Buscar

Sinais vitais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação dos sinais vitais 
Objetivo: demonstrar as condições de saúde de um 
indivíduo, seguindo referencial/parâmetro como 
indicadores. 
Revelam a eficácia de algumas funções corporais: 
circulatória, respiratória, 
neural, endócrina 
 
Sinais vitais 
• Temperatura corporal 
• Frequência cardíaca 
• Frequência respiratória 
• Pressão arterial 
• Dor 
 
Fatores que alteram os sinais vitais 
Temperatura do ambiente; 
Esforço físico; 
Condições clínicas decorrentes do ambiente; 
Resposta ao estresse físico e psicológico; 
Intervenções terapêuticas da área da saúde; 
 
Cuidados para a avaliação dos sinais vitais 
Reunir todo o material; 
Explicar à pessoa o que vai ser feito; 
Solicitar que a pessoa sente ou deite em divã; 
Respeitar os princípios de ergonomia (segurança, 
saúde, eficiência e produtividade) para preservar suas 
próprias condições de saúde 
Definição: é a capacidade do organismo manter sua 
temperatura central relativamente estável a variação 
climática ambiental, possibilitando o funcionamento 
corporal-metabólico e propiciando condições para a 
vida nas mais diversas condições ambientais. 
 
O equilíbrio entre a produção e a perda de calor deve-
se basicamente ao seguinte mecanismo, controlado 
pelo HIPOTÁLAMO: quando há necessidade de perda 
de calor, impulsos nervosos provocam vasodilatação 
periférica com aumento do fluxo sangüíneo na 
superfície corporal e estimulação das glândulas 
sudoríparas, promovendo a saída de calor. 
 
Quando há necessidade de retenção de calor, estímulos 
nervosos provocam vasoconstrição periférica com 
diminuição do sangue circulante local e, portanto, 
menor quantidade de calor é transportado e perdida 
na superfície corpórea. 
 
A temperatura Corporal central, medida internamente, 
é de aproximadamente 37°C e varia cerca de 1°C ao 
longo do dia. É mais baixa no início da manhã e mais 
alta no período da tarde e noite. Mulheres costumam 
apresentar maior variação da temperatura em relação 
aos homens. 
 
Alterações fisiológicas da temperatura 
Sono, repouso, idade, emoções, esforço físico, banhos, 
agasalhos e alimentação. 
 
Aferição de temperatura 
Com intuito de aferição dos sinais vitais de forma não 
invasiva, aferimos a temperatura nas seguintes regiões: 
Região Retal, Região Oral, Região Axilar, na Membrana 
Timpânica e Artéria Temporal. 
 
Valores de referência 
Temperatura axilar: 35,8°C - 37,°C ( 5 a 10 minutos) 
Temperatura oral: 36,3°C - 37,4°C (3 minutos) 
Temperatura retal: 37°C - 38°C (3 minutos) 
 
Terminologia e valores de referência 
Normotermia - temperatura corporal normal 
Estado febril – 37,5°C a 37,9°C 
Febrícula: 37°C a 37,5°C 
Hipertermia ou febre – 38°C a 39°C 
Aumento da temperatura corporal. É uma condição em 
que se verifica: pele quente e seca, sede, secura na 
boca, calafrios, dores musculares generalizadas, 
sensação de fraqueza, taquicardia, taquipnéia, cefaléia, 
delírios e até convulsões. 
Pirexia - maior que 39,1°C a 40°C 
Hiperpirexia - maior que 40°C 
Intermação/insolação – 41°C a 42,5°C 
Hipotermia - temperatura abaixo do valor normal. 
Caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose e 
tremores. 
Hipotermia leve – 32°C a 35°C 
Hipotermia moderada – 30°C a 32°C 
Hipotermia grave – menor que 30°C 
 
Tipos de hipertermia (febre) 
CONTÍNUA: mantém-se elevada com poucas 
oscilações. 
 
INTERMITENTE: quando ocorre regularmente 
alternância entre um período de hipertermia e um 
período de temperatura normal ou subnormal. 
 
REMITENTE: é a hipertermia que oscila em vários 
graus, porém, sem nunca chegar ao patamar normal. 
 
RECRUDENTE OU RECORRENTE: após um período 
normal de temperatura, há nova manifestação de 
hipertermia. 
 
FEBRÍCULA OU ESTADO SUBFEBRIL: variações de 
temperatura entre 37°C a 37,5° C. 
 
F.O.I.: febre de origem indeterminada 
 
Definição: O pulso é o limite palpável do fluxo 
sanguíneo observado em vários pontos sobre o corpo e 
um indicador do estado circulatório. Possibilita o 
1º contato físico médico-paciente. 
 
