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FLAVIA RAMOS NEVES
A SALA DE AULA COMO UM AMBIENTE ALFABETIZADOR: 
Os benefícios na aprendizagem de jovens e adultos influenciados por um ambiente letrado.
Santos
2015
1. INTRODUÇÃO
A proposta deste artigo é apresentar através de caráter bibliográfico um meio de imergir os alunos da EJA na escrita e leitura através de um ambiente letrado. A escolha do assunto deu-se baseado na defasagem de ambientes letrados específicos para a educação de jovens e adultos.
O educador que tem como finalidade principal a alfabetização e letramento de seus alunos deve proporcionar que a sala de aula seja um ambiente agradável, estimulante e com diversos tipos de materiais de qualidade que interajam com a vida deles. Segundo PINTO (2003) é importante considerar não apenas os materiais escolares, como livros didáticos e produções dos professores, mas também materiais reais, tais como: aqueles encontrados na sociedade, no dia-dia. Trata-se de criar situações que permitam que os jovens e adultos sintam o desejo de se comunicarem por meio da leitura e escrita, uma sala de aula preparada com o objetivo de proporcionar um aprendizado a partir das demonstrações. 
A proposta curricular do 1° segmento foi publicada em 2001, traz vários meios de oferecer orientação e programas da educação de jovens e adultos com materiais didáticos que na maioria das vezes não são utilizados por comodidade dos educadores em repetir o paradigma da educação infantil, já que sua grande maioria leciona com alunos dessa faixa etária. Ainda seguindo o pensamento de didáticas diferenciadas encontramos a de Paulo Freire l que leva o adulto a ser educado de dentro para fora, a partir de suas próprias experiências onde o propósito principal é que a educação é um ato coletivo. 
Mas para que a sala de aula se torne um ambiente alfabetizador é necessário promover um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais os educandos tem a oportunidade de participar tanto dentro da escola quanto em seu convívio social fora dela, para que eles não vejam as informações que o mundo real apresenta a eles apenas como códigos decodificados, e buscar alternativas para trabalhar com esses alunos de forma que estes sejam reconhecidos como capazes de aprender, e que essa aprendizagem eleve sua auto estima e autonomia.
O objetivo final deste artigo busca compreender e analisar a importância de um ambiente letrado no processo de alfabetização da EJA levando os educadores a refletir suas práticas de acordo com as propostas de aprendizagem, materiais e organização de sala e salientando os benefícios da aprendizagem dos alunos por um ambiente rico e letrado, de forma lúdica e prazerosa.
2. OBJETIVO GERAL E ESPECIFICOS
 Compreender e analisar a importância de um ambiente alfabetizador no processo de alfabetização. Levar aos educadores a refletir suas práticas, materiais e organização de sala.
1. Descrever o que é um ambiente alfabetizador.
1. Analisar a importância do ambiente alfabetizador no processo da alfabetização e quais os benefícios para jovens e adultos.
1. Buscar propostas que possam favorecer à organização da sala de aula.
3. METODOLOGIA
 A pesquisa tem caráter bibliográfico e será desenvolvida com base em livros, documentos do ministério da educação e artigos científicos, com definições de um ambiente alfabetizador, suas características e seus benefícios para os jovens e adultos na fase da alfabetização e letramento.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
 A Alfabetização, de acordo com SOARES, 2007, é a ação de alfabetizar e tornar o indivíduo capaz de ler e escrever. As propostas curriculares com relação à educação de jovens e adultos, foca nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática e dos Estudos da Sociedade e da Natureza e na preocupação com a adequação do trabalho educativo às condições de vida e trabalho dos alunos.
A coleção Orientações para a Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização realizada pela equipe do Ceale (Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita) da Faculdade de Educação da UFMG foi elaborada para auxiliar as escolas das redes publicas do Estado de Minas Gerais na organização do ciclo inicial de alfabetização e faz parte da estratégia de preparação dos professores para atuarem no ensino fundamental, constitui-se em uma ferramenta para elevação da qualidade da educação pública. Segundo PINTO (2003) Um ambiente alfabetizador é um contexto de cultura escrita, propiciado pela organização da sala de aula e da escola, que oferece oportunidades de interação dos alunos com diferentes tipos e usos de textos em práticas sociais ou de letramento e para finalizar na revista escola a autora Camila Camilo fala sobre a defasagem, as dificuldades e o planejamento diferenciado para os alunos na EJA. 
