clássicos de hiperglicemia o Poliúria o Polidipsia o Polifagia o Emagrecimento ❖ Raramente a cetoacidose diabética consiste na manifestação inicial Fatores de risco para DM2: 1. História familiar da doença 2. Avançar da idade 3. Obesidade 4. Sedentarismo 5. Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional6. Componentes da síndrome metabólica, tais como HAS e dislipidemia. ➢ DIABETES MELLITUS TIPO I Menos frequente o peso genético 1. Tipo 1A: a. Forma mais frequente b. Confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos. c. Possui forte associação com antígeno leucocitário humano (HLA) DR3 e DR4. d. Envolve predisposição genética e fatores ambientais que desencadeiam a resposta autoimune, como infecções virais, componentes dietéticos e certas composições da microbiota intestinal. e. Anticorpos que confirmam diagnostico: i. Anti-ilhota (ICA) ii. Anti-insulina (IAA) iii. Antidescarboxilase do ácido glutâmico (antiGAD65) – 70% 6 @medpelobem iv. Antitransportador de zinco (Znt8) – 60-80% v. Tirosina fosfatase (IA2 – IA2 beta) – 85% f. Geralmente, os autoanticorpos precedem a hiperglicemia por meses a anos, durante um estágio pré-diabético. Quanto maior o número de autoanticorpos, maior a chance de o indivíduo desenvolver a doença. Na fase clinicamente manifesta do DM1, o início, geralmente, abrupto, ou seja, paciente tem manifestações clínicas rápida. Cetoacidose diabética pode ser a primeira manifestação da doença em um terço dos casos. A maioria dos pacientes tem peso normal, porém a presença de sobrepeso e obesidade não exclui o diagnóstico da doença. Mais frequente na infância e na adolescência. Adultos: forma lentamente progressiva da doença, denominada latent autoimmune diabetes in adults (LADA) 2. Tipo 1B ou idiopático: Os anticorpos não são detectáveis na circulação As recomendações terapêuticas são as mesmas do DM tipo 1A e não há evidencias de riscos distintos para as complicações crônicas entre os subtipos. ➢ DM1 X DM2 Sintomas: o Tipo I: mais rápidos o Tipo II: insidiosos Diagnóstico o Tipo I: com polis e emagrecimento ou cetoacidose o Tipo II: assintomático com complicações ou sintomas de DM descompensados o Mais comum é o EHH (Estado Hipeglicêmico Hiperosmolar): amento da osmolaridade sanguínea, 7 @medpelobem com desidratação e alterações nos níveis de consciência. Idade o Tipo I: mais comum em crianças o Tipo II: mais comum em adultos com sobrepeso ou obesidade Histórico familiar o Tipo I: menos COMUM o Tipo II: mais comum Doença autoimunes associadas o Tipo I o Paciente pode apresentar hipotireoidismo, doenças reumáticas, etc. ➢ DM: QUANDO PESQUISAR? O teste deve ser considerado em indivíduos com sobrepeso ou obesidade + fatores de risco o IMC > ou igual 25 Kg/m2 o Orientais: IMC > ou igual 23 Kg/m2 Se possui, além do sobrepeso e obesidade, algum desses fatores: o Parentes de primeiro grau diagnosticado com diabetes o Etnia de alto risco para diabetes o Histórico de doença cardiovascular o Hipertensão - maior 140/90 mmHg ou se faz terapia para HAS o Nível de colesterol – HDL < 35 mg/dL e/ou nível de triglicerídeos > 250 mg/dL o SOP o Individuo sedentário o Condições clinicas associada a resistência insulínica o Se paciente já foi diagnosticado pré-diabetico o Mulheres que tiveram diabetes gestacional o Acima de 45 anos Em resultados normais, deve- se repetir, pelo menos, a cada 3 anos. o Se paciente tiver risco alto, deve- se fazer anualmente. o Na presença de pré-diabetes, recomenda-se avaliação anual Para testar pré-diabético ou diabetes tipo II o Glicemia de jeju o Teste oral de tolerância a glicose com 75g (2 horas após) o Hemoglobina glicada Pacientes pré-diabéticos ou com diabetes tipo II o Avaliar outras causas de risco vascular. 