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* As cidades depois de 1970 • Pós II Guerra Mundial, 30 anos de crescimento sustido • 1961 Crítica realizada por Jane Jacobs: Morte e vida das grandes cidades, ‘cidades planejadas mas desumanas’ • Década de 1970: Grandes áreas centrais sem uso. Surge a ideia de cidade “empreendimento”, se deixa de fazer controle urbano acirrado e se passa a encorajar o crescimento mais liberal e se promove a ocupação desses espaços centrais. • A cidade se entende como uma “máquina de produzir riqueza”. • O planejador se confunde com o empreendedor. * As cidades depois de 1970 Se fala em “Revitalização urbana” e em “Planejamento Estratégico”, promovendo a cidade como “Máquina de Crescimento”. Esses projetos, muitas vezes, se apoiam em um discurso de cunho social, todavia, a elite financeira acaba tomando posse da cidade, manipulando o apoio público, combinando recursos privados e federais para promover uma urbanização comercial a grande escala. * As cidades depois de 1970 • A cidade empreendimento • A cidade acontecimento • A cidade empresa-cultural Os triângulos virtuosos??? O que acontece com as pessoas? Quem se beneficia? O arquiteto- urbanista agente chave Cidade Comércio Cultura Desenvol vimento Urbano Crescimen to Econômico Aconteci mento * “Um fazer cidade movido a ocasiões” Otília Arantes Barcelona 1888 Exposição Universal permite a reorganização da área de La Ciudadela 1929 Exposição Universal permite integrar Montjuic na trama urbana 1992 Olimpíadas 2004 Fórum das Nações 1859 1992 1992 1992 1888 1929 2004 1992 1888 Exposição Universal 1859 Eixample de Cerdá 1929 Exposição Universal de Barcelona 1992 Olimpíadas 2004 Fórum das Nações Década de 1980- Democratização- Autonomia Etapa da regeneração da cidadania através da multiplicação dos espaços públicos (projeto das 100 praças). 1986 Barcelona é confirmada como cidade olímpica É apresentada como um centro atraente para os investidores e os turistas Deve cumprir os requerimentos para desenvolver adequadamente as atividades esportivas olímpicas http://urban-networks.blogspot.com.br/2012/05/los- grandes-eventos-como-catalizadores.html 1. As Olimpíadas de 1992 permitiram ampliar os objetivos de um processo de urbanização que já começara na década de 1980. O grande acontecimento das Olimpíadas conferiu força política e apoio mediático e financeiro para renovar os quatro polos diretamente vinculados aos jogos olímpicos. As áreas que centralizavam a renovação foram 4: Montjuïc, Diagonal, Vall d’Hebron e a Villa Olímpica (Poble Nou). Estas áreas foram unidas com as denominadas “Rondas de Circunvalación” 2. De forma paralela, de 1986 a 1992, se desenvolve o Projeto das “Novas Centralidades”: Foram definidas 10 áreas, em geral resultantes de desativação de industrias, estradas de ferro ou serviços anteriores, com boa localização e grande potencial, as quais foram reurbanizadas e reequipadas: Eram os “focos” do Planejamento Estratégico Novas centralidades: 1. Diagonal Sarriá 6. Porto de Barcelona 2. Tarragona- Praça de Espanha 7. Gloriés 3. Renfe- Meridiana 8. Val d´Hebron 4. Praça Cerdá 9. Sagrera 5. Villa Olímpica 10. Diagonal Prim 1. Diagonal Sarriá 2. Tarragona- Praça de Espanha 4. Praça Cerdá 9. Sagrera 10. Diagonal- Prim 5. Vila Olímpica 7. Gloriés 6. Porto de Barcelona 8. Val d´Hebron 3. Renfe-Meridiana 1986- 1992 Projeto das “Novas Centralidades” Polo Olímpico de Montjuic: Palau Sant Jordi (Isosaki), Estádio Olímpico (de 1929, reformado por Gregotti e grupo CMBM), Antena das Telecomunicações de Calatrava, esplanada e piscinas. Palau Sant Jordi, Arata Isosaki Moll de la Fusta ou Paseio Colón, Manuel Solá-Morales (1981- 1987). Passeio-terraço, sem conecção direta com o mar. Nova Centralidade: Porto de Barcelona Moll de Barcelona, WTC Hotel Arts de Bruce Graham, Skidmore, Owings and Merrill. Edifício Mapfre de Ortiz León e a escultura “peixe” de Frank Ghery. Hotel W de Ricardo Bofill Instituto de Metereologia, Alvaro Siza 3. A renovação do bairro antigo (Bairro Gótico e bairro El Raval) Existiu uma predominância do “cultural” e da centralidade da cultura nos novos processos de urbanização. Esta predominância esteve fortemente presente a partir da década de 1970 no mundo todo e Barcelona tinha uma forte tradição cultural no seu patrimônio arquitetônico. O El Raval parece se ir transformando aos poucos num “bairro cultural”. * Tipo de intervenções no Bairro Antigo: 1.1) Restauração do patrimônio arquitetônico e urbano do bairro deteriorado: Catedral entre outros. Estes prédios mantem a sua função original. * Tipo de intervenções no Bairro Antigo: 1.2) Criação de novos centros culturais, muitas vezes em antigos edifícios restaurados que mudam a sua função. Biblioteca de Catalunya, no prédio do antigo hospital de Sta. Creu * Tipo de intervenções no Bairro Antigo: 2) Ampliação do patrimônio arquitetônico e urbano do bairro: Reforma da Antiga Casa de Caritat em Centro Cultural * Tipo de intervenções no Bairro Antigo: 3) Novas edificações: Museu de Arte Contemporânea de Barcelona de Richard Meyer (1987- 1995) (o start point para a renovação do El Raval), um edifício branco e resplandecente para um bairro “encardido”. Demolições (verdadeiras limpezas urbanas) como consequência desse novo prédio, da Plaza del Angel e da ampliação da Rambla. Demolições (verdadeiras limpezas urbanas) como consequência desse novo prédio, da Plaza del Angel e da ampliação da Rambla. * Tipo de intervenções no Bairro Antigo: 4) As “limpezas”: Em 1988 foi criada a PROCIVESA (Promoción de Ciutat Vella S.A.), de capital misto, encarregada da renovação dessa parte da cidade. Promoveu uma política de “recuperação” fundada na criação de atrações culturais e lugares de atividades econômicas alternativas, eliminando muitas das residências, em especial as pensões (cortiços e prostíbulos). * Na PROCIVESA, o Estado se ocuparia da criação dos espaços públicos, praças e equipamentos urbanos. O Estado ajudaria na reabilitação ou reconstrução dos imóveis (de forma mínima) Mas o setor privado se apropria das atividades mais rentáveis (a maioria da moradia, o comércio) * A cidade velha começa a se tornar atraente para certos setores da população: classe média, jovem e qualificada, mas o bairro antigo também tem um importante número de imigrantes e mantem aproximadamente 1/3 da população original. Bibliografia: MONTANER, Josep Maria. Después del movimento moderno. Barcelona: GG Ediciones, 1999. ARANTES, Otilia. Berlim e Barcelona, duas imagens estratégicas. São Paulo: Annablume, 2012.
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