O método Paulo Freire de acordo com BRANDÃO (1981), é mais que simples método de alfabetização, é uma prática pedagógica cujo embasamento político obrigou a própria educação reconhecer em cada indivíduo um agente da história. 
FREIRE (1989), em A importância do ato de ler, aborda a questão da leitura e da escrita sob o olhar da luta política pretendendo mostrar o desafio pelos direitos da alfabetização e a importância do ato de ler. 
De acordo com CARVALHO (2009), é possível alfabetizar crianças e adultos, usando o código alfabético e ao mesmo tempo convidá-los a participar da aventura do conhecimento no ato de ler. 	
FERREIRO (1993) levanta a investigação do 'como se ensina' para 'o que se aprende. O aluno constrói seu sistema interpretativo, pensa, raciocina e inventa buscando compreender esse objeto social complexo que é a escrita.
Para TEBEROSKY (2003), os personagens e o cenário são importantes e intervêm na aprendizagem da leitura e da escrita favorecendo o dialogo educativo.
5. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um ensino voltado para pessoas que desistiram da escola ou que nunca tiveram oportunidade de frequenta-la, passando mais tarde a ter acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade adulta. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) no artigo 37° diz que os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
Antigamente os cursos supletivos particulares eram a única opção para esses jovens e adultos cursarem, principalmente o Ensino Médio, mas aos poucos as instituições foram perdendo espaço, embora algumas continuem sendo referência. Segundo a LDB, em seu artigo 38º, os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. Também é definida a idade mínima para a realização dos exames, maiores de 15 anos que podem prestar exames de conclusão do Ensino Fundamental e maiores de 18 anos que podem prestar para exames de conclusão do Ensino Médio. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos, e podem ser encontrados no site do MEC e a seguir citaremos a proposta curricular do primeiro e segundo segmentos. Os jovens e adultos que resolver voltar a estudar, muitas vezes sofrem preconceitos, porém é bom lembrar que a maioria desses alunos que frequentam a Educação de Jovens e Adultos estão com a aprendizagem comprometida e entendem a importância da educação. 
6. A PROPOSTA CURRICULAR E METODOLOGIA DA EJA
A proposta curricular do 1° segmento foi publicada em 2001, com o objetivo de oferecer um meio de orientar a elaboração de programas da educação de jovens e adultos, materiais didáticos e a formação de educadores que desejam trabalhar na área. Muitos professores que ingressam no programa EJA têm ou já tiveram experiências com a Educação Infantil e por muitas vezes se perguntam como ensinar essa categoria. E observou-se
que esses professores precisavam de um marco mais embrenhado que os ajudem a articular as inovações metodológicas e temáticas numa proposta maior e coerente. 
Então a proposta curricular consiste em orientações curriculares, referentes à alfabetização e pós-alfabetização de jovens e adultos, cujo conteúdo corresponde aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Não é propriamente um currículo ou programa pronto, mas um subsídio para formulação de currículos e planos de ensino, que devem ser desenvolvidos pelos educadores. E contribuir para formação de jovens e adultos que já estejam trabalhando e que tenham necessidades de se aprimorar para relacionar-se com a sociedade, sem serem vistos com inferiores e se sintam excluídos por não possuírem a educação escolar. 
O trabalho com esses alunos deve ser focado no âmbito pessoal, social e profissional. A utilização de metodologia criativa e envolvente, e além de ser transmitida a alfabetização, a opinião crítica e política sobre diferentes aspectos. 
Disciplinas e conteúdos que devem ser trabalhados na Educação de Jovens e Adultos: 
· A área de Língua Portuguesa abrange o desenvolvimento da linguagem oral e a introdução e desenvolvimento da leitura e escrita. Com o objetivo de capacitar os alunos a valorizar a língua como veículo de comunicação e expressão, respeitar as variedades linguísticas, expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, dominar os recursos do sistema da escrita, interessar-se pela escrita e leitura, desenvolver estratégias de compreensão e fluência e leitura e buscar textos do seu interesse ou necessidade, entre outros. 
