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1
BATALHA NAVAL DE SALAMINA, RIACHUELO E JUTLÂNDIA E A LUTA PELO CONTROLE DA COMUNICAÇÃO MARÍTIMA
OLIVEIRA, Charles de Sousa
RU:1796943
AMARAL, Maria do Carmo
RESUMO
O presente Artigo Científico tem como objetivo conceituar, interpretar e validar as informações no que se refere às batalhas navais de Salamina, Riachuelo e Jutlândia, deflagradas nos mares. Correlacionado a este contexto busca-se problematizar uma aspiração ao controle das comunicações marítimas. Para o desenvolvimento do trabalho serão realizadas pesquisas de cunho diversas, contudo tendo como referência a pesquisa bibliográfica usada como a principal metodologia para embasar a discussão em torno do tema. 
Palavras-chaves: Batalhas Navais. Salamina. Riachuelo. Jutlândia Comunicações Marítimas. Pesquisa Bibliográfica.
1 INTRODUÇÃO
Visando abordar as consecuções das batalhas navais de Salamina, Riachuelo e Jutlândia, deflagradas nos mares, o tema proposto canaliza uma significância concisa no que se refere à formação econômica dos beligerantes envolvidos, tendo como referência a luta pelas comunicações marítimas considerada até hoje, a principal motivação que levavam as nações a declararem guerra, uma vez que o tripé econômico consubstanciava-se no uso e controle dessas rotas marítimas para o desenvolvimento de suas respectivas economias, mas para isso a demonstração do poder naval era inevitável.
Entende-se por comunicações marítimas os caminhos existentes no mar para o comércio exterior ou interno, isto é, as rotas por onde trafegam os navios, desde seus portos de origem até os de destino. Elas não são vias físicas, somente se materializando quando existirem navios, tanto de transporte ou de guerra, navegando com suas cargas. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA, 2006, p. 11). 
Com isso os argumentos que sustentam a estrutura do trabalho são balizados nessas importantes e significativas batalhas navais que foram sendo construídas e travadas com suas periodicidades indo da Antiguidade à Contemporaneidade, trazendo consigo os interesses colonialistas, imperialistas, expansionistas e principalmente econômicos por parte dos seus inúmeros atores, no qual tinha o mar, como seu palco central.
Considerando que houve várias batalhas navais e que suas resoluções eram constituídas pelo controle da comunicação marítima dentro de um conceito expansionista principalmente no que se refere à acessão econômica dos envolvidos, busca-se problematizar nesse contexto o panorama das guerras nos mares, tendo como referência as batalhas navais de Salamina, Riachuelo e Jutlândia, em que se cotejam os principais motivos que levava as nações a declararem guerra.
Xerxes sabia que sem o controle do mar nunca poderia conquistar a Grécia. Por isso resolveu retornar imediatamente para a Pérsia, deixando que seu exército se retirasse pelo norte passando pela Macedônia, Trácia, estreito de Bósforo e finalmente Ásia. A derrota final persa veio em plateia, no ano seguinte, portanto, 479 a.C., mas foi em Salamina com o hábil uso dos trirremes, sem sombra de dúvida, que os invasores persas sofreram o grande revés e retrocederam. Pode-se assumir que a supremacia grega do mar foi estabelecida aí, a partir desse conflito. (CHEVITARESE et al. 2009, p. 27).
Portanto este tema tem como intuito discutir a importância dos confrontos supracitados, referenciando as ditas batalhas navais, pois foi através delas que em que seu período histórico foi se construindo as identidades de suas nações no que tange aos desenvolvimentos do poder naval. 
Por que nos dias atuais os Estados Unidos da América é uma potência mundial e tem uma das mais poderosas esquadras tanto em sua estrutura quanto em seu poder bélico? Por que a Marinha inglesa é referência em quase todo o mundo como um dos seus principais símbolos representada por Lorde Nelson? Por qual razão o Japão na Grande Segunda Guerra atacou em Pear Habou? Por qual motivo Hiroxima e Nagasaki foi o apogeu da Segunda Guerra Mundial? Por que Venceslau Brás declara guerra a Tríplice Aliança na Grande Primeira Guerra? Por que Napoleão Bonaparte institui o bloqueio continental?
