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279 CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto As doenças periodontais são infecções iniciadas pelos mi- cro-organismos que habitam o biofilme e sua severidade varia significativamente na população, na dependência da resposta imunológica do hospedeiro ao desafio micro- biano. Tendo em vista o grande número de bactérias pre- sentes no periodonto (em torno de 700 espécies) que já foram cultivadas in vitro e a microbiota que ainda não foi cultivada, um limitado número de espécies bacterianas têm sido, comprovadamente associadas com periodonto saudável e com as diversas formas de infecções periodon- tais. O termo doença periodontal é utilizado para diferentes doenças do periodonto, cada uma com padrões clínicos, microbiológicos, patológicos, bioquímicos e imunológicos próprios. Pode-se definir doença periodontal como com- plexas e distintas entidades patológicas, causadas pela in- teração do biofilme dentário com o hospedeiro. Essa in- teração pode resultar em destruição do osso alveolar de suporte e do tecido conjuntivo. Quando o desvio da saúde perfeita é escolhido como critério, praticamente todos os seres humanos apresentam doença periodontal. Na maio- ria das áreas geográficas, essa doença tem uma alta pre- valência, ocorrendo em maior ou menor grau em cerca de 1% da população infantil e provavelmente em toda a po- pulação adulta. A doença periodontal não é peculiar aos tempos moder- nos. Fósseis humanos primitivos demonstraram perda óssea alveolar antes da morte, com as mesmas características das reabsorções ósseas observadas na doença periodontal atual. Observaram-se em antigas múmias egípcias características de doença periodontal. A periodontite, doença inflamatória associada com o bio- filme, é atualmente a principal causa de perda de dentes no mundo. Essa doença apresenta etiologia multifatorial, sendo a microbiota bucal e os aspectos imunológicos os aspectos mais estudados. O fator microbiano primário que contri- bui com a doença é a especificidade da microbiota bucal e o fator imunológico primário é representado pela resposta inflamatória destrutiva do hospedeiro. MICROBIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL A microbiota bucal é numerosa tanto na quantidade de es- pécies quanto no total de micro-organismos. A contagem total de bactérias do sulco gengival e de bolsas periodontais está em torno 1011 micro-organismos por grama de peso seco. O número de espécies presentes no sulco gengival em indivíduos com periodonto saudável, ou com algum tipo de doença periodontal, apesar de muito variável individu- almente, oscila entre 700 a 900, sendo que muitas espécies ainda não foram cultivadas in vitro. A presença de elevado número de micro-organismos e de diversas espécies bacte- rianas em contato direto com os tecidos bucais é uma lem- brança constante do potencial para a destruição patológica desses tecidos. Calcula-se a existência aproximada de um milhão de espécies bacterianas na natureza. Cerca de 700 a 900 espécies habitam o periodonto, das quais 10 a 20 apresentam comprovada capacidade de produzir doença. Quando ocorre formação de bolsa periodontal, superfí- cies com novas características para colonização microbiana tornam-se expostas. A superfície radicular de cemento fica recoberta por uma película orgânica composta de proteínas do líquido gengival, em vez das proteínas salivares que reco- brem o esmalte. Embora haja um fluxo de células e líquidos para fora da bolsa gengival, esse ambiente é de estagnação quando comparado com as demais áreas da cavidade bu- cal. Assim, a capacidade de aderência das bactérias não é fator tão decisivo para que ocorra colonização nessa área, quanto na maioria das outras estruturas da cavidade bucal. No sulco gengival e na bolsa periodontal, predominam bac- térias com mobilidade, sendo provável que essa caracterís- tica favoreça o estabelecimento desses micro-organismos. Na bolsa periodontal mesmo os micro-organismos mais exigentes encontram todos os nutrientes necessários para o seu crescimento. A periodontite é uma doença multifatorial e o biofilme, dependendo de sua constituição, representa seu agente de- sencadeador. Devido à presença de muitos micro-organis- mos envolvidos na doença periodontal, pode-se considerar atualmente o conceito de “microbiota patogênica”. 