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r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA www.rbo.org .br Artigo d Poten por cé limita Ivana B Luiz Fili a Universida b Universida c Universida Brasil informaç Histórico do a Recebido em Aceito em 1 On-line em 1 Palavras-cha Células-tron Tecido carti Potencial re � Trabalho Universidad ∗ Autor par E-mails: http://dx.do 0102-3616/© Open Acces e Atualizac¸ão cial regenerativo do tecido cartilaginoso lulas-tronco mesenquimais: atualizac¸ão, c¸ões e desafios� eatrice Mânica da Cruza,b, Antônio Lourenc¸o Severoc, Verônica Farina Azzolinb, pe Machado Garciab, André Kuhnc e Osvandré Lechc,∗ de Federal de Santa Maria (UFSM), Centro de Ciências da Saúde, Santa Maria, RS, Brasil de Federal de Santa Maria (UFSM), Laboratório de Biogenômica, Santa Maria, RS, Brasil de Federal da Fronteira Sul (UFFS), Hospital São Vicente de Paulo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Passo Fundo, RS, ões sobre o artigo rtigo: 12 de fevereiro de 2016 5 de fevereiro de 2016 8 de julho de 2016 ve: co laginoso generativo r e s u m o Os avanc¸os nos estudos com células-tronco mesenquimais (CTMs) adultas tornou a terapia regenerativa tecidual uma ferramenta promissora em diversas áreas da medicina. Na orto- pedia, um dos principais desafios tem sido a regenerac¸ão do tecido cartilaginoso, sobretudo em diartroses. Na induc¸ão de CTMs, além da citodiferenciac¸ão, o contexto microambien- tal do tecido a ser regenerado, bem como uma disposic¸ão espacial adequada, são fatores de extrema importância. Além disso, sabe-se que a diferenciac¸ão das CTMs é basicamente determinada por mecanismos como proliferac¸ão celular (mitose), interac¸ões bioquímico- -moleculares, movimento, adesão celular e apoptose. Apesar de o uso de CTMs para a regenerac¸ão da cartilagem estar ainda em âmbito de pesquisa, existem questões importan- tes a serem resolvidas para tornar essa terapêutica eficaz e segura. Sabe-se, por exemplo, que a expansão de condrócitos em cultura, necessária para aumentar o número de células, pode produzir fibrocartilagem, e não cartilagem hialina. No entanto, os últimos resulta- dos são promissores. Em 2014, foi publicado o primeiro ensaio clínico fase I/II para avaliar a eficácia e a seguranc¸a da injec¸ão intra-articular de CTMs na regenerac¸ão de cartilagem femo- rotibial e houve uma diminuic¸ão das áreas lesadas. Uma questão a ser explorada é o quanto modificac¸ões no próprio ambiente inflamatório articular poderiam induzir a diferenciac¸ão de CTMs já alocadas naquela região. Tal incógnita parte do princípio de estudos que suge- rem que a supressão da inflamac¸ão articular aumentaria, potencialmente, a eficiência da regenerac¸ão tecidual. Considerando a complexidade dos eventos relacionados à condrogê- nese e ao reparo da cartilagem, conclui-se que o caminho ainda é longo, são necessárias pesquisas complementares. © 2016 Publicado por Elsevier Editora Ltda. em nome de Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Este e´ um artigo Open Access sob uma licenc¸a CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). desenvolvido no Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo, Passo Fundo, e pelo Centro de Ciências da Saúde, e Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil. a correspondência. lech@lech.med.br, ensino@iotrs.com.br (O. Lech). i.org/10.1016/j.rbo.2016.02.007 2016 Publicado por Elsevier Editora Ltda. em nome de Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Este e´ um artigo s sob uma licenc¸a CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 3 Regenerative potential of the cartilaginous tissue in mesenchymal stem cells: update, limitations, and challenges Keywords: Stem cells Cartilaginou Regenerativ ult m isin the r add erate ore, ch a hesio at a thera in c artila he fi ction in i infla at re amm y of t the y Else is is a Introduc¸ã O corpo hu embrionári partir dess encontrado diferenciad -tronco adu tecidual, s mica, cham CTMs são e medula óss umbilical, ginoso, en sobre CTM tecidual se manipular grande des que têm d gem. Nesse c fazer uma cionados c na regene informac¸õe tíficos de re Scielo. s tissue e potential a b s t r a c t Advances in the studies with ad regenerative therapy into a prom of the main challenges has been In the induction of the MSCs, in context of the tissue to be regen mely important factors. Furtherm determined by mechanisms su