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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO GEOVANA FRANCO SANTOS GUILHERME JACICHEN JESSICA ISOTON SAMPAIO MARLON MATEUS PRUDENTE DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE ATIVIDADES OFICINA DE INTEGRAÇÃO II CURITIBA JULHO, 2015 2 GEOVANA FRANCO SANTOS GUILHERME JACICHEN JESSICA ISOTON SAMPAIO MARLON MATEUS PRUDENTE DE OLIVEIRA RELATÓRIO PARCIAL DE ATIVIDADES OFICINA DE INTEGRAÇÃO II Relatório elaborado na disciplina de Oficina de Integração 2 do curso de Engenharia da Computação, ofertado pelos Departamentos Acadêmico de Informática e de Eletrônica, do Campus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Profº. Luciano Scandelari CURITIBA JULHO, 2015 3 1 RESUMO Neste trabalho é abordado o processo de fabricação de um dispositivo para captação de luz solar capaz de rastrear o movimento do sol de forma ativa através do uso de sensores de luz do tipo LDR. Para tanto, foram utilizados uma placa microcontrolada Arduino Uno, um motor de passo de 48 passos/revolução, um servo motor, sensores LDR e placa fotovoltaica montados em uma estrutura de madeira com dois eixos de rotação. Espera-se que com este dispositivo seja possível aumentar a eficiência na captação de energia solar alinhando o plano das placas fotovoltaicas de forma que os raios solares incidam perpendicularmente sobre ele. É um dos objetivos que o dispositivo gaste menos energia do que consiga captar, sendo necessário melhorar a maneira como ela é utilizada. Palavras Chaves: placas fotovoltaicas, rastreamento do sol, captação de luz, eficiência energética. 4 2 LISTA DE SIGLAS CAD Computer Aided Design (Desenho Auxiliado por Computador) CNC Comando Numérico Computadorizado IDE Integrated Development Environment (Ambiente de desenvolvimento Integrado) LED Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz) LDR Light Dependent Resistor (Resistor Dependente de Luz) MDF Medium Density Fiberboard (Placa de Fibras de Densidade Média) MPPT Maximum Power Point Tracking (Rastreamento do Ponto Máximo de Potência) PCB Printed Circuit Board (Placa de Circuito Impresso) PWM Pulse Width Modulation (Modulação por largura de pulso) 5 SUMÁRIO 1 RESUMO ................................................................................................................................................. 3 2 LISTA DE SIGLAS ...................................................................................................................................... 4 3 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 6 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................ 7 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................................... 9 6 METODOLOGIA DE EXECUÇÃO ............................................................................................................... 12 6.1 BASE ESTRUTURAL E PRINCIPAIS SENSORES ............................................................................................ 13 6.2 HARDWARE ELETROELETRÔNICO ............................................................................................................ 15 6.3 SOFTWARE ............................................................................................................................................. 20 6.4 RESULTADOS .......................................................................................................................................... 25 7 CONCLUSÕES ......................................................................................................................................... 26 8 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 27 6 3 INTRODUÇÃO Na busca de formas renováveis de fonte de energia, destaca-se a energia solar dos outros processos de geração de energia elétrica existente por ser renovável, segura e independente. As placas captadoras de energia solar geram energia elétrica mesmo com a incidência indireta de luz, entretanto isto acarreta menor rendimento. Pensando numa maior absorção dos fótons pela célula fotovoltaica foi desenvolvido um dispositivo que tem como objetivo primário buscar o ponto onde a incidência da luz solar é máxima e, consequentemente, a geração de energia elétrica é máxima, ou