279 C A P Í T U L O 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto Antonio Olavo Cardoso Jorge 280 CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto A etiologia microbiana da doença periodontal foi com- provada com experimentos iniciais com os animais de labo- ratório a seguir: a) Jordan e Keyes (1964) observaram que em hâmsters isentos de doença periodontal, quando inoculados com Actinomyces viscosus e alimentados com dieta cario- gênica, ocorria acúmulo de biofilme dentário, formação de bolsa periodontal e perda óssea; b) Gibbons et al. (1964) inocularam cultura pura de determinadas bactérias bucais (estreptococos e bacilos Gram-positivos) em ratos e hâmsters gnotobióticos e produziram doença periodontal experimen- tal; c) Lindhe & Rylander (1975) demonstraram a evolução gradual de gengivite para periodontite em cães, demonstran- do perda de tecido conjuntivo de suporte e osso alveolar. Em 1965, Loe et al., na Dinamarca, relataram clássico trabalho de pesquisa em seres humanos. Os autores supri- miram a escovação dentária de um grupo de estudantes de odontologia e observaram: a) no primeiro dia sem escova- ção ocorreu início de formação de biofilme, com presen- ça de aproximadamente 90% de cocos e pequenos bacilos Gram-positivos; b) no terceiro dia sem escovação houve pre- dominância de cocos e bacilos Gram-negativos, com início de implantação de bactérias filamentosas e fusobactérias; c) no período de cinco a sete dias sem escovação ocorreu implantação de espiralados; d) após 10 dias sem escovação desenvolveu-se gengivite marginal; e) com retorno à higie- ne, após 21 dias sem escovação, ocorreu desaparecimento rápido dos sinais clínicos da inflamação gengival. Esse fato é comprovado na clínica, quando quadros severos de gen- givite são controlados e curados apenas com profilaxia. Alguns micro-organismos ocorrem mais frequentemente e estão mais relacionados aos processos destrutivos, sendo chamados por alguns autores de “espécies essenciais”. Para se considerar um micro-organismo como envolvido na do- ença periodontal alguns fatores devem ser observados: a) o micro-organismo deve ser encontrado em maiores pro- porções e mais frequentemente nos casos de doença; b) a eliminação do micro-organismo deve levar à resolução da doença; c) deve ocorrer produção de anticorpos e resposta imune celular para o referido micro-organismo; d) fatores de virulência do micro-organismo devem ser identificados; e) a patogenicidade deve ser reproduzida em modelos animais. FATOR MICROBIANO PRIMÁRIO: CONSTITUIÇÃO DO BIOFILME As infecções periodontais são usualmente anaeróbias, po- limicrobianas e endógenas. Cada espécie presente no pe- riodonto apresenta fatores de virulência variados, mas as relações de protocooperação e anfibiose que podem ocor- rer no biofilme podem originar combinações com maior patogenicidade. Fatores de virulência dos micro-organismos São propriedades únicas dos micro-organismos que permi- tem que uma espécie bacteriana colonize um tecido-alvo, defenda-se do hospedeiro e cause dano tecidual. A infecção periodontal pode ser considerada como um desequilíbrio entre os fatores de virulência dos micro-organismos e os mecanismos de defesa do hospedeiro. Fatores que facilitam a colonização Adesinas Localizadas nas superfícies externas dos micro-organismos, podem estar presentes nas fímbrias e proteínas associadas às células bacterianas. As adesinas encontram receptores específicos nas células do hospedeiro ou na superfície den- tária. Dentre os constituintes teciduais, podem atuar como receptores: resíduos galactosil, resíduosde ácido siálico, proteínas ricas em prolina, estaterina, colágeno tipos I e IV, laminina e fibronectina. A adesão às superfícies sólidas pelos micro-organismos representa o primeiro passo na formação do biofilme dentário. Coagregação Coagregação caracteriza-se pela aderência entre células bac- terianas em culturas mistas (biofilmes). Ocorre pela união entre receptores e adesinas existentes entre as bactérias. Essa associação é altamente específica e ocorre de acordo com as diferentes espécies presentes no biofilme. Cada espécie e cepa exibem diferentes graus de coagregação com a mesma espécie ou com outras espécies/cepas. Multiplicação Após coagregação, ocorre adaptação da espécie microbiana ao ambiente do sulco gengival, o qual representa um nicho ideal para crescimento de grande quantidade de micro-or- ganismos. Diversos fatores essenciais para a fisiologia dos micro-organismos são encontrados no periodonto, possibi- litando a reprodução do mesmo. Relação entre os micro-organismos Pode ser