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Linguagens artísticas
ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO, 
DANÇA
O universo das artes caracteriza-se por um conhecimento 
específico do saber humano que se faz, especialmente, a partir 
de questionamentos, indagações, dúvidas presentes no cotidiano 
do ser humano, em relação a várias dimensões e relações com 
o mundo. A manifestação artística, seja na dança, na pintura, na 
escultura, na fotografia, tem, em comum, com o conhecimento 
científico, filosófico ou técnico, o seu caráter de criação, 
inovação e produção. Através da organização e classificação das 
artes, o ser humano almeja compreender o seu lugar no 
universo, buscando a significação para a vida (GARCIA; HASS, 
2006).
Segundo Brasil (1998) - PCN de artes – Parâmetros 
Curriculares Nacionaiso aluno passa a desenvolver sua cultura 
sobre a arte, a partir do fazer, do conhecer e apreciando 
produções artísticas, na qual são ações que integram o 
perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o 
expressar e o comunicar. É a partir da arte que o aluno passa a 
compreender e a constatar que é através das manifestações 
artísticas que os indivíduos da sociedade apesar de suas 
diferenças se relacionam.
Segundo Brasil (1998), a arte é um conhecimento que permite a 
aproximação entre indivíduos, mesmo os de culturas distintas, 
pois favorece a percepção de semelhanças e diferenças entre as 
culturas, expressas nos produtos artísticos e concepções 
estéticas, em um plano diferenciado da informação discursiva. 
Com isso, a arte na escola tem como papel fazer com que o 
ensino artístico durante o processo ensino aprendizagem se 
torne cultural, instrucional, humanizador e histórico, no qual as 
características apresentadas aos alunos possam ser vista de 
pontos interacionistas entre o criar do aluno do fazer dos 
artistas de outros tempos.
A escola deve preparar o aluno para que ele seja capaz de 
escrever e ler o mundo em que vive que saiba criticar, analisar, 
fazer mudanças se for preciso. A arte permite também que o 
indivíduo tenha essa concepção de criticidade, na qual o mesmo 
adquire sua criatividade, permitido através das artes seja ela, a 
dança, música, pintura, etc., o seu modo de expressar os seus 
sentimentos.
ARTES 
VISUAIS
Em Brasil (1998) observamos que as artes visuais, além das 
formas tradicionais, incluem outras modalidades que resultam 
dos avanços tecnológicos e transformações estéticas a partir da 
modernidade (fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, 
computação, desenho). Cada uma dessas visualidades é utilizada 
em várias possibilidades de combinações entre imagens, por 
intermédio das quais os alunos podem expressar-se e 
comunicar-se entre si de diferentes maneiras.
Em nossa sociedade, onde se faz massiçamente presente a 
visualidade mediante, por exemplo, os outdoors, a educação 
tem a função de assegurar aos alunos a percepção para 
distinguir sentimentos, sensações, ideias e qualidades.
O Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998), afirma que 
as artes visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao 
rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar 
materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao 
pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança 
pode utilizar-se das artes visuais para expressar experiências 
sensíveis.
Entende-se que educar é importante para transformar e ter 
consciência da participação no meio ambiente, na realidade 
cotidiana. Ver significa essencialmente conhecer, perceber pela 
visão, alcançar com vista os seres, as coisas e as formas do 
mundo ao redor, é também um exercício de construção 
perspectiva onde os elementos selecionados e o percurso 
visual podem ser educados (FERREIRA, 2007)
Os diversos professores de arte que desenvolvem uma reflexão 
sobre os fundamentos históricos e metodológicos do 
conhecimento artístico, enfatizam o fazer arte. Atualmente, 
predomina uma cultura político-pedagógica que privilegia os 
processos racionais em detrimento dos processos sensíveis, 
desprendendo a arte um papel de menor importância em nosso 
contexto diário. A arte é algo único e pessoal, é importante que 
o educador vivencie e experimente o exercício de sua própria 
sensibilização, afirma Andrade (2009).
A educação em artes visuais requer trabalho continuamente 
informado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos 
materiais, às técnicas e às formas visuais de diversos momentos 
da história. A escola deve colaborar para que os alunos passem 
por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, 
articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento 
e produção artística pessoal e grupal
A educação visual deve considerar a complexidade uma 
proposta educacional que leve em conta as possibilidades e os 
modos de os alunos transformarem seus conhecimentos em 
arte (BRASIL,1997). Segundo Andrade (2009), as crianças muitas 
vezes passam aulas e aulas aprendendo como ser silenciosas ao 
amassarem uma folha de papel crepom para representar as 
folhas de uma árvore. Elas aprendem a ser reprodutores, o que 
o professor considera “certo”, não produtores e pensar por si 
mesmas.
