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Faculdade Cathedral Professor: Mauro Jose do Nascimento Campello Acadêmico: André Filiphe Oliveira Almeida TURMA: 1B RA:45430 Teoria Geral do Direito Resumo do livro “O que é evolução do direito” 18/09/2020 Boa Vista/RR Faculdade Cathedral Professor: Mauro Jose do Nascimento Campello Acadêmico: André Filiphe Oliveira Almeida TURMA: 1B RA:45430 Teoria Geral do Direito Resumo do livro “O que é evolução do direito” Trabalho apresentado ao professor Mauro Campello da disciplina de TEORIA GERAL DO DIREITO da turma 1B Noturno do curso de DIREITO 18/09/2020 Boa Vista/RR SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................04 EVOLUÇÃO DO DIREITO..................................................................................................04 PENSAMENTO JURÍDICO..................................................................................................05 DEFINIÇÃO DE DIREITO...................................................................................................06 FONTES, OBJETO E FOCO DO DIREITO.......................................................................06 PRINCISPIOS GERAIS DO DIREITO...............................................................................07 RAMOS DO DIREITO, NORMAS JURÍDICAS E APLICAÇÃO DO DIREITO..........07 ESTRUTURA JURÍDICA BRASILEIRA............................................................................07 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL: REALISMO DE RESULTADO....................................08 CONCLUSÃO.........................................................................................................................08 REFERÊNCIAS......................................................................................................................09 4 Resumo do livro “O que é evolução do direito” INTRODUÇÃO O livro “O que é evolução do direito” de Gustavo Contrucci, trata de ideias acerca da ciência jurídica, como o que é direito e sua evolução, passando pela definição de fontes, objeto de estudo e objetivos a serem alcançados, e explana sobre os seus ramos, as normas jurídicas e a aplicação do direito no Brasil. Contrucci começa o livro dizendo que antes de nos atermos a questões de práticas do direito e de exercitarmos o pensamento crítico nós precisamos abstrair coisas básicas para desembocar em uma capacidade crítica como, por exemplo, termos a ideia do que é direito, e sabermos como se dá o seu surgimento, quais são os seus objetos e objetivos. Logo em seguida ele dá dois exemplos práticos para mostrar o direito como ferramenta de composição dos conflitos sociais, e depois expõe o direito mostrando como a sua composição é feita através de contribuições conjuntas de vários povos no curso da história da humanidade, e a universalização do direito, citando que os sistemas jurídicos estão cada vez mais sendo influenciados pela massificação de culturas, informações e comércio causada pelo processo de globalização, e os tratados internacionais que se propõem a uma unidade de padrões de conduta que integrem cada vez mais as culturas, para que haja garantias até para pessoas que ainda não nasceram. EVOLUÇÃO DO DIREITO Em “Evolução do direito” o autor começa falando com suas palavras que há várias acepções de direito, citando três destas que são: o direito como ciência; como um conjunto de disciplinas jurídicas na carreira universitária; e o direito que uma pessoa tem em relação a outra em determinadas situações, mas dando maior ênfase ao direito como ciência, pois em sua visão esse saber é científico por ter suas próprias metodologias, linguagens, autonomia e interação com outros ramos científicos. Segundo o autor o direito é a contemplação da natureza humana, sua interação, e o estudo dos aspectos históricos e psicológicos de uma cultura e seu sistema. Com relação a algumas ciências há uma diferença: o direito está sempre atrelado ao espaço, ao tempo e a uma cultura predeterminados. Ainda que o direito comparado 5 seja imprescindível para o aprimoramento da própria ciência do direito, o direito não consegue se dissociar de espaço, tempo e cultura, por isso não há só um direito no mundo todo, porque ele se adapta, aliás, ele advém das culturas e normas de conduta de cada povo, a fim de atender aos seus anseios por pacificação de possíveis conflitos, apesar de que há países em que o direito é baseado nos costumes, chamados common law (como EUA e Inglaterra), e os de direito escrito, como o Brasil e a Itália., além dos de direito patriarcal, como o Japão, de direito socialista, como a China, e de religioso, como na Arábia Saudita. Apesar de ser resultado de um pensamento/lógica universal, o direito não pode ultrapassar os limites de espaço, tempo e cultura, porque os limites de suas estão atrelados às questões geopolíticas, que são particulares de cada lugar, e não é imutável porque tem que estar em conformidade com o contexto histórico, as normas de conduta e com as mudanças econômicas e culturais, que acontecem. Por fim o autor cita a definição de direito de Miguel Reale, que é chamada tridimensional, e se baseia em três dimensões: o fato, o valor e a norma. Para ele, o aspecto normativo do direito estaria na regra jurídica; o fato seriam os acontecimentos do dia a dia que a norma, escrita ou consuetudinária, descreveria; e o valor seria a análise dos fatos de cada situação e sua aplicação, ou não, à norma. No valor está incluído o elemento humano, tanto quando da elaboração da norma, como na sua aplicação. PENSAMENTO JURÍDICO Segundo o autor, o pensamento jurídico é dividido atualmente em duas vertentes: o direito positivista, e o direito naturalista. Em resumo os positivistas dizem que o direito começa a partir da regra e criticam os naturalistas por eles acreditarem que existe direito sem norma; os naturalistas acreditam que o direito existe antes da norma (regra), e criticam os positivistas por darem tanta importância à norma. O precursor dos positivistas é Hans Kelsen, que acreditava que o direito parte de uma norma fundamental, e desta decorrem as outras normas, e que o direito é criado pelo poder constituinte originário. Já para os