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Gabarito das Autoatividades - Estética

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das
A
Gabarito
utoatividades
ESTÉTICA
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000
Elaboração:
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
2018
Prof. Arnildo Pommer
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
ESTÉTICA
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 O que significa Estética?
R.: Estética significa a percepção pelos sentidos. Aquilo que sentimos 
pelos cinco sentidos, por isso é uma sensação corporal. Chamamos estas 
sensações também de estesia. O seu contrário, a falta de sensibilidade, é a 
“anestesia”, que é causada por fármacos para embotar os sentidos na hora 
de uma cirurgia, por exemplo.
2 Qual é a diferença entre fazer com arte e o fazer artístico?
R.: O fazer com arte é o fazer artesanal, no sentido de que não se pretende 
criar uma obra de arte, mas uma imitação dela. Este fazer tem por objetivo 
a decoração, como a jardinagem e a arte culinária, por exemplo. Nesta 
categoria estética podemos incluir os vários serviços, como cirurgia plástica 
ou a estética dos cabeleireiros. Produtos industriais e a publicidade também 
são coisas feitas com arte, mas não são obras de arte.
O fazer artístico, por sua vez, exige uma habilidade específica e uma poética 
adequada. A obra de arte é, em princípio, única. Ela deve contar ou “mostrar” 
uma história que tenha começo, meio e fim. Não deve dar lição de moral, 
apenas contar a história. São exemplos de obras de arte a pintura, a escultura, 
o teatro, a literatura.
3 Quais são as características principais da poética?
R.: Uma poética é um conjunto de regras explícitas ou implícitas que preside 
a produção artística. Estas regras estão tanto na tradição quanto na atividade 
e na capacidade de cada artista. Costumamos dizer que um artista faz uma 
doação de beleza à obra de arte através de sua capacidade criativa, que 
estabelece uma relação dialética entre as poéticas consagradas da tradição 
e aquela que ele inventa na hora de criar uma obra de arte.
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000
Elaboração:
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
2018
4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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4 Explique a noção de téchnê (técnica) como práxis humana.
R.: A palavra téchnê, habitualmente traduzida por técnica, não significa 
somente um conjunto de regras para fazer ou fabricar um objeto artificial. O 
conceito de técnica está misturado com a atividade do artista. A Práxis humana 
é entendida aqui como prerrogativa do Homo faber, daquele que pensa, cria 
e executa aquilo que pensara. Não se trata de uma atividade separada do 
pensar. Mas, isto é muito comum, mesmo os filósofos costumam separar a 
arte da técnica, considerando a primeira mais ligada à atividade intelectual 
e a segunda à atividade manual. 
Por um lado, portanto, a téchnê ou técnica, em português, é um conjunto 
de regras e habilidades que permitem a uma pessoa fazer o seu trabalho 
de modo exemplar, ou seja, bem feito. Esta definição se mistura com as 
noções de poética e de obra, mas significa principalmente as habilidades que 
alguém domina para executar o seu trabalho. Este conjunto de habilidades 
se denomina técnica. 
TÓPICO 2
1 Explique a noção de fazer na perspectiva do homo faber.
R.: Esta resposta é muito parecida com a da técnica, mas não da técnica 
isolada. O fazer aqui significa, ao mesmo tempo, pensar e fazer. Pensar a coisa 
a ser feita e ter a capacidade de fazê-la. O Homo faber é aquele que pensa, 
inventa, cria, faz bem feito. É uma noção mais antropológica do que estética.
2 O que é um objeto?
R.: Existem basicamente dois tipos de objeto. O objeto como resultado do 
trabalho humano, a coisa feita, quer seja artística ou não, e aquilo que a 
gente estuda, ou seja, cada ciência, cada campo do conhecimento tem o seu 
objeto. Reproduzo aqui a citação que fiz do livro de Abraham Moles sobre o 
objeto. As respostas podem considerar isso também.
Etimologicamente, objetum significa atirar contra, coisa existente fora de nós 
mesmos, coisa colocada adiante, com um caráter material: tudo o que se 
oferece à vista e afeta os sentidos (Larousse). Os filósofos utilizam o termo no 
sentido daquilo que é pensado e se opõe ao ser pensante, o sujeito [subjetum]. 
O termo objeto, portanto, constitui-se:
- por um lado, no aspecto de resistência ao indivíduo;
- de outro lado, no caráter material do objeto;
- enfim, na ideia de permanência ligada à inércia. (...).