· A área de Matemática deve estar integrada para orientar a forma equilibrada seu papel formativo que é o desenvolvimento da capacidade intelectual e estruturar o pensamento e o raciocínio lógico. Com o objetivo de interpretar informações sobre o mundo, reconhecendo sua importância na nossa cultura, apreciar o jogo intelectual, reconhecer sua própria capacidade e do seu colega, intervir em situações diversas relacionadas à vida cotidiana, vivenciar processos de resoluções problemas que comportem a compreensão dos enunciados, troca de ideias, calculo mental e calculo escrito, aperfeiçoar a compreensão do espaço, coletar, apresentar analise de dados. 
· A área de Estudos da Sociedade e Natureza busca desenvolver valores, conhecimentos e habilidades que ajudem os estudantes a compreender criticamente a realidade em que vivem. 
A complexidade da vida moderna e o exercício da cidadania plena impõem o domínio de certos conhecimentos sobre o mundo que os jovens e adultos devem ter acesso desde a primeira etapa do ensino fundamental. Com objetivo de problematizar fatos cotidianos, reconhecer e valorizar seu próprio saber, conhecer aspectos básicos da organização política do Brasil, interessar-se pelo debate de ideias fundamentadas em argumentos, buscar informações em diferentes fontes, e pelas ciências e pelas artes como formas de conhecimento, interpretação e expressão, inserir-se ativamente em seu meio social e natural, valorizar a vida e a sua qualidade como bens pessoais e coletivos, reconhecer o caráter dinâmico da cultura, observar modelos de representação e orientação no espaço e no tempo, compreender as relações que os homens estabelecem com os demais elementos da natureza, compreender as relações que os homens estabelecem entre si no âmbito da atividade produtiva e o valor da tecnologia. 
O Planejamento e a avaliação seguem duas etapas, a primeira seria nível de planejamento de atividades educativas, onde na medida em que o currículo se estabelece os objetivos gerais e seus desdobramentos em objetivos específicos, serve como ferramenta para orientar o educador e a coordenação na ação com outros educadores para trabalhar o programa. A Segunda etapa, o professor deve elaborar as atividades em sequências onde deve promover as aprendizagens, prevendo o tempo e materiais necessários. E a característica do plano didático é focar na iniciação dos educandos na leitura e escrita, além da consolidação de seus conhecimentos sobre a escrita numérica. 
Como a proposta curricular para a educação de jovens e adultos é construída a partir das orientações dos PCNs é fundamental destacar que eles se caracterizam por: 
· Apontar a necessidade de unir esforços entre as diferentes instâncias governamentais e da sociedade, para apoiar a escola na complexa tarefa educativa; 
· A importância de que cada escola tenha clareza quanto ao seu projeto educativo, para que, de fato possa se constituir em uma unidade com maior grau de autonomia e que todos os que dela fazem parte possam estar comprometidos em atingir as metas a que se propuseram; 
· O fato de que os jovens e adultos deste país precisam constituir diferentes capacidades e que a apropriação de conhecimentos socialmente elaborados é base para a construção da cidadania e de sua identidade. 
· Ampliar a visão de conteúdo para além dos conceitos, inserindo procedimentos, atitudes e valores como conhecimentos tão relevantes quanto os conceitos tradicionais abordados. 
· A certeza de que todos são capazes de aprender. 
São essas as definições que serve de exemplo para o trabalho das diferentes áreas curriculares. 
No site do Portal do MEC, podemos encontrar uma Coleção chamada Cadernos do EJA, que possui uma linguagem adequada e estruturada a partir de temas instigantes relacionados ao cotidiano destes alunos. E oferece ao professor também uma liberdade de trabalhar seu conteúdo enriquecendo suas aulas. 
Ainda no site, encontra-se o Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos – PNLD EJA. Onde se disponibilizam livros didáticos para os educandos. Os livros didáticos são para utilização dos alunos e professores, que poderão ser usados durante todo o ano letivo sem precisar devolvê-lo ao término do ano. Para participar do programa, as entidades parceiras do PBA (Estados, Municípios e Distrito Federal) que possuem turmas de alfabetização ou de ensino fundamental em EJA deverão firmar Termo de Adesão. 
No site da Revista Nova Escola na edição 235 de setembro de 2010 na matéria: “Pelo direito de saber ler e escrever temos mais um exemplo de que um bom material didático faz todo o diferencial em uma aula” obtivemos o conhecimento por meio desse artigo publicado, que em São João do Oeste em SC, livros preparados pela equipe pedagógica local com temas mais adequados e atuais evitaram o desinteresse e consequentemente a evasão. Como foi visto nas matérias citadas acima, e por meio de pesquisas podemos constatar que o próprio MEC disponibiliza materiais adequados e específicos com linguagem adequada ao público da EJA, podemos notar que um bom material faz toda a diferença, tornando os alunos mais interessados nas aulas. Educadores acomodados simplesmente desconhecem esses incentivos ou materiais para uma melhor forma de desenvolver suas aulas. 