Determinados fatores podem provocar alterações 
passageiras no pulso, como emoções, exercícios físicos, 
alimentação, drogas etc. Quando se realiza o controle, 
é necessário ter atenção em relação ao ritmo e ao 
volume de pulso. 
 
Locais de verificação: 
Temporal 
Carotídeo 
Braquial 
Radial 
Femoral 
Poplíteo 
Pedioso 
Tibial posterior 
 
A artéria radial e carótida são locais de fácil 
verificação do pulso. Quando a condição do paciente 
se agrava , o pulso carotídeo é a escolha. 
Aspectos a serem avaliados 
Estado da parede arterial: ausência de tortuosidades, 
facilmente depressível. 
 Frequência: de 60 a 100 bpm 
 
Ritmo: avaliação da sequência de pulsações (regular ou 
irregular). Quando irregular é chamado de arritmia ou 
disritmia. 
 
Tensão/dureza: avaliação feita por meio da compressão 
progressiva da artéria. 
Pulso mole: pequena pressão para interromper a 
pulsação (baixa tensão) 
Pulso duro: forte pressão para interromper a pulsação 
(alta tensão – hipertensão arterial) 
 
Amplitude/Magnitude/Volume: relacionado com 
enchimento durante sístole e esvaziamento durante a 
diástole. 
Pulso cheio/amplo: aumento da força do volume 
sanguíneo 
Pulso fino/filiforme: redução da força do volume 
sanguíneo 
 
Tipos de onda: 
Onda normal: aparece e some com rapidez 
Dicrótico: duas ondas a cada pulsação 
Filiforme: amplitude pequena 
 
Terminologia (paciente adulto) 
Normocardia: frequência cardíaca normal - 60 a 100 
bpm; 
Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal - 
abaixo de 60 bpm; 
Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal - 
acima de 100 bpm; 
Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; 
Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico. 
 
Procedimento no pulso radial 
-Flexionar levemente o punho do paciente com a 
palma da mão voltada para 
baixo; 
-As pontas dos dedos (do examinador) são as partes 
mais sensíveis da mão para palpar a pulsação arterial; 
-O pulso é mais precisamente avaliado com uma 
pressão moderada; 
-Após o pulso ser sentido regularmente, iniciar 
contagem 
-Utilizar relógio de ponteiro e contar por 1 minuto 
(inteiro) 
 
Restrições importantes 
-Evitar verificar o pulso em membros afetados de 
pessoas com lesões neurológicas ou vasculares; 
-Não verificar o pulso em membro com fístula 
arteriovenosa (pessoa que faz hemodiálise); 
-Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode 
confundir a sua pulsação com a da pessoa; 
-Nunca verificar o pulso com as mãos frias; 
-Em caso de dúvida, repetir a contagem; 
-Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode 
oblitera-la e impedir verificação do pulso; 
-Se for a primeira verificação solicitar que a 
pessoa descanse para que o dado não seja 
falsificado 
 
Valores de referência 
Recém-nascido - 120 a 140 bpm 
Lactente - 100 a 120 bpm 
Segunda infância e Adolescência - 80 a 100 bpm 
Adulto - 60 a 100 bpm 
 
A respiração é uma das funções vitais do organismo. 
Por meio da respiração é que se efetua a troca de gases 
dos alvéolos, transformando o sangue venoso rico em 
dióxido de carbono e o sangue arterial rico em 
oxigênio. O tronco cerebral é a sede do controle da 
respiração automática, porém recebe influências do 
córtex cerebral, possibilitando também, em parte, um 
controle voluntário. 
 
Fatores que influenciam a respiração 
Doenças, idade, posição corpórea, drogas, exercícios e 
emoções. 
 
O processo de respiração tem três fases: 
Inspiração, transporte pela corrente sanguínea 
mecânicos que permitem o transporte do ar do 
exterior do organismo ao seu interior (inspiração) e 
vice-versa (Expiração). O ar penetra pelas narinas do 
nariz, que se abrem na cavidade nasal. Segue em frente 
pela faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos 
e alvéolos pulmonares (onde ocorre a Hematose). 
Hematose - O oxigênio passa dos alvéolos aos capilares 
pulmonares e o dióxido de carbono se desloca, em 
sentido oposto, dos capilares pulmonares ao interior 
dos alvéolos. Isto ocorre simplesmente pelo fenômenofísico da difusão (cada gás vai de uma região onde está 
mais concentrado a outras de menor concentração). 
 