Essas são algumas das inúmeras exemplificações indagativas em que suas explicações estão interligadas diretamente ao tema proposto, viabilizando um senso crítico, pragmático, ortodoxo e metódico, demonstrando dessa forma o quão é importante ter o conhecimento histórico das batalhas deflagradas nos mares e de suas conseqüências, onde se cria especificações peculiares de cada nação envolvida nesses embates navais. A metodologia para se chegar aos melhores resultados nas pesquisas diversificou-se na medida dos questionamentos levantados, pesquisas em jornais, revistas marítimas, entrevistas, campo, fichamentos, todas foram fundamentais para um bom desenvolvimento do tema e de sua escolha, mas a pesquisa bibliográfica destacou-se por sua estrutura científica demonstrando um cabedal variado de articulações argumentativas, possibilitando uma gama de interpretações dos diversificados autores estudados, pois de forma contundente a escolha do que será apresentado é centralizado nesse meio de pesquisa.
Embora a escolha do tema possa ser determinada ou sugerida pelo professor ou orientador, quando se trata de um principiante, o mais freqüente é a opção livre. As fontes para a escolha do assunto podem originar-se da experiência pessoal ou profissional, de estudos e leituras, da observação, da descoberta de discrepâncias entre trabalhos ou da analogia com temas de estudo de outras disciplinas ou áreas científicas. (LAKATOS e MARKONI, 2003, p. 24).
Desse modo a pesquisa bibliográfica norteia e organiza metodicamente a estrutura científica do presente artigo, viabilizando uma eficaz interpretação por parte do leitor, consubstanciado nesse contexto toda a metodologia de pesquisa histórica no qual o tema propõe, além do mais a preocupação com as fontes utilizadas são expostas pela referência e reconhecimento dos autores estudados.
2 GUERRA NAVAL E DISTINÇÃO DE PODER MARÍTIMO E PODER NAVAL
Para que se conceitue todo o panorama da importância de uma guerra naval, se faz necessário anteposto a isso, compreender a distinção de poder marítimo e naval, em que muitas vezes são interpretados erroneamente.
O Poder Marítimo é um resultado da integração dos recursos que é disponibilizado a uma nação para a utilização do mar, assim como das águas interiores, seja como fator preponderante de ação política e militar, seja como fator de desenvolvimento econômico e social, tendo como aspiração a manutenção dos objetivos nacionais. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA, 2006, p. 12). 
Partindo do Princípio que o Poder Naval é quem dá sustentação existencial ao Poder Marítimo e que os mesmos se correlacionam a um propósito comum, a garantia da soberania de seus Estados, e que através de uma ótica que se diga de passagem mais contemporânea, o Poder Naval se configura na arma utilizada veementemente para a defesa e conquista de um determinado território onde o mar será o fator preponderante para que sejam possíveis tais ações.
O Poder Naval compreende os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, as bases e posições de apoio, suas estruturas de comando e controle, logístico e administração. Podemos, assim, observar que um Poder Naval, para ser eficaz, necessita ser capaz de atuar em grandes áreas, por um período de tempo ponderável nelas adotar atitudes tanto defensivas quanto ofensivas, com aproveitamento de suas características de mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA, 2006, p. 13). 
2.1 ELEMENTOS DO PODER MARÍTIMO
Existe uma composição de elementos que garantem a existência do poder marítimo, viabilizando que haja uma ação de presença e intimação aos componentes que porventura, venham a interferir numa determinada área jurisdicional marítima. Segundo a Diretoria de Ensino da Marinha (2009, p. 12), esses elementos que constituem o Poder Marítimo são compostos por expressões do poder de uma Nação, alusivos a capacidade de se utilizar o mar e ashidrovias interiores, no qual haverá situações em que um determinado recurso ou uma organização exigirá o vínculo das comunicações marítimas ao Poder Naval que intrinsecamente está inserido dentro do Poder marítimo.
