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Vivianne Beatriz – Medicina ufal Doença heterogênea, caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas. É definida pela história de sintomas respiratórios: Sibilância, falta de ar, aperto no peito e tosse, que variam ao longo do tempo e intensidade, levando a uma limitação variável ao fluxo aéreo. O processo inflamatório (mediado por mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos, células epiteliais, células musculares lisas, endotélio, fibroblastos, nervos, quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina e óxido nítrico) resulta em manifestações clínico-funcionais da doença; O estreitamento brônquico intermitente e reversível é causado pela contração do musculo liso brônquico, edema de mucosa e hipersecreção mucosa; A inflamação crônica da asma exige um ciclo contínuo de agressão e reparo, podendo levar a alterações estruturais irreversíveis (remodelamento das vias aéreas). As interleucinas envolvidas nesse processo são: IL-4, 5, 9 e 13; Endótipo T2: relacionado com eosinófilos (quadro alérgico) e ao IgE (via TH2); Endótipo não T2: mais relacionada com os neutrófilos; QUADRO CLÍNICO Sibilos, dispneia e tosse; Sintomas podem piorar a noite, levando o paciente a acordar; O muco em geral é espesso e difícil de expectorar; Pode haver hiperventilação e utilização dos músculos acessórios da respiração; Os sinais físicos são principalmente expiratórios: roncos difusos pelo tórax e hiperinsuflação em alguns casos; A maioria dos fenótipos de sibilância na primeira década de vida é vírus-induzido; Até 80% dos pacientes com asma apresentam também rinite alérgica: processo inflamatório comum! Pode complicar o manejo da asma. Pacientes com rinite persistente devem ser avaliados para asma, e vice-versa; A estratégia de tratamento combinada pode melhorar a eficácia e garantir mais segurança. DIAGNÓSTICO ➢ ESPIROMETRIA: espera-se a presença de distúrbio ventilatório obstrutivo (relação Volume Expiratório Forçado no 1º segundo – Capacidade Vital Forçada – VEF1-CVF < 0,75), que desaparece ou melhora significativamente após o broncodilatador; A resposta ao broncodilatador é considerada significativa e indicativa de asma quando o VEF1 aumenta, pelo menos, 200ml e 12% de seu valor pré-broncodilatador, OU, 200ml de seu valor pré broncodilatador e 7% do valor previsto; ➢ Uma espirometria normal não exclui asma! ➢ HIPERRESPONSIVIDADE DAS VIAS AÉREAS: pode ser medida através da inalação de broncoconstritores (metacolina, carbacol e histamina), ou testada através do teste de broncoprovocação por exercício; raramente é útil na prática clínica; ➢ MEDIDAS SERIADAS DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE); Vivianne Beatriz – Medicina ufal MANEJO DO PACIENTE ASMÁTICO Controle da asma: avaliar o controle dos sintomas durante as últimas 4 semanas; avaliar os fatores de risco de resultados insatisfatórios; Questões relacionadas ao tratamento: verificar técnica de uso do inalador e adesão ao tratamento; efeitos colaterais; Comorbidades: considerar rinossinusite, obesidade, apneia obstrutiva do sono, depressão, ansiedade. TRATAMENTO ADULTO: Passo 1 Controle: dose baixa de corticosteroide inalatório (ex: beclometasona ou budesonida) + b2 agonista de longa duração (formoterol) sempre que necessário; Dose baixa de CI + B2 de curta (salbutamol); Resgate: sempre que precisar, dose baixa de CI + b2 agonista de longa duração Passo 2 Dose baixa diária de CI OU, sempre que necessário, dose baixa de CI-formoterol; Resgate: sempre que precisar, dose baixa de CI + b2 agonista de longa duração Passo 3 Dose baixa diária de CI + B2 de longa duração, ou dose média de CI; Resgate: sempre que precisar, dose baixa de CI + b2 agonista de longa duração. Passo 4 Dose média de CI + B2 de longa duração, ou dose alta de CI + tiotrópio Resgate: sempre que precisar, dose baixa de CI + b2 agonista de longa duração. Passo 5 Dose alta de CI + B2 de longa duração, acrescentar tiotrópio ou anti-IgE, OU corticosteroide oral (considerar efeitos adversos) (prednisona ou metilprednisona); Resgate: sempre que precisar, dose baixa de CI + b2 agonista de longa duração. Associações: Salmeterol + Flucatisona; Formoterol + Budesonida. CRIANÇA (6-11) Passo 1 Dose baixa de CI quando tomar B2 de curta duração (salbutamol inalatório); Passo 2 Dose baixa diária de CI ou antagonista dos leucotrienos (montelucaste); Passo 3 Dose baixa de CI + B2 de longa Passo 4 Dose média de CI + B2 de longa Passo 5 Anti-IgE e pesquisa fenotípica