Valores normais 
Recém-nascido: até 44 IRPM 
Adulto: 14 a 20 IRPM 
 
Terminologia 
Eupnéia - respiração normal 
Bradpnéia - frequência respiratória abaixo da normal 
Taquipnéia - frequência respiratória acima do normal 
Dispnéia - dificuldade respiratória 
Ortopnéia - respiração facilitada em posição vertical 
Apnéia - parada respiratória 
Hiperpnéia – rápida e profunda 
 
Amplitude ventilatória 
É avaliada a partir da observação do grau de 
movimento da parede torácica. 
Deve-se descrever os movimentos como profundos, 
normais ou superficiais. 
Respiração profunda – envolve a expansão plena dos 
pulmões, com expiração completa. 
Respiração superficial – quando apenas uma pequena 
quantidade de ar atravessa os pulmões, e o movimento 
ventilatório é difícil de observar. 
 
Ritmo ventilatório 
O padrão respiratório pode ser determinado por meio 
da observação do tórax ou do abdome. 
 
Homens saudáveis e crianças geralmente apresentam 
respiração diafragmática (resulta da contração e 
relaxamento do diafragma, sendo observada melhor 
pela visualização dos movimentos abdominais) 
 
As mulheres tendem a usar os músculos torácicos para 
respirar, os movimentos devem ser observados na 
parte superior do tórax. 
 
Frequência respiratória – ipm (adulto) 
Valor normal: Eupneia – 12 a 20 incursões por minuto 
Valor alterado: 
Taquipneia – acima de 20 ipm 
Bradipneia – abaixo de 12 ipm 
 
Definição: é a força exercida pelo sangue no interior 
das artérias. 
PA sistólica (máxima): representa o volume de sangue 
lançado na corrente sanguínea em cada sístole 
cardíaca. 
PA diastólica (mínima): representa a resistência que os 
vasos oferecem ao volume recebido. 
 
A pressão arterial depende de: 
Débito cardíaco: representa a quantidade de sangue 
ejetado do ventrículo esquerdo para o leito vascular 
em um minuto. Decorre do bom funcionamento da 
bomba cardíaca. 
Resistência vascular periférica: determinada pelo 
lúmen (calibre), pela elasticidade dos vasos e pela 
viscosidade sanguínea. Traduz uma força que se opõe 
ao fluxo sanguíneo. 
Viscosidade do sangue: decorre das proteínas e 
elementos figurados do sangue. 
 
A pressão sanguínea geralmente é mais baixa durante 
o sono e ao acordar, podendo ter um ligeiro aumento 
no final da tarde. Via de regra, um indivíduo deitado 
apresenta pressão mais baixa do que quando está em 
pé ou sentado. A ingestão de alimentos, exercícios, dor 
e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse, 
aumentam a pressão arterial. 
 
Ruídos de Korotkoff 
Fase 1: ausência de ruídos (colapso arterial) 
Fase 2: aparecimento de 2 a 3 ruídos de tom baixo, 
sincrônicos com o pulso (abertura mínima da luz 
arterial) →PAs 
Fase 3: aumento brusco dos ruídos (abertura maior da 
luz arterial) 
Fase 4: amortização súbita dos ruídos (abertura 
máxima da luz arterial) → PAd 
Fase 5: ausência de ruídos (fluxo laminar). Em alguns 
casos, a amortização continua durante mais de dois ou 
três ruídos, inclusive, pode a pressão no manômetro 
chegar até a zero 
 
Valores de referência 
Unidade padrão é milímetros de mercúrio (mmHg) 
 
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Normal <120 <80 
Pré-hipertensão 121-139 81-89 
Hipertensão 1 140-159 90-99 
Hipertensão 2 160-179 100-109 
Hipertensão 3 >180 >110 
 
Fatores que influenciam a pressão arterial 
Idade, drogas, cotidiano, gênero, exercícios físicos, 
emoções, peso e dor. 
 
Terminologia 
Hipertensão – PA acima da média 
Hipotensão – PA inferior à média 
Convergente – quando a sistólica e a diastólica se 
aproximam (Ex: 120/100 mmHg) 
Divergente – quando a sistólica e a diastólica se 
afastam (Ex: 120/40 mmHg) 
A dor envolve processamento sensorial, emocional, 
cognitivo, mas também pode haver uma etiologia física 
específica. 
 
Como avaliar a dor 
Para avaliarmos a dor podemos utilizar algumas 
escalas como método consistente, a “Faces Pain Scale-
Revised” é bastante utilizado. 
Solicite que o paciente escolha o rosto que melhor 
descreve a dor que ele está sentindo. 
Face 0 – paciente está muito feliz, porque não possui 
dor. 
Face 2 – expressa que o paciente sente um pouco de 
dor. 
Face 4 – implica que o paciente sente mais dor. 
Face 6 – expressa que o paciente sente mais dor 
Face 8 – o paciente sente muito mais dor. 
Face 10 – implica que o paciente atingiu o nível 
máximo de dor que puder imaginar. 
Quando paciente atinge a face 10 na escala de dor ele 
não tem a necessidade de estar chorado. 
 
Eduarda Neiva 
Medicina - UniAtenas

Continue navegando