Um bom exemplo de que a didática e o material ajudam na alfabetização é método de alfabetização de Paulo Freire que é construído juntamente com o aluno depois de se contextualizar a sua história de vida. Ele educa enquanto se está em processo de construção, portanto é uma prática de educação popular. A Educação Popular nada mais é do que um trabalho conjunto com a comunidade local. É a transformação da vida das pessoas por meio do seu próprio conhecimento. 
Muito antes de propor este método, Paulo Freire propôs uma nova forma de pensar a educação, repensar o adulto e todo o seu contexto social, cultural e analisar a aprendizagem de um jeito mais humano. 
A didática usada por Paulo Freire leva o adulto a ser educado de dentro para fora, a partir de suas próprias experiências e para ele isto era a liberdade do homem, mas para que isso fizesse um sentido maior, deveria ter um caráter socializador e crítico no contexto político, social e individual de cada um. Seu método foi pensado em trabalhar a educação com um diálogo entre o educador e o educando, o propósito principal é que a educação é um ato coletivo. 
É necessário
pensar na cultura em que os educandos estão inseridos, nos seus locais de trabalho e levantar dados junto com a comunidade e construir a alfabetização a partir do conhecimento prévio de cada um, e posteriormente aprofundar a formação de novos conhecimentos. A partir desta busca é que surge o processo de conscientização e compreensão do mundo. 
Outro método que poderia contribuir para a sala de aula e atrair a atenção destes alunos são o uso das tecnologias, que estão inseridas diariamente no cotidiano dos mesmos. Em nossas aulas durante a faculdade, obtivemos o conhecimento de como essas tecnologias, são favoráveis ao ensino, pois com ela o professor pode ir além, questionando, instigando e incentivando o aluno a ser crítico em relação aos meios de comunicação áudio e visual em que vivem.
7. O PPROFESSOR ALFABETIZADOR E O AMBIENTE LETRADO PARA A EJA
É muito importante que o professor como mediador da aprendizagem ofereça as oportunidades, os materiais necessários e proporcione as informações pertinentes para que as intervenções pedagógicas estejam adequadas e estimulem a curiosidade e o interesse dos alunos.
Segundo TEBEROSKY (2003), “os professores como guiadores deste processo possuem a responsabilidade de criar um ambiente alfabetizador rico em materiais apropriados, levando em conta o conhecimento prévio dos alunos, garantindo um trabalho contínuo e gradativo para o processo de aprendizagem”. Ainda mais quando os educandos convivem com pessoas que utilizam a leitura e a escrita o tempo todo, eles podem pensar sobre a língua e seus usos, e compor ideias sobre ler e escrever.
De acordo com FREIRE (1989) o professor deve se atentar para o contexto onde seus alunos estão inseridos para que o aprendizado se torne significativo para os educandos, atraindo sua atenção e compreensão do que ocorre na sua realidade partindo do micro para o macro. Um exemplo clássico da pedagogia de Freire para a Educação de Jovens e Adultos é alfabetizá-los por meio de sua realidade. Alunos que trabalham na construção civil podem ser facilmente alfabetizados por meio das chamadas “Palavras Geradoras” como: cimento, argamassa, areia, pedra, enxada, tinta e demais palavras que façam parte desta semântica. Por meio dessas palavras geradoras que o docente poderá fazer com que o público da EJA possa aprimorar, juntamente com a alfabetização, o letramento. Saindo do conhecimento ingênuo e migrando para o conhecimento epistemológico.
Importante também que o professor seja exemplo de ética perante seus alunos, coerente com aquilo que profere para não cair no abismo da hipocrisia pois é bem melhor aprendermos com exemplos pois isso gera credibilidade ao educador e confiança em seus pensamentos e explanações didáticas-pedagógicas diante de seus alunos. (FREIRE, 1989)
Um ambiente alfabetizador não é apenas formado por paredes repletas de cartazes com desenhos, textos e palavras, para de desenvolver a aprendizagem é preciso ir além disso. É possível desenvolver a aprendizagem em um ambiente onde o ato de ler e escrever aconteça de forma sistemática e essencial.