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Esta definição é extremamente ampla e uma fenomenologia da vida cotidiana 
conduz a restringi-la extremamente. É esta que distinguirá os “objetos” das 
“coisas” em geral, que constituem, na sociedade industrial, o conjunto de 
parentesco, atribuindo ao objeto a ideia de produto específico do homem. 
3 Explique por que o belo e o feio são uma constante em nossa vida.
R.: Temos por costume, hábito, dividir as coisas no mundo em belas e 
feias. Fazemos isso todos os dias. Na Estética, o belo e o feio são duas 
categorias que utilizamos para avaliar as obras de arte. A obra bela é aquela 
que apresenta harmonia, simetria e proporção. Estes conceitos são muito 
antigos, mas ainda hoje são válidos. Nós também costumamos qualificar as 
ações como belas (boas) e feias (más).
Como explica Vázquez, as categorias de belo e feio, mas principalmente de 
belo, se encontram nas línguas mais antigas. Não é casual que comecemos 
pela categoria do belo. É a primeira que encontramos nas linguagens dos 
povos, e a primeira também na qual se detém o pensamento estético ocidental. 
Nas línguas mais antigas, como a grega, e nas sociedades pré-helênicas, 
“belo” aparece com um matiz peculiar no interior do “bom”. Designa, mesmo 
assim, o “bem fabricado” ou “bem feito”. Na Ilíada [de Homero], a palavra kalós 
[belo] designa o belo referido a objetos produzidos com arte, tekné [téchnê], 
assim como a pessoas humanas ou divinas, animais e natureza. No poema 
homérico [Ilíada] os objetos belos, bem-feitos – como as armas – cumprem 
quase sempre uma função utilitária.
4 Explique a origem da tragédia.
R.: Existem dois tipos de tragédia: 1) aquela tragédia do dia a dia, como 
acidentes ou quando doenças incuráveis aparecem; 2) a tragédia como gênero 
artístico, como peça teatral. As peças teatrais trágicas surgiram na Grécia 
antiga para contar as grandes tragédias dos grandes homens. As peças de 
teatro contavam as tragédias diárias dos heróis, reis, deuses. A partir de 
Brandão temos as definições técnicas do assunto. O gênero trágico quase 
não é apresentado hoje em dia.
A história da tragédia grega começa com a mitologia, a partir do deus do 
vinho. Os adeptos do deus do vinho, por ocasião das festas em sua honra, 
dançavam e cantavam disfarçados de sátiros, que eram concebidos pela 
imaginação popular como “homens-bodes”. Teria nascido assim o vocábulo 
tragédia: “tragoidía” = “tragos”, bode + “oidé”, canto + “ia”, donde o latim 
tragoedia e o nosso tragédia. 
Existem outras versões para a composição deste termo, mas a maioria está 
ligada à ideia de homens-bodes e de canto. Há relatos de sacrifícios que 
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eram feitos ao deus. Sacrificava-se, por ocasião daquelas festas religiosas, 
um bode ao deus. Para o nosso caso o que importa é a origem da palavra e o 
que ela significa em termos estéticos. A origem da tragédia está na desmedida 
cometida por ocasião das festas em homenagem ao deus Dionísio. Entrar em 
desmedida é pretender sair da condição de humano e alcançar a imortalidade 
divina, como se acreditava ser possível em quase todas as religiões antigas. 
Aquela orgulhosa pretensão de imortalidade frente aos deuses era punidapor intermédio da ação de alguma divindade e constava de algum desastre 
público ou privado. 
TÓPICO 3
1 Explique a circularidade relativa ao trinômio: arte, obra e artista.
R.: De acordo com Heidegger, segundo a compreensão normal, a obra surge 
a partir e através da atividade do artista. Mas por meio e a partir de que é 
que o artista é o que é? Através da obra; pois é pela obra que se conhece o 
artista, ou seja: a obra é que primeiro faz aparecer o artista como um mestre 
da arte. O artista é a origem da obra. A obra é a origem do artista. Nenhum é 
sem o outro. E, todavia, nenhum dos dois se sustenta isoladamente. Artista 
e obra são, em si mesmos, e na sua relação recíproca, graças a um terceiro, 
que é o primeiro, a saber, graças àquilo a que o artista e a obra de arte vão 
buscar o seu nome, graças à arte.