Assim a Diretoria de Ensino da Marinha (2009, p. 13), afirma que os elementos que constituem o poder marítimo são:
· A Marinha Mercante, com suas facilidades, serviços e organizações relacionadas com os transportes marítimas e fluviais. Dessa maneira, o navio mercante, a companhia de navegação e os representantes marítimos fazem parte desse Poder;
· A infra-estruturar hidroviária, incluindo-se os portos, os terminais, os meios e as instalações de apoio e controle. Assim, todos os portos brasileiros fazem parte desse Poder; 
· A indústria naval com seus estaleiros de construção e reparos e setor de navipeças;
· A indústria bélica de interesse do aprestamento naval;
· A indústria de pesca com suas embarcações, terminais e indústrias de processamento de pescado;
· As organizações e os meios de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de interesse para o uso do mar e águas interiores e de seus recursos, aí se incluindo as universidades e os centros de pesquisa voltados para o mar;
· As organizações e os meios de exploração (sondagem, pesquisa, estudo) e explotação (retirada de recursos para fins de utilização) dos recursos do mar, seu leito e subsolo, inclusive as que operam embarcações de apoio offshore (movimento terra para o mar);
· O pessoal que desempenha atividades relacionadas com o mar e hidrovias interiores e os estabelecimentos destinados à formação e ao treinamento;
· O Poder Naval. 
2.1.1 CARACTERÍSTICAS DO PODER NAVAL
Para se comprovar a eficácia de uma Poder Naval é necessário observar se o mesmo terá capacidade de atuar em extensas áreas e num período de tempo considerável, onde é preciso adotar ações tanto defensivas quanto, ofensivas aproveitando-se de suas características, mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade. 
A mobilidade representa a capacidade de deslocar-se prontamente e a grandes distâncias, mantendo elevado nível de prontidão em condições de emprego. Assim, quando uma força naval se desloca rapidamente para uma área conflagrada a característica por ela utilizada é a mobilidade. A permanência indica a possibilidade de operar continuamente por longos períodos em áreas distantes e de grandes dimensões com independência. A versatilidade permite regular o poder de destruição e alterar a postura militar, mantendo a aptidão para executar uma grande gama de tarefas. Um exemplo dessa característica é a utilização de uma força naval como instrumento de combate, ao mesmo tempo em que ela pode transformar-se em instrumento da paz por meio de apoio a populações atingidas por sinistros naturais, como furacões e tsunamis. A última característica importante para um Poder Naval com credibilidade é a flexibilidade, que pode ser sintetizada pela capacidade de organizar grupamentos operativos de diferentes valores, em função da missão recebida. Por exemplo, um grupo de navios varredores pode limpar as minas de um campo marítimo, assim como pode, devido ao seu armamento, realizar uma patrulha no mar territorial reprimindo a pesca ilegal. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA, 2006, p. 14). 
2.1.2 GUERRA NAVAL
É natural o Homem olhar para o mar e ter uma ótica que naquele momento vê-se simplesmente uma imensa massa líquida que banha o planeta terra em diversas áreas, possibilitando que os barcos flutuem que as aves marinhas possam sobrevoá-lo, que num dia ensolarado a praia vire palco de lazer, ou seja, aquele romantismo de ver o reflexo do belo azul anil do céu sob as águas e sentir a refrescante brisa que acalma as almas estressadas, contudo é preciso conhecer melhor o mar, pois a sua importância vai além dessa simplicidade. A construção de identidade e formação de várias culturas no mundo dependeu exclusivamente do mar, uma vez que era a única via e a mais contundente de se comunicar eficazmente. Segundo Albuquerque e Silva (2006, p.12), até mesmo os grandes povos não tinham a audácia de nunca desconhecerem a importância do mar, grandes impérios foram erguidos e arruinados pelo mesmo motivo, o de ser ter o controle das comunicações marítimas em suas mãos, e não é preciso fazer um esforço exorbitante para ratificar tal afirmação, uma vez que a economia das grandes potências sempre esteve relacionada diretamente a demonstração de seu poder marítimo e naval consubstanciado ao controle de suas rotas marítimas.