favorável, quando da produção de fatores de cres- cimento ou fatores que facilitam a adesão, ou pode ser des- favorável, quando ocorre produção de bacteriocinas, peró- xido de hidrogênio, ácidos orgânicos; ou competição por nutrientes e receptores de aderência. Escape dos mecanismos de defesa do hospedeiro Vários fatores possibilitam que os micro-organismos “es- capem” dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Alguns micro-organismos bucais produzem cápsula que mascaram seus antígenos de superfície, outros produzem enzimas que atuam sobre imunoglobulinas. Aggregatibacter actinomyce- temcomitans, por exemplo, produz potente leucotoxina que atua sobre leucócitos destruindo-os. Outro importante me- canismo de escape dos mecanismos de defesa do hospedeiro é a invasão celular, permanecendo o micro-organismo no interior das mesmas, situação em que anticorpos e outros mecanismos de defesa não atuam. Fatores que resultam em dano tecidual Invasão tecidual A invasão tecidual de micro-organismos nos tecidos pe- riodontais ocorre em casos de gengivite necrosante agu- CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto 281 da (GNA), periodontite juvenil e periodontite crônica do adulto. Fusobactérias e espiroquetas foram os primeiros micro-organismos identificados no interior do tecido pe- riodontal com doença, por meio de microscopia eletrônica de transmissão. A seguir, demonstrou-se por outros méto- dos, que outras bactérias também apresentam potencial de invasão, como Porphyromonas gengivalis, Prevotella in- termedia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Acti- momyces naeslundii. Os micro-organismos podem invadir os tecidos periodon- tais através do epitélio da bolsa ou outros epitélios gengi- vais. A invasão epitelial pode ocorrer através dos espaços intercelulares alargados ou pela penetração nas células. Essa invasão bacteriana contribui para a destruição do tecido epitelial, conjuntivo e crista óssea alveolar. Produção de enzimas bacterianas histolíticas Enzimas como hialuronidase, colagenase, condroitin-sulfa ta- se, beta-glicuronidase, sulfatase, proteases, DNAse, RNAse, neuraminidase, hemolisinas e coagulase são produzidas por bactérias do periododnto. Atualmente, sabe-se que os mi- cro-organismos do periodonto possuem em conjunto, ca- pacidade de produzir enzimas capazes de degradar todos os constituintes da matriz extracelular e das células do pe- riodonto. Constituintes da parede celular liberados pela lise bacteriana Principalmente endotoxinas (lipopolissacarídeos, LPS) nas bactérias Gram-negativas e peptideoglicano (PG) nas Gram-positivas. Os lipopossacarídeos extraídos de mi- cro-organismos envolvidos na doença periodontal podem produzir os seguintes efeitos sobre o periodonto: a) estimu- lar a proliferação de linfócitos B e subsequente produção de anticorpos; b) ativar o sistema complemento; c) ativar macrófagos; d) estimular células presentes no periodonto a produzir fator de necrose tumoral, fatores de crescimento celular; interleucinas, prostaglandinas e interferon; e) ini- bir neutrófilos. Produção de polímeros extracelulares Representados pelos polissacarídeos extracelulares, princi- palmente o dextrano e os polímero do ácido hialurônico. Produtos metabólicos finais Resultantes da atividade fermentativa (ácidos orgânicos) e/ou proteolítica (amônia, ácido sulfúrico, aminas fétidas, indol, escatol) dos microrganimos do pereiodonto. FATOR IMUNOLÓGICO PRIMÁRIO: RESPOSTA INFLAMATÓRIA DESTRUTIVA DO HOSPEDEIRO Liberação de enzimas pelo hospedeiro Diversas enzimas presentes nas células do hospedeiro são liberadas em resposta à agressão pelos micro-organismos, como colagenases, hialuronidases e várias enzimas lisos- sômicas Resposta inflamatória Representada por alterações vasculares e celulares em res- posta aos micro-organismos e/ou seus produtos presentes no sulco gengival. As alterações da microcirculação, principal- mente aumento de permeabilidade vascular, são devidas à li- beração de histamina, cininas, componentes do complemen- to, prostaglandinas, fatos de avaliação de plaquetas (PAF) e interferon-gama. O aumento da permeabilidade vascular resulta em aumento do fluxo de fluido gengival, considera- do como o sinal clínico mais precoce de alteração inflama- tória dos tecidos periodontais. O fluido gengival favorece o acúmulo e o crescimento de bastonetes Gram-negativos e espiroquetas, dependentes de fatores séricos essenciais, como hemina e aminoácidos. Em resposta a