MÚSICA
Quando se fala em música, é preciso levar em conta que sua 
conceituação é muito subjetiva, e, portanto tem variado 
bastante com o decorrer dos tempos. Até alguns anos atrás, a 
ideia de música esteve associada à combinação ordenada e 
racional de sons. É válido citar que se entende por som musical 
uma emissão vibratória, com frequência bem definida, capaz de 
ser captada pelas limitações fisiológicas do ouvido humano 
(MONTANARI, 1993)
Para Montanari (1993), é possível fazer música tanto com sons 
quanto com ruídos (frequências mal definidas geradas por 
fontes que não possuem comportamento vibratório com 
periodicidade estabelecida). Então a ideia de música ficou muito 
mais ampla, para alguns há música até no motor em 
funcionamento.
O autor afirma ainda que muito se tem questionado sobre o 
papel da arte na vida humana e na sociedade, é preciso levar em 
conta que a arte muito tem servido ao ser humano para 
expressar seus sentimentos, e isso é o que mais conta. A 
música, em especial, exerce um papel importante nessa 
conceituação, porque é a mais popular das artes, superando 
inclusive a escrita, que acompanha a própria história. Para fazer 
musica, a única coisa que o individuo precisa, é estar vivo. Não 
precisa saber ler, nem adquirir materiais e sequer sair de casa, 
basta abrir a boca e cantar, bater palmas ou os pés, assobiar ou 
murmurar, que você estará fazendo música.
Em 1971 ocorreu uma grande mudança, quando a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 5.692/71) 
extingue a disciplina de educação musical do sistema 
educacional brasileiro e, em segundo lugar, institui o ensino de 
educação artística.
Segundo DALL´ACQUA; PREVIATO; SOUZA (2009) diminuiu 
tanto o número de professores de música, que se hoje fosse 
reimplantado o ensino de música nas escolas, não seria possível 
cumprir. É preciso resgatar o professor que goste de música e a 
traga para dentro da escola.
A música é um tipo de expressão humana dos mais ricos e 
universais, também dos mais complexos e intrincados. Por isso, 
para o professor utilizar a música em suas aulas, é preciso que 
ele se dedique ao seu estudo, procurando compreendê-la em 
sua amplitude, desenvolvendo um trabalho de sempre escutar 
os mais variados sons em suas combinatórias infinitas, com 
ouvidos sempre atentos e se ele tiver a oportunidade de 
praticar música, melhor ainda, pois seu domínio ampliará e 
assim passará a ter mais discernimento para elaborar trabalhos 
melhor adaptados à realidade de seus alunos (FERREIRA, 2007).
O Referencial Curricular Nacional (1998) afirma que a música é 
linguagem e forma de conhecimento que mantém contato 
direto com outras linguagens expressivase está presente no 
cotidiano de modo intenso, tem estrutura e características 
próprias, devendo ser considerada como: produção (imitação, 
interpretação, composição, improvisação), apreciação 
(percepção dos sons e silêncios, capacidade de observação) e 
reflexão (organização, criação).
A musicalização é o processo de ensino musical que se destina 
a crianças, jovens e adultos, ocupando-se da orientação do 
ensino da linguagem e dos meios pedagógicos para se atingir 
esse objetivo, contribuindo assim tanto com o ensino de música 
como a formação geral da pessoa (DALL´ACQUA; PREVIATO; 
SOUZA, 2009).
É interessante observar a influência que a música tem na 
criança. Devemos seguir em relação à música, o mesmo 
processo que é adotado no desenvolvimento da fala. A criança 
pertence a um universo musical, como acontece com a 
linguagem em diferentes culturas (JEANDOT, 1997).
[...] uma das funções mais importantes da música é ser guia da 
evolução da humanidade, em permanente interação como meio, 
o indivíduo, a comunidade, pressupondo a construção de uma 
sociedade democrática no sentido mais amplo do termo. Ela 
não é apenas gozo estético, sensibilidade, mas também força e 
potência, sustentando a formação de uma consciência individual 
e coletiva (SEKEFF, 2007 apud DALL´ACQUA; PREVIATO; 
SOUZA, 2009).
Segundo o RCN (BRASIL, 1998), a integração entre os aspectos 
sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos conferem caráter 
significativo à linguagem musical. O ambiente sonoro faz com 
que os bebês iniciem seu processo de musicalização de forma 
intuitiva, eles tentam imitar e responder, criando momentos 
significativos no desenvolvimento afetivo e cognitivo 
construindo um repertório que permite iniciar uma forma de 
comunicação por meio de sons. 
Ela se traduz em formas sonoras capazes de expressar e 
comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da 
organização e relacionamento expressivo entre o som e o 
silêncio, está presente em todas as culturas e em diversas 
situações como: festas, comemorações, rituais religiosos, etc. As 
crianças entram em contato com a cultura musical desde muito 
cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais 
(BRASIL, 1998).