2 Quando e como surge a disciplina de Estética?
R.: A disciplina de Estética surge no século XVII, mais precisamente em 
1750, com a publicação do livro de Alexander Baumgarten denominado: 
Aesthetica – a Lógica da Arte e do Poema. Poucas disciplinas têm o privilégio 
de possuir uma data de nascimento, como é o caso da Estética. Porém, as 
discussões sobre a arte não iniciaram, obviamente, na Modernidade, mas 
neste período histórico, por razões político-econômicas bem específicas, 
houve uma espécie de síntese das discussões sob o rótulo de Estética, 
especificamente na Alemanha. A preocupação fundamental de Baumgarten, 
que é alemão, parece ter sido a de distinguir o conhecimento intelectual do 
conhecimento sensitivo. De certa maneira, aquilo de que Baumgarten trata 
é o de um discurso da sensibilidade, da sensualidade.
3 Explique os conceitos de “mostração” e demonstração.
R.: A ideia de “mostração” está ligada ao aparecer da arte. Uma obra de arte 
mostra alguma coisa. Agora, quando alguém escreve um tratado sobre a 
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obra de arte, aí o escritor precisa “demonstrar”, dar uma explicação através 
de argumentos racionais e justificáveis publicamente. Não basta dizer “não 
gostei”, é preciso explicar porque não gostou e também que, apesar de o 
autor não ter gostado de uma determinada obra de arte, não significa que 
ela não seja obra de arte. 
A arte mostra uma história. Narra uma história. Um poema, um romance são 
coisas escritas, mas, mesmo assim, não são tratados sobre arte, são obras 
de arte que contam uma história. 
4 Explique o que são valores estéticos.
R.: Todos nós sabemos que as categorias estéticas como belo, feio, sublime 
e trágico, por exemplo, não se restringem às artes. Todas as manifestações 
da criatividade humana são perpassadas por valores estéticos. Os valores 
estéticos não são a mesma coisa que os valores morais ou financeiros.
Os valores estéticos são resultantes da atividade formadora da ação humana. 
Dar forma à matéria é a condição necessária para que se alcance um 
determinado valor estético. Estes valores não são necessariamente artísticos. 
Os valores estéticos inerentes às obras de arte são mais específicos. O mais 
conhecido de todos é o do belo. Mas, além disso, cada arte tem a sua própria 
teoria e a sua própria poética. Para fundamentar estas explicações cito o livro 
Os Problemas da Estética, de Pareyson (1984, p. 22-23).
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 No que se baseia o Neoclassicismo?
R.: O Neoclassicismo é uma corrente artística cujos princípios poéticos são 
prioritariamente racionais e figurativos. Os artistas neoclássicos supõem que 
esta mesma racionalidade figurativa já se encontrava presente nas grandes 
obras da antiguidade clássica. Por isso, os artistas do período considerado por 
volta da Revolução Francesa e já mesmo antes dela, trabalham com aquela 
ideia de se encontrar na antiguidade greco-romana o modelo ideal de arte. 
Mas não se trata de uma mera cópia. Eles buscavam as ideias de Democracia 
Grega e de República Romana, cujos traços imaginavam encontrar na 
racionalidade da arte clássica. Neoclássico significa novo clássico.
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2 Qual é a característica principal do Academicismo?
R.: O Academicismo vem de arte acadêmica. As academias tinham por 
finalidade precípua a instrução dada aos novos candidatos a artistas. 
Alguns afirmam, porém, que estas academias destinavam-se ao ensino 
profissionalizante em geral, cujos métodos eram aplicáveis também ao 
ensino das artes servis e não somente às chamadas belas artes. Outros 
são mais específicos e afirmam que a origem da expressão academia ou 
do ensino da arte acadêmica teve origem com a fundação da Academia 
Real de Pintura e Escultura no ano de 1648, em França. Consta dos livros 
de História da Arte que Charles Le Brun, à frente de alguns pintores, fundou 
a primeira academia de artes destinada às belas artes. O modo de operar 
desta academia baseava-se numa rígida organização pedagógica cujos 
procedimentos eram sistemáticos, hierarquizados e ortodoxos. Isto significa 
o seguinte: havia uma proposta didática com vistas ao ensino, este ensino 
obedecia a regras objetivas organizadas em sistemas e técnicas de ensino e 
aprendizagem, e, principalmente, baseadas numa poética considerada certa 
ou correta, por isso ortodoxa. Ao que consta, o pressuposto principal de sua 
poética era a busca do belo absoluto, do belo ideal.
