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1 SAÚDE BUCAL E EDUCAÇÃO PARA O AUTOCUIDADO. Prof.ª Regina Costa UNIÃO, PI 2020 2 Saúde Bucal e Educação. Estamos acostumados a falar e a ouvir que “a saúde começa pela boca”. É muito comum o uso desse ditado na intenção de reforçar a importância de orientações e recomendações voltadas para a saúde bucal. Se refletirmos sobre as nossas atitudes em torno da saúde bucal, certamente vamos identificar momentos da nossa vida em que, seja pela excitabilidade dos motivos alegres ou pela radicalidade de vivências de tensão e desprazer, não priorizamos as condutas de autocuidado que até já tinham se tornado hábito. Essa percepção subverte o entendimento do “comportamento saudável” como norma que coloca os outros comportamentos como desviantes, revelando que a dinâmica das escolhas pessoais não segue uma lógica constante e linear. Percebemos, assim, que saúde envolve muito mais do que o corpo. As pessoas têm experiências, valores e expectativas que conferem ao processo saúde/doença uma complexidade que está para além da determinação biológica. Isso nos leva a algumas questões fundamentais para a prática educativa: o que está em jogo na decisão e motivação das pessoas para cuidarem da sua saúde bucal? E isso é igual para todos? Podemos dizer que é possível encontrar um motivo padrão que influencie ou intervenha da mesma maneira no processo saúde/doença dos diferentes indivíduos? Podemos fazer recomendações gerais sem discutir o que está implicado na determinação desse processo e sem conhecer como os diferentes fatores influenciam e como são tratados pelas pessoas com suas peculiaridades, histórias de vida, composição familiar e demais aspectos de seu contexto de vida? A educação em saúde supõe considerar essa sensibilidade ao próprio corpo, essa autonomia no cuidado de si. Autonomia esta que supõe a “inteligência coletiva” – trata-se de escutar a si próprio, mas também aos outros: a possibilidade de compartilhar informações e conhecimentos com outros (que podem ser cirurgiões-dentistas, técnicos em saúde bucal, auxiliares em saúde bucal, enfermeiros, médicos, mas também outras pessoas que têm o mesmo problema, vizinhos, familiares, outros doentes, etc.). E, mais que informações, trata-se de partilhar sentidos: partilhar um contexto comum, uma cultura, uma história, uma experiência, etc. Estar atento aos aspectos de natureza cultural e antropológica que determinam os comportamentos com relação à saúde bucal significa relacionar-se com cada cliente, vendo-o por inteiro, como sujeito singular que tem história própria, valores, hábitos, costumes, paixões e conflitos. Isso traz consequências para o encaminhamento de uma consulta, seja na cadeira odontológica, seja no “escovódromo” ou sala de prevenção ou qualquer espaço social onde o atendimento se realize. O ambiente de atendimento, como espaço educativo, é, necessariamente, um verdadeiro encontro. Não é só transmitir uma mensagem – é tentar ter alguma coisa em comum. Esse é um espaço que se constrói. Demanda tempo e assume um curso próprio caso a caso. 3 Nosso ponto de partida são os conhecimentos que temos sobre a determinação do processo saúde– doença bucal, aliados aos recursos terapêuticos e tecnologias disponíveis, os quais precisam ser associados ao que o cliente sabe, as suas expectativas com relação ao tratamento e as suas condições e possibilidades para tomar medidas que visem à manutenção ou melhoria de sua saúde bucal. Percebe-se, assim, que o momento do diagnóstico é um encontro rico de informações sobre a clientela, as quais devem ser usadas como elementos para o diálogo, visando a uma orientação compatível com cada sujeito em atendimento. Não somente a consulta diagnóstica, mas todo o espaço de atuação clínica requer uma comunicação efetiva, com possibilidades de aprendizagem e construção de conhecimentos novos. Para tal, é preciso substituir modelos ancorados em práticas de comunicação unidirecional, dogmática e autoritária, com foco na transmissão de informação, por discussão e reflexão, desencadeadas pela problematização de temas de saúde bucal. Torna-se imprescindível a abertura ao diálogo e à troca mediados pelos valores e vivências dos sujeitos envolvidos. Afirmar o sujeito do tratamento é acreditar e investir na prevenção e no autocuidado. Para os trabalhadores envolvidos na atenção à saúde bucal, requerendo desenvolver habilidades profissionais necessárias ao estabelecimento de uma comunicação efetiva que produza conhecimento. Dentre essas habilidades, destacamos: a)Propiciar um espaço para que o cliente possa expressar aquilo que sabe, pensa e sente em relação a sua situação de saúde; 4 b) Empregar uma linguagem clara ao prestar informações apropriadas às reais expectativas, dúvidas e necessidades do cliente e adequadas do ponto de vista técnico- científico; c) Acolher o cliente, prestando o apoio emocional que se revele necessário; d) Estar atento aos apoios sociais e estruturais que favoreçam a tomada de decisões e a manutenção de opções saudáveis, identificando as possibilidades de cooperação do serviço odontológico na mediação para melhoria dessas condições. Em outras palavras, nosso saber técnico-científico não contribuirá muito para o atendimento se não formos capazes de colaborar para torná-lo conhecimento prático no cotidiano das pessoas que atendemos. É como ocorre também em nossas vidas, se não conseguimos fazer daquilo que estudamos alguma coisa que nos faça viver melhor e transformar a realidade em que vivemos pois as ações de saúde bucal não implicam somente a utilização do raciocínio clínico, do diagnóstico, da prescrição de cuidados e da avaliação da terapêutica instituída. Saúde bucal não são apenas processos de intervenção na doença, mas processos de intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde bucal, no qual estão relacionados os fatores orgânicos, psicológicos e socioeconômicos. É recomendável, ainda, que as ações de educação em saúde bucal voltada aos diferentes grupos sejam partes de programas integrais de saúde da criança, do adolescente, da mulher, do trabalhador e do idoso, percebendo as inter-relações da saúde bucal com a saúde geral e entendendo o indivíduo como sujeito integrado à família, ao domicílio e à comunidade. OBJETIVOS GERAIS DAS AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE BUCAL a) Ampliar conhecimentos, favorecendo a análise crítica e compreensão acerca dos fatores protetores e dos determinantes dos processos saúde–doença cárie, doenças da gengiva e câncer bucal, a fim de contribuir para a adoção das medidas individuais e coletivas de prevenção. b) Reforçar a autoestima e o autocuidado. c) Fortalecer os laços sociais e a participação na comunidade. d) Desenvolver competências e habilidades de pais e familiares para que favoreçam que as crianças desenvolvam hábitos de autocuidado para prevenção da cárie e doenças da gengiva. e) Instrumentalizar gestantes para os cuidados no pré-natal e no primeiro ano de vida do bebê para a garantia da saúde bucal. f) Familiarizar as crianças com a clínica odontológica, visando reduzir sentimentos de ansiedade e medo com relação ao atendimento e ao processo de tratamento. g) Capacitar professores e profissionais envolvidos no cuidado de crianças para implantação de mudanças organizacionais, supervisão e execução de atividades voltadas para a prevenção da cárie no cotidiano das instituições de ensino. h) Instrumentalizar os escolares para a adoção de medidas de prevenção à cárie e às doenças da gengiva. i) Sensibilizar e instrumentalizar os adolescentes para que se engajem em ações de cuidado à saúde bucal no meio escolar e no contexto comunitário. 