Segundo FERREIRO (2007), criar um ambiente alfabetizador significa organizar a sala de aula de maneira que cada parte ofereça materiais que favoreçam a aquisição de conhecimentos: Canto da leitura; Materiais diversos com ilustrações e escritas (jornais, revistas, dicionários, folhetos, embalagens, etc.); Alfabeto ilustrado; Seqüência numérica; Calendário; Painel de aniversariantes; Painel de ajudantes; Listão de palavras e vários outros recursos. Partindo desse pensamento nós enquanto mediadoras devemos transformar a sala de aula em um espaço onde o aluno esteja sempre em contato com materiais escritos significativos. Lembrando que tão importante quanto o contato manual com livros e materiais de apoio, é que os educandos façam o uso deles como práticas sociais de leitura e escrita favorecendo a efetivação da interação dos alunos no mundo letrado.
De acordo com TEBEROSKY (2003), um ambiente alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos – digitais ou em papel – um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo o momento esses escritos, que faz circular ideias que eles contêm, é chamada alfabetizadora”, ou seja, inserir a escrita e a leitura no cotidiano dos alunos.
Portanto para que a sala de aula se torne um ambiente alfabetizador é necessário promover um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais os educandos têm a oportunidade de participar tanto dentro da escola quanto em seu convívio social fora dela. Segundo CARVALHO (2009) um ambiente letrado pode influenciar positivamente no aprendizado do aluno porque o docente deve ter o bom senso de que nem sempre os alunos terão motivação para ler e escrever porque muitos discentes são oriundos de camadas socioeconômicas baixas, onde o ambiente nem sempre favorece o aprendizado e ao letramento.
É importante ressaltar que o letramento nem sempre é levado em consideração no processo de alfabetização e muitos professores nem sabem de sua existência como conceito. Letramento é algo que vai além da alfabetização e se refere ao conhecimento de mundo de acordo com cada contexto social. Em tese é a adequação do discurso de acordo com a realidade onde esse será proferido. O fato de uma pessoa ser analfabeta não quer dizer que não seja letrada, no caso da EJA, muitos jovens e adultos já possuem muita experiência de vida e podem transmitir tais experiências ao verbaliza-las mesmo sem saber ler e escrever.
Para que a sala de aula seja um ambiente letrado é primordial que o espaço físico esteja adornado com a produção dos alunos como cartazes, figuras, textos de variados gêneros mas com a prática educadora voltada para a finalidade de letrar.
Trabalhar com gêneros textuais é algo que, pedagogicamente, favorece ao letramento pois os alunos podem circular por diferentes formas de comunicação dependendo da finalidade. Tal atividade não pode ser restrita à alfabetização mas às demais disciplinas. Uma experiência de ciências produzida pelos alunos para conhecer o ciclo da água na natureza, por exemplo, contribui para o letramento e no processo de alfabetização já que serão feitas algumas etapas até chegar à experiência e, posteriormente, à compreensão do conceito ministrado pelo docente.
O professor que deseja trabalhar com a alfabetização e letramento deve favorecer a interdisciplinaridade e ser apenas um subsidiário pedagógico, consistindo em dar aos alunos ferramentas para que esses possam construir seu conhecimento alcançado a epistemologia do que lhe foi apresentado.
Portanto,
Pais analfabetos ou machistas, necessidade de trabalhar, inexistência de escolas, paternidade e maternidade precoces e falta de dinheiro, transporte, comida e oportunidade. Devido a todos esses infortúnios, muitos brasileiros só têm a oportunidade de começar a frequentar a escola depois dos 15 anos de idade ou na fase adulta. É por isso que o Ministério da Educação, em parceria com governos locais, lança programas de incentivo à alfabetização e educação de jovens e adultos, como o Fazendo Escola e a EJA (Educação de Jovens e Adultos), iniciativas da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Criado em julho de 2004, o órgão coordena ações de alfabetização e oferece apoio financeiro e pedagógico para que estados e municípios garantam a continuidade dos estudos de quem já aprendeu a ler e escrever. 
