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Paper - Gabriel Vieira

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6
ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE GESTÃO
EST
Gabriel Vinicius Melo Camargo Vieira
Viviane Amaral Gois de Souza
	
RESUMO
As sete ferramentas da qualidade mostram um conjunto de técnicas úteis para a melhoria da qualidade. Desta forma, realizou-se um estudo de caso em uma empresa de Comunicação Visual em São João Batista-SC, no qual foram realizadas entrevistas e a aplicação de questionários aos colaboradores. Através do levantamento da bibliografia e da análise dos dados, foi possível constatar alguns aspectos importantes e seus reflexos na empresa, como a questão da motivação, o uso das ferramentas de qualidade e como isso afeta a satisfação e o desempenho dos funcionários
Palavras-chave: Qualidade. Comunicação Visual. Ferramentas da qualidade. 
1. INTRODUÇÃO
No atual cenário econômico é notável o crescimento de todos os setores do mercado, que ganharam novas configurações frente ao desenvolvimento acirrado provocado pelos implementos trazidos com a globalização. Tais implementos vêm modificando estruturalmente o setor de prestação de serviços e produtos ofertados pelas empresas que procuram trabalhar dentro de um sistema de qualidade que envolve desde o projeto até à disposição do produto para o cliente.
Com isso, o departamento que faz a gestão do sistema de qualidade vem ganhando significativo valor na dinâmica de uma organização, pois ele é um dos responsáveis por fazer esse sistema girar, mantendo sua manutenção juntamente com o controle dos processos e o aprimoramento dos produtos oferecidos aos clientes.
O objetivo do presente estudo é analisar os benefícios da aplicação das ferramentas básicas da qualidade, em uma empresa de comunicação visual da cidade de São João Batista – SC, a partir dessa análise, se busca ver quais os benefícios que estas ferramentas trazem para a empresa. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conceito de Qualidade
O conceito de qualidade está cada vez mais abrangente e visível na nossa sociedade, pois não se limita apenas ao adjetivo de um produto ou serviço, e também não se refere apenas ao aumento da produtividade nas organizações.
A qualidade enquanto conceito evoluiu ao longo do tempo de forma a adequar-se ao mercado, considerando a evolução dos negócios e a intensificação da concorrência, obrigando assim as organizações a gerarem uma constante busca pela melhoria contínua de seus produtos através do aprimoramento de seus processos. (LUPPI e ROCHA, 1998).
Surge a visão de que a qualidade é necessária para o posicionamento estratégico da empresa perante o mercado, onde se encontram consumidores mais conscientes e exigentes. Desta forma, vivemos mais do que nunca na era da qualidade. 
Atualmente a qualidade representa a busca da satisfação não só do cliente, mas de todos os públicos de uma empresa e também de sua excelência organizacional.
Frente ao desafio em se definir qualidade Juran (1991) afirmam que qualidade é adequação ao uso, fazendo desta forma menção a qualidade estando direcionada para o cliente que faz o uso do produto ou serviço, onde todas as características e atributos existentes nos mesmos contribuem para essa adequação, agregando toda a diversidade de itens que possam ser disponibilizados para sua efetiva utilização.
2.2 Sistema de Gestão da Qualidade
O aumento do interesse mundial e também brasileiro nas últimas décadas à gestão do sistema da qualidade é decorrente das transformações das necessidades e expectativas dos clientes, e por causa das pressões competitivas e tecnológicas, as quais levaram as organizações a uma reavaliação e reestruturação do comportamento empresarial adotado, sendo induzidas a melhorar continuamente seus produtos e processos.
Toda organização, seja ela micro, média ou de grande porte, necessita direcionar estrategicamente suas atividades, então ela pode se beneficiar de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) que deve ser implementado para que a empresa possa alcançar sua visão de futuro e seus objetivos de longo, médio e curto prazo. A organização dos processos do SGQ deve priorizar o alcance dos objetivos e das respectivas metas. Algumas empresas não têm esta preocupação e implementam o SGQ apenas com a finalidade de alcançar uma certificação ou cumprir o convite de um determinado cliente. (VARGAS, 2012).
Considera-se o sistema de gestão da qualidade como um conjunto de elementos interligados e integrados na organização, que trabalham coordenados para estabelecer e alcançar o cumprimento da política e dos objetivos da qualidade, dando consistência aos produtos e serviços para que satisfaçam as necessidades e expectativas dos seus clientes. (PAIVA, 2009).
