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módulo 03 covid

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MÓDULO 3
Farmacologia, parada
cardiorrespiratória e a Covid-19
na gravidez e puerpério
Olá, cursista!
Bem-vindo(a) ao terceiro módulo Farmacologia, parada cardiorres-
piratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério do curso de Atualiza-
ção para enfermeiros em cuidados intensivos a pacientes críticos 
com Covid-19.
Neste módulo você terá a oportunidade de realizar uma breve revi-
são sobre os medicamentos mais frequentemente utilizados e seus 
respectivos cuidados, nos pacientes com Covid-19. Também conhe-
cerá os principais cuidados de enfermagem durante uma parada 
cardiorrespiratória e as especificidades do Covid-19 na gravidez e 
puerpério.
Como trata-se de uma doença nova, e que inúmeras pesquisas es-
tão sendo realizadas, muitas informações são atualizadas frequen-
temente. Desta forma, é importante ressaltar que mesmo durante a 
realização deste curso você deve ficar atento a novas informações 
científicas que podem surgir a qualquer momento.
APRESENTAÇÃO
Estrutura do Módulo 
Para este módulo inicial organizamos as unidades com os assun-
tos a seguir:
Unidade 3.1 – Farmacologia básica (drogas, diluições, aprazamen-
tos, entre outros).
Unidade 3.2 – Atendimento na PCR: protocolo, medicamentos e 
infusões, reanimação cardíaca e oxigenação, intubação orotraque-
al; noções básicas de ECG.
Unidade 3.3 – A Covid-19 na gravidez e no puerpério.
SUMÁRIO
Módulo 3: Farmacologia, parada 
cardiorrespiratória e a Covid-19
na gravidez e puerpério
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05 UNIDADE 3.1 – Farmacologia básica (drogas, diluições, 
aprazamentos, entre outros).
UNIDADE 3.2 – Atendimento na PCR: protocolo, medica-
mentos e infusões, reanimação cardíaca e oxigenação, in-
tubação orotraqueal; noções básicas de ECG.
UNIDADE 3.3 – A Covid-19 na gravidez e no puerpério.
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Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
UNIDADE 3.1 – Farmacologia básica 
(drogas, diluições, aprazamentos, 
entre outros)
Nesta unidade você irá reconhecer os principais fármacos indi-
cados na terapia aos pacientes suspeitos de Covid-19, bem como 
nos casos graves de infecção pelo coronavírus.
Ainda não há evidências de ensaios clínicos randomizados (ECR) 
que apontem uma terapia potencial que tenha apresentado me-
lhora aos resultados de pacientes com suspeita ou confirma-
ção de Covid-19. Também não há dados de ensaios clínicos que 
apoiem qualquer terapia profilática. Mais de 300 ensaios clínicos 
ativos em tratamento encontram-se em andamento (SANDERS et 
al., 2020). A OMS declarou explicitamente que não existe evidên-
cia de ensaios clínicos randomizados que recomende tratamento 
específico para casos suspeitos ou confirmados de infecção por 
Covid-19 (WHO, 2020).
Até o momento, existem vários estudos em elaboração ou ainda 
sendo registrados, no intuito de identificar potenciais tratamentos 
da Covid-19. Em Março de 2020 a OMS anunciou o início de um 
estudo multicêntrico chamado Solidarity (Solidariedade) para tes-
tar medicamentos com atividade antiviral contra o SARS-CoV-2. 
Esse estudo se propõe a avaliar quatro diferentes tratamentos: um 
composto antiviral experimental chamado remdesivir; os medica-
mentos contra a malária cloroquina e hidroxicloroquina; uma com-
binação de dois medicamentos para o HIV, lopinavir e ritonavir; 
e a mesma combinação anterior associada ao uso de interferon-
-beta, um mensageiro do sistema imunológico que pode ajudar 
a paralisar os vírus. 
Introdução
Terapias medicamentosas utilizadas 
na Covid-19
Frente ao rápido avanço da pandemia gerada pelo vírus da Síndro-
me Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) pelo mundo, poucos 
estudos trouxeram evidências relevantes sobre o tratamento far-
macológico contra o coronavírus. Diante desse fato, é necessária 
Se você quiser 
conhecer as 
Diretrizes para 
o Tratamento 
Farmacológico da 
COVID- acesse no 
link 
http://rbti.org.br/
imagebank/pdf/
RBTI-0188-20-
Diretrizes-18.05.
pdf
Aprofunde
http://rbti.org.br/imagebank/pdf/RBTI-0188-20-Diretrizes-18.05.pdf
http://rbti.org.br/imagebank/pdf/RBTI-0188-20-Diretrizes-18.05.pdf
http://rbti.org.br/imagebank/pdf/RBTI-0188-20-Diretrizes-18.05.pdf
http://rbti.org.br/imagebank/pdf/RBTI-0188-20-Diretrizes-18.05.pdf
http://rbti.org.br/imagebank/pdf/RBTI-0188-20-Diretrizes-18.05.pdf
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Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
uma atenção peculiar a esse vírus, devido a sua alta transmissibi-
lidade associada ao aumento das demandas de internação, prin-
cipalmente em pacientes idosos e com comorbidades, podendo 
levar a um colapso nos sistemas de saúde, especialmente aos 
setores de terapia intensiva (SANDERS et al., 2020).
Estudo publicado na revista The Lancet em 22 de Maio de 2020, 
mostrou que o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina não tra-
zem benefícios aos pacientes infectados com Covid-19, além de 
aumentar a mortalidade pela maior probabilidade dos pacientes 
desenvolverem taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. 
Este resultado levou a OMS a suspender temporariamente o uso 
de hidroxicloroquina no estudo Solidarity, até que a segurança do 
medicamento seja reavaliada. 
Para conhecer 
as orientações 
do Ministério da 
Saúde sobre o uso 
de medicamentos 
para tratamento 
precoce da 
Covid-19, acesse 
o link: https://
www.saude.
gov.br/images/
pdf/2020/May/20/
orientacoes-
manuseio-
medicamentoso-
covid19.pdf.
Conheça o estudo 
da revista The 
Lancet na íntegra 
aqui: 
https://www.
thelancet.com/
journals/lancet/
article/PIIS0140-
6736(20)31180-6/
fulltext
Aprofunde
Figura 1: 
Terapias 
medicamentosas 
utilizadas na Covid-19. 
Fonte: 
Pixabay (2020).
Antimaláricos (cloroquina e hidroxicloroquina)
Os pacientes infectados com o novo coronavírus estão sendo re-
crutados em estudos randomizados em todo o mundo, com o 
intuito de avaliar a eficácia de diferentes medicamentos, princi-
palmente dos antivirais e antirretrovirais. Antibióticos, corticoste-
roides, terapias celulares, medicamentos moduladores da respos-
ta celular, antimaláricos, imunossupressores e imunoglobulinas 
também estão sendo avaliados em ensaios clínicos acerca de sua 
eficácia e segurança (WHO, 2020).
Apesar da recomendação da OMS em suspender o uso da cloro-
quina/hidroxicloroquina, o Ministério da Saúde divulgou orienta-
ções para prescrição da cloroquina e hidroxicloroquina associados 
à azitromicina em pacientes adultos. O acesso a esses medica-
mentos só é possível por meio de prescrição médica, sendo ne-
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Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Antimicrobianos
Dentre as modalidades de terapia de suporte empregadas, os an-
tibióticos estão presentes com certa frequência nos regimes tera-
pêuticos testados em pacientes com Covid-19. Alguns exemplos são 
a azitromicina, vancomicina, ceftriaxona, cefepima e levofloxacino 
(BRASIL, 2020). Entretanto, na ausência de evidências, não há base 
para indicar antibacterianos profiláticos em pacientes com Covid-19.
(FALAVIGNA M, COLPANI V, STEIN C et al., 2020). 
