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Beatriz Marinelli 7º termo Preparo e Administração de Medicamentos →Medicamentos É toda substância que, introduzida no organismo, vai atender a uma finalidade terapêutica. Finalidades: • PREVENTIVA. Ex.: vacinas; • PALIATIVA. Ex.: analgésico; • CURATIVA. Ex.: antibiótico; Tipo de ação: • Local: agem no local de aplicação. • Sistêmica: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou todo o organismo. →Cuidados gerais para o preparo de medicamentos: • O preparo e a administração dos medicamentos constitui-se de várias etapas e envolve vários profissionais, onde o risco de ocorrência de erros é elevado. • Para prevenir erros de medicação, a equipe utiliza a prática de verificação dos 9 certos. 9 certos: • 1. Paciente certo; • 2. Medicamento certo; • 3. Via certa; • 4. Hora certa; • 5. Dose certa; • 6. Anotação certa; • 7. Orientação ao paciente; • 8. Forma certa; • 9. Resposta certa. →Erros de medicamentos podem estar relacionados à: • Prescrição: Ex: Prescrição com letra ilegível e/ou uso de siglas e abreviaturas. • Dispensação: Ex: Dispensa de medicamento não prescrito. Nomes de medicamentos semelhantes ao de outras drogas (Ex. Adrenalina e amitriptilina). • Administração: Ex: Conferir nome completo do paciente. (9 certos) →Cuidados gerais para o preparo de medicamentos: • TODO medicamento deve ser prescrito e assinado no prontuário pelo médico. • Não preparar medicamentos sem rótulo, ou ilegível. Beatriz Marinelli 7º termo • Verificar o prazo de validade. • Conhecer as drogas e seus cuidados específicos, como melhor horário de administração. • Desprezar o medicamento quando verificar mudança no odor, consistência, turvação ou depósitos anormais. • Os medicamentos devem ser estocados na farmácia e na unidade deve-se manter os de uso individual. • Evitar atividades paralelas enquanto estiver preparando a medicação. • Antes de administrar a medicação, conferir o n.º do leito e chamar o paciente pelo nome. • Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa. • Não administrar se a prescrição médica se não estiver legível. →Vias de administração: 1.Oral 2. Sublingual 3. Nasal 4. Tópica 5. Auricular 6. Respiratória 7. Ocular 8. Retal 9. Intravaginal 10. Parenteral Via oral: chamada de via enteral, na qual os medicamentos são introduzidos no sistema digestório. É contra-indicado em pacientes com náuseas, vômitos ou incapazes de deglutir ou que estejam inconscientes. Vantagens: • É um meio barato • Auto-ingestão • Indolor • Possibilidade de remover o medicamento • Efeitos locais e sistêmicos Desvantagens: • • Irritação gástrica • Interação com alimentos • Interação com pH gástrico e intestinal • Ação dos sucos digestivos • Sabor Beatriz Marinelli 7º termo Via Parenteral Administração do medicamento através de uma agulha, incluindo as seguintes vias: • Subcutânea SC (sob a pele) • Intradérmica ID (entre a derme e a epiderme) • Intramuscular IM (no músculo) • Intravenosa EV (na veia) Vantagens: • Absorção mais rápida e completa; • Maior precisão em determinar a dose desejada. • Obtenção de resultados mais seguros; • Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos. Desvantagens: • Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga; • Em casos de erro, pode ser fatal; • Em função do rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção; • Uma vez administrada à droga, impossível retirá-la. Preparo da Medicação em Ampola: • Certificar-se do medicamento a ser aplicado, dose, via e paciente a que se destina. • Antes de abrir a ampola, certificar-se que toda medicação está no corpo da ampola e não no gargalo. • Fazer desinfecção da ampola com algodão embebido em clorexidina alcóolico. • Proteger os dedos com algodão ao quebrar o gargalo. • Abrir a embalagem da seringa. • Adaptar a agulha na seringa, cuidando para não tocar em nenhuma das partes internas. Beatriz Marinelli 7º termo • Certificar-se do funcionamento da seringa e adaptação da agulha (testar). • Manter a seringa com os dedos polegar e indicador na mão dominante e segurar a ampola com os dedos médios e indicador da outra mão. • Introduzir agulha na ampola e aspirar o conteúdo, invertendo levemente à ampola, sem encostar na borda da ampola. • Virar a seringa com agulha para cima, e expelir o ar que tem penetrado. • Colocar a agulha apropriada para aplicação que deseja fazer e mantê-la protegida com protetor próprio. Não colocar superfícies infectadas. Via Intramuscular Locais de Aplicação: • Deltóide • Vasto lateral • Dorso glútea Deltoide: • Volume máximo a ser administrado é de até 3 ml. (volume menor) • É o mais indicado para a aplicação de vacinas. • Aplicação deve ser realizada em um ângulo de 90º. • É contra-indicado em pacientes com complicações vasculares dos membros superiores, pacientes com parestesia ou paralisia dos braços, e aquelas que sofreram mastectomia. Beatriz Marinelli 7º termo • Localizar face externa do braço, com o limite superior 2cm abaixo do processo acromial e o ponto