Os fenícios, que disseminaram o alfabeto; os gregos, que nos legaram imorredouros padrões de expressão artística e de pensamento filosófico; os romanos, que nos deixaram a lei e o costume da ordem e da justiça; os portugueses, que ligaram a Europa ao Oriente; os espanhóis, que ligaram o Velho e os Novos Mundos; os ingleses, que fizeram a Revolução Industrial; todos foram fundadores de impérios marítimos, todos conheceram a importância do mar. (ALBUQUERQUE; SILVA, 2006, p. 12).
Partindo desses pressupostos é inevitável que se observe o quanto o mar é importante para o desenvolvimento das sociedades de todo o mundo e é justamente por esse contexto de aspiração ao progresso desenvolvimentista que começou a desencadear diversificados conflitos no qual o mar foi palco de guerra, onde os desentendimentos eram resolvidos através de batalhas navais em que na maioria das vezes mudavam o percurso de qualquer que fosse o confronto. A boa estratégia naval e a preocupação do bom guarnecimento do espaço marítimo garantem o desenvolvimento socioeconômico de qualquer que seja a nação. 
2.1.3 BATALHAS NAVAIS DE SALAMINA, RIACHUELO E JUTLÂNDIA
Em qualquer que seja a guerra, existirá várias táticas a serem construídas pelos beligerantes envolvidos, tanto em via terrestre como em via marítima e a maioria delas convergem para um único objetivo, efetuar o bloqueio do inimigo para que o mesmo não provenha de opções logísticas, dessa forma impossibilitando o desenvolvimento dos mecanismos de ambas as partes. Partindo desse princípio e utilizando uma ótica no que se refere à guerra naval surgirão às batalhas navais, resultado de conflitos que envolvem justamente o domínio do mar, no que concernem as comunicações marítimas, nesse contexto Albuquerque e Silva (2006, p. 13), afirma que numa situação de guerra se faz necessário inibir o inimigo e impossibilitar que o mesmo venha a utilizar as suas comunicações marítimas, para que não haja a viabilidade de facilitação de elementos que o ajudarão nas hostilidades, nesse ínterim além da negação do uso das rotas marítimas ao inimigo, é primordial que se garanta a utilidade de suas próprias comunicações, quando é obtida essa configuração diz-se que se conseguiu o controle ou o domínio do mar na área desejada, normalmente esse domínio do mar é decidido por uma batalha naval. Logo os autores sintetizam com veemência o principal motivo para que se deflagre uma batalha naval, que na maioria delas o interesse econômico está embutido numa configuração indireta objetivamente, tanto que a motivação é exacerbada pelo controle da área marítima, pontualmente no que diz respeito à manutenção do escoamento dos produtos e na corrida pela matéria prima para confecção de material bélico, utilizando-se dessa configuração contextual pode ser exemplificada na batalha naval de Salamina.
Travada aproximadamente a 480 a. C entre persas e gregos, Salamina é considerada a primeira batalha naval ocorrida na história, e não poderia ser diferente o motivo que levou a ocasionar este conflito, o controle pelas fronteiras ocidentais, no qual dava acesso ao desenvolvimento econômico tanto para Pérsia como para Grécia, de um lado está o General grego reconhecido pelas suas táticas de guerra, Temístocles, e do outro o grande rei persa Xerxes I, este ultimo que não galgou êxito na batalha uma vez que sua desenvoltura no que se refere à tática naval foi inferior a de seu oponente, assim Chevitarese et al. (2009, p. 23), afirma que na batalha naval de Salamina para cada gregoexistia em média de 2 a 3 barcos persas, diferença que foi vantajosa para o general grego, uma vez que o conflito ocorrera em águas restritas e estreitas, conseguindo ainda motivar seus comandados a ficarem firmes as intempéries advindas, outra jogada de mestre foi à utilização de trirremes, embarcação propícia para navegar em áreas estreitas que era o caso de Salamina, contudo de todas essas táticas altamente eficazes, a que cominou na grande vitória grega sobre os fenícios foi na resolução de um problema que equacionou todos que restavam a serem solucionados, de acordo com Chevitarese et al. (2009, p. 23), essa audaciosa tática fora o envio de um dos serviçais de Temístocles a Xerxes, o intuído era fazer chegar ao grande rei