seja, quando os raios solares são perpendiculares à placa. Esse dispositivo é formado por uma placa captadora de energia solar, que gera energia elétrica na presença de luz. Para o controle foi utilizado um sistema que é gerenciado por uma placa microcontrolada Arduino UNO. A obtenção dos dados de luminosidade é feita a partir de sensores de luz posicionados ao lado da placa captadora, e estes sinais são processados pelo Arduino para movimentar os motores na direção de maior luminosidade. O sistema de movimentação é constituído de um servo motor e um motor de passo, ambos responsáveis pela movimentação da placa captadora, tanto no sentido longitudinal quanto no latitudinal, e um sistema de alimentação. A relação simplificada entre as partes do dispositivo está descrito na Figura1 a seguir. 7 Figura1Diagrama de blocos reduzido do projeto 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Dentre os vários artigos nesta linha de trabalho, foi encontrado principalmente duas abordagens para o aumento da eficiência energética da utilização de painéis solares: as abordagens que procuram corrigir o ângulo de incidência do sol e as abordagens que procuram encontrar o ponto de maior potência (métodos MPPT) da placa fotovoltaica. Em geral, os métodos de rastreamento do sol acabam sendo custosos e por isto são aplicados em regiões de média/alta produção, sendo sua manutenção igualmente custosa. Os métodos MPPT são utilizados devido a uma característica não-linear da relação entre potência, tensão, corrente e irradiação solar, o que acarreta em pontos de máximo que não necessariamente acompanham o ganho de tensão ou corrente (exemplo na Figura 2). As características elétricas do circuito são então monitoradas e mantidas de forma que a potência máxima possa ser mantida, mesmo com o painel fotovoltaico estacionário. (TAHERBANEH et. al, 2010) 8 Figura 2 - Exemplo de curvas características de uma placa fotovoltaica, indicando os pontos de máximo para diferentes taxas de irradiação (retirado de TAHERBANEH et. al, 2010, p. 2) A eficiência energética deste método é ótima, chegando a corresponder 95%, aproximadamente, do total esperado que fosse absorvido (em experimentos que a irradiação tem potência controlada) (WIEDJAJA et. al, 2014). Considerando que a melhora se originou apenas do controle interno de tensão e corrente, este método e o método de rastreamento do sol é muito promissor. Segundo (DHANABAL, 2013), a captação de energia de uma placa com liberdade em dois eixos para rotação pode ser até 81,68% maior do que aquela que não possui movimentação nas mesmas condições, enquanto que a eficiência de uma placa com liberdade em um eixo pode ser até 32,17% maior que a placa fixa. Existem diversas maneiras de criar a movimentação necessária para um painel solar acompanhar o movimento do sol. Os principais métodos são os métodos ativos, os métodos passivos e os métodos cronológicos. Métodos ativos verificam a posição do sol diretamente através de sensores como de luz e são razoavelmente precisos. Métodos passivos utilizam reações aos fenômenos de interesse,como a expansão dos gases nos pontos de maior calor devido a irradiação solar, para movimentar a placa em direção ao sol, porém não são muito precisos. Por fim, métodos cronológicos calculam a movimentação do sol conforme a data e o horário, utilizando as equações conhecidas do movimento do sol. São muito precisos, mas 9 fazem o rastreamento mesmo em tempo nublado, quando a luz está mais dispersa. (BARSOUM, 2011) Em métodos ativos, a maneira mais comum de se rastrear o sol é através do uso de pares de sensores de luz para identificar a posição do sol em cada eixo. Cada sensor indica a direção que a placa deve ser rotacionada e muitas vezes um sensor central é utilizado como condição de parada (BARSOUM, 2011). Existem outros métodos também, como a utilização de câmeras e outros tipos de sensores. 