Como em tudo, aqui também existe o outro lado da moeda. As academias, 
de maneira geral, são responsabilizadas pelo engessamento da arte, 
pela produção de modelos rígidos tal como se anuncia na sua forma de 
organização interna. Porém, do candidato a artista era exigida uma sólida 
formação intelectual, ou seja, precisava conhecer a cultura de um ponto de 
vista histórico, além de aprender, de maneira exemplar, as técnicas das artes. 
3 No que consiste a ambivalência do Romantismo?
R.: Dentro do Romantismo havia duas correntes estéticas. Uma de caráter 
mais místico e religioso, que defendia que a arte deveria revelar a essência 
da religião, e outra, de caráter mais racional, que se ligava, em parte, ao 
Iluminismo. Em todo caso, a Arte Romântica tinha um caráter idealista. 
De certa maneira, defendia ainda a aristocracia alemã, mas ao mesmo 
tempo preconizava a liberdade de expressão estética. Ora, a liberdade de 
expressão somente é possível numa democracia. Por isso que o Romantismo 
é contraditório ou ambivalente. 
O Romantismo busca a sua afirmação por intermédio do apelo ao 
suprarracional, ao transcendente, ao divino, naquilo que está, portanto, fora 
do mundo. Com isso retomam alguns aspectos da Idade Média e recolocam 
a divindade cristã como medida das coisas e o gótico como o seu modelo 
de Arte.
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4 Explique as principais características do Modernismo.
R.: Este resumo copiado de Argan, e devidamente citado, resume bem a 
resposta a esta pergunta. Sob o termo genérico Modernismo resumem-se 
as correntes artísticas que, na última década do século XIX e na primeira 
do século XX, propõem-se a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço 
progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial. São comuns às 
tendências modernistas: 1) a deliberação de fazer uma arte em conformidade 
com a sua época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na 
temática como no estilo; 2) o desejo de diminuir a distância entre as artes 
“maiores” (arquitetura, pintura e escultura) e as “aplicações” aos diversos 
campos da produção econômica (construção civil corrente, decoração, 
vestuário etc.): 3) a busca de uma funcionalidade decorativa; 4) a aspiração a 
um estilo ou linguagem internacional ou europeia; 5) o esforço em interpretar 
a espiritualidade que se dizia (com um pouco de ingenuidade e um pouco 
de hipocrisia) inspirar e redimir o industrialismo. Por isso, mesclam-se 
nas correntes modernistas, muitas vezes de maneira confusa, motivos 
materialistas e espiritualistas, técnico-científicos e alegórico-poéticos, 
humanitários e sociais. Porvolta de 1910, quando ao entusiasmo pelo 
progresso industrial sucede-se a consciência da transformação em curso 
nas próprias estruturas da vida e da atividade social, formar-se-ão no interior 
do Modernismo as vanguardas artísticas preocupadas não mais apenas em 
modernizar ou atualizar, e sim em revolucionar radicalmente as modalidades 
e finalidades da arte.
TÓPICO 2
1 O que é um juízo estético?
R.: Um juízo estético é um enunciado sobre a apreciação estética da obra 
de arte. Quando aludi, na Unidade 1, ao problema da mostração e da 
demonstração, eu praticamente respondi esta pergunta. Porém, como esta é 
uma questão central na diferenciação entre a coisa estética, a obra enquanto 
obra, e aquilo que se pensa da obra, resolvi refazer esta pergunta. Um juízo 
estético é uma teoria que se tem sobre a obra de arte, é um enunciado, um 
tratado racional que se faz. Ou seja, a gente diz o que uma obra de arte é.
O juízo estético é a opinião que se enuncia sobre a experiência estética, sobre 
a obra de arte, como acabei de fazer agora. Muito embora a minha opinião não 
esteja ainda suficientemente justificada, ela é um exemplo de juízo estético, 
pois estou explicando de modo racional e demonstrativo um pouco daquilo 
que penso sobre o prazer estético. Obviamente, o que penso foi retirado da 
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literatura especializada, e apesar de não ter feito nenhuma citação específica, 
por detrás do meu discurso, do meu juízo estético, encontram-se diversos 
autores lidos e estudados.