5 j) Desenvolver competências e habilidades para o controle de fatores de risco comuns à saúde bucal e à saúde geral. k) Ampliar conhecimentos e potencializar habilidades para prevenção de perdas dentárias e outrasafecções da cavidade bucal (em especial as decorrentes do uso de próteses). l) Difundir informações sobre a existência e as formas de acesso aos serviços de referência na comunidade para realização de tratamento odontológico e de doenças com fatores de risco comuns. m) Contribuir para iniciativas coletivas que visem garantir as condições ambientais propícias ao desenvolvimento de hábitos que favoreçam a saúde bucal. n) Capacitar familiares, profissionais de diferentes áreas e agentes comunitários para atuar como cuidadores informais de idosos com ênfase nas temáticas relacionadas à saúde bucal. QUEM EDUCA O PACIENTE? Os programas de educação em saúde visam conscientizar o paciente sobre a importância de sua saúde bucal, já que a maioria dos pacientes sabe que deve realizar a higiene bucal, mas não está sensibilizada para a sua execução. Quem deve desenvolver a tarefa de educar o paciente? Na verdade essa tarefa é multiprofissional, toda a equipe educa o paciente, ou seja, CD, TSB e ASB. Cada profissional tem sua área de influência e deve estar integrada para que a ação de cada um colabore no resultado final satisfatório. Se a equipe for incoerente nas palavras e atitudes não conseguirá atingir os objetivos propostos. No momento em que se consegue a comunicação com o paciente, o próximo passo é educá-lo. Ele age segundo suas crenças, valores e sentimentos, ou seja, segundo sua história de vida. Para se conseguir mudança de atitude a equipe deve apresentar as ações positivas e indicar as ações negativas ao paciente orientando e cobrando várias vezes, pois o reforço e a repetição de condutas é que criam o hábito. Essas atitudes exigem preparo, paciência e perseverança da equipe para que o sucesso seja alcançado. Desenvolvimento de ações e áreas temáticas integradas: 6 A reflexão e o debate crítico sobre a saúde bucal na sua relação com a saúde geral são os elementos fundamentais do processo educativo, devendo-se trabalhar com abordagens sobre os fatores de risco ou de proteção simultâneos tanto para doenças da cavidade bucal quanto para outros agravos correlacionados: diabetes, hipertensão, obesidade, trauma, câncer, tabagismo, alcoolismo, doenças de pele, doenças cardíacas, estresse, autocuidado etc. As práticas educativas devem abrir espaços ao diálogo efetivo sobre saúde, no qual seja valorizada a forma como cada pessoa lida com a saúde/doença no cotidiano, as dificuldades que enfrenta e as alternativas que utiliza. Espaços nos quais o saber técnico- científico possa ser compartilhado e se abrir à interação respeitosa com a cultura popular, ampliando as visões de ambos os lados, num processo de construção compartilhada do conhecimento. Processo de acompanhamento e avaliação contínuo e sistemático: A avaliação dá o norte de nossas ações, indica o que está certo, o que está errado, onde houve desvios, se eles podem ou não ser corrigidos, e assim por diante. E é ela também que nos dirá se chegamos onde queríamos, e se obteremos o que pretendíamos . ABORDAGEM INDIVIDUAL E GRUPAL “A ação educativa, como um processo de capacitação de indivíduos e de grupos para assumirem a solução dos problemas de saúde, é um processo que inclui também o crescimento dos profissionais de saúde, através da reflexão conjunta sobre o trabalho que desenvolvem e suas relações com a melhoria das condições de saúde da população”. Todos nós temos um compromisso com a ação educativa e a todo momento e em todo lugar estamos tendo oportunidades para desempenhar o nosso papel como educadores – seja qual for a nossa função na equipe de saúde bucal. A palavra-chave é participação. É necessário que nos encontros com a clientela se alcance o respeito mútuo às convicções e à autonomia de cada participante – o que é possível quando se faz claro que o ponto de vista de cada um é o resultado das histórias pessoais, as quais guardam diferenças entre si. Assim, uma opinião pode ser aceita, se fizer sentido para a pessoa, ou rejeitada no caso contrário. E essa troca de idéias certamente estimulará a busca por informações, assim como dará sentido aos novos conhecimentos – não serão simples conceituações, mas conhecimento construído coletivamente e aplicado no cotidiano de cada sujeito. Além da ação educativa de abordagem individual, característica da esfera de atuação clínico odontológica, também se valoriza o desenvolvimento de práticas grupais que trazem vantagens para a aprendizagem por permitirem “que os participantes se deparem com muitas formas de viver uma mesma situação, possibilitando um conhecimento amplo e aumentando a experiência de cada componente”. Tais atividades proporcionam, ainda, apoio emocional e prático, ampliando as opções e condições das pessoas para operarem mudanças em prol do seu bem-estar. Abordagem individual A prática tradicional no processo de diagnóstico tem a tendência a identificar a doença como se fosse uma entidade independente da pessoa doente. Também seu processo acaba 7 se restringindo à aplicação de um roteiro de anamnese ou entrevista e ao repasse de informações sobre a doença, acompanhado da repetição de preceitos normativos para prevenção. Dessa forma, a percepção e um diálogo sobre a real demanda do cliente ficam prejudicados. Partimos do princípio de que, para que a ação educativa possa se efetivar, possibilitando o desenvolvimento da autonomia do cliente durante o processo de atenção à saúde bucal, é necessário um rearranjo da prática profissional que nos faz deslocar o olhar e a escuta da doença para o sujeito pleno de potencialidades. Não podemos perder de vista que a investigação clínica para diagnóstico