O problema, porém, é que não basta atrair alunos para a sala de aula. Quem tem uma turma de EJA sabe das dificuldades de manter o interesse dos alunos - que chegam cansados do trabalho -, de planejar aulas que tenham relação com a vida deles e que não sejam uma versão empobrecida do que é dado a crianças e adolescentes. Mas já há inúmeras escolas trabalhando com sucesso. Selecionamos experiências que trazem os fundamentos para que você possa dar aos estudantes oportunidade de se tornarem cidadãos autônomos e transformar a escola na porta de entrada de um mundo a ser
descoberto.
Para ler, clique nos itens abaixo:
Alfabetizar para manter os alunos estudando
Um dos grandes parceiros do governo na luta contra o analfabetismo é o Serviço Social da Indústria (Sesi). O Projeto Sesi por um Brasil Alfabetizado começou em 2003 e já alfabetizou 1 milhão de pessoas de 15 a 60 anos. Enquanto o governo federal capacita e paga os alfabetizadores, o Sesi fornece material didático e capacita e paga os supervisores, que orientam o trabalho em sala de aula, tiram dúvidas e proporcionam a troca de experiências entre os alfabetizadores. 
Seguindo a linha do educador Paulo Freire (1921-1997), o projeto alfabetiza com base em temas geradores, fazendo a ligação dos conteúdos escolares com a vida dos estudantes. Em sua turma de alfabetização na Escola Municipal José Clementino Coelho, na zona rural de Limoeiro, o professor Aluízio Barbosa da Silva, por exemplo, começou uma das aulas com uma canção sobre o meio ambiente. Enquanto cantavam, os alunos treinavam a leitura e aprendiam que as queimadas empobrecem o solo, tirando o sustento deles e das próximas gerações. "Eu vi por que é importante reciclar o lixo e que muitas famílias vivem de vender os materiais recicláveis", conta a agricultora Marlene Rosa de Lima Silva, 46 anos. 
Estados e municípios já se movimentam para proporcionar a continuidade da escolarização aos formandos das turmas de alfabetização. A orientação da Secad é de que os alunos sejam estimulados pelos professores a prosseguir os estudos. "Em Limoeiro, estamos mobilizando as secretarias estadual e municipal de educação para ampliar a oferta de EJA. Muitos desistem porque a escola fica distante demais", afirma Luíza Antônia Ferreira, supervisora do projeto do Sesi no município.
Mostrar que a escola de modernizou
 Um grande desafio para professores de jovens e adultos é acabar com a estranheza que a escola causa a muitos logo nos primeiros dias de aula. O modelo que a maioria guarda na memória é de salas com carteiras enfileiradas, quadro-negro, giz, livro, caderno e um professor - que fala o tempo todo e passa tarefas. 
Para Vera Masagão Ribeiro, coordenadora de programas da Ação Educativa, organização não-governamental em São Paulo, é importante mostrar que recursos variados também fazem parte da aprendizagem. Relacionar esses recursos com o conteúdo da aula é um bom começo. "Se a idéia é passar um vídeo para a turma, o professor pode antes dar um texto sobre o tema e provocar uma breve discussão. Terminado o filme, ele pergunta aos alunos qual foi o trecho mais emocionante ou marcante", sugere Vera. Ela alerta, no entanto, que é preciso combinar essas atividades com o momento do registro escrito que, para a turma, é uma característica específica da escola. "Ao escrever, eles têm o sentimento de aprendizagem, de apropriação do conhecimento", ressalta. 
Na Escola Estadual Jorge Fernandes, em Natal, os professores de EJA são orientados a preparar o terreno antes de cada atividade diferenciada. "Se o aluno for pego de surpresa, acaba achando que aquilo não faz parte da aula", afirma a vice-diretora da escola, Maria Gorete de França Gomes. "Por isso, os professores mostram, aos poucos, que existe um mundo além do quadro e do giz: há filmes, músicas, entrevistas, documentários, livros e tantas outras coisas interessantes às quais a maioria não tem acesso", explica. 
"No meu tempo, o professor parecia que ficava um degrauzinho acima da gente e ninguém abria a boca. Dava para ouvir a respiração dos colegas", conta a auxiliar de enfermagem Maria de Lima Pimenta Silva, 60 anos, que acabou de completar o Ensino Médio. Os anos de rigidez escolar fizeram com que Maria tivesse medo e vergonha de fazer perguntas e de errar. "Quando voltei à escola, achava que tinha só que escutar. Perguntar e discutir era perda de tempo. Agora aprendi que, se não pergunto, não aprendo", conclui Maria.