8 @medpelobem Crianças e adolescentes o Percentil de sobrepeso e obesidade + um fator de risco o Mãe com diabetes gestacional durante a gestação dessa criança o História familiar de primeiro e secundo grau o Etnia o Sinais de resistência insulínica ▪ Acantose nigricans ▪ SOP ▪ HAS ▪ Dislipidemia ▪ Criança pequena para idade gestacional. ➢ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas TOTG: previamente a ingestão de 75 g de glicose dissolvida em agua, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores a realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado d jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais e preferível diagnosticar o estado de tolerância a glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. Valores: 1. Glicemia de jejum o Normal < 100 mg/dL o Pré-diabetes 100-125 mg/dL o Diabetes - > 126 mg/dL 2. Teste oral de resistência (75g) – TOTG 9 @medpelobem o Escrever no exame que é para avaliar apenas 2h depois da ingestão de 75g o Normal < 139 mg/dL o 140-199 mg/dL – pré diabetes o > 200 mg/dL – diabetes 3. Hemoglobina glicada (HbA1c) o Normal < 5.7 o 5.7 – 6.4 % - pré-diabetes o > 6.5 % - diabetes Atualmente, dois exames alterados, na mesma coleta de sangue, já se faz o diagnóstico. ➢ ABORDAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DM AVALIAÇÃO E ABORDAGEM AS COMORBIDADES ATENDIMENTO COLABORATIVO CENTRADO NO PACIENTE: • O cuidado ao paciente diabético deve ser multidisciplicar, com várias áreas e especialidades • Usar linguagem objetiva o Neutra o Sem julgamentos o Basear em fatos o Explicar a fisiologia • Realizar a escuta ativa • Buscar por preferencias e crenças do paciente o Deve-se ser livre de estigmas o Conduta respeitosa • Avaliar o grau de instrução • Caso o paciente não tenha bom grau de instrução, deve envolver cuidador/família/responsável • Enumerar possíveis barreiras ao cuidado • Otimizar os desfechos de saúde o Qualidade de vida MELHOR TRATAMENTO PARA DIABETES É A PREVENÇÃO E O DIAGNÓSTICO PRECOCE Caso o paciente apresente sintomas clássicos como poliuria, polidipsia, perda de peso e sua glicemia ao acaso > 200 mg/dL. Não é necessário repetir o exame para o diagnóstico de DM 10 @medpelobem ➢ CICLO DE DECISÃO CENTRADO NO PACIENTE PARA MANEJO GLICÊMICO DO PACIENTE DM2 OBJETIVOS • Prevenir as complicações • Otimizar a qualidade de vida CICLO • Características chave do paciente o Estilo de vida o Comorbidades ▪ Confirmar diagnóstico de DM ▪ Se tem HAS, obesidade, dislipidemia, DCV, etc. o Características clínicas ▪ Sintomas do paciente o Questões como motivações e depressão o Contexto cultural e socioeconômico • Fatores específicos para escolha do tratamento o HbA1c alvo individualizado o Impacto no peso e hipoglicemia ▪ Dietas restritivas, atividade física intensa, tratamento farmacológico além do necessário pode causar tais impactos. ▪ Perder peso para o paciente com DM2, pode ser essencial para o não uso de fármacos o Efeitos colaterais das medicações o Posologia e forma de administração ▪ Optar por medicações com posologia mais fáceis, ou seja, uma vez ao dia, por exemplo o Acessibilidade e custo • Decisão compartilhada para criar plano terapêutico o Envolve paciente maisinstruído. Se não tiver paciente instruído, deve chamar familiar ou cuidador o Preferencias do paciente o Consulta efetiva inclui intervenção motivacional o Empodere o paciente ▪ Paciente tem poder de decisão 11 @medpelobem ▪ Necessário mostrar as responsabilidades do paciente em seu tratamento o Garantir acesso ao DSMES (pontos para qualidade de vida) • Acordo do plano terapêutico o Especifico os objetivos SMART ▪ eSpecífico ▪ Mensuravel ▪ Alcançável ▪ Realístico ▪ Tempo limitado o Avaliação da terapêutica • Implemente o plano terapêutico o Pacientes que não atendem objetivos, devem retornar a cada 3 meses o O contato mais frequente inicialmente é desejável • Monitoramene contínuo e suporte incluem: o Bem estar emocional o Tolerabilidade de medicações o Monitoramento de status glicêmico o Biofeedback ▪ Avaliar com exames de rotina, como glicemia de jejum, por exemplo. ▪ Peso ▪ Contagem de passos ▪ PA ▪ Lipídios • Revisão e acordo no plano terapêutico o Revise o plano o Mudanças mutuamente acordadas o Garantir modificações ou implementações no plano o Realizar ciclo de decisão regularmente (pelo menos uma