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O sistema de captação fotovoltaico utilizado produz energia através de células fotovoltaicas, onde cada célula é formada de um material semicondutor: o silício dopado, material capaz de conduzir elétrons quando incidido luz sobre ele. O efeito voltaico utilizado para a geração de energia utiliza a energia transferida dos fótons da luz solar, essa energia é transferida a elétrons livres e o movimento deles, por sua vez, gera uma corrente elétrica. A intensidade da corrente produzida pela placa captadora varia de acordo com a incidência de luz solar sobre ela, assim o movimento aparente do sol, durante o dia e durante o ano, precisa ser considerado para uma melhor rentabilidade na produção de energia elétrica. (Nascimento, 2004, p.13) Para uma maior absorção da energia, o dispositivo precisa se mover de acordo com os ângulos de variação dos raios solares, esses ângulos dependem do movimento da Terra em relação ao Sol (o ângulo azimutal, que indica a variação do ângulo de incidência do sol com relação ao norte da Terra, e o ângulo zenital, que indica a inclinação da normal da superfície da Terra com eixo de inclinação do Sol). Esses movimentos aparentes são principalmente dois, um é percebido pelo observador diariamente, que se dá pelo movimento de rotação da Terra e se relaciona com o ângulo azimutal. O outro é percebido anualmente e se relaciona com as estações do ano, e consequentemente ao movimento de translação da Terra, e da latitude associada ao local de experimentação e se relaciona com o ângulo zenital. Com estes dois ângulos é possível dizer com precisão a posição do 10 sol numa região em determinada hora do dia. (Nascimento, 2004, p.13; Emmanuel, 2009) Durante o ano, na cidade de Curitiba, por exemplo, a uma latitude de aproximadamente 25° ao sul, o sol possui um ângulo de elevação máximo de aproximadamente 23 graus ao sul (por definição -23º, sobre o Trópico de Capricórnio) do equador celeste no solstício de verão, já no solstício de inverno o sol cruza o meridiano com um ângulo de elevação de aproximadamente 23 graus ao norte (por definição +23º). Isto significa que no solstício de verão, os raios solares incidem com um ângulo de 2º na superfície de Curitiba em relação ao seu zênite ao meio dia (25º da latitude da cidade menos 23º da inclinação zenital do sol). Já no solstício de inverno, haveria um ângulo de incidência de 48º (25º de latitude mais 23º do sol). (Silva, 2009, p.32) Pensando nessa variação angular o controle da placa captadora no sentido latitudinal deve ser de no mínimo +2º e no máximo +48º a variação do ângulo da normal da placa com relação ao eixo vertical. Essa escolha de ângulos se justifica pela abrangência de todas as possibilidades, em todos os dias do ano, sem precisar de um ajuste da resolução dos ângulos dos motores utilizados. Apesar disto seria interessante que o ângulo da placa podesse fazer uma movimentação simétrica no eixo horizontal, para que a movimentação no eixo vertical fosse menor (e assim haver menor flexão de cabos). Portanto, ângulos de -50º até +50º da normal em relação ao eixo vertical seriam interessantes. Para acompanhar o movimento azimutal, uma variação de 180º seria suficiente para acompanhar todas as direções do sol. (Silva, 2009, p.32) Foi utilizado neste trabalho dois tipos de motores: de passo e servo. O motor de passo consiste de um estator e um rotor, inseridos no seu interior e alinhados com seu eixo. O estator é constituído de vários pólos eletromagnéticos que são polarizados conforme o sentido da corrente que circula pelos eletroímãs. O rotor possui dois conjuntos de pólos magnéticos separados em duas seções ao longo de uma engrenagem. Os pólos, em cada conjunto, se parecem com os dentes de uma engrenagem. O segundo conjunto possui seus pólos deslocados meio dente em relação ao primeiro conjunto. Um conjunto tem os pólos norte do ímã permanente, e 11 o outro os pólos sul, como apresentado na Figura 3. O estator também possui eletroímãs em seu interior. (Pazos, 2002, pp 203) Figura 3 - Exemplo de motor de passo unipolar. Para girar um passo, é necessário uma corrente percorrer um conjunto de eletroímãs do estator, dessa forma, os pólos norte do rotor se alinharão com os pólos sul do estator, e vice-versa. Quando isto ocorre o rotor é obrigado a movimentar um passo para uma posição próxima. (Pazos, 2002, pp 204) Existem dois tipos de sequências utilizadas em motores passo: “meio-passo” e “passo-completo”. Uma sequência de passo completo é executada ao ativar apenas uma bobina de cada vez na sequência de rotação. As bobinas acionadas