é a base da atuação clínica, do estabelecimento de um plano de tratamento, da definição sobre alternativas terapêuticas possíveis e das estratégias de monitoramento, voltadas para indivíduos diferenciados com relação as suas histórias de vida pessoais, experiências anteriores de tratamento, características e estilos de vida diversos. E isso num contexto de tratamento que supõe ações conjuntas do profissional e do paciente, além de ações específicas de cada um para promoção e manutenção da saúde. No controle do processo saúde/doença bucal é marcante a importância de se ampliar os elementos de análise caso a caso, trabalhando em conjunto com o cliente na identificação dos fatores implicados na sua dinâmica de determinação desse processo: a) O seu padrão alimentar, b) O seu padrão de escovação e uso do fio dental, c) O domínio dessas habilidades, os valores familiares e culturais que sustentam as opções e os hábitos de autocuidado, d) Os fatores de motivação para busca e adesão ao tratamento, e) As principais limitações e dificuldades, f) Os recursos sociais que costuma utilizar, g) As associações que fazem do seu cotidiano a determinação do seu estado de saúde – informações que não são obtidas de um momento para o outro e que requerem o estabelecimento de uma relação de respeito recíproco que o cliente precisa estabelecer com o serviço como um todo. As informações do diagnóstico realizado pelo profissional devem ser associadas àquelas obtidas no processo de diagnóstico participativo implementado, bem como às contribuições de cada profissionais geradas pelos contatos individuais e coletivos com a clientela. São essas informações que vão permitir o planejamento das ações educativas e as modalidades de orientação individual na “sala de prevenção”, assim como a definição dos eixos temáticos ou “linhas de cuidado” que devem ser alvo da intervenção educativa em saúde. 8 A discussão dos casos em equipe permite a troca de informações que auxiliam a definição das alternativas de tratamento e a identificação das modalidades de apoio necessárias para o engajamento dos clientes às medidas de prevenção e controle do processo saúde/doença e de promoção da saúde bucal. Contribui, assim, para a identificação das necessidades coletivas que orientam a formação de grupos de autoajuda e apoio mútuo(tais como: gestantes, hipertensos, diabéticos, prevenção do estresse), aulas abertas, oficinas, cursos, encenação, palestras etc. Higiene Bucal A higiene bucal é o conjunto de práticas que garantem a saúde dos dentes e da gengiva, favorecendo um sorriso saudável e um hálito puro. 9 Quando falamos em higiene bucal, estamos referindo-nos à prática que garante a limpeza dos dentes e gengivas e, consequentemente, uma boca saudável. Essa higiene é fundamental para nossa saúde, evitando problemas como gengivite, cárie e tártaro, entre outras doenças. Além disso, essa prática nos possibilita uma aparência melhor e permite um processo digestivo adequado, uma vez que os dentes iniciam a digestão mecânica. Que hábitos garantem uma boa higiene bucal? Quando falamos em saúde bucal, sempre nos lembramos da escovação dos dentes, entretanto, uma boa higiene bucal vai além desse hábito. A seguir, falaremos de algumas maneiras para garantir uma boa higiene bucal: • Escovar os dentes corretamente, lembrando-se sempre das partes internas externas e dos dentes localizados na parte de trás da boca. Para uma escovação correta, deve-se inclinar a escova em relação à gengiva e fazer movimentos de cima para baixo nos dentes de cima e o contrário nos dentes inferiores, ou seja, movimentos de baixo para cima. A superfície do dente usada para a mastigação também deve ser escovada, realizando movimentos de vaivém. • Escovar os dentes após as refeições e sempre antes de dormir; • Sempre que for escovar os dentes, lembrar-se de limpar a língua para retirar bactérias e, assim, também conseguir um hálito mais puro; • Utilizar cremes dentais que contenham flúor; • Passar o fio dental diariamente e estar atento no momento do uso do fio para limpar além da linha da gengiva. É fundamental lembrar-se também de usar uma parte limpa do fio em cada local. Em média, 40 cm de fio são suficientes para limpeza completa de toda a boca. • Ter uma al imentação balanceada , evitando o consumo exagerado de doces, principalmente, entre as principais refeições; • Visitar regularmente um dentista, pois esse profissional poderá ajudar a identificar problemas imperceptíveis para o paciente e orientar sobre a limpeza correta dos dentes e gengivas. Como garantir a higiene bucal do bebê? É importante destacar que mesmo antes de os dentes nascerem, devemos cuidar da saúde bucal das crianças. Nesse caso, recomenda-se limpar a gengiva, a bochecha e a língua utilizando uma gaze ou fralda limpa molhada com água potável (filtrada ou fervida). Quando começarem a nascer os dentes da frente, a limpeza ainda é feita com gaze ou fralda, entretanto, quando os dentes de trás nascerem, pode-se utilizar a escova pequena e macia adequada para crianças. VANTAGENS DA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA A SAÚDE. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/dentes.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/alimentacao-saudavel.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/alimentacao-saudavel.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/cuidados-com-os-dentes.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/carie.htm 10 Alimentos ácidos representam perigo para a saúde bucal, eles danificam o esmalte (camada que reveste os dentes) responsável pela proteção e brilho do seu sorriso. A chamada corrosão dentária é uma consequência deste problema. Alguns chás produzem efeito antioxidante sobre os dentes, evitando assim que se oxidem pela ação de alimentos ácidos, o resultado são dentes menos ásperos e protegidos. O chá-verde e preto são as melhores opções, eles são extraídos da espécie Camellia sinensis. Dica: Evite alimentos ácidos como bebidas alcoólicas, café, doces e refrigerantes Dentes fortes com cálcio Uma alimentação rica em minérios garante dentes fortalecidos. As doenças periodontais são consequência da falta de minerais no organismo. Este tipo de doença ataca a estrutura de sustentação dentária (raiz do dente). Os alimentos mais ricos em cálcio provêm do leite e seus derivados. Mantenha-os em sua dieta e garanta a reconstrução de seu esmalte dental. Limpeza garantida com fibras Alguns alimentos auxiliam na higiene bucal, mas como assim? Nossos dentes não ficam sujos após as refeições? Os alimentos ricos em fibras exigem um esforço maior de nossa arcada dentária, sendo assim permanecem por mais tempo em nossa boca para podermos triturá-los. Durante este processo, as impurezas acumuladas vão sendo arrastadas, devido ao contato maior com os dentes e aumento da salivação como auxiliar no processo. Frutas em geral (principalmente a maçã), vegetais, pão integral, nozes, legumes, cereais integrais e farelos são fontes de fibras. Gengivas perfeitas não dispensam Vitamina C Um sorriso bonito deve contar com gengivas saudáveis, e a vitamina C participa da formação de colágeno, que é componente fundamental das gengivas. A doença escorbuto produz sangramento da gengiva, ela aparece em decorrência da falta de vitamina C no organismo, para prevenir este problema bucal não deixe de consumir fontes naturais da vitamina como, por exemplo, goiaba, tomate, acerola, laranja, limão, etc. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA A MANUTENÇÃO A SAÚDE 11 O que a saúde bucal tem a ver com atividade física? “Praticantes de atividades físicas e atletas podem apresentar considerável redução no desempenho de suas performances, por conta de uma saúde bucal alterada.” A importância da Odontologia Desportiva É sabido que quando alguma parte do corpo humano não está bem, essa situação se reflete de alguma forma, geralmente através da dor. A dor é a percepção de uma experiência sensitiva desagradável para qualquer ser humano. Sua função é fundamental para a nossa sobrevivência, pois alerta o cérebro e todo o organismo de que existe um agente, interno ou externo, que está prejudicando seu funcionamento. Assim sendo, frente a algum desequilíbrio bucal, a resposta dos nossos dentes e tecidos moles é através da dor. Sabe-se que a dor afeta o nosso rendimento habitual e diminui nossa qualidade de vida, por isso os desportistas atualmente vêm ganhando um enfoque diferenciado no que se refere à prática odontológica. Os adeptos de atividades físicas devem realizar um check-up odontológico regularmente a fim de conferir as condições dentárias, gengivais, ósseas e articulares, bem como buscar na Odontologia uma forma de prevenção para eventuais acidentes causados pelo esporte, otimizando assim seu desempenho nas atividades. A Importância da saúde bucal e orofacial dos adeptos de atividades FÍSICAS O cuidado com a saúde bucal está intimamente relacionado à qualidade de vida do paciente e à sua saúde sistêmica. Inúmeros estudos atuais e significativos apontam os benefícios de uma adequada saúde bucal e sua relação com a saúde geral do indivíduo. Alguns exemplos de afecções que podem acometer os pacientes são: Doenças periodontais (gengivite e periodontite): São inflamações causadas pela agressão da placa bacteriana, tanto pelo trauma quanto pelas toxinas liberadas pela mesma, que, quando não tratadas, podem levar à perda do osso de suporte do dente e consequente mobilidade dentária. A Periodontia médica demonstra através de evidências científicas significativas que um adequado controle de placa dentária pode estar associado à redução dos índices de nascimentos prematuros. Além disso, a periodontite tem relação com problemas cardíacos e com a obesidade. Assim, mediadores inflamatórios oriundos da cavidade bucal, podem estar associados a quadros inflamatórios em outras regiões do corpo humano, como, por exemplo, músculos e articulações, o que influência diretamente no rendimento físico. Cárie dentária 12 A cárie é uma doença que consiste na desmineralização dos dentes que estiverem em contato com a placa bacteriana, sofrendo com a ação dos produtos metabolizados pela mesma, acarretando desde manchas até cavitações nos elementos dentários. A cárie é capaz de produzir sensibilidade ao frio e calor,dor desde os estágios iniciais até os mais avançados, o que acaba resultando muitas vezes em uma má alimentação e consequente diminuição da qualidade de vida e do ritmo dos desportistas. Disfunções e dores na Articulação Temporomandibular (ATM), músculos mastigatórios e outras dores orofaciais: Sinais e sintomas de Disfunções Temporomandibulares (DTM) são muito prevalentes na população e podem ser exemplificados por: Dor na região pré-auricular; Dor na própria Articulação Temporomandibular; Dor na cabeça, na face e no pescoço; Dor de ouvido (inclusive sensação de diminuição de audição ou zumbidos); Dor de dente e desgastes dentais; Ruídos articulares (estalidos e crepitações); Cansaço dos músculos que abrem e fecham a boca; Desvios mandibulares na abertura e fechamento da boca; Limitação para a abertura da boca; Travamentos de boca aberta ou fechada; Bruxismo do sono; Para funções associadas a apertamento e rangimento dental diurno e/ou noturno. Além das DTM, outras dores orofaciais podem afetar os adeptos de atividades físicas, como dores neuropáticas. Essas dores têm natureza lancinante, podendo ser exemplificada pela neuralgia do trigêmeo. As alternativas de tratamento sempre devem ser baseadas em evidências científicas, bem como os tratamentos conservadores e pouco invasivos devem ser sempre a primeira opção. Os tratamentos englobam a utilização de aparelhos orais, terapias farmacológicas, termoterapia, fisioterapia, microcorrente, laserterapia, infiltrações articulares, bloqueios musculares, viscos suplementação, e, procedimentos cirúrgicos como artrocentese, artroscopia e cirurgias da ATM. A educação e a conscientização do paciente acerca de seu problema é extremamente importante, assim técnicas comportamental-cognitivas funcionam como um adjuvante no tratamento. A atuação de uma equipe multidisciplinar envolvendo especialistas em DTM e Dor Orofacial, médicos, fisioterapeutas e psicólogos muitas vezes é necessária. 13 Lesões e urgências endodônticas Em dentes que sofreram injúrias, tanto pela cárie quanto por um trauma, muitas vezes se faz necessária a realização do tratamento de canal. Em sua maioria, esse tratamento traz um enorme alívio, visto que proporciona a eliminação da sintomatologia, devolvendo condições para o paciente retornar às suas atividades normalmente. Elimina também focos dentários provenientes das necroses indolores do canal, bem como canais que precisam ser retratados. Dentes desalinhados e maloclusões: O mau posicionamento dentário na arcada e alterações esqueléticas do complexo craniofacial acarretam diminuição da capacidade mastigatória, alterações fonéticas, problemas estéticos e podem estar associadas a problemas respiratórios, como o paciente respirador bucal. Assim, o tratamento ortodôntico a fim de realinhar os dentes, harmonizar as bases ósseas e remover os hábitos deletérios se faz necessário, melhorando a qualidade de vida e o rendimento dos desportistas. Restos radiculares Dentes fraturados que permanecem na boca, promovendo a manutenção de um nicho bacteriano, devem ser reabilitados ou extraídos, visto que se tornam foco de infecção no organismo, que começando na cavidade oral pode se espalhar pelo restante do nosso corpo. Disfunções na alimentação: bulimia e anorexia são desordens muito sérias que afetam diretamente os dentes por erosão do esmalte dentário, visto que o vômito possui conteúdo ácido. É possível o dentista corrigir o esmalte dentário deteriorado, mas estas desordens devem ser tratadas com ajuda de médicos especialistas e apoio psicológico, visto que o atleta deve manter seu corpo em equilíbrio com sua mente de uma forma saudável. RELAÇÃO DO STRESS COM A SAÚDE BUCAL. O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas. O estresse pode afetar o organismo de diversas formas e seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa. O estresse, como outros distúrbios de comportamento, pode alterar as defesas do hospedeiro, aumentando a vulnerabilidade às doenças associadas a mecanismos imunológicos, como infecção e doença auto-imuni (ALVES, 1999). 