vez/duas vezes por ano) ➢ COMPONENTES DA AVALIAÇÃO DO PACIENTE DIABÉTICO Avaliação médica NA PRIMEIRA CONSULTA, DEVE- SE: • Diagnóstico e classificação do diabetes • Avaliar possíveis complicações da diabetes e comorbidades • Rever tratamentos prévios e controle da doença em pacientes com diabetes previa • Engajar o paciente em seu autocuidado NAS CONSULTAS DE ROTINA/SEGUINTE, DEVE-SE: 12 @medpelobem • O prazo é decidido de acordo como a forma que o médico quer acompanhar o paciente • Deve incluir os componentes da primeira consulta, incluindo histórica medica, remédios em uso (sua forma de administração, efeitos colaterais, etc), exame físico e laboratorial, avaliação de complicações, autocuidado, nutrição, estado psicológicos, imunização, etc. VISITA ANUAL Os componentes da avaliação diabética de acordo com a consulta: PASSADO MÉDICO E HISTÓRIA FAMILIAR • Visita inicial – primeira consulta o Características da doença o Sintomas o Tratamentos prévios o Frequência de hospitalizações previas, causa e gravidade o História familiar ▪ História de doença autoimune ▪ História de diabetes na família • Primeira consulta e, pelo menos, uma vez ao ano o História pessoal de complicações ou comorbidades associadas ▪ Macro e microvascular ▪ Comorbidades comum (obesidade, etc) ▪ Histórico de hipoglicemia • Frequência , causas, gravidade, etc. ▪ Presença de hemoglobinopatia ou anemias ▪ HAS ou dislipidemia ▪ Última vez no dentista ▪ Exame de fundo de olho ▪ Avaliação da função renal ▪ Visita a outros especialistas • Visita de rotina ou, pelo menos, visita anual o Mudança no histórico familiar e/ou médico. HÁBITOS DE VIDA • Abordar em todas as consultas o Alimentação e perda/ganho de peso o Atividade física e hábitos noturnos 13 @medpelobem • Abordar na visita inicial e visita anual o Tabaco o Etilismo MEDICAÇÕES E VACINAÇÃO • Abordar em todas consultas o Avaliar a adesão do paciente ao tratamento o Forma de administrar, posologia, etc. o Presença de efeitos colaterais o Medicamentos complementares ou alternativos o Cartão de vacinação em dia USO DE TECNOLOGIA • Abordar em todas as consultas o Se o paciente tem acesso a tecnologias de saúde ▪ Aplicativos ▪ Aulas onlines ▪ Monitores de glicemia o Bomba de insulia AMBIENTE E HABILIDADE DE AUTOCUIDADO • Abordar na consulta inicial e na consulta anual o Presença de depressão, ansiedade, desordem alimentar o Meios sociais de suporte, como grupos operativos ▪ Deve-se descobrir o que faz bem ao paciente o Considerar associar qualquer prejuízo de cognição, como demência o Se o paciente consegue avaliar macro e micro nutrientes, se entende seus autocuidados, etc., ou seja, se paciente é capacidade para aprender e reproduzir autocuidado o Pacientes que possuem desejo de engravidar, deve- se rever uso de contraceptivo oral e plano de tratamento que capacite-a para isso. EXAME FÍSICO • Abordar em todas as consultas o IMC, peso, altura, crescimento/puberdade em crianças adolescentes o Medir PA em posição ortostáticas o Exame da pele ▪ Antacose nigricans ▪ Lipodistrofia • Avaliar em consulta inicial e em consulta anual o Avaliação de fundo de olho ▪ Encaminhar paciente para oftalmologia 14 @medpelobem o Palpar tireoide o Avaliar os pés do paciente ▪ O diabético não compensado tem prejuízo de cicatrização, favorece a infecção secundária, etc. ▪ Inspeção visual ▪ Palpação do pulso pedioso ▪ Determinar temperatura ▪ Sensação de vibração ou de picada ▪ Avaliar sensibilidade por meio do monofilamento de 10g AVALIAÇÃO LABORATORIAL • Avaliar em todas as consultas o Hemoglobina glicada • Avaliar na consulta inicial e na consulta anual o Monitorar lipídios ▪ LDL ▪ HDL ▪ Triglicerideos o Função hepática o Função renal ▪ Relação de albumina e creatinina o Função da tireoide ▪ Principalmente em pacientes com DM1 o B12 em pacientes com uso de metformina o Potássio sérico, principalmente em pacientes com uso de ECA ou diuréticos ➢ IMUNIZAÇÃO Recomendação • Cartão vacinação normal • Influenza o Vacina anual o Protege contra formas graves de gripe o