2 De que depende a experiência estética? 
R.: Em princípio todo objeto é estético, pois a experiência estética só acontece 
na relação de um sujeito que aprecia esteticamente um objeto que tem 
qualidades estéticas. Costumo chamar a experiência estética de vivência 
estética. A experiência estética é uma vivência como poucas podem ser, pois 
ela depende de um objeto com valores estéticos específicos. A experiência 
estética, no entanto, não é um estado de delírio ou qualquer coisa parecida. É a 
relação de fruição, de prazer ou desprazer que estabelecemos com um objeto.
3 Para Dufrenne, o que são valores?
R.: De acordo com Dufrenne, o fato de existirmos como “seres no mundo” 
implica a produção de valores, não somente no sentido de que nós procuramos 
valores, pois, segundo ele, os valores são aqueles que são encontrados. 
Ontologicamente um valor é aquilo que é, isto é, um valor existe, porém é 
uma estranha noção de valor, é como se um valor já existisse no mundo antes 
da existência, da ação e do pensamento humanos.
Dufrenne afirma que há “uma exigência de valor na vida. O valor não é só o 
que se procura. É aquilo que é encontrado. O valor é ser. O objeto – porque 
é valor – se afirma e persevera no seu ser. Há seis tipos diferentes de 
valores: o útil, o agradável, o amável, o verdadeiro, o bom e o belo. Cada qual 
corresponde a modos específicos da intencionalidade e o conjunto abarca o 
campo das relações do objeto com o sujeito”.
4 Para o estruturalismo, a arte tem alguma importância?
R.: Neste resumo existe uma resposta positiva. Alguns pensadores 
estruturalistas apontaram coisas importantes sobre o que representa a arte. 
Um deles foi Lévi-Strauss, que, nas palavras de Rocha, apresenta uma coisa 
muito importante que pode, conforme penso, ser analisada de outra maneira, 
mesmo que não completamente conforme aos seus postulados. No início 
deste Caderno de Estudos escrevi que uma obra de arte conta ou mostra uma 
história e que esta mostração ou narração é constituinte importante da poética 
artística, ou seja, a fruição estética se relaciona diretamente com a história 
mostrada ou narrada. Pois bem, conforme você leu na citação feita, o mito 
conta uma história, “elabora estruturas a partir de acontecimentos”. A Arte, 
por seu turno, faz o percurso inverso: “a arte reúne a ordem da estrutura e a 
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ordem do acontecimento”. Mas, como na Arte se resolvem os acontecimentos 
numa estrutura de totalidade, parece-me perfeitamente possível afirmar que, 
mesmo no Estruturalismo, a Arte conta uma história. Mostrarei a seguir como isto 
se realiza. Para tanto cito mais algumas frases de Rocha (1994, p. 385): “Qual 
é, porém, a natureza específica desse objeto material, realizado pelo artista? 
É, antes de mais e, sobretudo, a de um modelo reduzido”. Ora, neste sentido 
de a Arte ser um modelo reduzido da totalidade, ela deve conter a estrutura 
do todo em sua totalidade reduzida; assim sendo, a Arte pode se prestar ao 
conhecimento, mas, mesmo assim, devido ao fato de ela não ter como primazia 
o conhecimento, ela continua prioritariamente um objeto estético.
TÓPICO 3
1 No que consiste a pós-modernidade?
R.: A chamada Pós-modernidade é uma espécie de movimento de protesto 
contra a racionalidade da Modernidade. A Pós-modernidade, segundo Lyotard, 
aparece como categoria de análise nos Estados Unidos. Cito o seguinte trecho 
do livro O Pós-modernismo, de Lyotard (1986, p, XV): “A palavra [pós-moderno] 
é usada, no continente americano, por sociólogos e críticos. Designa o estado 
da cultura após as transformações que afetaram as regras dos jogos da ciência, 
da literatura e das artes a partir do final do século XIX”. Em verdade, Lyotard 
não pretendia estabelecer um critério de crítica à Modernidade, queria rever 
alguns de seus supostos, mas a moda e outros motivos, como a desilusão 
causada pelas promessas não cumpridas da Modernidade, resultaram num 
protesto sistemático, sob o rótulo de desconstrução. 
2 Quais são as características principais do aparelho fotográfico?
R.: O aparelho fotográfico tem como característica principal produzir imagens 
técnicas. Ele contém um programa que ao ser executado produz imagens 
cujo modo de ser é decorrente do programa preexistente no aparelho. Se 
o programa é em branco e preto, as fotos serão em branco e preto. É um 
aparelho relativamente simples, mas que se encontra na base de todos os 
aparelhos contemporâneos por causa de sua característica inovadora: o 
de estar programado para produzir imagens automaticamente. A imagem 
produzida não é um bem de consumo, mas é informação.