ALERTA DO PROFISSIONAL
Os pacientes que forem atendidos com sinais de SRAG rece-
bem esquema antimicrobiano associado ao tratamento de in-
fluenza até que uma provável etiologia seja estabelecida. Nos 
pacientes que já estão internados e evoluem com piora clínica 
que exija início de antibióticos, seguir a recomendação local 
de tratamento baseado no perfil de sensibilidade e utilizando 
drogas com espectro para bactérias multirresistentes. 
!
Veja a seguir as opções de tratamento e as características de cada 
medicamento.
cessária a vontade declarada do paciente por meio da assinatura, 
de um termo de ciência e consentimento para uso de Hidroxiclo-
roquina/Cloroquina. Conforme Nota Informativa Nº 6/2020-DAF/
SCTIE/MS, estes medicamentos poderão ser utilizados em casos 
confirmados e a critério médico como terapia adjuvante no trata-
mento de formas graves, em pacientes hospitalizados, sem que 
outras medidas de suporte sejam preteridas.
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Farmacologia, parada cardiorrespiratóriae a Covid-19 na gravidez e puerpério
Disfosfato de
Cloroquina
(cp. de 150 mg)
Tem atividade In vitro 
contra diversos vírus, 
incluindo o Coronavírus.
Dose de Ataque:
450 mg 2x ao dia
Próximos 4 dias:
450 mg 1x ao dia
Com Azitromicina 
pode ser cardiotóxica 
(prolongamento intervalo QT). 
Atenção para possibilidades 
de oftalmopatias e discrasias
sanguíneas.
Fármaco Características Posologia recomendada Observações
Hidroxicloroquina
(cp. de 400 mg)
Derivado hidrossolúvel 
da cloroquina com
características
farmacológicas
semelhantes, porém
menos tóxica.
Dose de ataque:
400 mg 2x ao dia
Próximos 4 dias:
400 mg 1x ao dia
Com Azitromicina pode ser 
cardiotóxica (prolongamento 
do intervalo QT). 
Atenção para possibilidades 
de oftalmopatias e 
discrasiassanguíneas.
Azitromicina
(cp de 250 e 500 mg)
Suspensão de
600 mg/15mL
Antimicrobiano 
indicado no
tratamento inicial de
pacientes com PNM
bacteriana 
comunitária.
Dose de ataque:
500 mg 1x ao dia
Próximos 4 dias:
250 mg 1x ao dia
Com cloroquina ou
hidroxicloroquina pode ser
cardiotóxica (prolongamento 
do intervalo QT)
Oseltamivir
(cápsulas de 30,
45 e 75mg)
Antiviral com alto
potencial no tratamento de 
infecções por Influenza, 
entretanto
sem ação contra o
Covid-19.
Acima de 40Kg:
75 mg, 2x ao dia
5 dias
Em pacientes nefropatas,
deve-se corrigir a dose.
30mg, 1x ao dia.
Sob Hemodiálise: 30 mg
após a sessão.
Devem ser seguidas as diretrizes de cada serviço de saúde, de acor-
do com a disponibilidade atual de fármacos, principalmente naque-
les casos onde há suspeita de infecção relacionada à assistência à 
saúde, baseando-se na microbiota local (SANDERS et al., 2020).
Antivirais
Os estudos com resultados publicados até o momento avaliaram 
os antivirais lopinavir/ritonavir, remdesivir e umifenovir. Cabe res-
saltar que o remdesivir ainda está em teste/uso compassivo e não 
possui registro na ANVISA. O umifenovir também não possui regis-
tro para uso no Brasil. A não ser em um contexto de uso compas-
sivo ou de pesquisa clínica devidamente registrada no país, o uso 
rotineiro de antivirais não é indicado para o manejo de pacientes 
com Covid-19 (BRASIL, 2020).
Não é recomendado o uso de lopinavir/ritonavir de rotina. O tra-
tamento empírico com oseltamivir é recomendado em pacientes 
com síndrome respiratória aguda grave, ou em síndrome gripal 
com fatores de risco para complicações, onde não se possa des-
cartar o diagnóstico de influenza (FALAVIGNA M, COLPANI V, STEIN 
C et al., 2020).
Figura 2: 
Opções de tratamento 
para Covid-19 e 
características das 
drogas. 
Fonte: 
Nota Técnica Covid-19 
Nº 25/2020, adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
8
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Uso compassivo é caracterizado por ser uma demanda individual. É a 
disponibilização de medicamento novo promissor, em desenvolvimento, 
ainda sem registro na Anvisa, destinado ao uso pessoal de pacientes não 
participantes de programa de acesso expandido ou de pesquisa clínica. É 
destinado a portadores de doenças debilitantes graves e/ou que amea-
cem a vida e sem alternativa terapêutica satisfatória com produtos regis-
trados no país. Para tanto, é necessário um parecer técnico de um médico 
que ateste que o paciente tem a indicação de uso do medicamento. Saiba 
mais lendo a RDC 38, de 2013, disponível nesse link.
Agora, apresentaremos outros tipos de terapias usadas para o tra-
tamento da Covid-19.
Além das terapias medicamentosas outras terapias estão sendo 
estudadas para o tratamento da Covid-19, como veremos adiante.
A lógica para o uso de corticosteroides é diminuir as respostas 
inflamatórias do hospedeiro nos pulmões. No entanto, esse bene-
fício pode ser superado por efeitos adversos, incluindo aumento 
da carga viral, do tempo de internação e do risco de infecção se-
cundária (SANDERS et al., 2020). A utilização de corticosteroides 
no tratamento da Covid-19 ainda é controversa. Dados clínicos até 
o momento não demonstraram benefício no tratamento da SARS, 
MERS ou Covid-19, mas demonstraram evidências de aumento do 
risco de danos, incluindo ventilação mecânica prolongada, necro-
se avascular, depuração viral atrasada e infecções secundárias. As 
indicações de uso no paciente crítico devem seguir as mesmas 
recomendações dos guidelines de manejo de sepse (ABIH, 2020). 
A OMS e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos 
EUA recomendam que os corticosteroides não sejam utilizados no 
tratamento de SRAG por Covid-19, a menos que haja outra indi-
cação em que seu uso é preconizado, como em episódios de exa-
cerbação de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 
ou em casos de choque séptico (BRASIL, 2020). Nesse sentido, a 
OMS e outras instituições como o Ministério da Saúde brasileiro 
não recomendam o uso rotineiro de corticosteroides sistêmicos 
(WHO, 2020; BRASIL, 2020).
Outras terapias utilizadas na Covid 19
Corticosteroides 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0038_12_08_2013.html
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Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Imunoglobulina humana intravenosa
Soro de convalescente
Não há evidências de que seu uso tenha algum benefício no tratamento da in-
fecção pelo novo Coronavírus (ABIH, 2020).
O mecanismo proposto de benefício do plasma humano convalescente deriva-
do de sobreviventes do coronavírus é a transferência de imunidade passiva, em 
um esforço para restaurar o sistema imunológico durante doenças críticas e 
neutralizar o vírus para suprimir a viremia. A justificativa para esse tratamento 
é que os anticorpos de pacientes recuperados podem ajudar com a liberação 
imune de vírus livre e de células infectadas (SANDERS et al., 2020). Dados pre-
liminares da terapia com plasma convalescente no surto de Covid-19 sugerem 
melhora nos sintomas clínicos com efeitos adversos pouco frequentes (ABIH, 
2020), tais como lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI, do in-
glês Transfusion Related Acute Injury) e reação anafilática (BRASIL, 2020).
No Brasil, a coleta e transfusão de plasma de convalescentes para uso expe-
rimental no tratamento de pacientes com Covid-19 foram regulamentadas por 
meio da Nota Técnica Nº21/2020, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) e do Ministério da Saúde.