interactions, movement, cell ad cartilage regeneration remains resolved in order to make this the expansion of chondrocytes could end up producing fibroc results are promising. In 2014, t safety of the intra-articular inje published, indicating a decrease modifications in the articulate of MSCs already allocated in th that the suppression of the infl tion. Considering the complexit repair, it can be concluded that needed. © 2016 Published b Ortopedia e Traumatologia. Th o mano se origina basicamente de células-tronco as, ectoderme, mesoderme e endoderme. É a es três folhetos que os 230 tipos de células s no organismo se diferenciam. No organismo o, muitos tecidos mantêm linhagens de células- ltas que funcionam na reposic¸ão e regenerac¸ão ão as mais abundantes as de origem mesodér- adas células-tronco mesenquimais (CTMs). As ncontradas em diversos locais do corpo, como a ea vermelha, folículos capilares, músculo, cordão polpa dentária, tecido adiposo, ósseo e cartila- tre outros.1 Com os avanc¸os do conhecimento s adultas, o uso clínico para fins de regenerac¸ão tornou bastante atrativo. Porém, conhecer e CTMs de modo eficaz e seguro é ainda um afio, principalmente quando se trata de tecidos ifícil regenerac¸ão, como é o caso da cartila- ontexto, a presente revisão tem como objetivo atualizac¸ão sobre os principais processos rela- om a morfodiferenciac¸ão e seu potencial papel rac¸ão do tecido cartilaginoso. Para tanto, as s aqui contidas foram baseadas em artigos cien- vistas indexadas nas bases do Pubmed-Medline e O tecido c para a reg Em termos extracelula isolados ou nias celular dos compo glicoproteín noso ocorre conjuntivo chamadas Entretan das articula é feita pel culares. O plasma qu mucopoliss pequena q Assim, mes genas, a pe tecido cart lesões artic cronificac¸ã Para qu regenerac¸ã organismo esenchymal stem cells (MSCs) have turned the tissue g tool in many areas of medicine. In orthopedics, one egeneration of cartilage tissue, mainly in diarthroses. ition to cytodifferentiation, the microenvironmental d and an appropriate spatial arrangement are extre- it is known that MSCs differentiation is fundamentally s cell proliferation (mitosis), biochemical-molecular n, and apoptosis. Although the use of MSCs for the research level, there are important questions to be py efficient and safe. It is known, for instance, that ultivation, needed to increase the number of cells, ge instead of hyaline cartilage. However, the latest rst stage I/II clinical trial to evaluate the efficacy and of MSCs in femorotibial cartilage regeneration was njured areas. One issue to be explored is how many mmatory environment could induce differentiation gion. Such issue arose from studies that suggested ation may increase the efficiency of tissue regenera- he events related to the chondrogenesis and cartilage road ahead is still long, and that further studies are vier Editora Ltda. on behalf of Sociedade Brasileira den open access article under the CC BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). artilaginoso e os desafios enerac¸ão estruturais, a cartilagem articular é rica em matriz r, na qual se encontram distribuídos condrócitos em grupos clonais organizados em pequenas colô- es.2 Os condrócitos são responsáveis pela secrec¸ão nentes da matriz cartilaginosa, como colágeno, as e proteoglicanas. A nutric¸ão do tecido cartilagi- via capilares contidos no pericôndrio, um tecido que envolve a cartilagem e que tem CTMs adultas condroblastos. to, como as cartilagens que revestem os ossos c¸ões móveis não têm pericôndrio, a sua nutric¸ão o líquido sinovial presente nas cavidades arti- líquido sinovial representa um ultrafiltrado de e atravessa a membrana sinovial, na qual recebe acarídeos que contêm ácido hialurônico e uma uantidade de proteínas de alto peso molecular. mo com uma grande quantidade de proteínas colá- quena quantidade de componentes celulares no ilaginoso dificulta sua regenerac¸ão e faz com que ulares repetitivas tenham uma maior tendência à o.3 e se possa entender o papel das CTMs na o do tecido adulto é importante lembrar que o humano é formado por células que apresentam 4 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 diferenciac¸ão e func¸ão distintas.4 Convém salientar que a regenerac¸ão tecidual não está somente centrada na induc¸ão da CTM in tipo de te fundament microambi rado precis Cinco m a diferenc assim com dual. Esse bioquímico tose. Como