3 Quais são as bases técnicas da indústria cultural?
R.: As bases técnicas da indústria cultural são efetivamente os aparelhos 
cujo protótipo é o aparelho fotográfico. Desde a invenção da litografia, em 
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1796, até os mais avançados computadores, são inventados constantemente 
novos aparelhos técnicos destinados a produzir cada vez mais informação. 
Consequentemente, os aparelhos técnicos que produzem informação 
constituem a base da indústria cultural, que é essencialmente produtora de 
informação.
4 O que a indústria cultural produz?
R.: A indústria cultural produz informação em forma de mercadoria, não 
em forma de arte. Produtos, artigos de consumo rápido para a diversão, o 
entretenimento. De uma maneira geral, pode-se dizer que a indústria cultural 
tem por objetivo ideológico manter a cabeça das pessoas ocupadas com 
passatempos banais, com novelas, filmes, jogos eletrônicos e produtos 
similares. Ao mesmo tempo, faz propaganda de si mesma e os consumidores 
pagam pela própria propaganda embutida nos produtos.
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Explique o que é a disciplina de Ética e qual é a sua função ou 
importância.
R.: A disciplina de Ética é filosófica. Ela tem origem na Grécia com os 
filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. O campo semântico dos termos que 
a compõem está ligado às palavras éthos e êthos (costumes das pessoas 
relacionados ao lugar onde elas vivem) e da palavra hábito, aquilo que a gente 
faz habitualmente, mas não obrigatoriamente ou por natureza. A palavra Moral, 
que é latina, é muito parecida com a palavra ética, no seu significado. Mas 
prevaleceu, no Ocidente, a palavra Ética para definir a disciplina filosófica 
que estuda criticamente o comportamento humano.2 Como Sócrates chegou à noção de conceito aplicável à Ética?
R.: Sócrates observou aquilo que os geômetras faziam. Eles percebiam que 
na natureza existem muitas formas geométricas, como as triangulares, as 
quadradas, as cilíndricas e milhares de outras. Com estas formas particulares 
não é possível trabalhar cientificamente. Os geômetras reduziram, então, 
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estas múltiplas formas em algumas figuras elementares, abstratas e, ao 
explicarem o que eram, davam a “razão delas”, davam a sua definição, o seu 
lógos, e isto é o conceito. O conceito é aquilo que define teoricamente uma 
coisa empírica, como uma folha triangular que existe na natureza. Sócrates 
estudou isso e lhe ocorreu aplicar a ideia desenvolvida pelos geômetras ao 
estudo das ações e dos comportamentos humanos. Porque de outro modo 
não havia como definir conceitualmente as coisas relativas ao modo de agir 
e de ser dos humanos. Ter uma ideia dessas coisas. A partir da aplicação 
do método dos geômetras ao estudo do comportamento humano, Sócrates 
pôde estabelecer, por exemplo, os conceitos de justiça, coragem, temperança, 
bondade, maldade, beleza, fealdade e assim por diante. Foi possível dizer o 
que é o certo, o errado, o belo, o feio e em relação a quê. 
3 O que é ética antropocêntrica?
R.: A ética antropocêntrica tem o homem como ponto de partida, como centro. 
Diz-se antropocêntrica por oposição às éticas baseadas no deus Destino ou em 
outras divindades, como a divindade cristã, por exemplo. Uma ética baseada 
numa divindade, como a cristã, é teocêntrica. Tem o deus como centro, como 
fundamento. O deus é quem revela o que se deve fazer. Uma ética teocêntrica 
é sempre normativa, é um mandamento, como consta dos Dez Mandamentos 
da religião cristã, mas que foram elaborados no tempo de Moisés. A ética 
antropocêntrica, portanto, se caracteriza pela análise das ações humanas, e 
nestas ações se busca o seu fundamento. Nesta Ética é possível a crítica e 
a discordância. Estas éticas, as antropocêntricas, não são fundamentalistas, 
são racionalistas ou baseadas na práxis humana. As éticas teocêntricas são 
fundamentalistas, elas têm um fundamento último e irrevogável.
