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Paper Sociedade de Propósitos Especificos

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A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS
Sociedade de Propósito Específico
Insira aqui o nome do(s) acadêmico[footnoteRef:1] [1: Acadêmicos do Curso de ] 
Insira aqui o nome do Tutor Externo [footnoteRef:2] [2: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo] 
RESUMO
Este estudo tem o intuito de compreender o papel da Contabilidade nos Negócios Empresariais em especial o que se reporta às Sociedades de Propósito Específico. Para tanto realizamos uma pesquisa bibliográfica o que nos proporcionou chegar aos resultados esperados. Objetivando mostrar o grau de importância de se desenvolver dentro de uma organização um trabalho onde o profissional contábil não seja mero calculador de tributos, mas aquele que domina e atua dentro de um Planejamento Estratégico, de modo que em conjunto com Administrador sejam capazes de desenvolver metas e traçar planos futuros que possam contribuir com o crescimento financeiro saudável da organização na qual atuam. Conhecer o modelo de organização denominado de Sociedade de Propósito Específico (SPE) é de fundamental importância para o alcance de tais metas, bem como identificar seu campo de atuação e seu objeto, para por fim, compreender a necessidade da contabilidade estratégica para o alcance de resultados significativos.
Palavras-chave: Contabilidade, Negócios Empresariais, Planejamento estratégico.
ABSTRACT
This study aims to understand the role of Accounting in Corporate Business, especially that which refers to Special Purpose Entities. For this purpose, we conducted a bibliographic search which allowed us to reach the expected results. Aiming to show the degree of importance of developing a job within an organization where the accounting professional is not a mere tax calculator, but one who dominates and acts within a Strategic Planning, so that together with the Administrator they are able to develop goals and outline future plans that can contribute to the healthy financial growth of the organization in which they operate. Knowing the organization model called the Special Purpose Society (SPE) is of fundamental importance for the achievement of such goals, as well as identifying its field of action and its object, to finally understand the need for strategic accounting to reach significant results.
Keywords: Accounting, Corporate Business, Strategic planning.
1- INTRODUÇÃO
Segundo Vale (2007), o administrador do futuro deve ter a consciência de perceber que outras ciências, como o estudo da Contabilidade, são necessárias para o crescimento profissional. A Contabilidade, ao ampliar os objetivos de controle, análise e gestão do patrimônio das organizações para o administrador, insere-se num movimento interdisciplinar para contribuir com o processo de formação continuada, visando com isso torná-la um diferencial competitivo do profissional contábil.
Muito se ouve e se fala sobre a Contabilidade, mas afinal qual sua real importância para a sociedade, seja ela jurídica ou não? Para iniciar este estudo surgiu a necessidade de se conhecer um pouco mais sobre sua essência para que fundamentasse a pesquisa referente ao sub tema “Sociedade de Propósitos Específicos” e entender como a contabilidade está inserida no meio empresarial, histórico, práticas e atuações que a mesma desenvolve.
Empresas e pessoas físicas (empresários) necessitam cada vez mais de suporte para diante do cenário tributário e jurídico atual não terem complicações diante das obrigações impostas e necessárias para seu cumprimento. É nessa hora que a contabilidade exerce um papel fundamental. A Contabilidade é conceituada como uma metodologia que controla o patrimônio e gerencia os negócios da empresa. Deste modo podemos afirmar que o patrimônio é o seu objeto de estudo.
Como nos diz FRANCO, 1996:
A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos gastos nele ocorridos, com o fim de fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico e decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
Neste sentido, a Contabilidade examina, fiscaliza e controla o patrimônio, oferecendo ainda uma atuação plena e eficaz com posicionamento claro e objetivo diante de problemas que essa organização vier a sofrer.
No que diz respeito à Sociedade de Propósitos Específicos, entendamos que, no exercício de suas atividades, as sociedades podem e frequentemente se unem umas as outras, para reduzir custos, captar clientes, aumentar a eficiência, etc. Tal união pode se dar por meio da formação de grupos ou simplesmente por meio de participações de uma sociedade no capital da outra.
Diante do exposto, o intuito deste trabalho é contribuir para uma maior compreensão do que seria contabilidade, sua aplicação e atuação nos meios empresariais e de negócios, além de contextualizar as especificidades das sociedades de negócio específico, mostrando os tipos de relações, objetivos e práticas utilizadas para tal fim. Tendo como base uma pesquisa de cunho bibliográfica e tendo como principal fonte o livro “Introdução à Contabilidade”, do autor Justino Oliveira, bem como, outros autores também consultados.
2- REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1- Contabilidade enquanto Ciência, conceitos e fins:
	Temos registro de noções contábeis desde o início da civilização, neste período já era utilizado o sistema greco-romano e hebraico onde a escrita era ferramenta de cálculo. A partir do século XVIII iniciou a era da ciência e originaram algumas disciplinas como a contabilidade. A obra de J.P. Coffy em 1863 e Francisco Villa, em 1840, são de fundamental importância para se entender melhor a razão por qual surgiu à contabilidade.
	 Os dados obtidos referentes às movimentações das riquezas tinham objetivo de controlar e conhecer as razões pelas quais eram realizados os movimentos. Os registros tinham o objetivo de proteger o cenário atual.
	Com base em todas as descobertas e a importância pela qual foi criada a disciplina, houve a necessidade de entender que ações deveriam ser tomadas com todos os dados obtidos. Sem conhecer e compreender as informações documentadas elas passam a não ser de grande valia houve a necessidade de estudar informações para assim tomar as decisões de acordo com cada situação e fenômeno ocorrido.
	A partir da primeira metade do século XIX teve uma estrutura significativa vigorou-se uma doutrina que tinha por objetivo conhecer e compreender as relações referentes às riquezas patrimoniais e assim poder explicar como ocorrem com ela, baseadas pelas descobertas foi possível a obter mais informações, estas, passaram cada vez serem estudadas na contabilidade, e assim a escrituração limita se a informar se os gastos foram eficaz, e detectar os os prejuízos das empresas. De modo que somente a ciência teria condições de determinar se os gastos foram de valia. Como nos mostra SÁ,2009:
Compreendido que o registro contábil era apenas a expressão da observação dos fatos da riqueza, com a preservação da memória e disciplina da informação, mas não o próprio fato reconhecido foi então a imperiosa necessidade de conhecer as razões pelas quais ocorriam as transformações patrimônios. (SÁ Antônio Lopes 2009 p.35)
	Inicialmente o desenvolvimento da contabilidade esteve ligado ao surgimento do capitalismo, suas funções na contabilidade era medir os acréscimos e os decréscimos, que o capital era empregado na área empresarial, hoje com a evolução da contabilidade seu campo de atuação se tornou bastante amplo, e pode ser aplicada em vários ramos do meio social em que vivemos, a aplicação contábil ramifica-se em vários setores como as empresas, meio da economia que se viabiliza o melhor negócio, na comunicação que tem um papel muito importante na divulgação, na informática que hoje é uma das mais importantes funções da atualidade.
	Com o passar dos tempos sedesenvolveu um novo conceito de contabilidade que tem um fundamento da teoria em razões de valor epistêmico. A contabilidade é um a ciência que estuda o patrimônio em suas variações quantitativas e qualitativas, tratando das funções de cálculo, de registros e analise dentro da contabilidade.
	Segundo SÁ, 2009:
A contabilidade é uma ciência que tem por objeto o estudo e a descoberta sobre a verdade ou a realidade objetiva dos fenômenos patrimoniais e por finalidade a prosperidade, adotando metodologia holística sob a visão das funções sistemática dos componentes da riqueza dos empreendimentos humanos, estes com cédulas sócias. A contabilidade geral é apresentação da visão lato sensu dos conceitos e doutrinas e temas tratados pela disciplina, inclusive os de natureza informativa e patrimonial. (SÁ Antônio Lopes 2009 p.)
As empresas necessitam dos elementos das funções do sistema como a liquidez, estabilidade, produtividade, invulnerabilidade, elasticidade e sociedade, são elementos que são essenciais no funcionamento do meio empresarial. Importantes teorias, no conjunto da ciência Neopatrimonial, teoria sistemática geral, teoria das interações sistemáticas derivadas, teoria dos campos derivada, teoria da prosperidade derivadas. O que faz da contabilidade fundamental para as organizações,
	
2.2 - O papel da Contabilidade na sociedade
	A Contabilidade é um conjunto ordenado de conhecimentos organizados e ordenados. É uma técnica de gestão com princípios e normas próprias, é considerada uma ciência social com funções econômicas e administrativas e tem como objeto o patrimônio. Ela estuda e controla registrando, classificando , analisando, interpretando, por meio das demonstrações contábeis, todas as ocorrências observadas no patrimônio (FRANCO, 1996).