manipulac¸ de técnicas foco princi Proliferac¸ Para se ente é preciso co ciclo celula dividem po as duas cé func¸ões me No enta A maioria d perde a sua irão mais se (G1) da mito Novos cond pericôndrio se renova, a com o tecid das adultas a capacida senescênci O envel que ocorre como telôm desoxirribo tura dupla- DNA telom deos – tim (TTAGGG) – cromossôm (sintetiza D nucleico [R Na divis mento telo reconstituí lizadas o ge quando oc sibilidade d divisões (a muito curt mada sene Ao cont tam o gene do organismo essas células não apresentam envelhecimento celular acentuado. Entretanto, a taxa de proliferac¸ão das CTMs mam s cor torn uns e in vit ativa rogên cond de o . Ent ular, A, qu do et ue s u a s outr ind irad tura ). A é u uina ro re iet e trog ido a e ef o na são d nci ir do dos, con quê tora. ou ansc , um duc¸ istem scri sma l (pr as q cond senc¸ ntre do, n ntais o os m as ras m enci e au t-4, N diferenciada em uma célula diferenciada. Cada cido tem uma matriz extracelular com papel al na homeostase corporal. Assim, o contexto ental (matriz extracelular) do tecido a ser regene- a ser levado em considerac¸ão. ecanismos causais são cruciais para que ocorra iac¸ão celular em tecidos e órgãos corporais, o no próprio processo de regenerac¸ão teci- s são: proliferac¸ão celular (mitose), interac¸ões -moleculares, movimento, adesão celular e apop- esses mecanismos são de grande relevância para a ão de CTMs com a perspectiva de desenvolvimento de regenerac¸ão do tecido cartilaginoso, serão o pal desta revisão. ão e senescência celular nder com maior profundidade a biologia das CTMs mpreender alguns mecanismos associados ao seu r. Como já conhecido, as células eucarióticas se r mitose, considerada a fase final do ciclo, no qual lulas-filhas formadas exercerão suas respectivas tabólicas. nto, a divisão mitótica não é um processo ilimitado. as células especializadas, à medida que se dividem, capacidade proliferativa. Algumas células que não dividir permanecem constantemente na fase gap1 se, como é o caso da vasta maioria dos condrócitos. rócitos são formados a partir dos condroblastos do e é por esse mecanismo que o tecido cartilaginoso inda que lentamente se comparado, por exemplo, o ósseo. Por outro lado, existem células especializa- que fazem o ciclo celular completo até que perdem de de se proliferar, por um processo denominado a replicativa ou envelhecimento celular (fig. 1). hecimento celular é desencadeado por mudanc¸as m na região terminal do cromossomo conhecida ero, que é constituído por uma molécula de ácido nucleico (DNA) simples-fita (ao contrário da estru- fita presente no restante do material genético). O érico é formado pela sequência de seis nucleotí- ina, timina, adenina, guanina, guanina, guanina a qual se repete milhares de vezes. Essa região ica é sintetizada pela enzima transcriptase reversa NA e tem como molde uma molécula de ácido ribo- NA]) chamada telomerase. ão celular ocorre sempre um pequeno encurta- mérico. Em células embrionárias, o telômero é do pela ac¸ão da telomerase. Nas células especia- ne da enzima telomerase é silenciado e, portanto, orre encurtamento telomérico não existe a pos- e reconstituic¸ão do telômero. Com o passar das proximadamente 50-80 mitoses) o telômero fica o, passa a inibir a mitose e constitui assim a cha- scência celular ou limite de Hayflick. rário das células especializadas, as CTMs apresen- da enzima telomerase ativo e, portanto, dentro é extre tecido ser con Alg CTMs cies re de hid que a óssea celular são cel no DN Macha et al.7 q induzi Por são de lipoasp de cul cupana extrato e cateq Out Sadegh com es do tec nio tev inibic¸ã expres Difere A part forma mente uma se promo mitem RNA tr gênica via pro nas. Ex de tran Da me veratro proteín Em na pre cida. E lesiona ambie quand dos co Out indifer lidade da Oc ente baixa e, por isso, o número dessas células nos porais é bastante limitado, é um grande desafio a ado na terapia regenerativa. studos sugeriram que a induc¸ão da proliferac¸ão de ro pode ser feita via exposic¸ão a moléculas de espé- s de oxigênio (EROs), como é o caso do peróxido io. A investigac¸ão feita por Bornes et al.5 mostrou rogênese in vitro induzida em CTMs da medula vinos aumentou a proliferac¸ão e a diferenciac¸ão retanto, parece que, apesar do aumento da expan- as células passam a apresentar importantes danos e indica instabilidade cromossômica.6 O estudo de al.6 corrobora a