Anticoagulantes
A síndrome respiratória aguda grave é uma das complicações mais comuns na 
Covid-19. O tratamento com heparina pode auxiliar na mitigação da coagulo-
patia pulmonar. Outro conceito é a propriedade antiviral da heparina, estudada 
em modelos experimentais, através da sua natureza polianiônica, ligando-se a 
várias proteínas e inibindo a adesão viral (ABIH, 2020). Microtrombose e eventos 
isquêmicos associados são muito comuns pacientes com Covid-19. Os níveis do 
dímero D devem ser monitorados com frequência. A profilaxia para tromboem-
bolismo venoso de rotina é recomendada em pacientes hospitalizados com Co-
vid-19 conforme estratificação de risco de acordo com protocolos hospitalares 
locais; entretanto não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indica-
ção clínica específica (FALAVIGNA M, COLPANI V, STEIN C et al., 2020).
Pacientes com COVID-19 parecem possuir risco aumentado de eventos 
tromboembólicos e a(o) enfermeira(o) deve estar atenta para o desen-
volvimento de sinais e sintomas de trombose venosa profunda como: 
dor espontânea ou à palpação de membro inferior, sinal de Homans, 
edema assimétrico e depressível de membro inferior, dilatação venosa 
superficial (rubor local), empastamento e dor local. Já a tromboembolia 
pulmonar manifesta-se por dispnéia súbita, taquicardia, dor pleurítica, 
dor subesternal, tosse, taquipneia e taquicardia. 
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Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Drogas vasoativas
Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vaso-
ativas são de uso corriqueiro em UTI. As drogas vasoativas (DVA) 
mais empregadas são as catecolaminas, também denominadas 
aminasvasoativas ou drogas simpatomiméticas. Entre as DVA não 
pertencentes as aminas vasoativas, destaque para a vasopressina, 
indicada a pacientes com distúrbios plaquetários, choque séptico 
refratário, entre outros. No suporte hemodinâmico para o paciente 
com choque, a noradrenalina é a primeira escolha, sendo utilizada 
vasopressina ou epinefrina se a noradrenalina não estiver disponível. 
(ESMAOĞLU, 2020). Veja a seguir as opções de drogas vasoati-
vas, posologia, diluição e administração ao suporte hemodinâmico 
para o paciente em tratamento da Covid-19.
Droga Indicação Apresentação / Preparo 
Dose 
Recomendada
Noradrenalina 
Droga de escolha no 
choque séptico. Capaz de 
elevar a PAM em 
pacientes que não 
respondam a reposição 
volêmica e ao uso 
da dopamina.
Dose inicial:
 0,05 a 0,1 
µg/kg/min
Dose máxima: 
1,5 a 2,0 
µg/kg/min.
Diluir: SF0,9% ou SG5%
Ampola: 4mg (1mg/mL)
Usar 4 ampolas em 234 
mL da solução escolhida 
(250 mL de solução final; 
concentração final 
64 µg/ml).
Dopamina 
Baixo débito com volemia 
controlada. Possui efeito 
vasodilatador renal para 
pacientes estáveis 
hemodinamicamente, 
porém com oligúria.
De acordo dom o 
efeito desejado:
Varia entre
 2,5 a 20µg/kg/min.
Diluir: SF0,9% ou SG5%
Ampola: 50mg (5mg/mL) 
Usar 5 ampolas em 200 mL 
da solução escolhida
 (250 mL de solução 
final; concentração 
final 1.000 µg/mL.
Dobutamina
Droga indicada 
para ICC grave e Choque 
Cardiogênico, 
delimitando o 
aumento da FC 
e do DC.
Idealmente entre 
3,0 e 15,0 
µg/kg/min. 
Dose máxima: 
20,0 µg/kg/min.
Diluir: SF0,9% ou 
SG5% Amp.:250mg 
(12,5mg/mL). Usar 1 ampola 
em 230 mL da solução 
escolhida (250 mL de 
solução final; concentração 
final 1.000 µg/mL.
Vasopressina
Choque vasoplégico 
refratário a 
vasopressores 
adrenérgicos.
Dose recomendada:
0,03 U/min.
Diluir em 250 mL 
SG 5% 
1 ampola com 
20U/ml.
Figura 3: 
Opções de drogas 
vasoativas 
Fonte: 
Condutas no paciente 
grave. Elias Knobel, 
2016, adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
11
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
As infusões de Noradrenalina devem ser administradas preferen-
cialmente através de veia central em bomba de infusão contínua 
(BIC). Se for necessário iniciar infusão da droga por veia periférica 
até passagem de acesso central, utilizar veia de bom calibre e 
manter atenção quanto ao extravasamento da droga até transfe-
rência da infusão para veia central.
Sedativos e analgésicos
As equipes multiprofissionais das UTI responsáveis pelos pacientes 
com síndrome aguda respiratória grave (SRAG), devido ao corona-
vírus (SARS-CoV-2), enfrentam alguns desafios, como: melhora da 
troca gasosa, transporte de oxigênio e oxigenação tecidual usando 
ventilação mecânica (VM). Para isso ocorrer de maneira eficaz, é 
necessária a utilização de sedação profunda associada ou não ao 
uso de bloqueadores neuromusculares (BNM). O objetivo da tera-
pêutica se deve ao fato da sedação profunda, com ou sem o uso de 
BNM, melhorar a complacência pulmonar e suprimir acionamento 
ventilatório para facilitar a adaptação do paciente ao ventilador. 
Porém, o uso de sedação profunda e prolongada (por 2 semanas) 
com BNM pode não ser necessário para todos os pacientes com 
Covid-19 (PAYEN et al., 2020). Na figura a seguir observe as opções 
de drogas sedativas e analgésicas quanto a: posologia, diluição e 
administração para o paciente em tratamento do Covid-19 .
Midazolam
Inicia 0,05 mg/kg/h 
e titula entre 
0,02 – 0,1 mg/kg/h)
Diluir: SF0,9% ou SG5%
Ampola: 10 ml (5mg/mL)
Usar 5 ampolas em 200 mL 
da solução escolhida
(250 mL de solução final;
concentração final 1mg/mL.
Acúmulo, 
Agitação,
Delirium.
Droga Apresentação / PreparoDose recomendada Desvantagens
Propofol 5 – 50 mcg/kg/min
Frasco 20ml 1% = solução
10mg/ml (=10.000 mcg/ml)
250 mL de solução final;
concentração final 
1.000 mcg/mL.
Depressão cardíaca, 
Reações alérgicas.
Fentanil Infusão 0,7 – 1,0
mcg/kg/h)
Diluir: SF0,9% ou SG5%
Frasco: 10 ml (50 mcg/mL)
Usar 5 frascos em 200 mL 
da solução escolhida 
(250 mL de solução final;
concentração final 10mcg/mL.
Hipotensão,
Rigidez torácica,
Alteração da 
motilidade intestinal.
Figura 4: 
Opções de drogas 
sedativas e 
analgésicas. 
Fonte: 
Condutas no paciente 
grave. Elias Knobel, 
2016, adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
12
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
O uso de BNM na UTI requer cuidados para evitar uma série de com-
plicações. As atuais recomendações são para que os BNM sejam 
utilizados para auxiliar a adaptação à ventilação mecânica (princi-
palmente quando são empregadas modalidades desconfortáveis, 
como a ventilação em posição prona e a hipercapnia permissiva) 
e o uso de altos níveis de pressão expiratória final positiva (PEEP). 
Vale salientar ainda a importância do uso do BNM na intubação do 
paciente suspeito ou confirmado para Covid-19, para facilitar a in-
tubação, evitar tosse do paciente durante o procedimento e conta-
minação da equipe por aerossóis. (PAYEN et al., 2020).