14 Várias patologias que estão associadas à mucosa oral apenas por serem de ordem infecto-inflamatória, podem ser influenciadas por fatores psicossociais como o estresse (ALVES, 1999). Com o argumento de que o cigarro ajuda a aliviar o estresse, alguns fumantes costumam justificar o vício. Um novo estudo da University of East London, na Inglaterra, porém, afirma que ocorre o contrário. A dependência de nicotina aumentaria o estresse. Segundo os cientistas, fumantes adultos e adolescentes experimentam períodos de maior tensão entre um cigarro e outro, só relaxando quando fumam novamente. O hábito de fumar leva a uma série de alterações no organismo humano. O fumo é considerado um dos mais importantes fatores de risco no desenvolvimento e progressão de doenças como o carcinoma epidermóide (principal tipo de câncer bucal), gengivite, periodontite entre outras patologias (LEITE, 2001). O estresse em casos mais extremos pode provocar infartos, úlceras gástricas e ainda podem gerar as lesões bucais como: herpes simples recidivante, pênfigo vulgar, líquen plano e úlceras aftosas. Torna-se, então, necessário que o cirurgião dentista reconheça as frustrações, tensões cotidianas e o nível de envolvimento dos pacientes com as drogas, para que possa diagnosticá-los e tratá-los adequadamente, o que será possível através de uma boa anamnese. Algumas Manifestações Orais Associadas Ao Estresse: Ulcerações Orais Recorrentes (Aftas Recorrentes) Clinicamente a afta recorrente apresenta-se isoladamente ou em grupo, com poucos milímetros de diâmetro, localizadas essencialmente em mucosa não queratinizadas zonas como as bochechas, bordo e ventre da língua, face interna dos lábios e palato mole. As úlceras apresentam uma zona central, branca ou acinzentada, rodeada por um halo eritematoso. As lesões podem ser extremamente dolorosas, dependendo da região anatômica envolvida, e interferir com a ingestão de alimentos e/ou com a linguagem. O tratamento da afta recorrente é baseado no uso de corticosteróides, quer por via tópica quer, em casos mais graves, por via sistêmica (AZUL & TRANCOSO, 2006). Língua Geográfica Em todos os indivíduos, a língua geográfica caracterizava-se por áreas com desenhos irregulares e limites nítidos, eritematosos, em virtude do despapilamento filiforme da superfície lingual, distribuído tanto no dorso da língua quanto nas bordas laterais. Os tamanhos destas lesões são muito variados como também seu número. Essa alteração é mais observada em idades mais precoces; 44,8% dos pacientes não têm consciência da patologia; o ardor é um sintoma referido por 45,6% dos pacientes; a atopia está presente 38,4% dos pacientes; a hereditariedade (44%) e o estresse emocional (64%) são fatores importantes na etiopatogenia da doença (GONZAGA, 1995). 15 Herpes Simples Recidivante O Herpes simples recidivante geralmente se manifesta em torno dos quinze anos de idade, sendo que os surtos declinam após os vinte e cinco anos. Após introduzido no organismo, o vírus parece que permanece latente no interior das células epiteliais, e sendo que as recidivas representam uma ativação do vírus residual e não uma infecção. Uma das particularidades mais notáveis do herpes recidivante é a grande variedade de mudanças internas e externas que parecem capazes de desencadear surtos. Podem ser mencionados: exposição aos raios solares, tensão emocional, distúrbios digestivos, doenças viróticas como gripe e resfriado, ansiedade e hostilidade definida, etc… As lesões podem ocorrer tanto no lábio, como na mucosa bucal, sendo extremamente raras, intrabucalmente. Cerca de 12 a 24 horas antesdo aparecimento das vesículas desenvolve- se uma sensação de hiperestesia ou ardor na região. As vesículas são sempre múltiplas, pequenas, formam grupos e tendem a coalescer. Rapidamente rompem liberando líquido branco-amarelado e formam crostas sero-sangüinolentas que coagulam tornando-se aderentes. É comum a presença de edema e eritema. As lesões são reparadas, geralmente, entre sete e dez dias sem deixar cicatrizes. Pênfigo Vulgar Os pacientes com pênfigo vulgar, em cerca de 60% dos casos, apresentam os primeiros sinais da doença na mucosa bucal.. As lesões, inicialmente, apresentam-se como bolhas contendo líquido, ou como úlceras rasas. As bolhas se rompem rapidamente, deixando o teto colapsado. Essa membrana acinzentada é removida facilmente com uma compressa de gaze expondo uma base avermelhada, ulcerada e dolorosa. O aspecto das úlceras varia de pequenas lesões semelhantes a aftas até a grandes lesões parecidas com mapas. Conclusões O cirurgião dentista, desperta para a realidade holística do ser humano, educa o paciente para auto-avaliação e motiva-o para o tratamento; com isso as possibilidades de sucesso serão maiores, pois haverá um comprometimento paciente/ dentista, dentista/ paciente, em busca da cura da lesão, ou melhor, do quadro. Reconhecer as frustrações e tensões cotidianas é inevitável e um dos primeiros princípios para o domínio do estresse. Muitas pessoas acreditam que, se eliminassem o estresse da sua vida, poderiam sentir-se mais felizes e relaxar. Esta ideia, entretanto, não é realista. Vivendo em uma sociedade moderna, freqüentemente nos defrontamos com situações, sobre as quais não temos nenhum controle para mudá-las ou eliminá-las. O relaxamento mental e físico proporciona imensos benefícios à saúde. Quando praticado regularmente, o relaxamento tem efeitos profundos no sistema imunológico da pessoa, tornando-a mais resistente aos agentes transmissores de doenças, além de baixar a 16 pressão do sangue e o nível de colesterol. As pessoas que relaxam, esporadicamente por alguns minutos, tendem a ter benefícios mínimos. Entretanto, aquelas que relaxam, regularmente, todos os dias, experimentam muitas vantagens, além do fortalecimento do sistema imune. IMPLICAÇÕES DO USO DO TABACO E ÁLCOOL NA SAÚDE DA