investigac¸ão conduzida por Brand ugeriu que a exposic¸ão in vitro ao estresse oxidativo enescência celular de condrócitos. o lado, o estudo de Machado et al.6 mostrou rever- icadores de senescência replicativa de CTMs de os humanos por meio da suplementac¸ão do meio com extrato hidroalcoólico de guaraná (Paullinia semente de guaraná usada para a produc¸ão do ma planta rica em cafeína, teofilina, teobromina s. sultado bastante surpreendente foi descrito por t al.,8 que investigaram o efeito da suplementac¸ão ênio na condrogênese induzida em CTMs oriundas diposo. Foi observado que a presenc¸a de estrogê- eitos negativos no processo de condrogênese via expressão do gene do colágeno 2 e reduc¸ão na o gene da proteína agrecan. ac¸ão celular zigoto, todas as células corporais e tecidos são em um processo de regulac¸ão transcricional alta- trolado. Em geral, o DNA do gene eucariótico tem ncia inicial de nucleotídeos conhecida como região É nela que moléculas sinalizadoras se ligam, per- não a transcric¸ão e determinam a quantidade de rito. Essa modulac¸ão é conhecida como regulac¸ão mecanismo pelo qual cada tipo de célula é formado ão de diferentes formas e quantidades de proteí- moléculas endógenas, como hormônios e fatores c¸ão, que podem regular diferencialmente os genes. forma, moléculas oriundas da dieta, como o res- esente na uva), induzem a produc¸ão de sirtuínas, ue aumentam o tempo de vida celular. ic¸ões in vitro a induc¸ão da diferenciac¸ão de CTMs a de determinadas moléculas já é bastante conhe- tanto, quando as CTMs são colocadas no órgão em sempre é possível saber se as condic¸ões micro- vão favorecera induc¸ão da diferenciac¸ão (mesmo agentes indutores são concomitantemente inseri- células). oléculas reguladoras da manutenc¸ão do estado ado das CTMs que garantem a sua pluripotenci- torrenovac¸ão foram identificadas. Esse é o caso anog e Sox-2, encontradas tanto em humanos r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 5 Célula epitelialA Condrócito C Figura 1 – C (A) Em um condrócito ciclo celula secretam c hialurônico quanto em ser expres diferenciac¸ Para ind cultivadas gem anima as células, Assim, as c extracelula 14 dias, as característi marcadores celulares tí Go/G1 G2/M Fase S Cé lu la s (nú m er o) Cé lu la s (nú m er o) Conteúdo DNA (fluorescência) B Condrócito Proteoglicano Ácido hialurônico Agreg com Compos omparac¸ão entre o ciclo celular de uma célula epitelial e o de u tecido epitelial serão encontradas células nas fases G0/G1, S e G s estarão na sua extensa maioria na fase G1. Somente os condro r completo. (B) O condrócitos, uma vez que seja formado, geralm onstantemente a matriz extracelular, composta principalmente p . camundongos.9 Quando essa proteína deixa de sa indica que a célula entrou no processo de ão.10 uzir a diferenciac¸ão condrogênica as CTMs são sem a presenc¸a de soro fetal ou adulto (de ori- l ou humana), que geralmente é usado para nutrir e sob exposic¸ão ao fator de crescimento b3.11 élulas desenvolvem uma multicamada com matriz r rica em proteoglicanas. Em culturas de 10 a células passam a produzir colágeno do tipo 2, co da cartilagem articular. Além disso, apresentam de superfície positivos para condrócitos e lacunas picas visíveis à microscopia ótica. Os condrócitos permanece diferenciac¸ A induc¸ã sas molécu do meio d confirmac¸ã identificac¸ã can via aná cadeia da p quantitativ Além d metilac¸ão ocorre na onteúdo DNA (fluorescência) Colágeno do tipo 2 ado de proteoglicano ponente da matriz Proteina de ligação H2O ição da cartilagem articular m condrócito avaliado por citometria de fluxo. 2/M, enquanto que no tecido cartilaginoso os blastos oriundos do pericôndrio apresentarão ente está agrupado em cerca de oito células que or colágeno do tipo 2, proteoglicano e ácido m viáveis até cerca de 90 dias após o início da ão.12 o da condrogênese é feita por meio do uso de diver- las indutoras, especialmente pela suplementac¸ão e cultivo com TFN-�3, IGF-1, BMP-2 e BMP-6. A o da induc¸ão da condrodiferenciac¸ão é feita pela o de marcadores como colágeno 2, Sox-9 e agre- lise da expressão de genes por técnica de reac¸ão em olimerase (PCR, do inglês polymerase chain reaction) a em tempo real. a regulac¸ão diferencial da expressão gênica, a é uma modificac¸ão epigenética que geralmente região promotora dos genes que devem ser 6 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 silenciados. Esse processo é mediado