naturalistas o poder constituinte tem que se relacionar com as regras de cultura e norma (não escritas) básicas já existentes no dia a dia de um certo lugar em um determinado período de tempo, para que estas regras de convívio social 6 (morais), sejam transformadas, ou ao menos levadas em conta na formulação das regras. Segundo o autor o direito não deve ser um misto das ideias positivistas com as naturalistas, mas sim tem de decorrer de um pensamento utilitário constantemente evolutivo, declarativo ou criativo, de padrões de conduta adequados a certo tempo, espaço e cultura. DEFINIÇÃO DE DIREITO Aqui vemos que a principal característica do direito deve ser o seu aspecto prático tanto em sua construção como em sua aplicação, portanto as leis devem ser claras as escritas, e as não escritas (a interpretação da norma por um juiz para garantir a equidade em sua decisão, por exemplo) devem garantir que haja justiça. Os objetivos do direito, em sua totalidade devem ser os de assegurar a harmonia no convívio da sociedade, definir e garantir os limites de conduta e fazer valer a coerção quando os limites estabelecidos em lei forem extrapolados. Apesar do aspecto prático o direito deve levar em conta as regras de conduta já estabelecidas na sociedade (cultura), e por isso não deve ser meramente um instrumento para punir ou para recompensar, pelo fato de que as pessoas já tem a noção do que podem ou não fazer, de certo ou errado, pelo que já é acordado nasociedade, também chamado de bom senso, as leis devem ter legitimidade. FONTES, OBJETO E FOCO DO DIREITO Segundo o texto há duas fontes do direito que ocorrem mais comumente, no Brasil, por exemplo, o direito escrito é a maior fonte, já em países como o Reino Unido, a fonte é mais elaborada com a jurisprudência, mas nas duas situações acontece uma aproximação desses dois tipos de fonte, já que o Brasil tem aumentado a importância das jurisprudências e no Reino Unido, o número de statutes (regras escritas) tem aumentado bastante com o objetivo de fazer um avanço na evolução jurisprudencial. A hierarquia do sistema jurídico brasileiro começa com, a constituição, em seguida vêm as leis complementares, as leis ordinárias, os decretos-leis e as medidas provisórias, e caso haja a supressão de leis, temos por ordem, como fonte de direito, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. 7 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO As jurisprudências estão cada vez mais ganhando importância. É o caso das súmulas vinculantes dos tribunais, que designam que quando há decisões de tribunais para os quais não cabem mais recursos, segue-se uma tendência a que as decisões de matérias semelhantes no futuro devam seguir um ordenamento semelhante, e isso denota a evolução prática do direito, pois cada tribunal tem a sua maneira de apreciação (interpretação), mas sempre sob o ordenamento da constituição federal. Segundo o autor o direito tem por objeto aumentar a fruição de efetividade e realização e sempre deve servir como um meio de efetivação da justiça. RAMOS DO DIREITO, NORMAS JURÍDICAS E APLICAÇÃO DO DIREITO O direito pode ser dividido em vários ramos, mas o autor destaca os mais importantes que são: - Direito civil: Que tem por objetivo regular as relações de pessoas jurídicas ou físicas, contratos, questões de posso e propriedade, casamento, divórcio, guarda da prole, etc. - Direito penal: Que visa regular as condutas a fim de prevalecer a paz social, e aplicar ações penais a quem ferir as leis e normas de conduta, desestabilizando essa paz social. - Direito administrativo: Que se propõe a regular a formação e administração das instituições públicas, as relações públicas e dos órgãos públicos com seus funcionários, e as eleições, etc. - Direito do trabalho: Cabe a este regular as relações de trabalho (CLT). - Direito bancário: Responsabiliza-se por regular as relações entre instituições financeiras, também entre estas e seus clientes, as taxas de juros, as movimentações monetárias, etc. ESTRUTURA JURÍDICA BRASILEIRA A estrutura jurídica brasileira é erguida a partir da constituição federal, mas há também as leis estaduais e municipais. 8 Na estrutura hierárquica das instituições da justiça brasileira temos respectivamente: o Supremo Tribunal Federal (STF), ao lado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como autoridades máximas, seguidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TSE e o TST possuem abaixo de si os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e Trabalhistas (TRT), já o STJ é superior aos Tribunais de Justiça (TJ) e aos Tribunais Regionais Federais (TRF). PRINCÍPIO FUNDAMENTAL: REALISMO DE RESULTADO O autor começa relembrando a sua definição de direito, que é um apanhado de normas que evoluem ao logo do tempo em determinados lugares e contextos culturais de forma a ser prática e útil para pacificar os conflitos e prevenir os confrontos sociais, valendo-se da coercibilidade para conquistar a legitimidade e assim efetivar a justiça e o padrão de conduta de uma cultura. Contrucci explicita o realismo de resultado fazendo uma crítica ao direito quando este não visa atingir resultados práticos para harmonizar a convivência entre os homens, pois o homem é o fim último do direito, não o homem em si, mas a paz no convívio social entre os homens. Gustavo Contrucci ainda define o princípio fundamental, realismo de resultado dizendo que “o direito tem de estar conectado com a realidade, com a cultura e com a justiça.”, não deve ser desconectado do que se passa no dia a dia, mas levar em conta o contexto social. CONCLUSÃO O livro traz de forma sintética o que há de importante na introdução ao estudo do direito, e o que se pode concluir é que o direito está em constante evolução e assim deve continuar andando em consonância com o contexto cultural de cada lugar em particular, pois deve ter como objetivo garantir que nós que vivemos hoje e as futuras gerações tenham uma vivência harmoniosa, pacificada e justa, tanto nas relações nacionais quanto no plano internacional. 9 REFERÊNCIAS CONTRUCCI, G. O QUE É EVOLUÇÃO DO DIREITO. Pinheiros – São Paulo: Editora Brasiliense, 2010.
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