Ensina as disciplinas como elas aparecem na vida
A interdisciplinaridade é uma das palavras de lei da educação brasileira atual. Como no mundo nada é separado por assunto, a idéia é de que o conhecimento também seja transmitido de maneira contextualizada e inter-relacionada. Por exemplo, em uma viagem a Porto Feliz realizada pelo Gepeja com as turmas do EJA de Campinas, os alunos estudaram conceitos de física, como velocidade, relacionando o tempo da viagem e os quilômetros percorridos, calcularam quantos litros de água uma cidade como Campinas consome a cada mês e aprenderam sobre a história das monções - expedições de navegação em rios ocorridas nos séculos 18 e 19 - que partiam de Porto Feliz. 
Ao verem peças de tortura da época da escravidão expostas em um museu, debateram sobre as condições de vida dos negros no Brasil. Eles discutiram também o grau de poluição do rio Tietê e que impactos isso traz para a vida deles e das futuras gerações. "Nossa preocupação é despertar o senso crítico para que os alunos possam, por exemplo, perceber o que é possível fazer na comunidade para melhorar a qualidade de vida", afirma Angélica Sacconi Leme, professora da sala de alfabetização do Gepeja.
Usar a experiência da turma como base nas aulas
Projetos que fazem sentido para os alunos mostram que o mundo não pode ser dividido por disciplinas, como acontece na escola. Dessa forma, eles começam a relacionar os conteúdos estudados com fatos do cotidiano e do trabalho. Ao aprenderem o que eram bactérias, as empregadas domésticas que cursam as aulas do nível 2 de EJA (3ª e 4ª séries) da Escola Estadual Jorge Fernandes, em Natal, descobriram por que para cozinhar é tão importante manter as unhas cortadas e as mãos sempre limpas. 
A professora Maria das Graças Cardoso Amorim percebeu que a profissão de grande parte da turma daria um bom mote para as aulas. Todas as segundas-feiras um grupo de estudantes vai para a cozinha preparar uma iguaria. Enquanto isso, o restante da turma copia a receita do quadro-negro e faz os exercícios de gramática e ortografia. Ao fim da aula, todos se reúnem para provar o prato e conversar. É um momento de socialização, que fortalece os vínculos do grupo. 
No decorrer da semana, a professora trabalha leitura, conteúdos de Matemática e Ciências, noções de higiene e também fala da cultura e da história das receitas regionais. Maria das Graças leva em conta a assiduidade, a participação e o envolvimento com as aulas. Esse acompanhamento contínuo permite que ela lance mão de estratégias variadas para ajudar cada um a superar suas dificuldades. "Algumas patroas ligaram para a escola elogiando o trabalho desenvolvido e a evolução no vocabulário das funcionárias", diz. Ela se preocupa em mostrar à turma que o trabalho de cada um é de extrema importância para a sociedade. 
"Minha patroa é professora aposentada. O saber dela é um, o meu é outro. E nós duas somos importantes", constata Maria Analete da Silva Aguiar, 45 anos, que pretende continuar os estudos e, no futuro, trabalhar com alimentos congelados e doces e salgados para festas.
Ampliar os horizontes culturais dos estudantes
A escola pode apresentar o mundo cultural aos alunos. Para explorar uma metrópole como São Paulo, que oferece tantas opções, Ricardo Barros, professor-coordenador de EJA da Escola Estadual Rodrigues Alves, criou o projeto Você Tem Fome de Quê?, em que os conteúdos aprendidos em sala se relacionam com as manifestações culturais da cidade. Os professores organizam visitas a exposições de arte, teatros, cinemas e museus e recebem artistas na escola, que expõem seus trabalhos e suas idéias. 
"A primeira vez que fui a uma exposição, achei tudo elegante demais. Fiquei tímido. Hoje já me sinto mais à vontade", conta o manobrista Marcos Antônio dos Santos Soares, 26 anos. "Quando vi que a gente ia sair por aí visitando exposições, pensei que era bobagem. Achava que eu tinha que aprender a ler e escrever e só. Agora fico ansiosa esperando o próximo passeio", diz a acompanhante Arlete Alves Feitosa, 22 anos. 