	O objetivo da Contabilidade é fornecer informações, interpretações e orientações úteis sobre a forma e mutação do patrimônio da entidade, auxiliando na tomada de decisão e conhecimento dos dados da empresa. Segundo Neves e Viceconti (2004), ao contrario de falsos preconceitos, o contador não deve ser visto apenas como o “guarda-livros” e a Contabilidade com o ideal básico de atender às exigências do governo, mas, o verdadeiro objetivo destes é auxiliar as pessoas a tomarem decisões baseadas nas informações sobre a composição econômica da empresa. 
Com isso, a função da Contabilidade é registrar, classificar, demonstrar, auditar todos os fenômenos e movimentações possíveis de mensuração monetária que ocorrem no patrimônio da empresa, e em seguida resumir os dados registrados em forma de relatórios e repassar para os usuários interessados em informações sobre a empresa (MARION, 2004).
2,2.1 - A Contabilidade para a Administração
	São considerados usuários da contabilidade todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas, que se utilizam da mesma, que se interessam pela situação financeira e econômica da empresa e buscam na Contabilidade suas respostas. Estes usuários podem ter diferentes interesses nas informações contábeis e são diferenciados em usuários internos e externos (MARION, 2004). 
Os usuários internos são aqueles que usualmente buscam informações mais aprofundadas e específicas sobre a empresa relacionadas ao seu exercicio. São eles os administradores, o fisco, e outros. Já os usuários externos são aqueles que concentram suas atenções em aspectos mais gerais, evidenciados nas demonstrações contábeis. São exemplos de usuários externos os acionistas, emprestadores de recursos como bancos, integrentes do mercado de capitais e outros (NEVES e VICECONTI, 2004).
Dado os usuários da Contabilidade, segundo Iudícibus et. al. (1980), no caso dos administradores, diretores e executivos o interesse pelas informações contábeis atinge um nível de utilidade maior do que para outros grupos, pois fornece a eles um fluxo contínuo de informações sobre variados aspectos da gestão financeira e econômica das empresas para a tomada de decisões. 
Assim, eles sabendo utilizar estas informações de maneira produtiva, isso faz com que tenham uma visão sobre o futuro da empresa com maior grau de segurança, optando por decisões mais satisfatórias para o funcionamento desta. Segundo Alves (2007), a Contabilidade é uma disciplina necessária no curso de Administração. Os estudantes interessados em participar do processo decisório de empresas, utilizam as informações geradas pela Contabilidade como ferramentas, por meio de relatórios e demonstrações contábeis.
Segundo Araújo (2005), os alunos após terminarem as disciplinas de Contabilidade, terão um benefício em sua formação para atuarem gerencialmente na área estratégica, de planejamento, execução e controle na organização da empresa. No estratégico, ela traçará alguns caminhos para atingir seus objetivos por meio das demonstrações financeiras. No planejamento operacional, ela organizará os recursos da empresa que já está em funcionamento, a partir de análise criteriosa do ambiente externo e interno das demonstrações financeiras. Na execução, ela auxiliará com informações na administração do fluxo das atividades operacionais dos imobilizados e dos eventos econômico. No controle, ela auxiliará nas informações para a tomada de decisão. Dessa forma, ao concluir as disciplinas de Contabilidade, os alunos terão maior facilidade em gerencial uma empresa em seus diversos ramos.
Conforme Araújo (2005), como a competitividade entre as empresas aumenta, cada vez mais, a preocupação desta sobreviver é incontestável. Assim elas necessitam ser administradas com base em um sistema se informações eficaz e oportuno para aqueles que tomam as decisões a fim de obter um resultado econômico satisfatório. 
Dentro da administração, o uso das informações contábeis juntamente com uma análise da situação econômica interna e externa, são necessários na avaliação de competitividade e rentabilidade de uma empresa. Quem irá absorver essas informações e tomar as devidas providencias é o administrador, que, com uma fundamentação sobre Contabilidade, consegue receber e assimilar os dados contábeis fornecidos e tirar conclusões úteis para a tomada de decisão.
O administrador, com o auxílio de conhecimentos sobre Contabilidade, está preparado para tomar e executar decisões que visam o planejamento, organização, execução e controle dentro da empresa, que contribuem para que se obtenha o melhor resultado possível e alcance a principal finalidade da companhia, a obtenção do lucro (ARAÚJO, 2005).