precisam ser adjacentes umas as outras, sendo que a ordem com que são acionadas define o sentido de rotação. A sequência de meio-passo que foi utilizada neste projeto consiste em dobrar o número de passos originais, adicionando um passo intermediário onde duas bobinas são acionadas simultaneamente, o que permite que o rotor se alinhe com seus pólos entre os pólos do estator, resultando em uma rotação de meio passo. A grande vantagem de utilizar a metade do passo é que o movimento é suavizado em virtude da redução na metade do ângulo de movimentação, e ainda mais forte porque ocorre a redução do torque (a medida que aumenta a velocidade o torque tende a baixar). Uma representação desta sequência pode ser encontrada como Máquina de estados da Figura 4. 12 Figura 4 - Máquina de estados de uma sequência de meio passo Já o motor Servo é capaz de ter sua posição controlada com precisão através de um sistema auxiliar. Este tipo de motor exige como entrada um sinal modulado por largura (PWM), que indica o ângulo que o motor deve se posicionar. O controlador deste motor é responsável por receber este sinal, que em seguida é enviado para um comparador e um amplificador, no interior da estrutura do motor, que realimentam o sistema para aumentar sua acurácia (Pazos, 2002, pp 208). 6 METODOLOGIA DE EXECUÇÃO O método principal utilizado neste projeto para aumentar a eficiência na captação é o método de rastreamento. O dispositivo em questão consiste de um sistema para a movimentação de uma placa de captação de luz solar, de um sistema que controla esta movimentação e outro que armazena e que fornece energia elétrica para esses dois. Assim, a sequência lógica imediata para a implementação destas partes seria inicialmente confeccionar a placa de captação e sua estrutura de suporte, em seguida o sistema de alimentação, o sistema de movimentação e por fim o controle. Neste projeto, foi decidido que a confecção da placa fotovoltaica ficaria como implementação futura. Em seu lugar, foi adquirida uma célula fotovoltaica comercial. O projeto original pode ser encontrado na Figura 5. 13 Célula Fotovoltaica Sensores de luz Bateria Motor de Passo Servo Motor Arduino Fonte de Tensão Regulável Fonte de tensão 12V Driver de Corrente Sistema de Captação Sistema de Movimentação Sistema de Controle Sensores de fim de curso Sistemade Alimentação Figura 5 - Diagrama de blocos do projeto original 6.1 BASE ESTRUTURAL E PRINCIPAIS SENSORES A confecção da estrutura de suporte, projetada em CAD, foi encomendada em estruturas de MDF e enviada para corte em uma retifica CNC por uma empresa da área. Com a estrutura cortada, a montagem não foi simples, pois algumas peças não encaixavam em seus devidos lugares, o que exigiu sua remodelagem. Outras peças que não haviam sido projetadas inicialmente foram adicionadas ao longo da execução do projeto, como uma adaptação com uma espiral plástica que serviu para melhorar a estabilidade na rotação horizontal, relacionada ao motor de passo. A estrutura de base consiste em duas chapas circulares que se sobrepõem. A placa inferior é fixa, enquanto a placa superior é móvel. O motor de passo é fixado na placa inferior e seu eixo é conectado na placa superior, e assim ela pode rotacionar ao longo do eixo vertical. Por cima da placa superior existem duas paredes triangulares verticais perfuradas no topo. A placa de captação possui um eixo que fica livre para girar e outro que é fixado no servo motor. O servo motor é 14 fixado em uma das paredes verticais e, na outra parede, é encaixado o eixo livre da placa. Portanto a placa possui liberdade para girar ao longo do eixo horizontal enquanto o servo motor puder rotacionar. Um esquema simplificado pode ser encontrado na Figura 6. Figura 6 - Esquema da estrutura utilizada. A placa captadora de energia solar consiste de uma placa de MDF com cinco LDR’s fixados e uma célula fotovoltaica. Para a máxima captação de energia solar, utiliza-se dois motores e um microcontrolador, o Arduino UNO R3. Os LDRs são inseridos em cinco direções diferentes. O conjunto de sensores mais os motores são utilizados para inclinar a placa em direção a máxima incidência de raios solares . O primeiro motor, o servo, de aspecto leve, é utilizado para girar a placa no eixo vertical. O