estímulos bioquímicos específicos, deriva- dos de bactérias e seus produtos (antígenos), células inflama- tórias migram para os tecidos do periodonto. As células en- volvidas são leucócitos polimorfonucleares (principalmente neutrófilos), macrófagos, linfócitos e mastócitos. Ativação do complemento Todos os componentes do complemento são encontrados nos tecidos periodontais. Estudos demonstraram que o com- plemento pode ser ativado no sulco gengival tanto pela via clássica quanto pela alternativa. Entre os fatores capazes de ativar a via alternativa é importante destacar o LPS que pe- netra no epitélio intacto do sulco gengival. Entre os efeitos da ativação do complemento podemos citar: a) lise bacte- riana e celular; b) liberação de fatores quimiotáticos para neutrófilos e macrófagos (C3a, C5a); c) liberação de fatores inflamatórios (C3a, C5a); d) opsonização. Produção de anticorpos Nos tecidos gengivais foram detectados anticorpos das clas- ses lgG, lgA, lgM e lgE, sendo mais abundante no fluido sulcular de indivíduos com doença periodontal. Resposta imune celular Linfócitos T são encontrados em maior número no perio- donto com doença. Na lesão periodontal os linfócitos T estão relacionados com a destruição de fibroblastos (cito- toxicidade medida por células) e produção de linfocinas. Reabsorção óssea alveolar Diversos fatores que atuam na reabsorção óssea do perio- donto já foram identificados. Atuam na ativação de oste- oclastos: a) produção de fator de ativação de osteoclastos, interleucina 1, fator de necrose tumoral (TNF-α), fator de crescimento derivado de plaquetas, prostaglandina E2, inter- feron-alfa; b) liberação de produtos do ácido araquidônico (leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos) e consequen- te ativação de polimorfonucleares, mastócitos e macrófa- gos; c) ativação de complemento resultando em produção de metabólicos do ácido araquidônico; d) interação direta de endotoxinas e outros produtos bacterianos com células do tecido ósseo. 282 CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto BACTERIOLOGIA DO SULCO GENGIVAL O número de micro-organismos presentes no sulco gengival é muito grande. Contagens totais de micro-organismos re- velam quantidade aproximada de 1011 micro-organismos/g de material. Contagens de viáveis revelam quantidades de 1,6 x 1010 ufc/g material para micro-organismos aeróbios e 4,1 x 1010 ufc/g material para micro-organismos anaeróbios. Gengivasadia Cocos e bacilos sem mobilidade representam cerca de 95% da microbiota da gengiva sadia, sendo 15 a 20% anaeró- bios e aproximadamente 85% facultativos. Os principais micro-organismos relacionados com gengiva sadia estão representados por Actinomyces (A. naeslundii, A. odon- tolyticus e A. meyeri), Streptococcus (S. sanguis, S. mitis e S. oralis), Veillonella (V. parvulla) e Rothia (R. dentocariosa). Complexos microbianos do biofilme subgengival O biofilme subgengival constitui-se um ecossistema comple- xo, no qual as comunidades microbianas interagem entre si por meio de relações sinérgicas e antagônicas de um lado e em decorrência da quantidade de nutrientes e de outro, pelos demais fatores fisiológicos presentes (Haffajee e So- cransky, 1994). Socransky e Haffajee (2002) propuseram a existência de seis complexos microbianos com características distintas que atuariam na formação do biofilme dentário subgengi- val de maneira sequencial (Figura 30.1). Colonizadores iniciais São os primeiros a colonizar as superfícies dentárias e seu crescimento usualmente precede a multiplicação das bac- térias Gram-negativas dos complexos laranja e vermelho. Complexo azul: representado por Actinomyces. Complexo amarelo: consiste de membros do gênero Streptococcus. Complexo verde: espécies do gênero Capnocitophaga, Actinobacillus actinomicetemcomitans sorotipo A, Ei- kenella corrodens e Campylobacter concisus. Complexo violeta: Veillonella parvula e Actinomyces odontolyticus. Complexo laranja Representados por Streptococcus constellatus, Campylo- bacter gracilis, C. rectus, C. showae, Eubacterium noda- tum, Fusobacterium nucleatum, Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens e Peptostreptococcus micros. Esse complexo ocorre em sequência aos colonizadores iniciais que criaram condições ecológicas para sua implantação, precedendo e criando condições para implantação do com- plexo vermelho. Complexo vermelho Constituído por Porphyromonas gingivalis, Tannerella for- shytia e Treponema denticola, consideradas