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ISPT – Topografia Mineira I Página 1 Índice INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2 Objectivos Gerais .......................................................................................................... 3 Objectivos Específicos .................................................................................................. 3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 3 CÁLCULO DE EMPOLAMENTO E CONTRACÇÃO DE SOLOS ............................. 4 Empolamento ................................................................................................................ 4 Taxa de empolamento ................................................................................................... 4 Percentagem de empolamento ...................................................................................... 6 Factor de empolamento ................................................................................................. 6 CONTRACÇÃO DE SOLOS ........................................................................................... 9 Factor de Contracção: ................................................................................................. 10 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 13 ISPT – Topografia Mineira I Página 2 INTRODUÇÃO Na actividade de movimentação de terra ou exactamente terraplanagem, existe uma necessidade de calcular o volume da quantidade do material a ser transportado ou usado para preenchimento de uma escavação. Entretanto em áreas de mineração essa técnica faz parte das técnicas que contribuem para que uma obra possa ser feita com sucesso. Afinal, a movimentação correta da terra implica directamente no resultado da construção. Conhecido também como Expansão Volumétrica, o empolamento é um fenómeno característico dos solos que estavam em seu estado natural e foram removidos, o que gera um consideravelmente aumento de vazios, que implicam directamente no Volume de terra solta. ISPT – Topografia Mineira I Página 3 OBJECTIVOS Objectivos Gerais Estudar o tema atribuído, buscando literaturas relacionadas, e proporcionando um melhor trabalho de investigação para o leitor particularmente ao docente de cadeira de Topografia Eng. Adelson Assado. Objectivos Específicos Avaliar, identificar, tirar as breves conclusões a cerca do tema. METODOLOGIA O respectivo trabalho foi realizado com o auxílio de artigos literários baixados nas diversas páginas da internet e com manuais obtidos em algumas bibliotecas virtuais, o uso das respectivas contribuiu bastante para a obtenção de algumas referências bibliográficas. ISPT – Topografia Mineira I Página 4 CÁLCULO DE EMPOLAMENTO E CONTRACÇÃO DE SOLOS Empolamento Chama-se empolamento de um solo, o acréscimo de volume devido ao removimento de suas partículas em processo de escavação e/ou transportado. É o processo inverso a compactação, onde se aplica uma energia para acomodar melhor as partículas e diminuir os vazios do solo. No empolamento, tem-se o deslizamento ou movimento entre as partículas, umas sobre as outras, acarretando no acréscimo de vazios do conjunto. Empolamento é um fenómeno característico dos solos, que ocorre pela sua expansão volumétrica ao ser escavado, devido a introdução de ar nos vazios. É um processo oposto ao da compactação. Este aumento volumétrico chega a ser considerável em alguns casos, fato que o torna importante na terraplanagem e principalmente, quanto ao transporte de material. Após o desmonte o solo assume, portanto, volume solto (Vs) maior do que aquele em que se encontrava em seu estado natural (Vn) e, consequentemente, com a massa específica solta (γs) correspondente ao material solto, obviamente menor do que a massa específica natural (γn). Taxa de empolamento Sabemos que o meio ambiente proporciona diferentes estruturas de solo e, por esse motivo, é necessário compreender quanto de aumento acontecerá cada vez que movimentar a terra, seja para uma escavação, nivelamento, abertura de vala, entre outros trabalhos realizados na área. A taxa de empolamento estabelecida por Ricardo e Catalani em 1990, que serve de base até hoje: Rocha Detonada: E 50% Solo Argiloso: E 40% Terra Comum: E 25% Solo Arenoso Seco: E 12% Essa percentagem contribui para que o profissional saiba exactamente como calcular o metro cúbico de terra, bem como determinar em quanto tempo termina o serviço. ISPT – Topografia Mineira I Página 5 Como calcular o empolamento O volume de terra solta pode ser facilmente calculado quando seguimos a