POPULAÇÃO. Os estudos epidemiológicos podem fornecer uma visão importante para o entendimento da prevalência, extensão e severidade das doenças bucais na população. Dessa forma, é possível traçar medidas preventivas com o intuito de garantir a redução do número de casos de determinadas doenças, assim como melhorar a qualidade de vida da população. Como os usuários de drogas, quando comparados com a população geral, apresentam uma alta prevalência de lesões bucais que podem evoluir para câncer, é importante investigar a prevalência dessas lesões em alcoólatras. O abuso do álcool é responsável por aproximadamente 350 doenças físicas e psíquicas. No Brasil, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas ocorrem devido ao abuso de álcool. A definição de alcoólatra não está relacionada à quantidade de bebida consumida nem às suas consequências, como ficar bêbado, e sim ao hábito de beber. Se uma pessoa não consegue passar um dia sem consumir álcool, mesmo em pequena quantidade, é considerada dependente. O uso de bebidas Alcoólicas está associado a uma maior incidência de câncer de boca, faringe, esôfago, fígado e, possivelmente, mama. Uma pesquisa realizada em Londres com 388 alcoólatras revelou que o usuário de álcool geralmente consome mais de um tipo de bebida diariamente. Após exames, foram encontradas 227 lesões na mucosa bucal em 50% desses pacientes. O risco que o álcool oferece para induzir câncer bucal depende da duração, da frequência, da concentração e da associação com outros agentes carcinogênicos. Um outro estudo realizado na Espanha demonstrou que pacientes que desenvolveram câncer bucal consumiam bebidas destiladas frenquentemente. Apesar de o álcool não ser um carcinogênico de ação direta, um de seus metabólitos, um produto do metabolismo do etanol, o acetaldeído, pode atuar como promotor da formação de tumores. Também é relatado que o uso crônico do álcool provoca deficiência de vitamina A, que pode estar associada a uma incidência aumentada de câncer. Os indivíduos que consomem diariamente mais de seis doses de bebida com elevado teor de álcool apresentam probabilidade dez vezes maior de desenvolver o câncer bucal, quando comparados com os que não bebem. Entretanto, a literatura relata que os alcoólatras fumantes têm 100 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença. A ingestão de álcool tem sido associada ao câncer bucal como um fator de risco e pode estar envolvida numa ação de sinergia com o uso de produtos do tabaco. O álcool 17 possivelmente atua como um solvente, permitindo que os agentes carcinogênicos do tabaco penetrem nos tecidos, ou pode agir como um agente catalisador dos carcinógenos do tabaco. Uma outra hipótese defende que o álcool reduz o efeito protetor dos vegetais e das frutas por meio da diminuição da ingestão e absorção dos nutrientes. O estudo Prevalência de Lesões Cancerizáveis Bucais em Indivíduos Portadores de Alcoolismo, realizado no Paraná, no qual foram avaliados 277 pacientes do sexo masculino com idade entre 18 e 72 anos, mostrou baixa prevalência de lesões que podem evoluir para o câncer. Essas lesões, quando presentes, acontecem em pacientes alcoólatras que tinham outros fatores de risco associados, em especial o tabagismo. Esse fato reforça a necessidade de mais pesquisas com o intuito de esclarecer essa relação entre o consumo de álcool e o risco de câncer na região da orofaringe. Entretanto, como o consumo diário de bebidas alcoólicas é um reconhecido fator de risco para o câncer bucal, os profissionais que realizam esse atendimento devem estar atentos durante o atendimento a esses pacientes. os principais problemas bucais causados pelo tabagismo e Alcoolismo. Câncer As substâncias tóxicas do cigarro e o consumo de álcool contribuem para aumentar o risco de câncer. Porém, uma vez que o consumo é interrompido, a probabilidade de desenvolvimento da doença cai drasticamente após 10 anos sem consumir. As principais ocorrências relacionadas são nos lábios, língua e assoalho da boca e os principais sintomas são feridas que não cicatrizam e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas. Problemas periodontais Fumantes e pessoas que consomem álcool são mais suscetíveis a desenvolver doenças periodontais, ou seja, infecções na gengiva e ossos ao redor dos dentes devido ao acúmulo de bactérias. O risco é maior nesse grupo porque prejudica o sistema imunológico, deixando a ação das bactérias mais nociva. Xerostomia e halitose O cigarro e a bebida alcoólica contribuem para a diminuição da secreção salivar, deixando a sensação desagradável de boca seca, também chamada de xerostomia. A saliva é um componente importante para o sistema digestivo, limpeza da boca e equilíbrio da flora bucal. Como este sistema é prejudicado, é comum o aumento da halitose, o temido mau hálito. Manchas nos dentes A pigmentação machada e amarelada nos dentes aparecem devido à formação do tártaro (placa bacteriana). O cigarro dá a falsa sensação de boca limpa e, assim, a higienização bucal acaba sendo negligenciada, contribuindo para acúmulo de bactérias. É preciso ficar atento a http://uniodontouberlandia.com.br/o-que-e-bruxismo-dentario-principais-causas-sintomas-e-tratamento/ http://uniodontouberlandia.com.br/manchas-brancas-em-seus-dentes-o-que-sao-e-como-corrigir/ http://uniodontouberlandia.com.br/6-sintomas-de-cancer-bucal-que-voce-deve-saber/ 18 qualquer sinal diferente em sua boca para tratar qualquer doença em seu início. Consulte seu dentista regularmente. TRATAMENTOS ALTERNATIVOS DE SAÚDE. A Odontologia Humanizada é um conceito dentro da Odontologia e consiste em olhar o paciente como um todo de forma personalizada, desde a recepçãoaté dentro do consultório, não apenas cuidando da saúde bucal, mas utilizando terapias alternativas como cromoterapia, aromaterapia, massoterapia, florais entre outras. A cada dia mais vem crescendo a Humanização em diversos tipos de tratamentos com diferentes dificuldades em pacientes de todas as idades. O profissional Humanizado tem um diferencial muito importante em relação a outros profissionais da área. Ele cuida da saúde física e mental, na mesma proporção em que se atualiza em suas técnicas odontológicas. Ele vai a fundo na raiz do problema com uma anamnese bem detalhada que beneficia o indivíduo como um todo, podendo dessa forma conduzir o tratamento de uma forma muito mais assertiva. Atualmente a Humanização está sendo implantada em diversos setores da saúde e hospitais renomados como no Albert Einstein em São Paulo que já trabalha com esse conceito. No caso da Odontologia está surgindo de forma tímida e ainda não oficial pela maioria dos profissionais. 