TEATRO
Teatro vem do grego theatron que significa local onde se vê. Na 
Escola Nova o papel do teatro na educação escolar, 
especialmente na educação infantil, ganha um status 
epistemológico e uma importância psicopedagógica. A inclusão 
do teatro no currículo escolar caracterizou a democratização 
do ensino laico ao longo do século XX e justificou-se como 
recurso de estímulo e criatividade. Era muito mais um processo 
de estudo do que uma recreação (DEL´BIANCO, 2009).
Segundo Peixoto (1995), o teatro tem uma história específica 
que foi o essencial da história da produção cultural da 
humanidade. Um espetáculo de teatro seja tragédia ou comédia, 
drama ou revista musical, mímica ou ópera, pode ter como 
ponto de partida um texto escrito em seus mínimos detalhes, 
com diálogos completos e indicações cênicas, expondo 
conflitos entre personagens perfeitamente delineados e as 
relações que os homens estabelecem entre si em determinadas 
circunstâncias
O Teatro é a manifestação artística onde o homem pode se 
expressar de forma completa, utilizando o corpo, a fala, o gesto, 
a expressão e o movimento. A criança tem a oportunidade de 
dramatizar interagindo com o meio, desenvolvendo por sua vez 
a capacidade artística e expressiva. 
No plano coletivo, contribui para o exercício da cooperação, do 
diálogo, do respeito mútuo, da reflexão e da flexibilidade para 
aceitar as diferenças. Ao contrário da ópera e do balé, que têm 
cenas ou coreografias sujeitas à música, geralmente no teatro, a 
música sujeita-se à arte cênica, ou seja, completando o 
espetáculo representado. No entanto, no século XX, surgiram 
algumas propostas de conjunção e complementação reais entre 
as artes, dramática e musical, isto é, as duas funcionando em 
conjunto e ambas dependentes uma da outra, afirma Ferreira 
(2007).
O teatro pode dispensar tudo, salvo o interprete, o que não 
significa que o ator seja sempre o centro do espetáculo. O 
trabalho do ator pressupõe treinamento constante e 
aperfeiçoamento técnico, além de inteligência e sensibilidade 
atentas à observação da vida social, ao entendimento das 
relações de produção e suas consequências no cotidiano social 
dos homens. Um vigoroso treinamento físico, pois seu corpo é 
seu instrumento de trabalho (PEIXOTO, 1995)
DEL´BIANCO (2009) acredita que o teatro é linguagem 
humana e seu objetivo aborda o domínio, a fluência e a 
compreensão das formas de expressão que movimentam 
processos afetivos, cognitivos e psicomotores.
Embora o ensino do teatro se encontre presente na educação 
escolar brasileira já desde o século XVI, com a implementação 
da pedagogia pelos jesuítas, somente a partir da década de 1970 
se incrementaram os estudos e investigações a respeito das 
inter-relações entre teatro e educação (DEL´BIANCO, 2009, 
p.107).
O papel do teatro na educação só ganhou força quando se 
inspirou no pensamento filosófico de Rousseau, que destacava a 
atividade da criança no processo educativo e defendia a 
importância do jogo como fonte de aprendizado. Viola Spolin
(teatro-educadora, diretora e atriz que fez pesquisas nos 
Estados Unidos da América com crianças até com idosos) foi a 
primeira a elaborar uma proposta para o ensino do teatro na 
educação formal através de jogos teatrais (DEL´BIANCO, 
2009).
O teatro na escola tem uma importância fundamental na 
educação, permite ao aluno um enorme aprendizado, exercita a 
socialização, criatividade, coordenação, memorização e o 
vocabulário. Através do teatro é possível observar o 
comportamento do aluno, em grupo e individual e também 
traços do seu desenvolvimento.
A dramatização está contida em cada um, com necessidade de 
compreender e representar uma realidade acompanha também 
o desenvolvimento da criança como uma manifestação 
espontânea, assumindo funções diversas, sem perder o caráter 
de interação. Ao observar uma criança em suas primeiras 
manifestações, percebe-se através do jogo simbólico, a procura 
no seu conhecimento do mundo. “Essa atividade evolui do jogo 
espontâneo para o jogo de regras, do individual para o coletivo” 
(BRASIL, 1997, p.57).
A criatividade está extremamente ligada às artes, à linguagem e 
ao desenvolvimento da representação e do simbolismo. 
DEL´BIANCO (2009, p. 112) afirma que “tanto nas formas de 
arte, como em diferentes formas do brincar, existe uma riqueza 
de oportunidades criativas para que adultos e crianças 
expressem seu pensamento e apreciem o talento de outros”.