pelas enzimas DNA- -metilases (DNMTs). Genes também podem ser silenciados via proces fiquem rela transcricio Adesão e de molde Ao longo d diferenciac¸ local espec suas func¸õ ocorrem po importânci dimension Os meca ao longo da meio da pro e migrac¸ão A adesã dos com a Estudos in do seu am diferenciac¸ que estão de engenha uso de biom vra inglesa compatívei o crescimen nos quais a in vitro. A estrut nica e orien celular, dev tos, fatores importante scaffolds po ou sintétic -se o colág glicosamin A produ formados p uma matriz ambiente a A criac¸ão ning é feita a um cam lico (PLGA) na produc¸ã gradável, b à base de agência reg (FDA). Inve gue induzir fibroblastos Outra t -electrospinn celulares que são submetidas a um campo elétrico de alta intensidade e induzidas a passar por uma agulha fina, o ra p old é a per e, p erarm gino pc¸ão s com tose ner s têm rac¸ã situ mo ofag o e q anto, os in se d ic¸ão as, c e-se iais de f ac¸ão ias, e a im ircul rar e timu ciam perío mac osta ac¸ão nti-in o crít do teci utro cróf ivac¸ã se p acró aro s com gem osteo inov da s. Du flam efe cond m a so de acetilac¸ão, que impede que as histonas xadas assim que o DNA fique exposto à regulac¸ão nal.13 movimento celular e a produc¸ão s (scaffolds) a embriogênese, as células, além do processo de ão, necessitam migrar ou crescer em direc¸ão a um ífico e ali permanecerem para o desempenho de es. Eventos de adesão e movimento celular, que r sinalizac¸ões químicas e espaciais, são de vital a por unir células individuais em um formato tri- al, tal como nos tecidos e órgãos corporais. nismos de adesão celular são altamente regulados morfogênese tecidual. A fosforilac¸ão reversível por teína quinase C (PKC) é um evento chave na adesão celular durante a condrogênese.14 o e o movimento celular também estão relaciona- constituic¸ão arquitetônica dos tecidos e órgãos. vitro mostram que as CTMs respondem ao formato biente e in vivo células também são induzidas à ão pelas características topográficas do tecido em dispostas. Tais evidências impulsionaram a área ria de tecidos que combina terapia celular com o ateriais (moldes, também conhecidos pela pala- scaffold). Essa área envolve o uso de materiais s e biodegradáveis que atuam como matriz para to celular. Os scaffolds nada mais são que suportes s células são cultivadas para construir um tecido ura do scaffold, além de fornecer sustentac¸ão mecâ- tac¸ão espacial para o crescimento e a diferenciac¸ão e permitir o transporte de nutrientes, metabóli- de crescimento e outras moléculas regulatórias s para as células e para a matriz extracelular. Os dem ser produzidos a partir de moléculas naturais as. Entre os biomateriais naturais encontram- eno, o ácido hialurônico, a hidroxiapatita e os oglicanos.15 c¸ão de scaffolds por eletrospinning produz moldes or fibras que conseguem mimetizar fisicamente extracelular natural. Essa condic¸ão cria um micro- dequado para a diferenciac¸ão celular e tecidual. das fibras de diferentes diâmetros por eletrospin- a partir do uso de soluc¸ões poliméricas aplicadas po magnético. O poliácido láctico-co-ácido glicó- é um polímero que tem sido amplamente usado o de scaffolds por electrospinning, porque é biode- ioabsorvível e biocompatível. O uso de scaffolds PLGA já foi aprovado para seres humanos pela ulatória americana Food and Drug Administration stigac¸ões mostraram que esse biomaterial conse- o crescimento de diferentes tipos de células, como , osteoblastos e condrócitos.16 ecnologia derivada do electrospinning é o bio- ing, que usa o processamento de suspensões que ge o scaff técnic molde consid cartila ser a o estudo Apop e rege Célula prolife muitas tose ou da aut denad Entret crônic apopto destru nerativ Sab essenc edade inflam matór sistem citos c de ent res es diferen longo Os à resp inflam cina a que sã bólitos reparo entre o dos ma e a “at Nes dos m um rep tecido cartila Na com s origem olítica pró-in têm um pelos induze equenas gotículas que contêm as células. Assim, construído já com as células integradas. Essa mite uma distribuic¸ão homogênea das CTMs no ortanto, um maior potencial regenerativo.15 Se os a capacidade regenerativa limitada do tecido so, a mescla de biomateriais e células-tronco parece mais promissora, ainda que haja necessidade de plementares de eficácia e seguranc¸a. e inflamac¸ão na degenerac¸ão ac¸ão da cartilagem a capacidade de autorregular não só a taxa de o e diferenciac¸ão, mas