segundo trata-se de um motor de passo do modelo PM55L 048 HP69, que é utilizado para a rotação horizontal da estrutura. O giro correto é determinado pelas respostas dos LDRs, que são interpretadas pelo Arduino para o controle dos motores. A disposição dos LDR’s é mostrada na Figura 7, e podemos associar pares de LDR’s com o eixo do movimento de sua influência, sendo que o par superior e inferior se associa com o movimento de rotação no eixo horizontal e o par esquerdo e direito se associa com o movimento de rotação no eixo vertical. Os LDR’s laterais possuem uma inclinação de aproximadamente 45º. 15 Figura 7 - Disposição dos sensores na placa de captação. Os sensores de fim de curso são posicionados na placa circular fixa (ver Figura 6) de forma que um fique no extremo oposto do outro nas bordas das circunferências. Com uma pequena haste qualquer fixa na base móvel (neste caso, um prego) eles são acionados por esta base quando a haste bate no sensor. Assim é possível manter o intervalo de movimentação dentro de 180º, o que permite manter a integridade dos cabos que conectam a parte fixa com a móvel. 6.2 HARDWARE ELETROELETRÔNICO Na placa móvel captadora de luz foi utilizado dois tipos de motores: para a base da estrutura um motor de passo e para a movimentação vertical da placa fotovoltaica um motor servo. Foi colocado o motor servo na parte superior por causa de suas dimensões reduzidas (menor resistência a grandes cargas). Por outro lado, a razão da escolha do motor de passo na base da estrutura é, segundo Pazos, explicado por certas características do próprio motor como o alto torque que pode exercer com baixas velocidades, de maneira que faz com que o motor seja adequado para a movimentação de grandes pesos a velocidades reduzidas (Pazos, 2002, pp 193). A sequência de passos utilizada foi de meio passo, e foi projetada 16 uma máquina de estados da Figura 4 para determinar a lógica da sequência de passos no microcontrolador. Nesta máquina, cada dígito representa um enrolamento, sendo representando os enrolamentos adjacentes em ordem. A sequência mostra como é possível obter uma rotação anti-horária (setas mais internas) ou uma rotação anti-horária (setas mais externas). As transições do estado de cada enrolamento são projetadas utilizando mapas de Karnaugh. Como a corrente necessária para controlar o motor de passo costuma ser mais elevada do que a placa microcontrolada pode fornecer, o driver ULN2074b é utilizado em conjunto com um arduino UNO R3, capacitores e resistores, para controlá-lo. Este driver é importante mediador de sinais (pulsos elétricos) entre o arduino e o motor de passo. Ele consiste de quatros pares de Darlignton (dois transistores -componentes semicondutores- amplificando a corrente um do outro). Estes motores ou atuadores (em razão de transformarem algum tipo de energia em outro tipo de energia), não funcionam sozinhos e precisam ser montados em conjunto com outros componentes em um circuito elétrico. Dessa forma, abrange-se outros conceitos como os relacionados aos diodos, aos reguladores de tensão, aos drivers, aos microcontroladores (neste caso relacionado ao Arduino), aos transformadores, aos capacitores e, por fim, relacionados aos sensores. Neste projeto foi feito uso extensivo de semicondutores. Estes elementos são geralmente constituídos de materiais como silício e o germânio dopados com impurezas que os fazem adquirir propriedades elétricas positivas (recebem elétrons) ou negativas (doam elétrons) quando estimulados de alguma forma própria. O primeiro uso destes materiais que se pode mencionar seria a confecção das células fotovoltaicas, onde o estimulo fotoelétrico da luz no painel permitiria o aparecimento de uma diferença de potencial entre cada terminal do tipo P e do tipo N das células. O diodo também é um semicondutor, onde o campo elétrico gerado entre os terminais P e N estimulam o aparecimento de uma corrente de elétrons (mas apenas no sentido N para P, causando uma alta impedância para o outro sentido). O mais importante dos semicondutores seria o transistor (um tipo de componente amplificador de corrente), que permitiu a origem dos circuitos digitais que existem atualmente. Uma destas categorias de circuitos é o microprocessador, um 17 componente