Fechamento
As orientações atuais dos Centros para Controle e Prevenção de 
Doenças para atendimento clínico de pacientes com Covid-19 
destacam que não há tratamento específico para Covid-19 e en-
fatizam que o manejo deve incluir implementação imediata das 
medidas de prevenção e controle da infecção, bem como o ge-
renciamento e suporte de possíveis complicações. Essas orien-
tações enfatizam ainda, a importância dos cuidados de suporte 
com base na gravidade da doença, variando de tratamento sinto-
mático para doença leve a manejo ventilatório baseado em evi-
dências para SRAG, bem como o reconhecimento e tratamento 
precoces nos casos graves. 
A pandemia de Covid-19 representa a maior crise global de saú-
de pública na atualidade, desde o surto de gripe pandêmica de 
1918. A velocidade e o volume de ensaios clínicos desenvolvidos 
para investigar possíveis terapias para o Covid-19 destacam a ne-
cessidade e capacidade de produzir evidências de alta qualidade, 
mesmo no meio de uma pandemia. Nenhuma terapia utilizada nos 
estudos apresentados demonstrou total eficácia até o momento 
e qualquer tratamento em uso poderá ser modificado a qualquer 
momento, a depender de novas evidências científicas.
13
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
UNIDADE 3.2 Atendimento na PCR: 
protocolo, medicamentos e infusões, 
reanimação cardíaca e oxigenação, 
intubação orotraqueal; noções 
básicas de ECG
Nesta unidade você irá compreender como deve ser realizado o 
atendimento da parada cardiorrespiratória em adultos com sus-
peita ou confirmados de Covid-19, os cuidados com a intubação 
orotraqueal, bem como os ritmos que integram as modalidades de 
parada cardiorrespiratória. 
Resultados recentes, de uma revisão sistemática, com 53 mil pa-
cientes da Covid-19, indicou que 80% dos pacientes apresentaram 
doença leve, 15% tiveram doença moderada e cerca de 5% doença 
grave, exigindo admissão em unidade de terapia intensiva ((UTI), 
com taxa de mortalidade de 3,1%. A principal causa de parada car-
díaca foi a hipóxia pelos problemas respiratórios. Contudo, em 
uma série de casos de 136 pacientes, as modalidades de parada 
cardíaca foram: a assistolia em 122 (89,7%) pacientes, atividade 
elétrica sem pulso (AESP) em 6 (4,4%) pacientes e fibrilação ven-
tricular/taquicardia ventricular sem pulso (FV/TVP) em 8 (5,9%) 
pacientes (ILCOR, 2020; COUPER et al., 2020).
Introdução
Figura 5: 
Coronavírus. 
Fonte: 
Pixabay (2020).
14
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Em outra série de casos de estudos com 138 pacientes hospitali-
zados com a Covid-19, 16,7% dos pacientes desenvolvem arritmias 
e 7,2% apresentam lesão cardíaca aguda. Assim, embora a maio-
ria das paradas cardíacas nesses pacientes apresentou ritmo não 
chocável, causado por hipoxemia, alguns apresentaram ritmo cho-
cável, que pode estar associadoa medicamentos que prolongam o 
intervalo QT do ECG (por exemplo, a cloroquina, a azitromicina) ou 
causada por isquemia do miocárdio (PERKINS et al., 2020).
Nosso estudo está focado na aprendizagem em suporte avançado 
de vida em cardiologia - SAVC. Contudo, lembramos que o suces-
so da reanimação, depende da adequada cadeia de atendimento 
(AHA,2020), com o suporte básico de vida (SBV) eficiente. 
Conheça, agora o processo do suporte básico de vida.
Suporte básico de vida em cardiologia (SBVC)
De acordo com estudos (ILCOR, 2020), não há evidências suficientes de 
que as compressões torácicas e a reanimação cardiopulmonar tenham 
potencial de gerar aerossóis. Contudo, mesmo que não haja evidências 
suficientes, recomendamos que os profissionais de saúde façam o uso 
de equipamentos de proteção individuais - EPIs para procedimentos de 
geração de aerossóis durante a reanimação. 
 
Cadeia de 
atendimento 
de reanimação 
cardiopulmonar (RCP). 
Fonte: 
American Heart 
Association (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Cubra a sua 
boca e nariz 
com uma 
máscara facial.
CuuCuCuCuCuuCuCuCuCuuCuCuCuuCuCuuuCuCuCuCuCCuCuCuCuCuCuCuCuCuCuCCuCuuuCCCuuCCuCCuuCCCuubrbrbbrbbbrbrrbbbrbrbbbrbbrbrbrbrbbbrbrbrbrbbrbbrrbrbrbbbrbbrrrrbb a aaaaaaaaaaaaaaa a aaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa sususussususussssusuuuuususususussuuuusussussusssususuuuuususuuussuusuuuuuuussss aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 
bobobbbbobobobobbbobobobobobbobbbbobbbboobobbobbbbbobooobooooobbbobooobboooocacacaccacacacacacaacacacacacaccacaacacacacacaaccacccacaaccaacacaca eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnaaaaraararararararrraraaaraaraaraaraaraarararaararaararaarraaaarrrrizizizizizzizziizizizizizizziziiizizizizizzzzzizzzzzziizzizzzzzz 
com uma 
máscara facial.
Disque 190 e 
obtenha um DEA 
(Desfibrilador 
Externo Automático). 
Cubra a sua 
boca e nariz 
com uma 
máscara facial.
Cubra a boca
e o nariz do
paciente com
uma máscara
ou pano. 
Faça RCP somente com 
as mãos. Empurre com 
força e rapidez o centro 
do peito a uma taxa de 
100 a 120 compressões 
por minuto.
Use uma DEA 
(Desfibrilador 
Externo 
Automático) 
tão logo esteja 
disponível.
PCR no Adulto e COVID 19
Se você presenciar uma parada cardíaca e está preocupado que a 
pessoa possa ter COVID-19, você ainda pode ajudar executando a 
RCP (Reanimação Cardiopulmonar) somente com as mãos.
15
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Agora, vamos conhecer as recomendações atualizadas do Conse-
lho Europeu de Reanimação (2020) relacionadas com as altera-
ções no suporte básico de vida (SBV) ILCOR (2020).
Recomendamos 
assistir ao 
vídeo sobre a 
reanimação 
somente com as 
mãos, no link.
Aprofunde
Acompanhe a seguir as alterações no suporte básico de vida, de 
acordo com as recomendações do Conselho Europeu de Reanima-
ção (2020), com base em recente revisão e evidências do ILCOR.
A orientação é que as equipes de atendimento dos pacientes em 
parada cardiorrespiratória, tanto dentro quanto fora do hospital, 
devem ser compostas apenas por profissionais de saúde com 
acesso e treinamento no uso dos EPIs.
Mesmo que a aplicação das pás do desfibrilador e a aplicação do 
choque pelo Desfibrilador Externo Automático (DEA), seja um proce-
dimento que não gera aerossol, deve ser priorizado pelo profissional 
de saúde o uso de EPIs adequados, como máscara cirúrgica resis-
tente a líquidos, proteção para os olhos, avental de manga longa e 
luvas. Ou seja, constatada a parada cardiorrespiratória use os EPIs.
Suporte básico de vida (SBV) aos 
profissionais de saúde em adultos com 
suspeita ou confirmados de Covid-19
Figura 6: 
Profissional de 
enfermagem com 
os EPIs. 
Fonte: 
Freepik (2020).
https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=s_SAJo2B_x0&feature=emb_logo
16
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Faça compressões torácicas e a ventilação com uma bolsa máscara com 
reservatório de oxigênio numa relação 30:2 (30 compressões e 2 ventila-
ções), interrompendo minimamente as compressões torácicas durante 
as ventilações para minimizar o risco de geração de aerossol. 
Ainda, seguindo as orientações, reconheça rapidamente a parada 
cardiorrespiratória, procurando a ausência de sinais de vida e a 
ausência de respiração normal (gasping ou respiração agônica). 
Essa identificação deve levar no máximo 10 segundos.