persa uma informação, deixando a entender que esse serviçal fosse um traidor do comandante grego, a de que a esquadra grega planejava surpreender os percas através de uma manobra naval em que se deslocariam para um local mais estreito no qual se conseguisse fazer com que os persas caíssem numa armadilha, realmente os mesmos caíram na grande armadilha da mentira, com tal proeza executada e com um passo a frente, Temístocles com sua pequena frota se comparando com a dos persas com número bem maior de belonaves, deu uma aula de tática naval aos seus adversários. Levando em consideração a esperteza dos gregos e a autoconfiança dos persas chega-se a finalidade de que apesar da minoria quando se trabalha com precisão logística e principalmente com entendimento da importância de suas comunicações marítimas os entraves são analisados de forma que as adversidades da batalha sejam superadas. “A razão de os persas terem permitido que isso acontecesse parece ter sido a sua fatal autoconfiança, responsável direto por tê-los levado a entrarem no canal de Salamina”, (CHEVITARESE et al. 2009, p. 25). Logo se conclui que as táticas navais bem executadas são mais consideráveis que a quantidade de meios, deste modo Xerxes reconhecia que se não houvesse o controle marítimo seria impossível sua ambição expansionista de conquistar a Grécia. Os gregos sempre foram conhecidos pelas suas características positivas em guerra, principalmente no que tange a tática e o desenvolvimento logístico, no qual se comprova nesta primeira batalha naval da história. Não obstante vale salientar que as guerras pérsicas sempre convergiram no sentido de disparidade no âmbito sócio organizacional, desta forma divergindo drasticamente dos gregos que sempre buscaram resolver suas batalhas com uma metodologia coerente, observando as adversidades e os entraves que por outrora poderiam surgir complicar o desenvolvimento de suas estratégias.
E assim Chevitarese et al. (2009, p. 13). Afima que: 
As guerras pérsicas têm sido percebidas, desde o século V a.C. até os dias atuais, como a supremacia dos gregos – que, em termos recentes, são entendidos como o “Ocidente” – sobre os bárbaros, que, em termos atuais, são caracterizados como o “Oriente”. Essas leituras antigas e modernas, centradas no princípio da alteridade, com forte ênfase nos campos “nós” e “eles”, são derivadas do autor responsável pela principal narrativa sobre o conflito: o historiador antigo grego Heródoto.
Diante do exposto cria-se a máxima de que não adianta somente deter a quantidade, pois mais do que nunca a qualidade tem que ser exaurida no âmago da sua essência, assim como ocorreu em 11 de junho de 1865 na Batalha Naval do Riachuelo, inserida dentro da Guerra da Tríplice Aliança, onde Brasil, Argentina e Uruguai eram aliados contra o Paraguai do ditador Solano Lopez. Antes mesmo do término da Guerra Civil Americana é iniciada na América do Sul um conflito no âmbito internacional que não deixara de ser igualmente horrível e sangrento, no qual Paraguai teve que lutar sozinho contra a Tríplice Aliança. (BITTENCOURT et al, 2009, p. 253). Diante desse contexto era incumbida a marinha imperial brasileira de chamar a responsabilidade para si uma vez que era o único país que detinha de um significativo poder naval, levando em consideração que o teatro de operações era composto pelo rio Paraná e seu afluente Paraguai no qual os mesmos constituíam as vias de comunicação mais importantes da região. Antes de mais tudo é importantíssimo identificar e fazer uma análise do estopim motivacional da entrada do Brasil na guerra da Tríplice Aliança para que se possa entender o teor da batalha, havia uma crise política exacerbada na Banda Oriental do Uruguai (atual República do Uruguai), dois partidos políticos se digladiavam pelo poder “Blancos” e “Colorados”, dentro desse contexto o período histórico o Império Brasileiro intervém nessa crise política uma vez que lá residiam mais de 40 mil brasileiros e muitos deles tinham propriedades e eram envolvidos com a política local, os Blancos assumem o poder e conseqüentemente adotam medidas desfavoráveis aos brasileiros que em sua maior parte eram do partido colorado, chegando tomar as terras, gados e expulsá-los do país sem direito algum.