como agentes etiológicos da periodontite crônica. Doenças gengivais São representadas por uma família de complexas e distintas entidades patológicas encontradas na gengiva, resultantes de variadas etiologia. Existem várias características comuns para todas as doenças gengivais que incluem sinais clíni- cos de inflamação, sinais e sintomas confinados a gengiva, reversibilidade da doença quando da remoção dos fatores etiológicos e presença de biofilme dentário como iniciador ou exacerbador da severidade da doença. A gengivite está associada com mudança na microbio- ta Gram-positiva, predominantemente de estreptococos, para uma microbiota mais complexa incluindo bactérias anaeróbias Gram-negativas e formas espiraladas. A gen- givite inicia-se com a substituição de Streptococcus para a predominância de Actinomyces. Prevotela intermedia, Por- phyromonas gengivalis, Tannerella forsythia (Bacteroides forshytus) e espécies de Fusobacterium aumentam em nú- mero. Com o tempo, a microbiota torna-se mais diversa, com grandes variações individuais, predominando anaeró- bios em mais de 50% das bactérias isoladas. Moore et al. (1987) enfatizaram o conceito de que a gengivite é decor- rência de colonização sequencial de diferentes espécies de micro-organismos, muito mais que um simples aumento de biofilme dentário (Tabela 30.1). Periodontites As periodontites caracterizam-se por perda de inserção con- juntiva e reabsorção óssea com formação de bolsa perio- Complexo Laranja Streptococcus constellatus, Campylobacter gracilis, C. rectus, C. showae, Eubacterium nodatum, Fusobactum nucleatum, Prevotella inetermedia, P. nigrescens e Peptostreptococus micros Complexo Vermelho Porphyromonas gingivalis, Tannerella forshytia e Ttreponema denticola Complexo azul Complexo Violeta Complexo Verde Complexo Amarelo FIGURA 30.1 Diagrama representando as associações de espécies bacterianas que participariam na formação do biofilme subgengival, baseado em Socransky e Haffajee (2002). Os complexos azul, violeta, amarelo e verde representam os colonizadores iniciais. O complexo laranja, os intermediários e o vermelho, os finais. Complexo azul: re- presentado por Actinomyces; Complexo amarelo: consiste de mem- bros do gênero Streptococcus; Complexo verde: espécies do gêne- ro Capnocitophaga, Actinobacillus actinomycetemcomitans sorotipo A, Eikenella corrodens e Campylobacter concisus; Complexo violeta: Veillonella parvula e Actinomyces odontolyticus. CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto 283 dontal. A microbiota da periodontite é predominantemente Gram-negativa, anaeróbia e com mobilidade. A quantida- de de bactérias móveis é de 1:1 na periodontite, enquanto nas gengivas normais é de 1:40. Os anaeróbios constituem mais de 75% da microbiota cultivável. Como a maioria das espécies que estão relacionadas à periodontite podem ser isoladas de biofilme dentário de indivíduos com saúde pe- riodontal, a periodontite é considerada uma infecção opor- tunista. A proporção de micro-organismos Gram-negativos e anaeróbios se eleva significantemente com o aumento da severidade da doença periodontal. Na Tabela 30.2 encon- tram-se as principais espécies bacterianas correlacionadas com periodontite crônica e na Tabela 30.3 as espécies cor- relacionadas com periodontite agressiva (generalizada e lo- calizada). Gengivite ulcerativa necrosante (GUN) e Periodontite ulcerativa necrosante (PUN) As principais bactérias comprovadamente envolvidas na GUN são: gêneros Fusobacterium, Treponema e Seleno- monas e as espécies Prevotella intermedia e P. nigrescens. Considerando-se a peridontite ulcerativa necrosante (PUN) os principais micro-organismos correlacionados são: Fuso- bacterium nucleatun, Treponema spp., Prevotella inteme- dia, Selenomonas spp., Porphyromonas gingivalis e Can- dida albicans. Abcesso periodontal Caracteriza-se por uma infecção purulenta localizada nos tecidos periodontais, geralmente ocorrendo como progres- são de periodontite moderada ou avançada (Meng, 1999). Os micro-organismos que colonizam primariamente o abscesso periodontal são bacilos Gram-negativos anaeró- bios. Por outro lado, Streptococcus spp. dos grupos mutans, salivarius, mitis e anginosus são os micro-organismos mais frequentemente isolados, principalmente quando cultiva- dos em aerobiose. São isolados frequentemente, apesar de não obrigatoriamente, Phorphyromonas gingivalis, Prevo- tella intermedia, Fusobacterium nucleatum, Campylobacter rectus e Capnocytophaga ssp. A microbiota encontrada em abscessos periodontais é similar à encontrada em bolsa pe- riodontais profundas. ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DAS DOENÇAS PERIODONTAIS A resposta imune provoca alterações morfológicas e bioquí- micas no periodonto, induzida pela estimulação da imuni- dade adquirida. Essa resposta depende de macrófagos, célu- las dendríticas apresentadoras de antígeno com receptor de Classe II do Complexo da Histocompatibilidade principal (MHC), linfócito T CD4 e linfócito B. A regulação da respos- ta imune também envolve linfócitos supressores. Nas lesões Gênero Principais Espécies Actinomyces Porphyromonas Prevotella Tannerella Eikenella Peptostreptococcus Fusobacterium Veilonella Treponema Campylobacter Selenomonas A. israelli, A. naeslundii P. gingivalis P. intermedia, P. nigrescens T. forsythia E. corrodens P. micros, P. anaerobius F. nucleatum V. parvulla T. denticola C. rectus, C. concisus S. sputigena TABELA 30.1 Bactérias associadas com gengivite TABELA 30.2 Bactérias associadas com a periodontite crônica TABELA 30.3 Bactérias associadas com periodontite agressiva localizada e generalizada Gêneros Espécies Porphyromonas Prevotella Fusobacterium Tannerella Actinobacillus Campylobacter Eikenella Actinomyces Capnocytophaga Eubacterium Peptostreptococcus P. gingivalis P. intermedia, P. nigrescens F. nucleatum T. forsythia (Bacteroides forsythus) A. actinomycetemcomitansC. rectus, C. concisus E. corrodens naeslundii C. sputigena nodatum P. micros Periodontite agressiva localizada Periodontite agressiva generalizada Gênero Espécies Gênero Espécies Actinobacillus Campylobacter Eikenella Capnocytophaga Porphyromonas A. actinomycetemcomitans C. rectus E. corrodens C. sputigena P. gingivalis Actinobacillus Porphyromonas Tannerella A. actinomycetemcomitans P. gingivalis T. forshytia 284 CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto gengivais, o sistema efetor B, com a presença de plasmócitos produzindo imunoglobulinas estão presentes em grande nú- mero. Todas as categorias de células citadas estão presentes na gengiva, portanto, uma resposta imune aos componentes do biofilme pode ocorrer localmente no periodonto. A população de leucócitos presente na gengiva inflama- da é muito similar a que usualmente ocorre nos linfonodos, com predominância de linfócitos B ativados e linfócito T auxiliar (TCD4). Os efeitos protetores dos linfócitos T e B nas respostas que ocorrem nos tecidos linfoides é óbvia, e esses tecidos usualmente sobrevivem com todas as suas funções preservadas. Por outro lado, a resposta imune que ocorre no tecido conjuntivo da pele e mucosas frequente- mente evolui para reações de hipersensibilidade, causando injúrias clínicas. Reações mediadas por anticorpos Respostas com produção de anticorpos locais e sistêmicos contra microbiota subgengival ocorrem comumente. Plas- mócitos com capacidade de produzir imunoglobulinas IgG, IgA, IgM e IgG estão presentes no periodonto. São produ- zidos no periodonto, principalmente as classes IgM e IgG. A produção constante desses anticorpos no sulco gengival podem resultar em: Anafilaxia local O mecanismo da anafilaxia (hipersensibilidade tipo II) pode ser dividido em sensibilização, latência, reintrodução do antí- geno e ativação das células e liberação dos mediadores quí- micos. Na fase da sensibilização ocorre produção de anti- cor pos (IgE) antígeno-específicos em resposta à primeira exposição ao antígeno. Os antígenos são englobados pelas células apresentadoras de antígeno, processados e apresen- tados aos linfócitos T, que liberam citocinas favorecendo a proliferação de linfócitos B e a produção de anticorpos IgE antígeno-específicos. Durante o período de latência (2-3 se- manas), ocorre ligação dos anticorpos (IgE) aos receptores específicos (FcεRI) na superfície de mastócitos e basófilos. Quando houver a reintrodução do alérgeno (segundo con- tato) e interação com os anticorpos (IgE) ligados às células, ocorrerá a ativação das células e a liberação dos mediado- res químicos. Todas as respostas mediadas por anticorpos IgE envol- vem a liberação de mediadores dos mastócitos (tecidos) e basófilos (circulação sanguínea), entretanto, as manifesta- ções clínicas podem ser diferentes, dependendo da dose do antígeno (alérgeno) e da sua via de entrada (inalação, in- gestão ou injeção). Os mediadores químicos podem atuar na célula endotelial causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e edema, podem atuar na