também a sua morte em ac¸ões, a partir de um evento conhecido como apop- rte celular programada. Ao contrário da necrose e ia, a apoptose é um mecanismo altamente coor- ue não causa processo inflamatório específico.17 evidências mostramque processos inflamatórios duzem a desorganizac¸ão da matriz extracelular e os condrócitos, o que leva, consequentemente à da cartilagem. Isso ocorre em muitas doenc¸as dege- omo a artrite reumatoide e a osteoartrite.18 que os monócitos/macrófagos são componentes do sistema imune inato e têm uma grande vari- unc¸ões. Eles controlam o início e a resoluc¸ão da por meio da fagocitose, liberac¸ão de citocinas infla- spécies reativas de oxigênio (EROs) e ativac¸ão do une adquirido. Sob circunstâncias normais, monó- am na corrente sanguínea por curto período antes spontaneamente em apoptose. A presenc¸a de fato- latórios inibe a apoptose dos monócitos, que se em macrófagos, os quais podem viver por um do nos tecidos.19,20 rófagos produzem muitas substâncias relevantes imunológica e que coordenam o processo de (citocinas inflamatórias IL-1�, IL-6, TNF� e a cito- flamatória IL-10). Além disso, produzem fatores icos no combate a microrganismos, como os meta- oxigênio e óxido nítrico, fatores que promovem o dual, como o fator de crescimento de fibroblasto, s.21 Hoje são reconhecidos dois tipos de ativac¸ão agos na resposta inflamatória: a “ativac¸ão clássica” o alternativa” (fig. 2). rocesso, quando ocorre um aumento da ativac¸ão fagos M1 em relac¸ão aos macrófagos M2, haverá tecidual deficiente com destruic¸ão continuada em baixa capacidade regenerativa, como no caso da . artrite, a ocorrência de inflamac¸ão intra-articular ite indica que o líquido sinovial pode ser a s citocinas inflamatórias e das enzimas prote- rante a sinovite, ocorre liberac¸ão de citocinas atórias, como a IL-1� e a TNF�, e tais moléculas ito inibitório na produc¸ão de colágeno 2 e agrecan rócitos. Além disso, essas citocinas inflamatórias liberac¸ão de metaloproteinases e de agrecanases r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 7 Figura 2 – M tores macrófago Estu macrófago s po o interferon icrob secretar gr rios. liberam cit rodu o ânion su rios processo d mad alternativa inter níveis de c (res resposta im para que h pode gerar que degrad lagem. Out apoptose d do aument E2 (PGE2).18 Ainda q brana sinov dessas célu não foi to condrogêne morfogené como o TG fator de tra diferenciac¸ de genes q como o col que também cos. Processo negativame caso, a cito drogênese. do gene So (um impor drócitos) e (inibitória d Antígeno + células natural-killers Interferon gama (INFy) Monócito Via clássica 1 3 Macrófagos M1 Fagocitose dano tecidual IL-1B IL-10 TNFa acrófagos ativados pela via clássica participam como indu s produzem níveis elevados de IL-2 e baixos níveis de IL-10. s depende do estímulo de citocinas inflamatórias produzida gama (INF�). Os macrófagos ativados que têm atividade m andes quantidades de citocinas e mediadores pró-inflamató ocinas pró-inflamatórias, como IL-1, IL-6, TNF�, e também p peróxido e o peróxido de hidrogênio, bem como intermediá e fagocitose os macrófagos morrem por morte celular progra ” envolve o estímulo de macrófagos por moléculas como as itocina anti-inflamatória IL-10 e que induz o reparo tecidual unológica pró-inflamatória geralmente é seguida pela resposta aja reparo tecidual após uma infecc¸ão microbiana ou uma injúri doenc¸as crônicas, como a osteoartrite. am a matriz, o que resulta na destruic¸ão da carti- ras moléculas também podem estar envolvidas na os condrócitos, tais como M IL-1� e TNF�, por meio o da liberac¸ão de óxido nítrico, e a prostaglandina ue existam CTMs nos tecidos articulares, na mem- ial, no tendão e na cartilagem articular, a induc¸ão las para regenerar o tecido cartilaginoso ainda talmente elucidada. Sabe-se que o processo de se é desencadeado por fatores como proteínas ticas do osso (BMPS) e fatores de crescimento, F-�. Esses fatores agem sobre genes, como o nscric¸ão SRY-box 9 (Sox9), que é essencial para a ão dos condrócitos. O Sox9 controla a transcric¸ão ue sintetizam moléculas da matriz extracelular, ágeno do tipo 2 e o agregan, ao mesmo tempo em suprimem a formac¸ão de condrócitos hipertrófi- s inflamatórios crônicos parecem influenciar nte a diferenciac¸ão das CTMs em condrócitos. No cina IL1� e o TNF�a têm efeito supressor da con- Isso porque essas citocinas inibem a expressão x9 