Todos acima dos 6 meses de vida devem ser vacinados, especialmente os diabéticos • Pneumocócica o É importante considerar a vacinação a Pneumovax 23 em pacientes com diabetes dos 2 anos aos 64 anos. o Acima dos 65 anos, a pneumovax 23 é obrigatória • Hepatite B o Em comparação com a população geral, pacientes com diabetes tem um alto índice de hepatite B o Recomendado em adultos até 60 anos de idade, acima de 60 anos é 15 @medpelobem recomendado apenas com indicação médica ➢ DOENÇAS AUTOIMUNES Doenças da tireoide Pacientes com diagnóstico de DM1 devem fazer exame laboratorial para rastreamentos de anticorpos tireoidianos logo após diagnósticos e de forma periódica depois. Doenças celíaca Paciente com diagnóstico de DM1 deve fazer o rastreamento para doença celíaca se apresentar sintomas gastrointestinais como diarreia, má absorção ou resultado de exame laboratorial sugestivos de doença celíaca como osteoporose, deficiências de vitamina, anemia, etc. Outras doenças associadas são: • Hepatites autoimune • Insuficiência renal primaria • Doenças dermatológicas, etc ➢ COMPROMETIME NTO COGNITIVO Paciente com diabetes tem um risco aumentado ao declínio cognitivo e a demência. Caso o paciente apresente algum comprometimento deve-se: • Fazer um tratamento simplificado • Minimizar o risco de hipoglicemia o A hipoglicemia aumenta o risco de declínio cognitivo. Além disso, pacientes com declínio cognitivo apresentam maior risco de hipoglicemia • Fatores que aumentam o risco de hipoglicemia o Uso de insulina ou secretagogos o IR ou doença hepática o Maior tempo do diagnóstico de diabetes o Fragilidade e idade mais avançada o Comprometimento cognitivo o Resposta contra- regulatória prejudicada, ou seja, aqueles paciente que não tem hormônios contra- reguladores funcionantes, por exemplo o Deficiência física ou intelectual o Uso de álcool o Polifarmácia Em um recente estudo de meta analise foi evidenciado que pessoas com diabetes estão mais propensas a ter demência, Alzheimer e demência vascular ➢ DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCCÓLICA 16 @medpelobem Pacientecom DM ou pré-DM com ALT elevada tem risco maior de ter uma esteatohepatite não alcoólica, levando a fibrose hepática, tendo como fim o carcinoma. Níveis elevados de ALT estão associados a pessoas com alto IMC e circunferência abdominal, dislipidemia, e baixos níveis de HDL Intervenções que promovem perda de peso, controle da glicemia, e tratamento farmacológico para dislipidemia e hiperglicemia reduzem os riscos de desenvolver doença hepática gordurosa não alcoolica. ➢ BAIXA TESTOSTERONA EM HOMENS Se apresentarem sintomas ou sinais de hipogonadismo, como diminuição do libido ou disfunção erétil, deve-se fazer triagem com nível de testosterona sérica Os níveis de testosteronas em homens com diabetes são menores do que em homens que não possuem diabetes, os níveis decaem mais ainda caso o paciente tenha obesidade ➢ DOENÇA PERIODONTAL Mais prevalentes em pacientes com diabetes Está associada a níveis mais elevados de HbA1c ➢ OUTRAS CÂNCER Diabetes está associado ao aumento de câncer no fígado, pâncreas, endométrio, colo de intestino, mama e bexiga Essas associação pode ser devido ao compartilhamento dos fatores de risco como obesidade, idade avançada e sedentarismo, mas também pode estar associadas as mudanças fisiológicas causadas pela diabetes ou pelo seu tratamento. PANCREATITE A falência das células betas devido a DM, pode levar a uma inflamação do pâncreas. FRATURAS Fraturas de quadris são comuns em pacientes com DM 1 ou 2 Na DM1 é devido a osteoporose Comprometimentos sensóricos HIV Pacientes com HIV devem ser rastreado para diabetes e pré-diabetes com glicose em jejum teste antes de iniciar o anti- retroviral terapia, no momento da troca terapia antirretroviral e meses após iniciar ou alternar a terapia anti-retroviral. 17 @medpelobem Se inicialmente os resultados da triagem são normais, glicose em jejum deve ser verificada anualmente
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