2.3 - Sociedades de Propósito Específico SPE
	No que diz respeito à Sociedade de Propósitos Específicos, entendamos que, no exercício de suas atividades, as sociedades podem e frequentemente se unem umas as outras, para reduzir custos, captar clientes, aumentar a eficiência, etc. Tal união pode se dar por meio da formação de grupos ou simplesmente por meio de participações de uma sociedade no capital da outra.
	É importante entender que a SPE não é um tipo societário como as sociedades limitadas e as sociedades anônimas. A SPE é, na verdade, uma roupagem que, a princípio, qualquer tipo de sociedade prevista na legislação brasileira pode utilizar para alcançar determinado objetivo. Ou seja, as sociedades limitadas ou sociedades anônimas, por exemplo, podem ser ou não SPE, a depender das características que seu contrato/estatuto social trouxer.
	Nesse sentido, para ser considerada como SPE, uma sociedade deve terum objeto social específico e prazo determinado que limite sua existência ao cumprimento do objeto, além de ser necessário incluir em sua denominação o termo “SPE”. Sua previsão legal é breve e encontra-se na Lei 10.406 de 2002 (Código Civil), no parágrafo único do art. 981, o qual explicíta o caráter do objeto social.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si,dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
	Por conta da especificidade do seu negócio,a SPE não se destina a desenvolver uma vida social própria, mas sim um projeto ou uma simples etapa de um projeto, e cumprido este, pode tanto ocorrer sua extinção, quanto a exclusão das características de SPE e sociedade passar a operar sem o enquadramento em tal modalidade.
	Atualmente no Brasil as SPEs são usadas majoritariamente por grandes construtoras e incorporadoras que constituem sociedades cujo objeto social é a execução de determinado empreendimento imobiliário e o prazo de duração é o tempo necessário para a realização do empreendimento, portanto, determinado. 
Tal uso das SPEs se tornou de tamanha relevância nesse ramo que muitas vezes as instituições financeiras exigem que a contratação do financiamento para a construção seja feito diretamente com uma SPE, obrigando, assim, as construtoras à constituírem sociedade nesse formato.
2.3.1 – Benefícios 
	É comum criar uma SPE para cada empreendimento, não necessariamente imobiliário. Isso proporciona uma maior autonomia patrimonial e uma grande vantagem administrativa, pois se torna mais fácil e menos oneroso monitorar toda a entrada e saída de caixa de cada um deles, isolando-os do ativo das sócias e da(s) sociedade(s) controladora(s) do grupo econômico, caso não coincidam.
	É válido ressaltar que, mesmo tratando o fluxo de capital da SPE de forma isolada, as sócias não deixam de serem responsabilizadas por eventuais prejuízos, caso, por exemplo, ocorra a desconsideração da personalidade jurídica da SPE, quando se afasta a autonomia patrimonial da sociedade para buscar a satisfação de um crédito através dos sócios. Caso a SPE deixe de cumprir determinada obrigação, é importante que as sócias, através da sociedade controladora de grupo, se for o caso, aloquem recursos para saná-la.
	Outra importante vantagem da SPE é a de facilitar a fiscalização do Governo sobre obras públicas realizadas a partir de licitações. A criação de uma SPE é comum por parte da sociedade vencedora de um processo de licitação para obras públicas, a fim de isolar as atividades relativas ao setor público daquelas que não se relacionam com tais, facilitando, assim, o controle e a fiscalização de recursos tanto para o poder público, quanto para a sociedade em questão. Nesse sentido, ressalta-se que a constituição de uma SPE, inclusive, é obrigatória para gerir o contrato de uma Parceria Público-Privada (PPP), pelo que consta no artigo 9º da Lei 11.079/2004.
Além dos benefícios já mencionados, o uso de SPEs, tem grande importância para recuperação judicial de empresas, a partir da seguinte previsão na Lei de Falências e Recuperação de Empresas.
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: 
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
2.3.2 - As SPEs e Joint Ventures 
As Joint Ventures são a união de esforços para exploração de um determinado mercado, feito por dois ou mais parceiros que buscam minimizar riscos, utilizando capital e/ou know-how que, individualmente, não teriam acesso. 
É um fenômeno comum, por exemplo, quando sociedades do exterior desejam investir em locais sobre os quais não se detém algum tipo de conhecimento, e, por isso, buscam aliança com sociedades daquela localidade miminzando, dessa forma, o risco do investimento.