via supressão da expressão da molécula TFG-� tante fator de iniciac¸ão na diferenciac¸ão dos con- o aumento na expressão da molécula Smad7 a condrogênese). A citocina inflamatória IL-17, que é uma mol também te molécula s ac¸ão regen Portanto sobre o imp regenerativ inflamatóri CTMs pode nerativa. Is apoptose a Aplicac¸õe na regene Muitos estu cial regener diversas do CTMs para de pesquisa para tornar A impla a região les dois proced condrócitos Via alternativa 2 Macrófagos M2 Regeneração tecidual 4 IL-10 da inflamac¸ão e são denominados M1. Esses dos também têm mostrado que a ativac¸ão de r linfócitos auxiliares ou células NK, em especial iana e tumoricida são caracterizados por Nessa resposta inflamatória esses macrófagos zem espécies reativas de oxigênio (EROs), como reativos, como o óxido nítrico. Logo após o a, conhecida como apoptose. A “ativac¸ão leucinas IL-4 e IL-13 que leva ao aumento nos posta anti-inflamatória). No organismo a imunológica anti-inflamatória. Ela é importante a física. O desbalanc¸o entre as duas respostas écula-chave em processos de inflamac¸ão crônica, m a capacidade de suprimir a condrogênese. Essa uprime a fosforilac¸ão da proteína Sox9 e impede a erativa dela.22 , se considerarmos o conjunto das evidências ortante papel da inflamac¸ão crônica no processo o da cartilagem, fica claro que em um ambiente o com níveis elevados de IL-1�, TNF� e IL-17 as rão não responder adequadamente à terapia rege- so porque essas células poderão ser induzidas à ntes mesmo de se diferenciar em condrócitos. s clínicas de células-tronco rac¸ão do tecido cartilaginoso dos pré-clínicos e clínicos que envolvem poten- ac¸ão da cartilagem com CTMs são conduzidos para enc¸as, incluindo a osteoartrite. Apesar de o uso de a regenerac¸ão da cartilagem estar ainda em nível , existem questões importantes a serem resolvidas essa terapêutica eficaz e segura. ntac¸ão de condrócitos de uma região do corpo para ionada tem como desvantagem a necessidade de imentos cirúrgicos. A necessidade de expansão dos em cultura para aumentar o número de células a 8 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 Pacientes elegíveis = 22 aloca -articu Figura 3 – Jo et clínico (Fas rac¸ã As CTMs fo em l três seman = 1 × foram desc o da ser implan células pod não cartilag Na tent res comec¸a de CTMs n aparentem o manejo c em 2014 fo fase I/II par -articular d meio de an lógicas (fig. As CTM dura abdom quanto a su cadores CD dos marcad com endot Os proce tos na posi semanas e cópico pad articular fo brada e gra cartilagem CTMs diluí fosse feito procedimen a qualidade tern Ontario rou nce da ibial 18 pacientes injeção intra 09 alocados para fase 1 03 IIA-CTM dose baixa 03 IIA-CTM dose moderada 03 IIA-CTM dose alta Seguimento: 6 meses Seguimento: 6 meses Seguimento: 6 meses Delineamento experimental geral do estudo conduzido por e I/II), o efeito da injec¸ão intra-articular de joelho na regene ram obtidas a partir de lipoaspirado abdominal, cultivadas as. Dose baixa = 1 × 107; dose moderada = 5 × 107; dose alta ontinuados em relac¸ão à terapia farmacológica, com excec¸ã tada também é outro grande problema, pois tais em se desdiferenciar e produzir fibrocartilagem, e em hialina.23–26 ativa de minimizar esses problemas, alguns auto- melho alta co defeito ral e t ram a pesquisar o efeito da injec¸ão intra-articular o tratamento da osteoartrite. Esse procedimento ente traz muitas vantagens, jáque poderia evitar irúrgico em muitos casos.27–32 Entretanto, somente i publicado por Jo et al.33 o primeiro ensaio clínico a avaliar a eficácia e a seguranc¸a da injec¸ão intra- e joelho na regenerac¸ão da cartilagem articular por álises clínicas, radiológicas, artroscópicas e histo- 3). s injetadas foram obtidas de lipossucc¸ão da gor- inal subcutânea e as CTMs obtidas foram testadas a viabilidade, sua pureza (com avaliac¸ão dos mar- 31, CD34, CD45), sua identidade (com avaliac¸ão ores CD73, CD90), esterilidade e não contaminac¸ão oxinas ou micoplasmas. dimentos para a injec¸ão intra-articular foram fei- c¸ão supina e com anestesia espinhal depois de três m que foi feita a lipossucc¸ão. Um exame artros- rão foi feito no joelho e as lesões da cartilagem ram medidas com uma sonda artroscópica cali- duada de acordo com a classificac¸ão de lesões da da International Cartilage Repair Society (ICRS). As das em soluc¸ão salina foram injetadas sem que debri, sinovectomia ou meniscotomia durante