Para minimizar o risco de propagação do vírus, use um filtro de 
ar particulado de alta eficiência (HEPA) ou um trocador de calor e 
umidade (HME) entre a bolsa auto inflável e a máscara, conforme 
visualizado a seguir. 
A filtragem dupla aumentará a probabilidade de filtrar 100% das par-
tículas virais em aerossol pelo processo de expiração do paciente.
Orientamos que você use as duas mãos para segurar a máscara no 
paciente e garantir uma boa vedação com a ventilação máscara-
-bolsa e com o reservatório, isso requer uma segunda pessoa. Em 
seguida, utilize um desfibrilador ou um DEA e siga as instruções.
Um único filtro HEPA 
colocado entre a válvula do 
saco e o tubo endotraqueal 
absorverá> 99% das 
partículas virais.
Um segundo filtro HEPA 
pode ser colocado sobre a 
porta de escape (onde uma 
válvula PEEP é 
tradicionalmente colocada) 
para proteção adicional 
usando nosso conector 
impresso em 3D.
UM ÚNICO FILTRO HEPA UM SEGUNDO FILTRO HEPA
Figura 7: 
Ventilação Manual 
com Filtro HEPA. 
Fonte: 
Rescueventilation.com 
(2020), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Para conhecer mais 
a respeito, assista a 
demonstração da 
intubação de paci- 
entes com suspeita 
de Covid-19, nesse 
link. E para maiores 
informações sobre 
instalação de CPAP 
sem cânula nasal, 
clique neste link.
Ative a legenda em 
português!
Aprofunde
https://www.youtube.com/watch?v=iIGAmdyZr4Y
https://www.youtube.com/watch?time_continue=19&v=QEMBJXfEd2M&feature=emb_logo
17
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Suporte avançado de vida em cardiologia - 
SAVC aos profissionais de saúde em adultos 
com suspeita ou confirmados de Covid-19 
Parada Cardiorrespiratória no Hospital
O suporte avançado de vida deve ser realizado no hospital, nas 
unidades de pronto atendimento e nas ambulâncias equipadas 
para o transporte seguro destes pacientes ao hospital.
Com os avanços dos estudos e maior conhecimento sobre a Covid-19, 
as orientações aqui disponibilizadas podem sofrer modificações.
A seguir conheça as orientações de atendimento preconizadas 
pela Associação Americana do Coração (2020) e do Conselho Euro- 
peu de Reanimação Covid-19 (2020).
Primeiramente procure identificar o mais cedo possível qualquer 
paciente com a doença Covid-19 que esteja em risco de deterio-
ração aguda ou parada cardíaca. E, a seguir siga as medidas apro-
priadas para evitar parada cardíaca e evitar RCP desprotegida.
Lembramos que os equipamentos de proteção individual (EPIs) 
devem estar disponíveis para proteger a equipe durante as tenta-
tivas de ressuscitação. Reconhecemos que isso pode causar um 
breve atraso no início das compressões torácicas, mas a seguran-
ça da equipe é fundamental.
ALERTA DO PROFISSIONAL
A segurança no atendimento é fundamental e as prioridades 
são: 1º - a sua própria; 2º - a dos colegas; e 3º - a do paciente. 
O tempo necessário para atender com segurança o pacien-
te é uma parte fundamental do processo de ressuscitação 
(AHA, 2020), (ERC, 2020).
!
O uso de sistemas de rastreamento fisiológicos e de alertas permitirá a 
detecção precoce de pacientes agudos.
18
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Para sua segurança, utilize máscaras FFP3 (FFP2 ou N95, se FFP3 
não estiver disponível), proteção para os olhos e rosto, avental 
impermeável de mangas compridas e luvas antes de realizar os 
procedimentos de RCP.
A seguir vamos conhecer as etapas do procedimento RCP, confor-
me demonstrado pela AssociaçãoAmericana do Coração (2020) e 
do Conselho Europeu de Reanimação Covid-19 (2020).
ALERTA DO PROFISSIONAL
Para filtrar as respirações expiradas do paciente, verifique se há 
um filtro viral (filtro trocador de calor e umidade - HME, ou filtro 
de ar particulado de alta eficiência - HEPA) entre a bolsa auto 
inflável e a via aérea (máscara, via supra glótica, tubo traqueal).
!
Etapas
Pressione o tórax com força (pelo menos 
2 polegadas [5 cm]) e rápido (100-120 / min) 
e permita o recuo completo do tórax.
Troque o profissional responsável pelas 
compressões a cada 2 minutos ou mais cedo 
se estiver cansado.
Se a Pressão Parcial de CO2 ao final da expiração 
(Petco2) for <10 mm Hg, tente melhorar 
a qualidade da RCP.
Se a fase de pressão de relaxamento (diastólica) 
da pressão intra-arterial for <20 mm Hg, tente 
melhorar a qualidade da RCP.
Se nenhuma via aérea avançada for estabelecida 
(intubação orotraqueal) continue a relação 
30 compressões por 2 ventilações com 
máscara bolsa com reservatório e filtro).
Minimize as interrupções das compressões.
Evite ventilação excessiva.
Avalie a onda quantitativa da capnografia.
Figura 8: 
Etapas no 
procedimento RCP. 
Fonte: 
AHA, ECCR (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
19
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Para este procedimento, observe as recomendações do fabricante 
e siga de acordo com as orientações.
Verifique o protocolo a seguir de RCP hospitalar para pacientes com 
a Covid-19, confirmada ou suspeita, de acordo com a AHA (2020).
ALERTA DO PROFISSIONAL
Se o desfibrilador for de onda de desfibrilação bifásico, siga 
as recomendações do fabricante (por exemplo, dose inicial 
de 120-200 Joules); se for desconhecido, use o máximo dis-
ponível de Joules. Segunda e subsequentes doses de choque 
devem ser com carga equivalente ou superior, nunca inferior. 
Se o desfibrilador for de onda de desfibrilação monofásico, 
administre sempre 360 Joules. Apenas os ritmos de fibrila-
ção ventricular e de taquicardia ventricular sem pulso (FV/
TVSP) são chocáveis. Na parada cardiorrespiratória por Assis-
tolia e por Atividade Elétrica sem pulso (AESP*) deve-se re-
alizar RCP e buscar causas reversíveis, conforme ressaltado 
no protocolo. (AHA, 2020, ERC, 2020).
!
Para conhecer 
mais sobre o tema 
parada cardior-
respiratória assista 
ao vídeo completo 
do atendimento da 
PCR nesse link. 
E também ao vídeo 
“Ritmos de parada 
cardíaca, FV, TV, 
Assistolia e AESP”, 
nesse link. Ative a 
legenda em 
português!
Aprofunde
https://www.youtube.com/watch?v=NXLrIWSf2Y0
https://www.youtube.com/watch?v=Xq0gNFcBJXc
20
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Figura 9: 
Algoritmo de parada 
cardíaca do Suporte 
Avançado de Vida 
em Cardiologia para 
pacientes suspeitos 
ou confirmados com 
Covid-19. 
Fonte: 
AHA (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Coloque os EPIs
Limitar pessoal 
Considere a adequação da ressuscitação
Iniciar RCP
Forneça oxigênio (limite de aerossolização)
Conecte o monitor / desfibrilador
Prepare-se para intubar
Priorizar a intubação / retomar a RCP
• Pausar compressões torácicas para intubação
• Se a intubação atrasar, considere o dispositivo das vias aéreas 
supraglóticas ou a máscara de bolsa com filtro e vedação
• Conecte ao ventilador com filtro quando possível
1
A
2 9
10
11
12
3
4
5
6
7
8
SIM
SIMNÃO
SIM, CHOQUE
NÃO
SIM
NÃO
FV OU TVSP
Ritmo 
Chocável?
Ritmo 
Chocável?
