Buscar

Princípios do Direito internacional Público

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Princípios Gerais do Direito Internacional
1°) Conceito
 Vale dizer que os princípios são ideias centrais de um sistema, ao qual dão sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de se organizar. 
Os princípios também fazem parte das fontes do direito internacional, ou seja, ajudam na criação das leis Internacionais. Para o Comitê de Juristas que elaborou o projeto de Estatuto da CPJI (Tribunal Permanente de Justiça Internacional), os princípios gerais do direito que operariam como fontes do direito internacional seriam aqueles princípios já aceitos pelos estados in foro doméstico.
2°) Os princípios Gerais e o Direito internacional 
	Os princípios gerais do direito operam (se relacionam) como fonte do direito internacional de 3 (três) formas distintas: 
1° predeterminação : consiste no uso de princípios gerais do direito no processo de criação de novas normas jurídicas positivas Neste caso, como a norma não existe, os princípios são considerados como linhas mestras normativas pressupostas que determinam o processo nomogenético futuro.
 2°codeterminação: consiste no uso de princípios gerais do direito no processo de interpretação de normas jurídicas positivas já existentes, O princípio trabalha assim ao lado do direito
positivo existente e determina, em conjunto com ele, a orientação
normativa) 
 3° sobredeterminação: consiste no uso de princípios gerais do direito para complementar o sentido de uma norma jurídica positiva já existente, mas que é insuficiente para fornecer por si só uma orientação normativa satisfatória. OU SEJA, em caso de lacunas, os princípios suprem o sentido existente da norma e, com isso, determinam uma camada regulatória até então não percebida na norma jurídica. 
Em cada uma dessas modalidades, os princípios se relacionam de alguma forma com normas jurídicas positivas (costumes, tratados internacionais, atos de organizações internacionais e etc). 
3°) Objetivo 
O objetivo da inclusão dos princípios gerais do
direito no direito internacional, foi precisamente para ampliar o campo de ação a que o juiz pode recorrer.
4°) Função
4°) Fontes do direito Internacional 
Os princípios do direito internacional, junto com as demais fontes do direto internacional foram estabelecidas no Estatuto da Corte internacional de justiça, em seu artigo 38, que tem a seguinte redação:
Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; (ATENÇÃO: HÁ UMA CRÍTICA A RESPEITO DA EXPRESSÃO( “ NAÇÕES CIVILIZADAS “ , VEJAMOS: Muitos criticam o estadocentrismo na expressão “nações civilizadas”:
Usualmente se lamenta que o Estatuto da CIJ repete o anacronismo da
referência aos princípios como fontes do direito internacional, apenas e tão
somente quando “reconhecidos pelas nações civilizadas”. O texto remete
ao período anterior à primeira guerra mundial, quando o direito
internacional, de inspiração eurocêntrica, ainda padecia da pretensão da
projeção civilizadora, em relação ao resto do mundo. O ideal teria sido a eliminação pura e simples da frase. Todavia, ela evidencia de alguma forma a persistência, não apenas de um centralismo europeu na formulação basilar do saber e do fazer o direito internacional. Mais do que isso, a construção deixa claro o estado centrismo na própria concepção de princípios gerais do direito como fontes do direito internacional. Nesse sentido, ser civilizado não seria – apenas – reger-se por padrões morais europeus, mas por padrões jurídico-políticos europeus: o estado moderno centralizado como a forma de organização aceitável como estável entre os povos.) OBS: o que está grifado não esta no corpo do artigo. 
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.
5°) Os princípios 
Os princípios gerais principais do direito internacional em que se refere o art. 38 são:
Igualdade soberana: Esse princípio presume que todos os Estados são 
iguais em face da lei. “Ele certifica o respeito entre os países, seja qual 
for seu porte, cultura, números de habitantes ou regime de governo”. 
 Autonomia: Princípio que estabelece que o Estado tenha autonomia 
para se governar de acordo com seu próprio interesse. 
Não ingerência nos assuntos dos outros Estados: Princípio 
estritamente ligado com o princípio da Autonomia, neste princípio é 
estabelecido a não intervenção de um Estado em outro. 
Respeito aos direitos humanos: Princípio que significa que todos os 
estados devem proteger os direitos humanos. Esse princípio tem grande 
importância, pois, é um pressuposto do direito internacional para o 
reconhecimento de Estados. 
Cooperação internacional: Esse princípio estabelece que os Estados 
devem atuar concomitantes na busca de propósitos comuns.
Princípios jurídicos coincidentes
PRINCÍPIOS JURÍDICOS COINCIDENTES: ou seja, comuns aos Estados (pacta sunt servanda) - se não existirem valores comuns, não poderá existir o DIP.
Diz respeito à possibilidade de conflito entre uma norma internacional e uma norma interna. Quando isto ocorre, qual das duas normas vai prevalecer?
Resposta: Tratados internacionais de direitos humanos que atinjam o quórum (votação nas duas casas do Congresso Nacional: Senado Federal e Câmara dos Deputados, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros) terão status de emenda constitucional, hierarquia horizontal em relação a CF, desse modo se houver conflitos entre as normas do tratado com a CF, deverá ser aplicado o princípio pro homini, que significa analisar e aplicar o que for mais benéfico para o homem. 
Agora, quando o tratado internacional de direitos humanos não atingir o quórum necessário, este terá status de norma supralegal, ou seja, a cima das de todas as leis, mas abaixo da CF, tendo assim um caráter infraconstitucional, havendo conflito normativo, o princípio da hierarquia já basta.

Continue navegando