muscu- latura lisa e, ainda, podem recrutar leucócitos, principal- mente eosinófilos, após poucas horas, que refletirá a fase tardia da anafilaxia. Dentre os mediadores químicos da hipersensibilidade anafilática pré-formados são importantes: a) histamina: ami- na vasoativa encontrada nos mastócitos, basófilos e plaque- tas, que produz contração na musculatura lisa, dilatação dos capilares sanguíneos e aumento da permeabilidade capilar; b) serotonina: amina vasoativa derivada do triptofano pre- sente nas plaquetas que causa contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade capilar e constrição dos vasos de maior calibre. Os mediadores neoformados são representados principalmente por: a) leucotrienos C4 e D4: derivados do ácido araquidônico pela via lipo-oxigenase. Provocam contração prolongada de certos músculos lisos e aumento da permeabilidade vascular; b) prostaglandina D2: derivada do ácido araquidônico pela via ciclo-oxigenase. Provoca vasodilatação; c) fator ativador de plaquetas (PAF): derivado da fosforilcolina. Provoca aumento da permeabi- lidade vascular e recrutamento de leucócitos; d) citocinas (TNF, IL-1, IL-4,IL-5, IL-6): provocam o recrutamento e ativação de leucócitos. Existem mastócitos em número relativamente elevado e todos os fatores necessários à hipersensibilidade imediata nos tecidos periodontais. Há uma correlação estatistica- mente significante entre a incidência de hipersensibilidade anafilática e a gravidade da doença periodontal. Reações citotóxicas As reações citotóxicas (hipersensibilidade tipo II) ocorrem quando anticorpos IgG ou IgM reagem com componentes antigênicos de uma célula ou antígenos ligados a uma cé- lula ou um tecido. O dano celular pode ocorrer por dois mecanismos: a) ativação do sistema complemento pela via clássica levando à lise celular e também à geração de fatores quimiotáticos (C5a), anafilatoxinas (C3a e C5a) e opsoninas (C3b) com efeitos pró-inflamatórios; b) ligação e ativação de células efetoras, que possuem receptores para a porção Fc dos anticorpos (IgM ou IgG), como é o caso das células NK, que reagem com os anticorpos ligados à célula-alvo para produzir citólise, e dos macrófagos e neutrófilos, que possuem também receptores para C3b, potencializando a fagocitose das células-alvo. Envolvem, portanto, a combinação de lgG ou lgM com determinantes antigênicos sobre a membrana de células do periodonto, podendo, nessas situações ocorrer: a) lise ou inativação celular pela ativação do complemento nos teci- dos periodontais; b) fagocitose da célula-alvo com ou sem ativação do complemento; c) citotoxicidade mediata por células T citotóxicas ou células NK. Os antígenos celulares podem ser representados por com- ponentes naturais das células (p. ex., polissacarídeos) ou por antígenos que se incorporam à superfície celular. Esses antígenos associados à célula incluem aqueles derivados de bactérias, drogas ou componentes teciduais alterados. Reações dependentes de complexos antígeno-anticorpo Acontecem em decorrência da deposição de imunocomple- xos Ag-Ac nas paredes dos vasos do periodonto, ocorrendo a fixação do complemento (hipersensibilidade tipo III). Os imunocomplexos são formados pela ligação do anticorpo a um antígeno e, em geral, são removidos pelo sistema fa- gocitário mononuclear, entretanto, eventualmente, podem CAPÍTULO 30 Microbiota Periodontal e Aspectos Imunológicos do Periodonto 285 causar danos aos tecidos ou órgãos quando há depósito de imunocomplexos em determinados sítios teciduais. Acon- tecem quando há uma quantidade suficiente de anticorpos circulantes precipitantes para causar a formação de agrega- dos com o antígeno solúvel, geralmente na zona de excesso de antígeno. Esses imunocomplexos tendem a se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos ou na membrana basal dos tecidos, onde podem ativar o sistema complemento ou os leucócitos, pela ligação aos receptores Fc presentes nessas células, e causar lesão tecidual. O dano mediado pelo siste- ma complemento ou pelos leucócitos é chamado de reação de hipersensibilidade do tipo III. O imunocomplexo formado promove a ativação do siste- ma complemento gerando anafilatoxinas (C3a e C5a), que estimulam a liberação de histamina dos mastócitos e basó- filos, e o C5a, que é quimiotático para basófilos, eosinófilos e neutrófilos. O complexo pode também ligar-se a plaque- tas através da porção Fc do anticorpo e causar agregação plaquetária com formação de microtombos e liberação