ASSISTOLIA/AESP
SIM, CHOQUE
RCP por 2min. Acesso IV / IO
• Epinefrina a cada 3-5 minutos
• Considere dispositivo mecânico de compressão
RCP por 2min
Acesso IV/IO
RCP por 2min. 
• Epinefrina a cada 3-5 minutos
• Considere dispositivo mecânico 
de compressão
RCP por 2min. 
Amiodarona ou Lidocaína
Trate causas reversíveis
RCP por 2min 
Trate causas reversíveis
Se não houver sinais de 
retorno espontâneo da 
circulação vá para 10 ou 11.
Se há sinais de retorno 
espontâneo da circulação 
vá para Cuidados 
pós-parada cardíaca.
Vá para 5 ou 7
Ritmo 
Chocável?
SIM, CHOQUE
Ritmo 
Chocável?
Ritmo 
Chocável?
B
21
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Seguindo o protocolo, minimize a desconexão do circuito fecha-
do de ventilação. Também recomendamos que o profissional com 
maior experiência deve ser o responsável pela intubação, a fim de 
obter maior probabilidade de sucesso na primeira tentativa, nesse 
caso, considere a possibilidade de videolaringoscopia.
Deve ser estabelecido a intubação endotraqueal ou via aérea su-
pra glótica vançada. Considere capnografia em forma de onda ou 
capnometria para confirmar e monitorar a colocação do tubo en-
dotraqueal. Uma vez que tenha sido estabelecida via aérea avan-
çada, ventile uma vez a cada 6 segundos (10 respirações/min) com 
compressões torácicas contínuas. A dose de epinefrina IV / IO 
(intravenosa ou intraóssea) deve ser: 1 mg a cada 3-5 minutos; a 
dose de amiodarona IV / IO deve ser: 1ª dose: bolus de 300 mg. 
2ª dose: 150 mg; Se for lidocaína a dose IV / IO deve ser: 
1ª dose: 1-1,5 mg / kg; 2ª dose: 0,5-0,75 mg / kg.
Trate causas reversíveis 5Hs: Hipovolemia; Hipóxia; Íons hidrogê-
nio (Acidose); Hipo/Hipercalemia; Hipotermia e os 5Ts: Pneumotó-
rax de Tensão ou hipertensivo; Tamponamento cardíaco; Toxinas; 
Trombose pulmonar e Trombose coronária.
Numa situação de reanimação em pacientes intubados, conheça 
os principais aspectos deste atendimento no momento da parada 
cardiorrespiratória (AHA, 2020) (ERC, 2020).
Reanimação em pacientes intubados no 
momento da parada cardiorrespiratória
ALERTA DO PROFISSIONAL
Lembre-se que o retorno da circulação espontânea é obser-
vado pela presença de pressão de pulso, aumento abrupto e 
sustentado da PetCo2 (normalmente ≥40 mmHg), ondas de 
pressão intra-arterial espontânea obtidas por monitoramento.
!
Veja os destaques 
das atualizações 
direcionadas nas 
diretrizes de 2019 
da American Heart 
Association para 
RCP e Atendimento 
Cardiovascular de 
Emergência, 
nesse link.
Aprofunde
https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2019/11/2019-Focused-Updates_Highlights_PTBR.pdf
22
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Use EPIs de precaução conforme ressaltado 
anteriormente.
Em caso de parada cardíaca no paciente intubado e 
ventilado mecanicamente, não desconecte o circuito 
do ventilador ao iniciar a RCP para evitar a geração 
de aerossóis.
Aumente o FiO2 para 100% e ajuste o ventilador para 
fornecer 10 respirações por minuto.
1
2
3
Figura 10: 
Reanimação 
em pacientes 
intubados no 
momento de parada 
cardiorrespiratória. 
Fonte: 
AHA, ECR (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
É importante que você verifique o ventilador e o circuito para ga-
rantir que eles não tenham contribuído para a parada cardíaca, 
por exemplo: filtro bloqueado, aumento excessivo do auto-PEEP 
ou falha mecânica. Siga as orientações locais sobre a descone-
xão do ventilador para minimizar a geração de aerossóis, como: 
clampear o tubo antes da desconexão, uso de filtros virais, etc.
Para compreender melhor o processo de reanimação cardiorrespi-
ratória, veja o alerta a seguir.
ALERTA DO PROFISSIONAL
Vamos alertar você sobre a reanimação cardiorrespirató-
ria nos pacientes em posição prona. Os pacientes com a 
Covid-19 são frequentemente posicionados em decúbito 
ventral (posição prona), para melhorar a oxigenação. A maio-
ria desses pacientes está intubado, mas em alguns casos 
pacientes com a Covid-19 não estão intubados, estão acor-
dados e também podem ser colocados em posição prona 
no leito. Se ocorrer parada cardiorrespiratória no paciente 
nesta situação e que não estiver intubado, você deve virá-lo 
imediatamente para o decúbito dorsal antes de iniciar 
as compressões torácicas. Por outro lado, na ocorrência 
de parada cardíaca em um paciente intubado na posição 
!
23
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19na gravidez e puerpério
prona, é possível realizar as compressões torácicas, pressio-
nando as costas do paciente. Comprima entre as escápulas 
na profundidade e velocidade usuais (5 a 6 cm, com 2 com-
pressões por segundo). Isso pode fornecer alguma perfusão 
vital aos órgãos enquanto a equipe se prepara para colocar o 
paciente em decúbito dorsal. Lembre-se de fazer este pro-
cedimento protegido com adequado EPI.
Por fim, lembramos que o Protocolo de RCP enfatiza em detalhes 
os passos para o atendimento da PCR tanto para ritmos chocáveis 
quanto não chocáveis.
Fechamento
Nesta unidade vimos os passos do atendimento de uma parada 
cardiorrespiratória em suporte básico e avançado de vida, com 
destaque para o uso de equipamentos de proteção individual - EPI, 
usando para isso máscaras FFP3 (FFP2 ou N95, se FFP3 não esti-
ver disponível), proteção para os olhos e rosto, avental de mangas 
compridas e luvas que devem ser utilizadas antes de realizar os 
procedimentos de RCP. 
Vimos também os cuidados que você deve ter ao interromper 
as compressões torácicas, aliviando a pressão no tórax duran-
te as ventilações para minimizar o risco de geração de aerossol. 
Atentando o cuidado para os ritmos de parada cardiorrespiratória 
como: a fibrilação ventricular, a taquicardia ventricular sem pulso 
(TVSP), a assistolia e a atividade elétrica sem pulso (AESP), que 
integram as arritmias de parada cardiorrespiratória.
24
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
UNIDADE 3.3 – A Covid-19 na gravidez 
e no puerpério
Ao longo desta unidade você terá a oportunidade de reconhecer os 
sinais de agravamento do quadro respiratório e hemodinâmico que 
se instalam abruptamente em gestantes e puérperas, além de com-
preender a complexidade do cuidado intensivo às gestantes e puér-
peras. Também veremos como aplicar as recomendações e notas 
técnicas para o cuidado seguro dessas pacientes, além de conhe-
cer as medidas para redução da disseminação do vírus SARS-CoV-2 
na atenção ao pré-natal, parto e puerpério recomendadas pelo 
Ministério da Saúde e demais instituições de notório saber. 
Diante da pandemia Covid-19, as mulheres continuam a dar à 
luz, agora envoltas em um sentimento de ansiedade e medo por 
suas vidas e de seus filhos. No Brasil, anualmente três milhões de 
crianças nascem, envolvendo cerca de seis milhões de pessoas. 
Lamentavelmente, vivemos uma situação crítica no país em re-
lação aos óbitos de gestantes e puérperas, pois o vírus está se 
mostrando mais agressivo nas gestantes e puérperas brasileiras 
do que nesse mesmo grupo em outros países.
Introdução
Figura 1: 
Mulher grávida. 
Fonte: 
Freepik (2020).