capaz de responder nas suas saídas à entradas de forma programável. (Pedroni, 2008, pp 2, 3, 181). O Arduino é também chamado de plataforma de computação física ou embarcada, que permite interação com o ambiente por meio de hardware e software (McRoberts, 2011, pp 22). A placa do arduino é composta de um microprocessador Atmel AVR, um cristal ou oscilador (que envia pulsos em uma frequência especificada, para permitir as operações feitas em velocidades corretas) e um regulador linear de 5 volts. Também, o Arduino possui um conector USB que permite o usuário utilizar a IDE do Arduino no computador, para fazer uploads de programas que controlam um motor de passo, por exemplo (McRoberts, 2011, pp 24). O Arduino possui 14 pinos digitais que podem ser configurados como Entrada e Saída de dados, os mesmos são numerados de 0 à 13. Quando se configura um pino digital como saída, o mesmo se encontrará em estado de baixa impedância, dessa forma o pino poderá fornecer ou drenar corrente para um circuito externo, a corrente máxima que um pino pode fornecer ou drenar é de 40 mA, e a soma das correntes não pode ultrapassar 200 mA. (ARDUINO SUPPORT, 2015) As entradas digitais só podem assumir dois estados, “HIGH” (ou “1”) e “LOW” (ou “0”), ou seja, 0V ou 5V. Dessa forma só é possível reconhecer apenas dois estados. Além dos 14 pinos digitais, ele possui 6 pinos analógicos, que lêem a variação da tensão em tempo real, e o microcontrolador trabalha internamente com dados digitais, por esse motivo, é necessário traduzir o sinal analógico para um valor digital, a conversão é feitapela equação: 𝑉 2𝑛 Onde “V” é a tensão de referência do conversor e “n” é o numero de bits do conversor, exemplo: 5/1024 = 4,89 mV, esse seria o valor de degrau para uma conversão em 10 bits com referência em 5 V. Com isso o valor retornado estará na faixa de 0 a 1023 conforme o valor presente no pino. O conversor analógico digital do Arduino possui 210 bits (SOUZA,2015). Reguladores de tensão são dispositivos que mantém a tensão constante em seus terminais, permitindo mais segurança para o circuito. Neste projeto foram 18 utilizados dois tipos de reguladores: LM7812 e LM317. Segundo o catálogo Datasheet, estes reguladores de tensão são utilizados amplamente nos circuitos que requerem o uso de uma corrente inferior a 1A. O LM7812 oferece para o circuito uma tensão fixa de 12V enquanto o LM317 fornece uma tensão que pode ser regulada com um potenciômetro. A tensão regulável ajudará a encontrar a tensão ideal para alimentar o motor de passo. Utilizando um transformador para reduzir a tensão, pode-se com o uso de capacitores de filtro, dos diodos (em forma de ponte retificadora) e dos reguladores de tensão criar fontes de tensão que podem alimentar tanto circuitos digitais quanto o Arduino. O sistema de alimentação utilizado neste momento é uma fonte de tensão para várias aplicações montados pelos alunos em outra disciplina, que dispõe de um transformador de 18+18V, reguladores de tensão de 5V, 12V e um regulador de tensão positiva variável de até 35V, além de outro regulador variável semelhante que fornece tensão negativa até -35V. A fonte é capaz de fornecer uma tensão até um valor um pouco menor que a tensão de pico do secundário do transformador (25V), chegando em 22V (44V se utilizado a fonte negativa como terra). Utiliza-se o regulador de 12V para alimentar o sistema de controle enquanto o regulador variável ajustado em 22V para o motor de passo. Esta fonte será utilizada enquanto não for definida a tensão ideal para operar o motor de passo (que alie baixo consumo e forneça o torque necessário para mover a estrutura), posto que uma fonte dedicada seria mais interessante. A Figura 8 exibe o esquema elétrico das fontes utilizadas neste projeto. Apesar de o intuito final ser ligar estes reguladores numa bateria, para efeito de teste foi utilizado energia elétrica da rede de distribuição. 