Com todos esses acontecimentos o Brasil envia uma Esquadra comandada por Joaquim Marques Lisboa (marquês de Tamandaré), para solucionar o problema que por conseqüência alia-se a Fernando Flores líder dos Colorados, juntos conseguem uma evolução estratégica para a tomada do poder, derrotando várias passagens e fortes a margem do rio Paraná. “Tamandaré fizera uma carreira brilhante; era um dos oficiais mais prestigiados da Marinha e nessa época, já fora homenageado com o título de barão. (BITTENCOURT et al, 2009, p. 264). Com todo esse envolvimento do Brasil Francisco Ferdinando Lopes ditador do Paraguai sente-se desconfortável e ameaçado, pois todos seus produtos de importação e exportação eram realizados pelo rio Paraná, principal afluente que interessava todos os países adjacentes principalmente o Paraguai. Com todo esse cenário o palco da guerra foi montado e a Batalha Naval do Riachuelo foi de uma importância verossímil, pois garantiu a quebra do bloqueio paraguaio, contudo a contextualização dos fatos ocorridos no Uruguai é de conhecimentos obrigatórios para um eficaz entendimento.
Deste modo Bittencourt et al, 2009, p. 264 afirma que: 
É preciso conhecer o que ocorreu no Uruguai para entender por que o Paraguai se envolveu em uma guerra, por que acabou lutando sozinho contra inimigos potencialmente superiores e por que sua esquadra precisava derrotar a força naval brasileira no rio Paraná na Batalha Naval do Riachuelo.
A Batalha Naval do Riachuelo contextualizou-se na guerra do Paraguai, sendo um dos acontecimentos mais importantes para a vitória da Tríplice Aliança em todo conflito, pois a garantia do bloqueio dos recursos dos paraguaios se deveu a essa primeira conquista. Esse conflito apresentou novos desenvolvimentos bélicos, advindos de tecnologia americana como as minas navais, chamados de torpedos, e os balões cativos para observação, destacando-se os navios encouraçados, principal arma utilizada para prospecção ascendente da esquadra brasileira no rio Paraná. “O arsenal de marinha no Rio de Janeiro construiu, de 1865 a 1869, três navios encouraçados: Tamandaré, Barroso, e Rio de Janeiro; e seis monitores da classe Pará: Pará, Rio Grande, Alagoas, Piauí, Santa Catarina e Ceará”, (BITTENCOURT et al, 2009, p. 256)
Ao se fazer uma análise das ultimas batalhas navais que foram deflagradas nos oceanos e tendo como referência a Primeira e a Segunda Guerra Mundial é notória que o mar foi precursor nos resultados que os beligerantes obtiveram, sejam eles favoráveis ou não, ou seja, intrinsecamente a guerra no mar mudou a estrutura sócia política de muitas nações, até mesmo aquelas que não estavam diretamente envolvidas na Guerra. A Batalha de Jutlândia travada entre a esquadra alemã e britânica, no mar do Norte, próximo a Dinamarca é considerada uma das maiores batalhas navais da história e traz consigo a identidade de uma nova Europa e paralelamente sendo o apogeu da Grande Primeira Guerra, pois ainda que os alemães detivessem um grande contingente de soldados os mesmos sabiam que semo poder marítimo a derrota seria iminente.
E assim Vidigal et al. (2009, p.374), afirma que:
Em médio prazo, a Batalha da Jutlândia, teria consequências importantes. No fim do ano de 1916, os alemães propuseram aos aliados um plano de paz que foi recusado. Os alemães compreenderam que a derrota da Alemanha seria inevitável se o poder marítimo aliado não fosse eliminado. 