25
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Mesmo que as evidências não apontem gestantes e puérperas 
como mais propensas a adquirir a Covid-19 em comparação às 
demais mulheres, é importante destacar que a gravidez por si só 
modifica o sistema imunológico o que pode alterar a modulação 
da resposta às infecções virais. Fato esse já conhecido por partei-
ras e obstetras. (ROYAL COLLEGE, 2020).
Como o Brasil possui uma taxa de natalidade maior que a de países 
da Europa, esse fato parece estar relacionado ao maior número 
de gestantes e puérperas expostas às complicações da Covid-19. 
Estudos recentes apontam que o percentual de mulheres que agra-
vam o quadro e necessitaram de cuidados críticos somaram 4,7% 
entre as gestantes contaminadas com Covid-19 (SUTTON, 2020). 
Diante desses dados e das pacientes que evoluíram para o pior 
desfecho, em abril de 2020, o Ministério da Saúde decidiu incluir 
as gestantes e as puérperas no grupo de risco para o SARS-CoV-2. 
A seguir, abordaremos a avaliação e o manejo clínico às gestantes 
e às puérperas diagnosticadas com Covid-19 que necessitam de 
cuidado intensivo.
O caso apresentado adiante foi publicado por pesquisadores ira-
nianos e é baseado no relato do primeiro óbito de gestante com 
diagnóstico de Covid-19 (PARISA et al., 2020). Ele foi adaptado 
para atender à necessidade de nossos estudos sobre o cuidado 
intensivo a gestantes e puérperas.
Estudo de caso
Confira as 
recomendações do 
Ministério da Saúde 
para atenção 
às gestantes e 
puérperas. Clique 
neste link para ler 
sobre nota técnica 
09, e neste link 
para ler sobre a 
nota técnica 12. 
Aprofunde
As recomendações nacionais e internacionais apresentadas na unidade 
tratam do cuidado seguro e de qualidade às grávidas e puérperas dis-
poníveis até o momento e podem sofrer alterações diante da publicação 
de novas evidências.
Paciente:
JMS, 27 anos, 
pós-parto 
há 48 horas, 
diagnosticada 
com Covid-19 
há 12 horas. 
Recém-nascido 
(RN) passa bem e 
permanece sob 
cuidados 
do pai em 
isolamento 
no Alojamento 
Conjunto (AC). 
Deu entrada no leito de 
isolamento da UTI com 
dificuldade respiratória e 
relato de tosse iniciado na sala 
de parto. Sem comorbidades, 
sem viagem recente, sem 
histórico familiar de contato 
com pacientes Covid-19. 
Figura 2: 
Caso de puérpera que 
veio à óbito. 
Fonte: 
Parisa et al. (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
https://bit.ly/2LGD4Eo
https://bit.ly/3bHq63F
26
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
A avaliação inicial do caso foi a seguinte:
• FR=28 irpm.
• FC= 110 bpm.
• PA= 110/60 mmHg.
• T=39°C.
• Saturação de O2= 93%.
• Murmúrios vesiculares diminuídos.
• Útero contraído e lóquios normais.
• Checado no prontuário há 24 horas Oseltamivir, Azitromicina e 
Ceftriaxona, após resultados de exame laboratorial que apresen-
tou leucocitose, linfopenia e Proteína C Reativa (PCR) elevada.
• O raio X apresentou fracas opacidades irregulares bilaterais. 
A prática clínica mostra um agravamento abrupto em gestantes 
e puérperas que evoluem de um quadro de hipotensão para o 
choque e/ou de uma dispneia para uma parada cardiorrespirató-
ria. Estudos apontam que na gestação ocorrem várias alterações 
adaptativas mecânicas e fisiopatológicas no sistema respiratório, 
incluindo diminuição dos volumes respiratórios, aumento do con-
sumo de oxigênio e edema da mucosa do trato respiratório, o que 
pode torná-las intolerantes à hipóxia (WU, 2020).
“Para cada mãe que morre, há uma família que sofre, uma comunidade 
que se torna mais fraca, um país que fica mais pobre”. Carissa F. Etienne. 
Diretora OPAS/OMS.
Nesse sentido, gestantes e puérperas quando estão sob cuidados 
intensivos necessitam de maior vigilância do enfermeiro. Observe 
os sinais descritos na próxima figura: 
27
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
FC >100 bpm FR ≥ 22 irpm
PAS ≤ 100 
mmHg
Saturação de 
O2 ≤ de 94%
Enchimento 
capilar 
> 2 segundos
Diminuição 
do volume 
urinário 
< 0,5ml/kg/h
Glasgow < 15Dispneia/
taquipneia
Alteração 
da ausculta 
pulmonar 
(crépitos)
Cianose Tontura/
Confusão mental/
Agitação 
psicomotora/
Torpor
Figura 3: 
Sinais que requerem 
atenção em gestantes 
e puérperas. 
Fonte: 
Parisa et al. (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Foram solicitados novos exames laboratoriais, tomografia compu-
tadorizada de tórax (TC). Iniciado oxigenioterapia via cateter nasal 
a 10 litros/minuto. A piora do quadro foi evidenciada por:
• Taquipneia intensa acompanhada de retração supraesternal e 
intercostal;
• FR= 55 irpmn.
• FC= 130bcpm. 
• T=40°C.
• PA: 135/70mmHg.
28
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
• Resultados laboratoriais: gasometria apresentou alcalose me-
tabólica, padrão bioquímico demonstrou persistência da lin-
fopenia, aumento das enzimas hepáticas (aspartato amino-
transferase e alamina aminotransferase) e lactato e diminuição 
de albumina. 
• O resultado da TC de tórax apresentou opacidades subpleurais 
em vidro fosco com espessamento pleural. 
Imediatamente, foi iniciado o procedimento de intubação orotra-
queal (IOT) com as devidas precauções para aerossóis e contato.
ALERTADO PROFISSIONAL
É importante lembrar que grávidas e puérperas podem des-
saturar rapidamente durante a IOT. Desse modo, é necessário 
pré-oxigenar com FiO2 a 100% por meio de máscara facial 
com bolsa reservatório por cinco minutos. Recomendações 
nacionais indicam a intubação em sequência rápida como 
mais apropriada após uma avaliação de vias aéreas que des-
carte sinais de intubação difícil (AMIB, 2020).
!
Concluído com êxito o procedimento de IOT da puérpera JMS 
foi iniciada ventilação mecânica (VM) no modo pressão contro-
lada, VT 350 ml, FiO² 100%, PEEP 13 cmH2O, FR: 18/ irpm e satu-
ração de 85%. 
Vale destacar que ainda não existem evidências científicas que 
justifiquem o manejo diferenciado da gestante com Covid-19. 
O protocolo clínico vigente recomenda que a conduta seja toma-
da levando em consideração os seguintes pontos:
29
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
 Idade 
gestacional
 
Condição 
materna
 Viabilidade 
fetal
Figura 4: 
Questões relevantes 
para o protocolo 
com gestantes. 
Fonte: 
BRASIL (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Ainda, esse protocolo reforça a avaliação do médico obstetra para 
decisão sobre o momento da interrupção da gestação de modo a 
melhorar a ventilação/perfusão (V/Q) pulmonar que está reduzida 
no último trimestre de gestação (BRASIL, 2020).
Até o momento, evidências apontam que a Covid-19 apresenta ca-
racterísticas trombogênicas (ROYAL COLLEGE, 2020). Parece haver 
uma associação entre a infecção e o risco aumentado de trombo-
embolismo venoso em gestantes e puérperas. Cabe o questiona-
mento aos pesquisadores se a combinação com os fatores trom-
boembólicos gestacionais e puerperais pode estar se constituindo 
um fator de pior prognóstico nas gestantes e puérperas brasileiras.