médio axilar. Ou 3 a 4 dedos abaixo do processo do acrômio Musculo vasto lateral: • Região da face antero lateral da coxa. • Volume máximo 4 ml adulto com musculatura desenvolvida e 1 a 2 ml em crianças com menos de 2 anos. • Para neonatos e crianças, o músculo vasto lateral da coxa é o mais utilizado, porque é geralmente mais desenvolvido e não contém nervos grandes ou vasos sanguíneos calibrosos, minimizando o risco de uma lesão grave. • Dolorosa. • Traçar um retângulo delimitado pela linha média anterior da coxa, do lado da perna, 12 a 15 cm abaixo do trocânter, de 9 a 12 cm acima do joelho, numa faixa de 7 a 10 cm de largura. Dorso glútea: • Volume máximo a ser administrado é de até 5ml. • Músculo Glúteo Médio, quadrante superior externo. • O músculo glúteo é o mais utilizado para a administração de medicamentos. • Aplicação realizada em um ângulo de 90º. Beatriz Marinelli 7º termo • Mais segura, de fácil acesso e com menor risco de complicações Materiais: • Seringa de 3ml ou 5 ml; • Agulha 25x7 (preta); • Algodão; • Clorexidina alcóolico; • Luvas de procedimento; • Máscara; • Bandeja. Técnica para administração da via intramuscular: 1. Orientar o paciente sobre o procedimento. 2. Organizar e levar o material. 3. Expor a área de aplicação. 4. Calçar luvas. 5. Com a mão não dominante, proceder à antissepsia do local. Depois, manter o algodão entre o dedo mínimo e anelar da mesma mão. 6. Ainda com a mão não dominante, esticar a pele segurando o músculo. 7. Com os dedos polegar e indicador da mão dominante, segurar o corpo da seringa. Beatriz Marinelli 7º termo 8. O BISEL da agulha deve ser posicionado de forma LATERAL ou para BAIXO, minimizando as agressões as fibras musculares minimizando a dor durante o procedimento e as complicações. 9. Introduzir a agulha, num só movimento em posição perpendicular à pele, em um ângulo de 90º. 10. Com a mão não dominante, puxar o êmbolo, aspirando, verificando se não atingiu um vaso sanguíneo. 11. Empurrar o êmbolo vagarosamente, introduzindo o medicamento. 12. Terminando a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma leve pressão com algodão. 13. Checar com nome e horário da administração do medicamento. OBS.: • Caso venha sangue na seringa, retirar imediatamente e aplicar em outro local. • Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em locais diferentes. • Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de injeções. Complicações locais: • Fibrose • Lesão Muscular • Gangrena • Infecções • Abcessos Via EndovenosaÉ a introdução de medicamentos diretamente na veia. Finalidade: • Obter efeito imediato do medicamento. • Administrar drogas contra-indicadas pela VO, SC, IM ou sofrerem ação do suco digestório ou por serem irritantes para os tecidos. Beatriz Marinelli 7º termo • Permitir introdução de grandes volumes de soluções em caso de desidratação, choque, hemorragia, cirurgias. • Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados. Locais de Aplicação: • Qualquer veia acessível, de fácil visualização. • Dando-se preferência para as veias superficiais de grande calibre da dobra do cotovelo (cefálica e basílica) e as veias do dorso da mão e antebraço. Material: • Agulha, cateter curto rígido (scalp) ou flexível (jelco). • Seringa de 10 ml ou 20 ml. • Luva de procedimento; • Óculos; • Bandeja; • Algodão e clorexidina alcóolico; • Garrote. Técnica de administração endovenosa: • Orientar o paciente sobre o procedimento. • Higienizar as mãos. • Organizar e levar o material até o paciente. • Calçar as luvas e colocar óculos de proteção. • Expor a área de aplicação, verificando as condições das veias • Garrote, aproximadamente quatro dedos acima do local escolhido para a punção. • Pedir que o paciente abra e feche a mão diversas vezes e depois a conserve fechada, mantendo o braço imóvel. Beatriz Marinelli 7º termo • Fazer a antissepsia ampla do local, sempre em sentido único • Fixar a veia com o polegar da mão não dominante. • Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado pra cima, introduzir a agulha num ângulo de 15º a 30º. • Observar o refluxo de sangue no lúmen do dispositivo, pedir para o paciente abrir a mão. Soltar o garrote. • Realiza fixação adequada, com material disponível. • Injetar a droga lentamente, observando as reações do paciente. • Terminada a aplicação, retirar a agulha, comprimir o vaso com algodão seco e solicitar ao paciente para permanecer com o braço estendido. • Descartar corretamente todo o material, em seus respectivos lixos. • Tirar as luvas e lavar as mãos. • Checar com nome e horário a administração do medicamento no prontuário. Beatriz Marinelli 7º termo Descarte do material: • Luva e algodão lixo branco ou contaminado. • Agulhas e seringas caixa de perfuro cortante A. • Ampola de vidro caixa de perfuro cortante B. Complicações: • Flebites, tromboflebites; • Acidentes embólicos; • Infecções; • Extravasamento; • Necrose; • Sobrecarga circulatória; • Reações alérgicas.
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