Mais uma vez vê-se o exemplo da manutenção das comunicações marítimas, através do bloqueio, como fator preponderante para a conquista Britânica nesta batalha, apesar das inumeráveis perdas, a essência de reprimir a evolução do inimigo se mostrou mais satisfatório no panorama contextual da batalha. Comprovadamente em sua historicidade a batalha naval de Jutlândia foi a ultima grande batalha naval a em que o canhão como arma bélica foi decisivo sendo insubstituível a outras armas que não detinham o mesmo poder de impacto e desenvoltura logística. Os britânicos saíram vitoriosos, contudo bastante defasados justamente pela concentração de impacto que os canhões deixaram Vidigal et al. (2009, p.373) busca em sua explicação quantificar as perdas que os britânicos obtiveram sendo 3 cruzadores de batalha, 3 cruzadores e 8 destróieres, com 6.000 mortos, número excessivo pelo fato de que nos cruzadores quase ninguém sobreviveu à explosão dos paióis de munição, do mesmo modo o autor afirma as perdas alemãs, quantificando 1 encouraçado, 1 cruzador de batalha, 4 cruzadores ligeiros e 4 destróieres, com a morte de 2.500 homens. Dentro do panorama desta batalha o principal foco foi o bloqueio e a luta incessante contra os adventos dos submarinos alemães que objetivavam sempre ataque ao trafego marítimo, afundando tantos navios quanto fossem necessários, principalmente os britânicos. Um aspecto importantíssimo deve ser pautado nesse embate, são as formas de comunicações existentes nesse período que por muitas vezes no calor da batalha originaram desencontros e rumos refratados uma vez que a quantidade de navios envolvidos era considerável, por esse motivo a batalha naval de Jutlândia é considerada umas das mais complexas por ser instável em seus momentos de batalha, segundo Vidigal et al. (2009, p.364), não existia radar e a radiotelegrafia tomava ainda seu primeiro sopro de vida, a comunicação entre os navios durante o combate se fazia essencialmente por sinais visuais que por muitas vezes eram difíceis de serem decifrados pela fumaça da artilharia e das caldeiras, sem contar nas condições metrológicas existente no dia da batalha, dividida em quatro fases.
A batalha, travada a 31 de maio parta 1 de junho, pode ser dividida em 4 fases: 1ª fase, que não envolveu as forças principais, foi de 14h15 até as 18h; a 2ª fase, de 18h15 até as 19h, envolveu as duas forças principais; a 3ª fase, também com a participação das duas forças principais, teve início às 19h10 e terminou as 19h35, sendo de curta duração; a 4ª e última fase, em que houve apenas ataques de forças secundárias, estendeu-se de 19h35 até as 3h do dia primeiro. (VIDIGAL et al. 2009, p.365). 
Portanto as exemplificações das batalhas supracitadas diversificam suas motivações, contudo norteiam para uma visão comum, a da garantia da soberania no que concerne a sua estrutura identitária e principalmente econômica, usando como pilar o controle de suas comunicações marítimas, vale salientar que a possibilidade de garantia dessas diretrizes somente seria possível com um poder naval estruturado, modernizado e bem adestrado.
3 METODOLOGIA
Para a desenvoltura das diretrizes do trabalho acadêmico proposto, será utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, internet, sites, revistas, jornais, bibliotecas e qualquer outro recurso metodológico que venha a referenciar o assunto através uma visão crítica e metódica de autores que se interligam com o tema “Batalhas Navais e a luta pelo controle das comunicações marítimas”.
A escolha de uma metodologia é executada no decorrer do trabalho de pesquisa, entretanto antes de entrar no mérito de escolha é fundamental que o acadêmico tenha consciência de que a finalidade do método científico é a busca implacável pelo conhecimento.
Dentro desse contexto Prodanov e Freitas (2013, p. 24), afirmam que:
Partindo da concepção de que método é um procedimento ou caminho para alcançar determinado fim e que a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podemos dizer que o método científico é um conjunto de procedimentos adotados com o propósito de atingir o conhecimento. 
Diante das inúmeras formas de pesquisa, a bibliográfica se destaca das demais por se tratar de uma modalidade, em que segue com princípios mais ortodóxicos e com referências mais concretas.