seguinte fórmula: Vs = Vc (1 + E) Mediante o conhecimento de que: Vs: Representa o Volume de Terra Solta Vc: É o Volume de Corte E: Empolamento Exemplo Exemplo1: 1. Depois de várias actividades o serviço de topografia, executou a retirada de medidas de uma obra que necessita – se escavar 50 m3 de terra comum, pretendendo descobrir o volume de terra solta. Dados Formula Resolução E 25%= 0,25 Vs= ? Vs= 50 m3(1+0,25) Vc = 50 m3 Vs= Vc(1+ E) Vs= 50m3 * 1,25 Vs = ? Vs= 62,5 m3 E=(Vs/Vc – 1) E=(62,5/50 – 1) E = 1,25-1= 0,25 2. É feito um desmonte de rocha na frente de lavra da mina Moatize, individualizando um bloco rochoso de 25 m3, quanto de volume apresenta após a sua deposição final. Dados Formula Resolução E= 50%= 0,50 Vs=? Vs=Vc(1+E) Vc= 25m3 Vs= Vc(1+E) Vs= 25m3(1+0,50) Vs=? Vs= 25*1,50 Vs= 37,5 m3 ISPT – Topografia Mineira I Página 6 E=( Vs/Vc – 1) E= (37,5/25 – 1) E= 1,5 – 1= 0,50 Percentagem de empolamento O conhecimento do empolamento dos solos é necessário para se saber qual o volume de solo a ser escavado, transportado e depois compactado em determinadas obras. Este processo é muito pronunciado em etapas de orçamento de obras. Ou seja: Volume de corte (solo no estado natural) sofre escavação (volume de solo solto e transportado – empolado) compactação (volume compactado). Percentagem de empolamento (E) – é a percentagem do acréscimo de volume do solo em relação ao seu volume de corte. Determinação da percentagem de empolamento (E) – considera-se que o volume de corte (Vc) equivale a 100% e que o acréscimo de volume de solo(∆Vcorte) corresponde a percentagem de empolamento (E%). ∆Vcorte = Vsolto – Vcorte O cálculo do volume solto é impraticável. Logo, está expressão deve serespecificada em função dos pesos específicos aparentes dos solos no estados decorte a solto (empolado). Psolo – Peso do solo seco Factor de empolamento É uma grandeza a dimensional menor que a unidade, que multiplicado pelo volume solto resulta no volume de corte, ou que multiplicado pelo peso específico aparente de corte resulta no peso específico aparente solto. ISPT – Topografia Mineira I Página 7Exemplo2: 1. Calcule a percentagem de empolamento e o factor de conversão para o solo comas características abaixo: Yn (corte) = 22,3 KN/m3 e Yn (transportado) = 19,5 KN/m3. 1.1 Com este empolamento qual seria o volume de solo transportado para um volume de corte de 5,5m3? Uma caçamba com capacidade de 7,0 m3, era suficiente? Dados Formula Resolução E=14,36= 0,1436 Vs= ? Vs= Vc(1+E) Vc=4,5 Vs=Vcorte(1+E) Vs= 5,5(1+0.1436) Vs= ? Vs= 6,28 m3 Sim, uma caçamba de 7,0 m3seria suficiente para o transporte do material solto. 2. Para um volume de solo compactado de 51,2 m3, qual seria a quantidade de caçambas com 6,0 m3de solo para aterro que eu necessito para preencher uma fundação? Adoptar um empolamento de 20% Dados Formula/ Resolução Vc= 51,2 m3 Vs= ? E= 20= 0,2 Vs= Vc(1+E) Vs= ? Vs= 51,2 (1+0,2) ISPT – Topografia Mineira I Página 8 Vs= 61,44 m3 Quantidade de caçambas N= = 10,24 Deverão ser compras 10 caçambas de 6,0 m3ou 6 de 12 m3. O factor de empolamento em solos pode ser diferente nas condições de corte para escavação e transporte e sua posterior compactação. Por exemplo: Um determinado solo quando escavado possui E = 16,7%,quando colocado e aplicada a compactação adequada, pode atingir valores de redução maiores ou menores que o valor do volume de corte. Isto dependera das condições naturais em que se encontra o solo na jazida. Solos com compacidade elevada - podem ter volumes de cortes menores que o volume compactado na obra; Solos fofos - podem ter volumes de cortes maiores que o volume compactado na obra. Exemplo 3. Calcule o volume final para fins de transporte de solo classificado com terra comum, proveniente de serviço de terraplenagem que avaliado em 4.365 m3. Quantas caçambas de 12 m3 seriam necessárias para transportar este solo? Quantas caçambas correspondem ao empolamento? Dados Formula/ Resolução Vc=4365m3 Vfinal= Vc E= 1,25 Vfinal= 4365* 1,25=5456,25 m3 Quantidades de caçambas = 5456,25m3/12=454,6 unidades Vempolamento= Vf- Vc=5456,25 – 4365=1091,25m3 Quantidades de caçambas= 1091,25/12=91 unidades ISPT – Topografia Mineira I Página 9 CONTRACÇÃO DE SOLOS A contracção ocorre quando o volume final é inferior ao que havia no corte. Exemplo 4 Se 1 m3 de solo (medido no corte) contrai para 0,9 m3 no aterro após compactação, a redução volumétrica é de 10%. Para saber quanto de terra será necessário cortar para fazer um aterro com 50 m3 - e considerando redução volumétrica de 10% - vamos utilizar a seguinte fórmula: Vc = Va/C Vc = Volume de terra medido no corte Va = Volume compactado no aterro C = Contracção (se a redução volumétrica é de 10%, a contracção é de 90%) Aplicando a fórmula, lembre-se de mudar a percentagem. Assim: 90% = 0,90. Portanto: Vc = 50/0,90 Vc = 55,55 m3 o volume de terra solta a ser transportada - usando a mesma taxa de empolamento de 25% Vs = Vc (1 + E) Vs = Vc (1 + E) Vs = 55,55 m3 (1 + 0,25) Vs = 55,55 m3 x 1,25 Volume de terra solta = 69,4 m3. Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50 m³ é necessário escavar 55,55 m3 e transportar 69,4 m3 de terra. Exemplo 5 Na terraplanagem de um trecho de uma rodovia será necessário executar o aterro, cujos taludes tem inclinação 1:1. As secções 20m entre si: Va = ( Aai + Aai + 1) * L/2 Onde; Va= Volume de aterro Aai= Área de corte da seção i ISPT – Topografia Mineira I Página 10 Aai + 1 = Área de corte da seção i +1 L= Distancia entre as seções A= (B + b) * h/2 ( área do trapézio) S1: B= 5+10+5=20m S2: B= 2+10+2= 14m Aa1 = ( 20+10) * 5/2=75m2 ( ) ( ) ( ) Factor de Contracção: Trata-se também de parâmetro a dimensional, assumindo, para os solos, valores inferiores à unidade. No entanto, quando a escavação for executada em materiais compactos (rocha sã, p.ex.) de elevada densidade “in situ”, resultará factor de contracção superior à unidade. Este parâmetro permite que se faça uma estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um determinado aterro. Exemplo 6 Ao longo de um processo ou actividade de terraplenagem, foi feito um corte de 0,34 cm3 em uma rocha compactada de 6,5dm3. Calcule o factor de contracção em metros? Dados Formula Resolução Vc= 0,34 cm3 34 m3 Fc=? Fc= Vcomp= 6,5 dm3 65 m3 Fc= Fc=1,9 Fc=? ISPT – Topografia Mineira I Página 11 Considerando os dados do cálculo de volume de soltos teremos: Vc=Va/C C= Limite de contracção Limite de contracção (LC) do solo é o teor de humidade onde ocorre a transição entre o estado de consistência sólida e semi-sólida, ou, convencionalmente, o máximo teor de humidade a partir do qual uma redução dessa humidade não ocasiona diminuição do volume do solo. Alguns autores o definem como “o menor teor de humidade capaz de saturar uma amostra do solo”, mas é preciso perceber que a saturação (S=Va/Vv) depende também da maneira como as partículas sólidas estejam dispostas, e do estado de tensões a que a amostra esteja sujeita (para um mesmo teor de humidade, podem existir diferentes graus de saturação). Tem símbolo LC e é expresso em percentagem (inteira). O Limite de Contracção deve ser determinado sempre que o Índice de Plasticidade for alto. O Grau de Contracção indica a tendência de aparecerem fissuras quando sofre secagem, e em consequência sua qualidade para aterro de barragem (permite uma avaliação dos efeitos negativos dos solos de alto IP). ISPT – Topografia Mineira I Página 12 CONCLUSÃO Com o desenvolvimento das técnicas para calcular o empolamento e o volume de material escavado, torna – se importante o seu o estudo para efeito de cubagem e transporte de um material, não obstante a facilidade de existência de taxas únicas denominados cofactores para cálculo de empolamento. Por outro lado executa a determinação a composição do custo para o serviço tornando o projecto mais lucrativo e especificado em termos de operação., em suma das importância a que referir a seu apoio no estudo de percentual de compactação ou contracção, em outras palavras a taxa de redução aplicada sobre o volume de solo transportado para recomposição do terreno. Na literatura existem vários factores médios sugeridos, porem a definição do percentual adequado dependera de ensaios laboratoriais para cada serviço. ISPT – Topografia Mineira I Página 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 6ª edição, v. 1, 1989. DNER - Especificações Gerais para Obras Rodoviárias - 1974. DNER - Manual de Serviços de Consultoria - 1978. DNER - Manual de Projeto de Engenharia Rodoviária - Volume 2 - 1974. DNER - Materiais para Obras Rodoviárias - Métodos e Instruções - 1955. REGO CHAVES, C. - Terraplenagem Mecanizada - Editora Rodovia - 1955. SOUZA RICARDO, H. e CATALANI, G. - Manual Prático de Escavação - Editora McGraw-Hill do Brasil Ltda. - 1977. LA TECHNIQUE MODERNE-CONSTRUCTION - Le Matériel de TravauxPublics, Tomos I e II - DUNOD - 1951. CARVALHO, M.P. - Curso de Estradas - Volume 1 - Editora Científica - 1966. MARQUES, P.L. e HEY, S. - Prospecção de Sub-Superfície para Obras de Engenharia - UFPR. Https://souzaengenharia.blogspot.com/2015/05/empolamento-e-compactacao.html
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