de aminas vasoativas. Esses mediadores químicos promovem aumento da permeabilidade vascular, edema (formação de exsudato) e estimulam a migração de leucócitos para o local de deposição do complexo imune. Os leucócitos (fagócitos) ligam-se ao complexo por meio de seus receptores para Fc do anticorpo e para C3b. A lesão dos tecidos ocorre devido à liberação de enzimas lisossomaise radicais oxigenados pe- los fagócitos durante uma tentativa fracassada de fagocitar o imunocomplexo, que geralmente está depositado sobre superfícies teciduais. Imunidade celular As reações de hipersensibilidade celular (tipo IV), também chamada de hipersensibilidade tardia, desenvolvem-se após 12 horas, podendo durar dias, e são mediadas por linfócitos T especificamente sensibilizados, ao contrário das reações imediatas (tipos I, II, III), que são mediadas por anticorpos. A hipersensibilidade tardia se diferencia da imediata por: a) evolução lenta; b) pelo acúmulo progressivo de linfócitos T e macrófagos no local da reação (não ocorre liberação de histamina nem afluxo de polimorfonucleares); c) só pode ser transferida mediante a injeção de células linfoides de um doador sensibilizado e não pelo soro. Os linfócitos T são sensibilizados em um primeiro encon- tro com o antígeno e quando esse antígeno é introduzido no organismo pela segunda vez, ele é internalizado por uma célula apresentadora de antígeno, onde será processado e expresso na superfície celular. Esse antígeno é reconhecido pelos linfócitos Th1 antígeno-específicos, que liberam qui- miocinas e citocinas como IFN-γ, que recrutam macrófagos para o local de deposição do antígeno, e TNF-α e TNF-β, que destroem os tecidos. Os macrófagos ativados liberam seus mediadores, enzimas lisossômicas e radicais oxigena- dos, que contribuem para o dano tecidual. As reações de hipersensibilidade celular podem envolver também as células T CD8, que reconhecem peptídeos pro- cessados dentro do citosol da célula e causam danos aos tecidos matando as células ou secretando citocinas (INF-γ). Linfócitos T são encontrados em maior número no pe- riodonto com doença. Na lesão periodontal os linfócitos T estão relacionados com a destruição de fibroblastos (citoto- xicidade medida por células). Dentre as inúmeras linfocinas produzidas são importantes na patogenia da doença perio- dontal: a) interleucinas: IL-1, lL-2, lL-3, lL-6; b) interfe- ron-alfa (lNF-α); c) fator de ativação de macrófagos (MAF); d) fator de inibição de macrófagos (MIF); e) linfotoxinas. Autoimunidade Em certas situações a harmonia da autotolerância é quebra- da ocorrendo autoimunidade, que pode levar ao desenvol- vimento das doenças autoimunes. Alguns possíveis meca- nismos para explicar a falha na autotolerância são: Liberação de antígenos sequestrados Alguns antígenos próprios não entram em contato com o sistema imune por estarem anatomicamente isolados ou ocultos dentro de uma proteína. Um contato ocasional po- deria levar a uma resposta imune contra tais antígenos. Falhas nos mecanismos de tolerância Qualquer anormalidade no sistema imune poderia permitir o surgimento de linfócitos autorreativos responsivos. Alteração estrutural de autoantígenos Os autoantígenos podem sofrer alterações por métodos fí- sicos, químicos ou biológicos e não serem mais ignorados pelo sistema imune. Ativação policlonal Alguns micro-organismos são capazes de estimular muitos clones de células B ou T e dessa forma alguns clones autor- reativos poderiam ser estimulados. Antígenos de reatividade cruzada Alguns micro-organismos apresentam antígenos e sequên- cias de aminoácidos que são muito semelhantes às do hos- pedeiro e isto poderia estimular células autorreativas. Evidências de autoimunidade nas doenças periodontais incluem: a) produção de autoanticorpos direcionados aos colágenos tipos I e III; b) autoanticorpos contra fragmentos de IgG e fragmentos de DNA; c) linfotoxicidade direciona- das as células do epitélio bucal e fibroblastos gengivais; d) linfotoxicidade frente a componentes da matriz extracelular (proteoglicanos e colágeno tipo I). BIBLIOGRAFIA American Academy of Periodontology. International workshop for a classification of periodontal diseases and conditions. Chicago. Ann Periodontol 1999; 4:112. Andrade IT, Rapp GE. Prevalence assessment of periodontal disease in 3-5 year old children through PSR population study. J Int Acad Periodontol 2002; 4:126-131. Araújo WC, Mac Donald JB. 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