 Assim como as SPEs, a Joint Venture tem, em seu conceito, um objeto social específico, limitado à um único empreendimento/objetivo, e, a princípio, se extingue após seu cumprimento. Este fator, porém, não as tornam sinônimas: enquanto a SPE possui personalidade jurídica distinta de seus sócios, a Joint Venture não possui personalidade jurídica própria.
 Quanto à previsão legislativa no Brasil, ao passo que a Joint Venturenão recebeu nenhuma , a SPE é prevista no artigo 981 do Código Civil. Vale ressaltar que, apesar de não ter personalidade jurídica propriamente dita, existe a possibilidade de se criar uma sociedade para realização do empreendimento da Joint Venture.
 Nesse caso, a sociedade em questão se enquadraria nos quesitos da formação de uma SPE. A SPE, portanto, pode ser um meio auxiliar de concretização do investimento de uma Joint Venture (lembrandoque a constituição de tal SPE é uma opção dos investidores da Joint Venture).
 2,3,3 - As SPEs e Consórcios 
Assim como em relação às Joint Ventures, é importante traçar um paralelo entre a criação de SPE e consórcios. O consórcio é a formação de um grupo de pessoas físicas ou jurídicas em torno da realização de empreendimentos. 
Ao contrário das SPEs, e assim como as Joint Venture, não possui personalidade jurídica própria (logo, não se contrata com o consórcio; e sim com os seus membros). Trata-se de fenômeno comumente criado para redução de riscos em grandes empreendimentos e para participação em processos de licitação, pois com essa criação, segregam-se os recursos das atividades públicas das privadas, gerando uma vantagem administrativa tanto para os consorciados, quanto para a fiscalização por parte do poder público sobre o empreendimento, tal como ocorre com as SPEs utilizadas para esse mesmo fim licitatório. 
3 - MATERIAIS E MÉTODOS
Para a construção desse trabalho, buscamos adquirir conhecimento a respeito desta temática, para podermos ter um entendimento maior sobre o tema realizamos leituras em artigos científicos de autores que abordavam o assunto na perspectiva de aprofundarmos nossa compreensão e sermos capazes de construir nosso texto de forma sintetizada e coerente.
Na primeira etapa nos dedicamos à leitura e interação da temática, após estudos e anotações acerca do tema nos sentimos aptos para construir o presente trabalho o que nos proporcionou uma maior compreensão da complexidade e abrangência das ações contábeis, assim como sua fundamental importância para o profissional da administração.
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
	No presente estudo buscamos apresentar de forma resumida, porem enriquecedora um panorama do que se trata a contabilidade, sua atuação enquanto ciência, sua evolução e importância para as organizações e compreender as sociedades de propósitos específicos tão comuns no cotidiano das pessoas.
	A contabilidade tem fundamental importância para o processo de funcionamento de uma entidade ou organização. Pelo fato da mesma possuir ferramentas elementares que auxiliam na administração financeira, tributária e fiscal, através do processo de execução permite a redução de custos, aumenta a lucratividade e auxilia no planejamento estratégico da organização que possui e preza pelo seu patrimônio.
Diante do exposto, podemos ver ainda que a possibilidade de utilização das SPEs se mostra como uma ferramenta jurídico societária do direito brasileiro muito importante para um setor de atual grande importância no cenário nacional, o imobiliário. Porém, apesar do grande enfoco imobiliário que as SPEs receberam no Brasil graças às suas razões históricas, importante ressaltar que esta modalidade de negócio pode ser utilizada por quaisquer outros tipos de objetivos que se enquadrem na previsão mútua de objeto social específico e prazo de duração vinculado à execução de tal atividade.
5 - REFERÊNCIAS
ALVES, Márcio. Programa de Aprendizagem. Disponível em: . Acesso em: 18 jnh. 2020.
ARAÚJO, Ademilson Ferreira de. Qual o papel da disciplina de Contabilidade no curso de Administração. Disponível em: . Acesso em: 17 jnh. 2020.
BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: . Acesso em: 17jnh. 2020.
FORTES, José Carlos. Manual do Contabilista. Belém: Celigráfica, 2001.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
OLIVEIRA, Justino. Introdução a Contabilidade. Niterói, RJ: Impetus Editora, 2017. 479 p.v. 01.

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