19 Figura 8 - Esquema elétrico das fontes de tensão. Contudo, conforme o modelo do projeto, a placa fotovoltaica deve captar a máxima potência luminosa de qualquer feixe de luz em um determinado ambiente. Para isso, foi utilizado um 5 sensores de luz denominados LDR, ou resistores dependentes da luz, presos na placa de forma que ficou um componente em cada canto e outro no meio. Esse componente é baseado no efeito fotoelétrico, descrito por Einstein, que afirma que alguns materiais geram energia elétrica quando estimulados pela luz. Na prática, nota-se que quanto maior a intensidade de energia luminosa sobre o LDR, menor sua resistência. Para a fabricação deste material é utilizado o cádmio. Essa substância é depositada sobre uma base inerte. Este conjunto é encapsulado numa pastilha de metal com uma janela transparente. Logo, a mudança na resistência do LDR, quando seus extremos estão conectados a terminais elétricos, dependera a intensidade luminosa incidente sobre o conjunto (Pazos, 2002, pp 174 e pp 175). Para deixar as ligações elétricas e eletrônicas mais robustas, foi desenvolvida uma placa de ligação utilizando uma PCB padrão, juntando todos os principais 20 componentes aqui descritos da forma como o esquema da Figura 9 mostra de forma simplificada. Na placa montada ficam o Arduino, os resistores e o driver ULN 2074B, enquanto os outros componentes são conectados na placa através de cabos. Figura 9 - Esquema de ligação dos componentes eletrônicos Por fim, pode ser verificada também a possibilidade de se utilizar um LED como sensores de luz. LED’s são diodos em que o efeito da passagem de corrente acaba emitindo uma radiação eletromagnética, normalmente no espectro visível (luz). Acontece que é possível verificar o efeito oposto, em que a incidência de luz (com espectro próximo do que o LED foi projetado para emitir) cria uma diferença de potencial nos terminais. Este efeito será explorado nas etapas finais do projeto (MIMS, 1992). É importante notar, no entanto, que o LED é sensível à apenas determinadas faixas, e estas devem ser bem selecionadas para evitar que o dispositivo perca sensibilidade de uma faixa de valores considerável. 6.3 SOFTWARE A execução do software do Arduino envolve duas etapas, a chamada etapa de “setup” e a etapa “loop”. Os códigos gravados em “setup” são inicializados logo após 21 a inicialização básica do sistema e são utilizados para configurar o microcontrolador antes da execução do código cíclico, como definir o modo de operação de pinos, definir a taxa de transferência de dados da porta serial e quais dispositivos de entrada/saída serão utilizados para mandar mensagens internas. O código gravado em “loop” será executado ciclicamente, conforme a velocidade do processador, e pode-se dizer que é a parte principal do código. O algoritmo principal se baseia nas entradas obtidas pelos sensores LDR e a partir de uma análise consegue decidir qual o melhor ajuste de posição, latitudinal ou longitudinal. A gravação é feita pelo terminal USB da placa, com auxílio de um software específico e um computador pessoal. O Arduino controla os dois motores nos mesmos ciclos de “loop” (ciclo de tarefas). Entretanto, como os algoritmos foram desenvolvidos separadamente e depois unidos, é mais fácil representar estes algoritmos em diagramas próprios, já que a execução de um não interfere diretamente na execução do outro. Portanto o fluxograma do algoritmo para o controle do motor de servo está na Figura 10, enquanto o fluxograma para o controle do motor de passo esta na Figura 11. 22 Figura 10 - Fluxograma de controle do movimento ao longo do eixo horizontal 23 Figura 11- Fluxograma de controle do movimento ao longo do eixo vertical 24 Existem poucas diferenças entre os dois algoritmos, sendo que elas consistem principalmente da maneira como se controla o servo motor e o motor de passo. Enquanto é possível utilizar uma biblioteca do Arduino para controlar o servo motor (esta biblioteca já implementa as funções para envio de sinal PWM), a biblioteca para controle do motor de passo não se adequava as necessidades de projeto por não possuir opção para controle do tipo de passo utilizado (sendo o meio passo o objetivo), além de aparentemente ele não poder controlar de forma satisfatória um motor unipolar. Por causa desta dificuldade com o motor de passo, foi criado uma implementação própria para controlá-lo, que consiste numa função que realiza uma série de operações booleanas para atualizar os estados de cada enrolamento com base na máquina de estados da Figura 4. Como existem quatro enrolamentos, quatro estados são criados. A partir