São comuns casos de estudantes que nunca foram ao cinema ou ao teatro. "O projeto torna esses adultos
mais sensíveis à ação transformadora da arte", afirma Ricardo. "A nossa mente se abre, a gente começa a ficar mais crítico. Eu nunca pensei em fazer uma faculdade. Agora meu objetivo é ser psicóloga e trabalhar com Educação Especial", revela a empregada doméstica Maria de Lourdes Alves Nascimento, 35 anos.
Integrar os jovens e alunos com os demais alunos
Tornar as turmas de EJA parte da comunidade escolar é fundamental para o sucesso da aprendizagem e para evitar a evasão. O aluno não pode sentir que aquele espaço é apenas emprestado. "Não são raros os casos de escolas que trancam a biblioteca, a sala de informática e até alguns banheiros à noite, no período em que os adultos estão lá", afirma Vera Masagão. Além disso, muitas vezes eles são excluídos das festas e feiras culturais, do jornal interno e dos eventos da escola. Para promover a integração de todas as modalidades de ensino, a secretaria de educação de Pombal, na Paraíba, organiza anualmente um desfile de carroças na época de São João. Todos, desde a creche até a Educação de Jovens e Adultos, enfeitam suas carroças - e os burros que as puxam - para mostrar ao público o quanto conhecem e valorizam a própria cultura. Antes do grande dia, os alunos estudam os símbolos de são João, como a fogueira e as bandeirinhas, e aprendem sobre a origem da festa e a culinária local. O tema escolhido pelas turmas de EJA para enfeitar a carroça foi a mulher rendeira. O capricho na confecção dos adereços, laços e babados e da boneca rendeira mostra o carinho e o interesse dos alunos pela escola. "Participo de tudo que os mais jovens fazem. É uma alegria", afirma Raimundo dos Santos Lima, 52 anos, o orgulhoso dono do burro que puxou a carroça da EJA no desfile. 
A EJA foi implantada na cidade de Pombal em 2001, incentivada pela atuação do Alfabetização Solidária, organização não-governamental que desde de 1998 já atuava ali. "Muitos ficavam frustrados por não ter escola para seguir os estudos. Entrei em contato com a secretaria para atender a essa demanda", lembra Vera Lúcia Vieira Medeiros, coordenadora do Alfabetização Solidária e de EJA de 1ª a 4ª série do município. 
A metodologia voltada à formação de cidadãos mostra aos alunos que o estudo faz diferença no seu cotidiano. "Morria de vergonha de não saber assinar meu nome. Estar em uma escola tão boa, que ensina a ler, escrever e saber dos meus direitos, é como ganhar na loteria", conta o agricultor Raimundo Laurentino de Matos Filho, 38 anos.
01/08/2005 18:06 
Texto Meire Cavalcante
Educar para crescer revista nova escola editora abril
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos observar 	que a EJA necessita de uma metodologia diferenciada para que se tenha êxito em seu processo de alfabetização onde o próprio MEC disponibiliza uma coleção com linguagem adequada e estruturada a partir de temas que podem ser relacionados ao cotidiano destes alunos e oferece ao professor também uma liberdade de trabalhar seu conteúdo enriquecendo suas aulas. 
Para que esses materiais se tornem efetivos o educador pode transformar a sala de aula em um ambiente alfabetizador, não apenas enfeitando as paredes com diversos cartazes e palavras, mas tornando-a funcional para que a prática educadora tenha a finalidade de letrar. 
É possível desenvolver a aprendizagem em um ambiente onde o ato de ler e escrever aconteça de forma sistemática e essencial promovendo um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais os educandos têm a oportunidade de participar tanto dentro da escola quanto em seu convívio social fora dela. 
Os docentes precisam estar preparados assim como a sala de aula e valorizar o conhecimento prévio destes alunos para que eles compreendam que a alfabetização e o letramento estão além da decifração de códigos, sons e transição de letras, o objetivo é torná-los cidadãos capazes de ler e interpretar coisas simples do seu cotidiano com facilidade. O professor que deseja trabalhar com a alfabetização e letramento deve favorecer a interdisciplinaridade e ser apenas um subsidiário pedagógico, consistindo em dar aos alunos ferramentas para que esses possam construir seu conhecimento alcançado a epistemologia do que lhe foi apresentado.
A sala de aula como um ambiente alfabetizador contribui para a aprendizagem mais efetiva dos alunos e os prepara para adquirir a tão necessária segurança de que precisa para dar continuidade aos estudos os tornando cidadãos autônomos com pensamento crítico e ativos na sociedade letrada.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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