6 Ótimos tratamentos alternativos para a saúde e o bem-estar. Acupuntura Uma prática milenar chinesa. Consiste em colocar finas agulhas na pele, em pontos estratégicos do corpo, para influenciar o fluxo energético, ou “chi”. É usada tanto na prevenção quanto no tratamento de diversas doenças. Os benefícios da acupuntura dentro da nossa rotina agitada podem ser infinitos. Ela pode ser usada para combater os sintomas de abstinência, reduzir a ansiedade e depressão. Além disso, a acupuntura aumenta a criatividade, melhora o sono, diminui dores, elimina a prisão de ventre, combate a fadiga, entre outras coisas. Ervas medicinais A medicina homeopática tem como grande foco as plantas reconhecidas por suas propriedades terapêuticas e de cura. Elas podem ser capazes de melhorar algumas das mais importantes funções do nosso corpo, como a digestão, absorção e renovação dos tecidos Mas precisamos fazer um alerta neste caso: ervas medicinais não são testadas ou aprovadas pela ANVISA. Portanto, consulte seu médico antes de usá-las. 19 Yoga A yoga e a meditação estão entre as melhores práticas para se realizar a conexão entre mente e corpo, um dos focos das terapias alternativas. Pesquisas, em diferentes partes do mundo, já indicam que meses de prática constante de yoga podem reduzir significativamente os níveis de ansiedade, e pode ser considerada uma terapia complementar ou um método alternativo para o tratamento de transtornos de ansiedade Um outro estudo, da fundação de pesquisa de yoga Swani Vivekananda, na Índia, revela que a prática é mais eficiente do que fisioterapia para a redução da dor, ansiedade e depressão, e para a mobilidade da coluna. “Este tipo de terapia mistura postura com respiração, imaginação e meditação guiada. É uma ferramenta muito poderosa para reduzir o stress, lidar com problemas emocionais e físicos, além de movimentar o corpo em diferentes níveis”, diz Alexandra Pony, terapista e professora de yoga certificada. Nutrição holística Nos últimos anos, vem crescendo o interesse na nutrição como forma de prevenção de doenças, desintoxicação do corpo e ajuda para aliviar os sintomas negativos causados pelos tratamentos médicos tradicionais. E um bom indicador dessa tendência é o aumento da popularidade dos alimentos fermentados. Alimentos fermentados, como chucrute, kimchi e iogurte, aprimoram a imunidade e ajudam na digestão. E como algumas pesquisas já indicam, a saúde do intestino pode influenciar em transtornos cognitivos, como bipolaridade e depressão, enxergar a comida como remédio é uma forma de cuidar da própria saúde. Massagem como terapia O relaxamento não é o único benefício de uma boa massagem. Estudos já indicam que o efeito terapêutico da massagem pode melhorar o sistema imunológico e pode ser praticado junto ao tratamento com remédios Uma pesquisa publicada no Journal of Alternative and Complementary Medicine revela que quem passa por uma experiência de massagem terapêuticas muda as reações imunológicas e endócrinas, incluindo a diminuição dos níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e aumenta o número de linfócitos, que são as células que ajudam o sistema imunológico a defender o corpo de substâncias nocivas. Reiki Prática similar à massagem, o Reiki tem um toque mais suave por parte do terapeuta. De acordo com a Associação Internacional de Profissionais de Reiki, a prática é um tipo de cura espiritual e de movimento da energia interior. Na prática, os terapeutas aplicam um leve toque ou um método sem toque, com as mãos um pouco acima do corpo. A canalização das energias pode ajudar a diminuir o estresse e a 20 relaxar, criando no corpo um recinto de cura. O Reiki se tornou uma popular ferramenta aos tradicionais tratamentos médicos. O Hospital de Hartford, em Connecticut (EUA), conduziu algumas pesquisas que indicam que o Reiki melhorou o sono dos pacientes em até 86%, reduziu a dor em 78%, a náusea em 80% e diminuiu a ansiedade durante a gravidez em 94%. De acordo com Alexandra Pony, o Reiki é um “incrível complemento” a qualquer tratamento. Segundo a terapeuta, a prática não causa nenhum efeito negativo para a saúde ou aos remédios. Apenas move gentilmente as energias para o corpo do paciente. É um método efetivo de relaxamento, então é particularmente maravilhoso para a fadiga ou cansaço, além de estresse e ansiedade, diz Pony. CONTEÚDO COMPLEMENTAR Técnicas de escovação Existem diversas técnicas de escovação. Com relação a melhor técnica de escovação, não há diferença estatística entre os vários métodos quanto à capacidade de remover a placa bacteriana. Desta forma, a melhor técnica é aquela a que o paciente melhor se adapta e consegue realizar a remoção da placa satisfatoriamente, dependendo da sua habilidade motora e destreza. Posição de Starkey: Recomendada para crianças em idade pré-escolar e com pouca habilidade manual. A criança fica em pé, na frente e de costas para a mãe e encosta a cabeça contra ela. A mãe usa a mão esquerda para segurar e estabilizar a mandíbula e com os dedos desta mão afasta os lábios e as bochechas; com a mão direita empunha a escova, executando os movimentos. Para a escovação dos dentes inferiores, a mandíbula deve ficar no plano horizontal. Para higienização da arcada superior, a cabeça deve ser inclinada para trás, de modo que a mãe possa ter visão direta. Os movimentos usados podem ser tanto os da técnica de Fones como os da técnica de Stillman modificada. Para crianças em idade escolar podemos indicar a técnica de Fones ou Stillman modificada. A técnica de Fones, sendo mais simples, tem seu aprendizado recomendado para crianças menos hábeis ou menos interessadas. Técnica de Fones: A criança segura a escova e, com os dentes cerrados, faz movimentos circulares na face vestibular de todos os dentes superiores e inferiores. Nas faces lingual/palatina, os movimentos são circulares, logicamente com a boca aberta. Nas faces oclusal/incisal os movimentos são no sentido anteroposterior. 