TÓPICO 2
1 Quais são as características da ética de Kant?
R.: A Ética em Kant é formalista. Ele quer encontrar uma lei necessária 
universal para estabelecer a obediência à lei moral. Por ser formalista, ela não 
apresenta, em tese, um conteúdo empírico. O seu formalismo se expressa no 
imperativo categórico: “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa 
valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”. 
É isto que caracteriza o seu formalismo: fornecer a fórmula para agir, pois 
Kant não pretendeu dizer às pessoas o que elas deviam fazer, mas a partir 
de que princípios deviam agir. Trata-se do seguinte: a vontade deve agir sob 
o controle da razão, só assim ela pode determinar o desejo de obedecer à 
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lei moral. A lei moral seria necessária assim como o são as leis da natureza 
determinadas pela física e pela matemática.
2 Qual é o fundamento do sistema hegeliano relativamente à Eticidade 
e à Estética?
R.: O fundamento último do sistema absoluto é o Deus cristão, que é o 
Espírito Absoluto. Dentro do sistema se encontra tudo o que a cultura humana 
produziu. Cada campo do conhecimento, incluindo a Ética e a Estética. É a 
ideia que se desenvolve através de contradições dialéticas, até chegar ao 
Espírito Absoluto. A eticidade é o agir moral das pessoas. Elas agem por 
intermédio da família, das instituições civis em geral e do Estado. 
3 O que Schiller propõe com as suas Cartas?
R.: A solução dos problemas político-existenciais de seu tempo por intermédio 
da educação estética. Ele pretendia que a beleza, por ser sociável, fosse 
capaz de resolver os conflitos entre classes divergentes. A educação estética 
seria uma espécie de reforma da humanidade através do apelo ao belo que 
lhe parecia universal, isto é, uma aptidão que todos têm de apreciar o que é 
belo. Mas, como a maioria da população não tinha educação geral, quanto 
mais estética, a maioria era de pessoas rudes que precisava ser instruída 
e educada pela beleza a fim de que aprendesse a apreciar e fruir do que é 
belo, isto é, da arte.
TÓPICO 3
1 Qual é a finalidade da Arte no sistema de Hegel?
R.: A Arte tem por função exprimir a Ideia de forma sensível. A Ideia é a 
manifestação do Espírito Absoluto, que encontra na Arte a possibilidade mais 
adequada de sua expressão, enquanto um aparecer do belo. A Arte tem três 
momentos: A arte simbólica, quando a Ideia ainda não havia alcançado um 
grau de desenvolvimento suficiente. Em função disso, há um desequilíbrio 
entre forma e conteúdo, isto é, entre matéria e Ideia, relativamente à sua 
expressão sensível. Esta seria a arte dos povos do Oriente.
A Arte clássica corresponde à arte grega, na qual matéria e Ideia alcançam 
um equilíbrio perfeito. 
A Arte Romântica ou Cristã é a Arte mais elevada, embora nela haja um 
excesso de Ideia relativamente à matéria. Esse desequilíbrio, porém, em 
vez de atrapalhar, ajuda, porque o que importa é a Manifestação da Ideia 
rumo ao Absoluto.
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2 O que Marx pretende com a sua noção de Ética?
R.: A pretensão de Marx, bem como a de Engels, é a da emancipação do 
homem através da superação dos tipos de moral de classe. Nesse caso, 
o próprio proletariado (a classe dos trabalhadores) teria de superar a sua 
noção de moral de classe e assumir a moral universal que existisse depois 
da transição do capitalismo para o socialismo. Até agora não ocorreu essa 
passagem, portanto as visões de mundo que implicam uma ética, uma moral, 
continuam sendo particulares, isto é, cada classe possui a sua e pretende 
que ela seja universal.
3 Quais são as pretensões estéticas de Marx?
R.: As pretensões estéticas de Marx estão ligadas às suas posições políticas 
e éticas. Uma não existe sem a outra. O que está na base desta posição 
estética é a reunificação entre forma e conteúdo no sentido de reunir, no 
corpo, sensibilidade e razão. Esta tentativa fora feita por Baumgarten, por 
Schiller e outros, porém, tais propostas estavam sempre dependentes ou de 
postulados divinos ou de algum idealismo inalcançável. Não se está afirmando 
que no fundo a posição de Marx não seja também idealista em algum sentido, 
mas pelo menos ele parte daquilo que podemos chamar do elemento vital 
de toda proposta: o corpo humano. É preciso levar em conta que a maioria 
das propostas idealistas divide a sociedade em duas.

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