Por esse motivo, fique atento(a) aos achados clínicos e laborato-
riais descritos na figura a seguir:
Gestantes e puérperas em cuidado intensivo
30
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
PAM 
< 65mmHg
Lactato 
> 20 mmol/
IRA SO2 < 95%, 
PaO2 < 70 
e PCO2 
> 50 mmHg, 
pH < 7,35
D-dímero 
aumentado Leucocitose
PCR 
elevada
Linfopenia 
Oligúria 
< 0,5ml/kg/h
Figura 5: 
Achados clínicos 
e laboratoriais. 
Fonte: 
Parisa et al. (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
A PCR é um importante marcador e indicador de inflamação, en-
quanto o D-dímero é um dos marcadores procoagulantes mais im-
portantes, que podem se elevar nas infecções virais. O monitora-
mento rigoroso da contagem de leucócitos, linfócitos e da PCR pode 
ser útil para a prevenção, diagnóstico e tratamento precoce das 
complicações identificadas na gestação e no puerpério (WU, 2020).
Nos casos graves em que a ventilação mecânica não é suficiente 
para uma oxigenação adequada às células, o suporte pela oxigena-
ção por membrana extracorpórea – ECMO pode ser utilizada. Existe 
pouca literatura científica a respeito de seu uso em gestantes e 
puérperas, mas, nos casos relatados por pesquisadores chineses, 
houve redução das taxas de mortalidade nesse grupo, sendo esse o 
dispositivo de suporte à vida mais utilizado nos dias atuais.
Entretanto, esses pesquisadores alertam que a ECMO deve ser 
considerada apenas por centros com experiência nessa prática 
(RASMUSSEN et al.,2020).
ECMO
Circuito fechado 
de circulação 
extracorpórea, 
composto por um 
conjunto de tubos, 
membrana de 
oxigenação artificial 
e bomba propulsora 
com objetivo de 
manter a perfusão dos 
tecidos com sangue 
oxigenado, enquanto 
ocorre a recuperação 
do parênquima 
pulmonar, redução da 
resposta inflamatória 
e melhoria da V/Q. 
(AMIB, 2020).
31
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Cuidados de enfermagem específicos
Além dos cuidados com ventilação mecânica, recomendados pelo 
Cofen e já citados, na figura seguinte apresentaremos os cuida-
dos de enfermagem específicos para gestantes e puérperas com 
Covid-19 admitidas em unidades de terapia intensiva. Verifique: 
Avaliar padrão ventilatório (sincronismo, alarmes, PEEP, 
PPI, FIO2, volume corrente) e comparar com resultados 
de gasometria.
Manter vigilância constante: nível de consciência, 
coloração da pele, expansão pulmonar, sinais vitais, 
diurese e sinais de retenção hídrica.
Realizar ausculta pulmonar e comparar com achados de 
exames de imagens.
1
2
3
Observar sinais de sangramento: (lóquios, punção 
arterial, hematúria).
Avaliar perfusão e saturação periférica (extremidades, 
lábios, olhos, lóbulo da orelha).
Posicionar paciente no leito semi-fowler 30°.
4
5
6
Posicionar puérpera em posição prona SN.7
Administrar drogas sedativas e relaxantes musculares 
conforme prescrição médica.
8
Discutir com a equipe multiprofissional o protocolo de 
desmame da ventilação mecânica.
9
32
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Figura 6: 
Cuidados específicos 
para gestantes 
e puérperas 
com Covid-19. 
Fonte: 
ASHOKKA et al 
(2020), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Pratique esses cuidados com pacientes gestantes e puérperas, mas 
lembre de sempre buscar novas informações no caso de atualizações 
nas recomendações destes procedimentos em pacientes grávidas.
Após acessarmos as informações anteriores, podemos voltar ao 
caso de JMS, puérpera de 27 anos, em pós-parto há 48 horas e 
diagnosticada com Covid-19 há 12 horas. Como vimos, a paciente 
deu entrada no leito de isolamento da UTI com dificuldade respi-
ratória e relato de tosse iniciado na sala de parto. 
Apresentou na avaliação inicial: FR=28 irpm; FC= 110 bpm; 
PA= 110/60mmHg; T=39°C; Saturação de O2= 93%; e evoluiu abrup-
tamente para insuficiência respiratória. A partir desse quadro, foi 
realizado IOT e JMS foi submetida à VM, recebendo suporte ven-
tilatório invasivo por quatro dias. 
A paciente foi extubada e permaneceu sob cuidados intensi-
vos por mais dois dias. Com melhora nos padrões respiratório, 
hemodinâmico, bioquímico e de imagem teve alta da UTI para 
quarto privativo no AC, em que permaneceu em isolamento com 
o seu marido e filho. 
Retomando o caso da puérpera JMS
Aprofunde seu 
conhecimento 
sobre cuidados 
com pacientes 
em ventilação 
mecânica no 
ambiente extra e 
intra-hospitalar 
acessando a 
Resolução 639 do 
Cofen, no link.
Aprofunde
Monitorar padrão respiratório após extubação, com 
ventilação por cateter de O2 ou macronebulização.
Pactuar com a equipe o melhor momento para a visita 
do acompanhante.
10
11
Estabelecer protocolos para redução de pneumonia 
causada por ventilação mecânica, trombose venosa 
profunda e úlcera por pressão
12
Avaliar ingurgitamento mamário e solicitar apoio ao 
banco de leite para coleta de leite materno.
13
https://bit.ly/2X5SJlO
33
Farmacologia, parada cardiorrespiratória e a Covid-19 na gravidez e puerpério
Considerando que até o momento não há evidências de transmis-
são vertical pelo leite materno, a Organização Mundial da Saúde 
recomenda, com as devidas medidas de precaução, a manuten-
ção do aleitamento materno diante dos inúmeros benefícios para 
o desenvolvimento infantil e redução das taxas de morbidade e 
mortalidade na infância.
É importante destacar que, no momento da alta, as enfermeiras da 
UTI, aleitamento conjunto, banco de leite, em comunicação com 
a enfermeira da atenção primária, estabeleceram o plano de alta 
segura à puérpera.
Orientações para o cuidado da mulher e do RN foram asseguradas, 
bem como ofertadas medidas de contracepção, reforçando que o 
momento da pandemia Covid-19 é inoportuno para as mulheres 
que desejarem engravidar.
Nesta unidade vimos o caso clínico de uma puérpera que, mesmo 
assintomática na sua internação, evoluiu para piora de um quadro 
respiratório, agravado pela Covid-19. A partir desse cenário, chama-
mos atenção dos enfermeiros obstetras e intensivistas para mo-
nitoramento rigoroso de gestantes e puérperas, pois, no cenário 
nacional, elas têm representado importante grupode risco que 
abruptamente evolui com complicações respiratórias e hemodinâ-
micas severas, necessitando de cuidado intensivo. 
Como mostrado, estudos relataram melhores resultados na redu-
ção da mortalidade em gestantes chinesas que se beneficiaram do 
suporte da ECMO. Também trouxemos recomendações que tratam 
da detecção precoce de sinais e sintomas, alterações no padrão 
bioquímico e nos exames de imagem. 
Por fim, destacamos que, mesmo diante de tantos artigos publica-
dos semanalmente em bases internacionais, há escassez de estu-
dos sobre a morbidade e mortalidade da Covid-19 em gestantes e 
puérperas. Este fato dificulta a melhor compreensão sobre o com-
portamento do vírus nessas mulheres, pois este tem se mostrado 
mais agressivo entre elas. Assim, sugerimos aos colegas enfermei-
ros obstetras e intensivistas que invistam em pesquisa clínica de 
modo a preencher essa lacuna e assim contribuir com a qualidade 
do cuidado e a redução da mortalidade nesse grupo. 
Leia o Protocolo 
de Manejo Clínico 
de Gestantes 
com suspeita ou 
confirmação de 
Covid-19 no link.
Aprofunde
Fechamento
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Protocolo-Manejo-Gestante-e-Covid-UNICAMP.pdf
https://bit.ly/2zRNnCB
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