Peixoto (1995) acredita que o teatro é uma arte grupal em 
todos os níveis, produzido pelo esforço de muitos e não há ato 
solitário na atividade teatral. A música esteve sempre presente 
no teatro, desde suas origens. Acompanhou a história das 
manifestações teatrais desempenhando um papel de variada 
relevância. Em certo nível é possível distinguir a música no 
teatro e o teatro musical.
DANÇA
Desde que existe o homem, existe a dança. Antes mesmo de 
existir dança o homem já se usava o movimento corporal para 
expressar seus sentimentos. Uniuse a música ao gesto, 
descoberto o som, o ritmo e o movimento, nasceu a dança. É 
uma das mais antigas artes criadas pelo homem, onde se 
manifestava todos os seus impulsos, crenças e desejos. A dança 
desde seu surgimento até a atualidade estampa uma linguagem 
corporal moldurada e inserida sob influencia dos contextos 
econômicos, sociais, políticos e religiosos. A dança sempre será 
um patrimônio histórico que permeia a cultura corporal do 
homem (GARCIA; HASS, 2006).
As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada 
vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando 
cada vez mais das possibilidades deinteração com o mundo. Ao 
movimentar-se, a criança expressa sentimentos, emoções e 
pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo 
de gestos e posturas corporais (BRASIL, 1998).
Garcia e Hass (2006) afirmam que a dança relacionou-se com 
cultura, diversão, lazer, prazer, religião e trabalho apresentando 
como todo campo de expressão artística, funções específicas 
articuladas diante da sociedade, no sentido de demonstrar o 
potencial dessa arte enquanto fenômeno social em constante 
processo de renovação, transformação e significação. Os seis 
tipos de funções da dança são: auto-expressão, comunicação, 
diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura 
e revitalização da sociedade.
Por meio do Referencial Curricular Nacional (BRASIL,1998) 
constata-se que o movimento é importante para o 
desenvolvimento da cultura humana. É mais do que um simples 
deslocamento do corpo no espaço, é uma linguagem que 
permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre 
o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio da 
expressão.
Antigamente o homem dançava com o intuito de agradecer, 
homenagear, pedir alguma coisa aos deuses. “Embora ainda 
existam essas cerimônias, hoje é possível apreciar diversos 
grupos de dança que representam coreografias coordenadas 
sempre com o acompanhamento de algum som ou ritmo” 
(ARTAXO, 2003, p.38). 
Segundo o PCN de Arte (BRASIL, 1997), a dança é uma forma 
de integração e expressão, individual e coletiva, em que a 
criança exercita a atenção, percepção, colaboração e 
solidariedade. É uma atividade lúdica que permite a 
experimentação e criação, exercitando a espontaneidade. 
Contribui para o seu desenvolvimento, construindo sua imagem 
corporal, que são aspectos fundamentais para seu crescimento 
individual e consciência social 
Dançar é movimentar-se pelo espaço, sentir o corpo livre, 
comunicar-se consigo mesmo, convidar a dançar é quebrar 
preconceitos, medos, vergonhas. O movimento é comunicação, 
comunicar uma mensagem é utilizar a linguagem, a linguagem 
corporal. Ela é movimento resultante de uma sucessão de 
poses, são voluntários, harmoniosos. É ciência ou arte que 
representa como o entendimento completo das possibilidades 
físicas do corpo humano, é necessário disciplinar e desenvolver 
o corpo para tingir todas as linhas de expressão, é uma 
atividade social que contribui no desenvolvimento harmônico 
do ser humano (GARCIA; HASS, 2006).
O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de 
funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo 
desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das 
crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas 
corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como 
atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada 
criança (BRASIL,1998, p.9).
A Dança promove o desenvolvimento das habilidades motoras, 
afetivas e cognitivas do aluno, além de estimular a inteligência, a 
autonomia, a responsabilidade e a sensibilidade. Segundo Garcia 
e Hass (2006), os objetivos da dança devem ser expressos de 
forma relevante, pois através das inúmeras experiências que são 
vivenciadas pode-se contribuir e instigar, através desta arte, um 
desenvolvimento para além dos aspectos afetivos, cognitivos, 
emocionais, sociais e motores que abrangem o universo desta 
manifestação artística.
A arte na forma da dança faz parte das culturas humanas e 
integra o trabalho, as religiões e atividades de lazer. Toda ação 
humana envolve a atividade corporal. A criança é um ser em 
constante mobilidade e utiliza-se dela para buscar 
conhecimento de si mesma e daquilo que a rodeia, 
relacionando-se com objetos e pessoas. A ação física é 
necessária para que a criança harmonize as potencialidades 
motoras, afetivas e cognitivas (BRASIL, 1997).

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