21 Técnica de Stillman Modificada: Para crianças mais habilidosas, pode-se indicar a técnica de Stillman modificada. Nesta técnica a escova é colocada com o longo eixo das cerdas lateralmente contra a gengiva deslizando da face gengival para a oclusal/incisal, realizando movimentos vibratórios e de varredura. Este movimento é repetido várias vezes para cada grupo de dentes que está sendo escovado, igualmente para os dentes superiores e inferiores e para as faces vestibular e lingual. Na oclusal realizam-se movimentos anteroposteriores. Qualquer que seja a técnica ensinada deve haver uma metodologia de ensino para não se deixar nenhuma área sem escovação. Mesmo em crianças em idade escolar, os pais devem supervisionar a escovação. Somente na puberdade a criança tem condições de ser totalmente responsável pela escovação. Técnica de Bass: Colocam-se cerdas da escova na área do sulco gengival numa angulação de 45o.Fazemos movimentos curtos pra frente e para trás, vibratórios. As superfícies oclusais são escovadas movendo-se a escova para frente e pra trás. Esta técnica tem sido recomendada para pacientes portadores de aparelhos ortodônticos fixos. Técnicas de aplicação de flúor O acesso ao flúor pode determinar a ocorrência ou não da cárie. O flúor provoca um desequilíbrio a favor da remineralização dos tecidos duros dos dentes. Mesmo na presença de fatores cariogênicos que por si só ocasionariam a doença, a cárie pode não ocorrer ou ocorrer de uma forma menos agressiva. Muitos trabalhos científicos indicam o uso do flúor como a principal causa da redução da cárie dental no mundo, especialmente na água de abastecimento e no dentifrício (pasta de dente). Métodos sistêmicos: São aqueles em que o flúor é ingerido. A utilização de dois métodos sistêmicos concomitantes é contraindicada. O método sistêmico mais utilizado é a fluoretação da água, mas outros métodos também podem ser usados, com a fluoretação do sal, leite, açúcar e goma de mascar. Fluoretação da água 22 Fluoretação do leite Fluoretação do sal Fluoretação do açúcar 23 Fluoretação da goma de mascar A fluoretação da água de abastecimento público é um dos métodos mais comuns e baratos de prevenção. No Brasil a fluoretação da água de abastecimento público é obrigatória, contudo nem todos os municípios do país possuem tal sistema. Sua vantagem, além do baixo custo, é que toda população que tem acesso à água tratada é beneficiada. Concentração ideal varia de acordo com a temperatura ambiente. No Brasil, ela varia de 0,6 a 0,8 ppm. Métodos tópicos: São aqueles em que o flúor entra em contato com a superfície dental. Bochechos com flúor: Os bochechos com flúor inibem de 20 a 50% o aparecimento de novas cáries. É de fácil aprendizado pela criança, tem custo reduzido e de fácil aplicação. As concentrações do bochecho dependem da forma de aplicação. Para bochechos diários a concentração indicada é de 0,05% de fluoreto de sódio, e para uso semanal é de 0,2%. A criança devem ter acima de 6 anos para realizar o bochecho, já que nesta idade ela já tem o reflexo de deglutição bem formado. Os bochechos podem ser efetuados no pátio da escola ou na sala de aula. Todo vasilhame deve ser de plástico, para evitar o ataque do flúor ao vidro. Colocam-se 10 mL da solução na boca da criança, que enxágua vigorosamente, por 1 minuto, e depois expectora toda a solução. Após o bochecho aconselha-se nada ingerir por meia hora. Para a dispensação da solução na boca, pode ser utilizada a almotolia. Aplicações tópicas de soluções – gel: Das aplicações tópicas de flúor na forma de gel, a mais comum é a de 1,23% de flúor fosfato acidulado. Aqui, grande quantidade de flúor se deposita sobre o esmalte num curto período de tempo, devido à alta concentração de flúor contido na solução com baixo pH, pois a solução é ácida. Os dentes devem ser limpos, 25 faz-se o isolamento relativo co roletes de algodão, a secagem dos dentes e procede-se sua aplicação sobre a superfície dos dentes, por 4 minutos. O paciente deve ser mantido em posição ereta, com a cabeça inclinada para frente durante a aplicação. Podem ser utilizadas moldeiras com espuma de absorção no fundo Pedir para que a criança expectore em abundância e remover eventuais excessos. Vernizes com flúor: Os vernizes fluoretados são materiais aderentes aplicados pelo profissional à superfície dentária, onde permanecem por algum tempo permitindo uma lenta e gradativa liberação de flúor par ao esmalte. Muito utilizado em crianças menores, que 24 poderiam engolir o flúor em gel ou solução. A limpeza prévia dos dentes é considerada necessária, podendo ser feita por meio da escovação. A concentração usual é de 2,26% ou 22,6 mg. Dentifrícios (Pastas dentais): O limite máximo do conteúdo de flúor na fórmula é de 1.500 ppm, no Brasil. Para crianças menores, que costumam engolir grande parte do dentifrício, existem os dentifrícios com baixa concentração de flúor (500 ppm). De qualquer forma, as crianças e suas mães devem ser orientadas a colocarem uma quantidade mínima de dentifrício na escova, o relativo a um grão de arroz, para que o risco da ingestão diminua. Existem pastas dentais sem flúor, que podem ser utilizadas em crianças pequenas e de baixo risco de cárie. Selantes: Indicado para proteção da superfície oclusal, que é a mais susceptível em virtude dos sulcos e fissuras. Devem ser aplicados quando o paciente tem história de cárie e sulcos profundos. Indicações para o uso do selante: Sulcos muito profundos. Dentes em atividade de cárie e família/criança sem colaboração no programa de prevenção. Dentes em erupção com risco iminente de cárie. Contra-indicações para o uso do selante: Anatomia favorável do dente, com sulcos rasos. Criança e família colaboradora no programa de prevenção. Mesmo utilizando o selante, a criança pode vir a apresentar cárie, devido aos seguintes fatores: O selante não protege as faces lisas dos dentes, onde mais ocorre a cárie de mamadeira. O selante não protege entre os dentes, outro local de grande incidência de cárie. O selante pode quebrar (como todo material, está sujeito a falhas) e criar um degrau, com retenção de placa. Portanto, ele deve ser reavaliado com frequência. 25 Referências Bibliográficas BASTOS, J.R.M.; PERES, S.H.C.S. Educação em Saúde com Enfoque em Odontologia e em Fonoaudiologia. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2007. CAMPOS, A.A.C. Educação para Saúde Bucal. 1ª ed. São Paulo: Premius, 2011. MOYSÉS,S.J.; GOES,P.S.A. Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde Bucal. São Paulo: Artes Médicas, 2012. MURRAY J. A saúde bucal no século XXI. In: Murray JJ, Nunn JH, Steele JG. Doenças orais: medidas preventivas. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. NARVAI, P.C.; FRAZÃO, P. Saúde bucal no Brasil: muito além do céu da boca. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008 SESC. DN. DPD Manual técnico de educação em saúde bucal / Claudia Márcia Santos Barros, coordenador. – Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional, 2007. Brasil. Ministério da Saúde. Perfil de competências profissionais do técnico em higiene dental e do auxiliar de consultório. Brasilia. 2004. 24p. Carta de Ottawa. 1ª conferência internacional sobre promoção da saúde. Canadá, 1986. (disponível em www.saudepublica.web.pt/05-PromocaoSaude/Dec_Ottawa. Htm). O que a saúde bucal tem a ver com atividade física? A Importância da saúde bucal e orofacial dos adeptos de atividades FÍSICAS 6 Ótimos tratamentos alternativos para a saúde e o bem-estar. Acupuntura Ervas medicinais Yoga Nutrição holística Massagem como terapia Reiki
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