 "Quanto às etapas da pesquisa bibliográfica, destacamos, aqui, alguns itens essenciais que se caracterizam como etapas imprescindíveis para a realização da pesquisa bibliográfica", (PRODANOV e FREITAS, 2013, p. 24): 
· Escolha do tema;
· Levantamento bibliográfico preliminar;
· Formulação do problema;
· Elaboração do plano provisório do assunto;
· Busca das fontes;
· Leitura do material;
· Fichamento;
· Organização lógica do assunto;
· Redação do texto.
Desta forma a pesquisa bibliográfica segue um parâmetro que é determinado pelo método uniforme e consecutivo, variando de acordo com o conteúdo pesquisado, no qual se determina que sincronicamente haja o cumprimento das etapas referenciadas pelos autores supracitados. A estrutura das etapas do trabalho deverá consubstanciar um ordenamento com veracidade em sua interpretação, e que a mesma consiga interligar os pontos consensuais com as citações inseridas. 
Por tanto a construção do presente artigo além de pesquisas bibliográficas serão utilizadas coletas de dados de fontes teóricas de cunhos diversos, objetivando sempre, a base teórica em autores reconhecidos no campo acadêmico. Objetivando dessa forma uma boa construção metodológica do trabalho acadêmico proposto, viabilizando uma eficaz interpretação.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As batalhas navais referenciadas neste Artigo Científico exemplificam o quão é importante se ter o conhecimento a respeito da preocupação que tem que existir com as comunicações marítimas e do emprego de recursos pessoais e materiais para garanti-las em perfeito estado. Tendo como convergência os mesmos objetivos que são os das garantias das soberanias bélicos e econômicos dos beligerantes envolvidos, partindo de uma premissa de demonstração de preocupação no que se refere aos seus respectivos recursos que por muitas vezes se consubstanciava dentro de uma guerra. Essas batalhas referenciadas nesse artigo tiveram um teor decisivo na projeção dos acontecimentos futuros da humanidade, construindo uma metamorfose evolutiva na vida dos atores que compusera o palco de guerra desses embates.
Emerge em todo esse cenário a evolução tecnológica que separa o joio do trigo, ou seja, aqueles que deram importância a adoção da tecnologia a seu favor, obtiveram resultados expressivos e positivos, em muitos casos quebrando o paradigma do medo de se colocar em prática o inovador, ora por má perícia o mesmo por resistência.
Digno de registro é fato de essas batalhas e campanhas estarem associadas, de modo a formarem uma cadeia contínua cujo fio condutor foi à evolução científico-tecnológica, acrescida de mudança do comportamento humano nos diferentes períodos históricos que, ao longo do tempo vieram a modificar não só as características dos navios que dela participaram, criando novas táticas mais eficientes, mas também alterando a percepção da importância do Poder Naval para os diferentes combatentes, segundo as contingências políticas e sociais reinantes. (NETO et al. 2009, p.8).
Diante de todo esse panorama contextual, chega-se a uma conclusão de que, tão importante quanto querer resguardar sua soberania é está bem preparado em todos os aspectos para que se possam enfrentar as adversidades de uma futura guerra e por conseqüente de uma batalha, neste caso canalizando as exemplificações das supracitadas neste trabalho acadêmico, que foiconstruído pautado em muita pesquisa bibliográfica, diário de campo e livros com riquezas de detalhes referentes ao tema proposto, tudo isso para uma excelente interpretação do leitor. 
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Antonio Luiz Porto; SILVA, Leo Fonseca. Fatos da história naval: Programa amigos do livro naval. 2. ed. Rio de Janeiro: Cdd, 2006.
BITTENCOURT, Armando de Senna. et al. Guerra no mar: Batalhas e campanhas navais que mudaram a história. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.
CHEVITARESE, André Leonardo. et al. Guerra no mar: Batalhas e campanhas navais que mudaram a história. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.
DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA. Introdução à história marítima brasileira. 22. ed. Rio de Janeiro: Cdd, 2006.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo:Atlas, 2003.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Feevale, 2013.
VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. et al. Guerra no mar: Batalhas e campanhas navais que mudaram a história. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.

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