do uso de tabelas de Karnaugh, foram encontradas para cada estado as transições contidas na Equação1. Nela, On representa a variável de estado atual do enrolamento n, An representa a variável auxiliar do estado n que será atualizado e I é o parâmetro que define o sentido da rotação (horário ou anti-horário, depende da forma como os enrolamentos são ligados aos pinos de saída). Equação1 Equações booleanas para a máquina de estados utilizada 𝐴0 = 𝑂1 × 𝑂2 × 𝐼 + (𝑂4 × 𝑂3 × 𝐼 ) 𝐴1 = 𝑂2 × 𝑂3 × 𝐼 + (𝑂1 × 𝑂4 × 𝐼 ) 𝐴2 = 𝑂3 × 𝑂0 × 𝐼 + (𝑂2 × 𝑂1 × 𝐼 ) 𝐴3 = 𝑂0 × 𝑂1 × 𝐼 + (𝑂4 × 𝑂3 × 𝐼 ) Pela observação das equações anteriores é possível montar uma fórmula empírica, descrito na Equação 2, que descreve estas equações.Neste caso, n é considerado pertencente ao conjunto dos resíduos dos números inteiros módulo quatro, e operações sobre ele seguem regras da aritmética modular (com módulo 4). 25 Equação 2 Fórmula empírica para as transições dos estados 𝐴𝑛4 = 𝑂 𝑛+1 4 × 𝑂[𝑛+2] 4 × 𝐼 + 𝑂[𝑛−1] 4 × 𝑂[𝑛−2] 4 × 𝐼 , 𝑛 ∈ 𝒁/4𝒁 6.4 RESULTADOS Até o momento o projeto apresenta uma estrutura montada pronta para que seja feita a ligação elétrica dos componentes. Nem todos eles foram ligados. As tarefas que ainda não foram completadas: 1. Confecção de um software protótipo, utilizado para testar os motores na estrutura; 2. Testes para verificar as condições em que os motores podem operar em segurança, sem danificar a estrutura e as ligações eletroeletrônicas; 3. Ligação da placa fotovoltaica com o circuito para carregamento da bateria; 4. Testes para aumentar a eficiência no uso de energia do dispositivo, desenvolvimento da versão final do software. Um modelo completamente funcional ainda não estava disponível até a confecção deste relatório. Até o momento apenas o movimento ao longo do eixo vertical foi implementado no dispositivo. Foram encontrados problemas com o cabeamento, além de contratempos menores com o circuito confeccionado, portanto o movimento horizontal não pode ser testado ainda. Um ponto que deve ser discutido também é a independência do dispositivo de outras fontes de alimentação. Até o momento não é possível fazer o projeto funcionar sem uma fonte externa de alimentação devido à fato de haver apenas uma placa fotovoltaica de 5V. Como seria necessário uma tensão de aproximadamente 12V para o controle e um pouco mais para o motor de passo, necessitaríamos de baterias que fornecessem esta quantidade de tensão. Isto acarretaria num sistema que fornecesse aproximadamente 15V para as baterias poderem ser carregadas, e portanto seria necessário mais duas placas fotovoltaicas. Infelizmente os requisitos 26 de tensão foram modificados desde o momento que fora feito o pedido da placa, e uma nova não chegaria a tempo de terminar o projeto no prazo. 7 CONCLUSÕES O projeto foi criado com o intuito de aproveitar a captação da energia solar de forma eficiente. Seguindo o percurso do sol para obter uma melhor eficiência comparada às placas solares domésticas, o projeto se comportou bem; porém, como no experimento foi utilizado apenas uma placa fotovoltaica de 5V, o circuito não conseguiu se sustentar sozinho, e não houve oportunidade para estudar uma forma de deixar o Girassol Eletrônico em stand-by (para poupar energia). Foi estudada também uma forma de utilizar LEDs como sensores de energia solar, mas o mesmo não é tão sensível como um LDR; além disso, houve dificuldades em adaptar o código para funcionar com LEDS, então a ideia foi abandonada por não haver uma perspectiva de melhora dos resultados. Contudo, na visão da equipe, o projeto está em vias de ser um sucesso: os LDRs em conjunto com os motores e o Arduino funcionaram perfeitamente quando testados em separado, faltando apenas a ligação do conjunto para completar o protótipo. 27 8 REFERÊNCIAS ARDUINO, Support. Arduino Uno. Disponível em: <http://www.arduino.cc/en/Main/ArduinoBoardUno> Acesso em: 12 maio 2015. BARSOUM, Nader. Fabrication of Dual-Axis Solar Tracking Controller Project. Intelligent Control and Automation , Vol 02, Iss 02, Pp 57-68 (2011) DOI: 10.4236/ica.2011.22007 BOYLESTAD,Robert L.; NASHELSKY,Louis.Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.8. ed. São Paulo: Pearson, 2004. DATASHEET. 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