o to. Não foram relatados efeitos adversos graves e da condic¸ão do joelho avaliada por meio do Wes- and McMaster Universities Arthritis Index (Womac) de CTMs. A -articular d osteoartrite reduc¸ão do similar à ca Consider Apesar de Kondo et a resultados colos são n e a segura mos autore voltadas p CTMs em c do meio de incluindo T desses, alg mostraram Outra qu ambientais CTMs. Evid supressore da inflama eficiência d dos para lar de CTMS (IIA-CTM) 12 IIA-CTM dose alta 03 IIA-CTM dose alta Seguimento: 6 meses 09 alocados para fase 1 al.33 (2014) que avaliou, por meio de um ensaio o da cartilagem de pacientes com osteoartrite. aboratório e introduzidas na articulac¸ão após 108 células em soluc¸ão salina. Os pacientes administrac¸ão de cetoprofeno. significativamente nos pacientes que receberam ntrac¸ão de CTMs intra-articular. O tamanho do cartilagem diminuiu nos côndilos medial femu- e também nos grupos que receberam doses altas ssim, os autores concluíram que a injec¸ão intra- e 1 × 108 células melhorou a func¸ão do joelho com e a dor no joelho sem causar efeitos adversos via s defeitos da cartilagem pela regenerac¸ão de tecido rtilagem hialina. ac¸ões finais os resultados de Joet et al.33 serem animadores, l.,18 na sua revisão sobre o tema, salientam que de estudos adicionais que envolvem vários proto- ecessários para realmente se comprovar a eficácia nc¸a desse procedimento. Além disso, esses últi- s comentam que são feitas outras investigac¸ões ara a melhoria da eficiência da diferenciac¸ão de ondrócitos por meio da análise da suplementac¸ão cultura com várias moléculas regulatórias, como GF-�1–3; BMP-2, -4, -6, -7; FGF-2, IGF-1 etc. Além uns compostos, como a dexametasona e o ATP, já ac¸ão positiva sobre a condrogênese. estão importante diz respeito às condic¸ões micro- inflamatórias do local em que vão ser injetadas as ências mostram que as CTMs têm efeitos imunos- s e anti-inflamatórios. Entretanto, uma supressão c¸ão articular poderia potencialmente aumentar a a regenerac¸ão tecidual. r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 7;5 2(1):2–10 9 Nesse caso, o que está em aberto e precisa ser explorado em estudos futuros são o quanto modificac¸ões no próprio ambi- ente inflam de CTMs já onamento regenerativ belecidas, s partes do co eventos rel gem, o cam quantidade Conflitos Os autores r e f e r ê n 1. Baksh D characte gene the 2. Amorin Silva MA cultivati applicat 2012;32( 3. Alberts B Molecul Publishi animais 4. Bobis S, characte Cytobiol 5. Bornes T culture o cells diff cell-seed Stem Ce 6. Machad Ribeiro E prolifera adipocyt Res Int. 7. Brandl A P. Oxida Orthop R 8. Sadeghi Shabani cartilage adipose- 9. Rodda D Transcri Chem. 2 10. Lee J, Kim isoforms Chem. 2 11. Mackay Pittenge human m 1998;4(4 12. Pittenge Mosca JD mesench 13. Tamburini BA, Tyler JK. Localized histone acetylation and deacetylation triggered by the homologous recombination pathway 5;25( tta C, tein l Sign g T, G futu 4;11( hlos agen olid renti ocho rode do M noty amm 70–85 tor-J croph ulat 6;76( ill J, F th. N vine za A dam canis amat risset ra/IG ndra der ation thes ture. tberg erson h aut 4;331 tsen vigse ndro rs. J B lauw ten F lant ects o d. 201 rphy capr 3;48( KB, H sench cine teno rease ng pe m cel kbel ed A ction eoart 1;12: atch sench atório articular poderiam induzir a diferenciac¸ão alocadas naquela região. A resposta a esse questi- poderia conduzir ao desenvolvimento de técnicas as associadas às técnicas cirúrgicas já bem esta- em necessidade de transplante de CTMs de outras rpo. Porém, se considerarmos a complexidade dos acionados à condrogênese e ao reparo da cartila- inho ainda é longo e se faz necessária uma grande de pesquisas complementares. de interesse declaram não haver conflitos de interesse. c i a s , Song L, Tuan RS. Adult mesenchymal stem cells: rization, differentiation, and application in cell and rapy. J Cell Mol Med. 2004;8(3):301–16. B, Valim VS, Lemos NE, Moraes Júnior L, Silva AMP, L, et al. Mesenchymal stem cells – Characterization, on, immunological properties, and clinical ions. Rev HCPA Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul. 1):71–81. , Bray D, Lewis J, Raff M, Roberts K, Watson JD. ar biology of the cell. 3rd ed. New York: Garland ng; 1994. p. 971–84. The extracellular matrix of . Jarocha D, Majka M. Mesenchymal stem cells: ristics and clinical applications. 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