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Os Institutos Romanos

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​ GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo do capítulo: "Institutos de Direito Romano" (p. 73) da obra "História 
do Direito", de Henrique Abel e outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUCAS EDSON RIBEIRO 
RA: ​387535466352 
 
 
 
Dourados - MS 
 
2020 
 
Os Institutos Romanos 
 
 
 O Direito Romano pode ser conceituado como um conjunto de normas vigentes 
em Roma desde a sua fundação (753 A.C) até a obra do Imperador Justiniano (565 
D.C). 
 Gaio, que viveu na época do século II D.C (Época do Direito Clássico) foi um 
jurista que muito agregou ao Direito Romano produzindo um material de grande 
valor para sua formação: As Institutas. Como grande doutrinador seu objetivo era a 
exposição da matéria jurídica de forma elementar a fim de serem estudadas. Seus 
ensinamentos serviram como base para estudos posteriores, usadas principalmente 
pelo Imperador Justiniano em suas institutas, fundamentada na estrutura do Direito 
Privado. 
 Em seu estudo, Gaio descreve que todo Direito usado refere-se às pessoas, 
coisas e ações. Dividindo em quatro partes principais: Direito das Pessoas e Direito 
da Família; à descrição de bens, aquisição de propriedade, direitos sobre coisas 
alheias e a sucessão com testamento; Direito das Obrigações e sucessão sem 
testamento; Direito Processual. 
 O Imperador Justiniano após a queda de Roma e do Império do Ocidente no 
século VI, mandou compilar todos os conhecimentos adquiridos pelo Direito 
Romano nos séculos anteriores, a fim de segui-los e preservá-los para a 
posterioridade. 
 O Direito Romano tem grande influência ainda na atualidade, em que há institutos 
ainda existentes como: 
- Direito das Pessoas 
- Direito de Família 
- Direitos das Coisas 
- Direitos das Obrigações 
- Direito das Sucessões 
 Direito das Pessoas no Direito Romano: A pessoa era considerada 
individualmente, porém dentro de categorias que determinavam sua situação 
jurídica pessoal, para que a pessoa tivesse capacidade jurídica era necessário 
preencher três status estabelecidos, sendo o ​libertatis​ (liberdade), ​civitatis 
(cidadania) e ​familiae​ (familia). 
 -O ​libertatis​ correspondia a condição a qual o homem era livre ou escravo. Na 
Roma antiga a escravidão era regulada como regime de propriedade, e o escravo 
era tratado juridicamente como uma coisa (​res​), que poderia ser libertado somente 
pela vontade de seu senhor (​dominus​) 
 -O ​civitats ​correspondia a vinculação do indivíduo em uma comunidade 
juridicamente organizada, derivando-se os direitos e deveres perante ela. 
 -O ​familiae ​dizia respeito quanto a independência do sujeito. Uma mulher em 
Roma poderia ser independente e ter o ​stats familiae (​ plenamente capaz) mas 
 quanto a chefia de familia nunca poderia ser ​paters familia ​e exercer poder 
sobre os filhos. 
 O Direito de Família: no Direito Romano o conceito de família era compreendido 
como um conjunto de pessoas e bens submetidos a uma mesma pessoa, exercida 
única e exclusivamente por um homem. o ​parter familias,​ quase como uma 
propriedade. Na Roma possuíam duas formas de definir o parentesco, a primeira 
por agnação, casamento ​cum mano (​onde a mulher se sujeitava a autoridade do 
marido, sendo sua propriedade) e o segundo por cognação que seria o parentesco 
sanguíneo. O poder familiar ​patria potestas,​ era vitalício, pois não existia o conceito 
de maioridade, a não ser pela emancipação, os filhos eram sujeitos aos pais até a 
sua morte. 
 O Direito das Coisas: conceituado por ​res​, se definia como tudo que existe e se 
pode aprender pelos sentidos humanos, tendo um sentido patrimonial, que pode 
apresentar valor econômico. Eram divididas em três ramos principais, a posse, a 
propriedade e o direito das coisas alheias. 
 O Direito das Obrigações: instituto responsável pelo esplendor do Direito Romano 
e sua grande expansão econômica. Na Lei das XII Tábuas o vínculo era material, 
em que o devedor insolvente virava escravo, mas a partir da ​Lex Poetelia Papiriad 
de Nexis ​(326 a.C) o vínculo passou a ser patrimonial, e seguia os seguintes 
conceitos. 
 -obrigação: vínculo jurídico a qual o cidadão era constrangido a solver 
necessariamente uma coisa a alguém; 
 -substância da obrigação: consistia em não fazer algo corpóreo ou uma servidão, 
mas sim o constrangimento de outrem a dar, fazer ou prestar; 
 -obrigações: eram veiculadas por meio de ação ​in personan (​que pretende um 
comportamento - dar fazer ou não fazer, e as fontes dessas obrigações no período 
clássico segundo Gaio, eram os contratos e delito; 
 -contrato: vinculação voluntária, tanto contratos reais, verbais, literais e 
consensuais; 
 -delitos: contrariedades do direito, segundo Gaio era os furtos, roubos, o dano e a 
injúria. 
 O Direito das Sucessões: no Direito Romano as sucessões poderiam acontecer 
de duas formas ​inter vivos​ (entre vivos) ou ​causa mortis ​(em morte do titular), caso 
se tratasse de ​causa mortis ​o instituto chamaria ​hereditas ​(herança) que era 
deferida em dois tipos de delação: testamentária (ato de disposição de última 
vontade) ou ​ab istentato ​(sem testamento) que neste caso a lei supriria a vontade do 
de cujus (​falecido) indicando quem ocuparia o lugar de herdeiro. As principais regras 
do Direito Sucessório era divididas em três partes: 
- a instituição do herdeiro; 
- concepção de família para correspondente ordem da vocação hereditária; 
- espírito prático romano, que pelo Direito concede ao pretor a chamada 
bonorum possesio (​ação processual que entrega os bens hereditários a quem 
não está beneficiado no testamento, para favorecer laços sanguíneos e 
matrimoniais)

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