2.3 Ferramentas da Qualidade
As ferramentas da qualidade entram em cena para potencializar as habilidades e competências desta equipe, disponibilizando métodos e técnicas para a identificação das possíveis causas e a descoberta de soluções para o problema. 
As ferramentas da qualidade são vistas como meios capazes de levar através de seus dados à identificação e compreensão da razão dos problemas e gerar soluções para eliminá-los, buscando a otimização dos processos operacionais da empresa. Pois, para que sejam tomadas ações pertinentes aos problemas ou potenciais problemas, é necessário que seja realizada uma análise dos dados e fatos que precederam ou influenciariam este problema
Godoy (2009) identifica como ferramentas da qualidade todos os processos empregados na obtenção de melhorias e resultados positivos, permitindo-se com isso uma melhor exploração de seus produtos no mercado competitivo.
Atualmente podemos encontrar inúmeras ferramentas da qualidade disponíveis, dentre elas, está o subconjunto das ferramentas básicas da qualidade as quais esse estudo irá se aprofundar.
2.3.1 Ferramentas básicas da qualidade
As ferramentas básicas da qualidade são assim denominadas por serem concebidas como ponto de partida para melhorar o ambiente de trabalho e para redução de custos operacionais (LINS, 2017). 
Dentre as principais ferramentas básicas da qualidade, encontram-se: Fluxograma, Folha de Verificação, Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Carta de Controle e o Diagrama de Dispersão. 
2.3.1.1 Fluxograma
O Fluxograma pode ser definido como um resumo ilustrativo do fluxo das várias operações de um processo. Este documenta um processo, mostrando todas as suas etapas e o que é realizado em cada uma delas, os materiais ou serviços que entram e saem do processo, as decisões que devem ser tomadas e as pessoas envolvidas (cadeia cliente/fornecedor).
2.3.1.2 Folha de Verificação
A folha de verificação é uma lista de itens que foi previamente estabelecida para certificar as condições de um serviço, produto, processo ou qualquer outra tarefa. A lista de verificação, também conhecido como Checklist, auxilia no momento de atestar que todas as etapas ou itens da lista foram devidamente cumpridas de acordo com o programado.
2.3.1.3 Gráfico de Pareto 
O Diagrama de Pareto ou gráfico de Pareto foi desenvolvido no final do século XIX por Vilfredo Pareto um economista italiano que realizou estudos e desenvolveu métodos para descrever a distribuição desigual de riquezas. Ficando a sua descrição conhecida como princípio de Pareto ao subestimar que algumas coisas são mais relevantes que as outras.
2.3.1.4 Diagrama de Causa e Efeito
O Diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe ou Diagrama de Ishikawa foi aplicado pela primeira vem em 1953 no Japão por Kaoru Ishikawa professor da Universidade de Tóquio, com o intuito de sintetizar as opiniões dos engenheiros quando estes discutiam sobre problemas de qualidade e também para explicar como vários fatores poderiam ser comuns entre si e estar relacionados.
2.3.1.5 Histograma
O histograma segundo Cooper e Schindler (2001), é uma solução convencional para apresentar dados de intervalo e de razão. O histograma é desenvolvido em forma de gráfico de barras, o qual mostra a variação sobre uma faixa específica, possibilitando expor e conhecer as características de um processo envolvendo a medição dos dados alémde permitir ter uma visão geral da variação desse conjunto de dados.
2.3.1.6 Carta de Controle
A Carta de Controle é uma ferramenta gráfica que pode auxiliar visualmente no acompanhamento dos processos e suas possíveis variabilidades. A carta de controle, também conhecido como gráfico de controle, é uma ótima opção para identificar estatisticamente os desvios ou alterações não esperadas que podem ocorrer em determinada etapa de um processo.
2.3.1.7 Diagrama de Dispersão
O diagrama de dispersão, normalmente é utilizado para identificar a correlação e estabelecer associação entre dois fatores ou parâmetros. Porém Slack, Chambers, Johnston, Betts (2006) afirmam que o diagrama de dispersão apenas permite identificar a relação entre as variações, e não necessariamente a existência de um relacionamento de causa-efeito
3. METODOLOGIA
A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, que “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos” (GIL, 2002, p.37).
Foi realizada uma amostragem aleatória simples, onde “qualquer subconjunto da população, com o mesmo número de elementos, tem a mesma probabilidade de fazer parte da amostra” (BARBETTA, 2006, p. 45). A população utilizada foram os funcionários da empresa de comunicação visual. É importante salientar que foram desconsiderados da amostra os funcionários terceirizados, levando em conta apenas aqueles que trabalham na matriz da empresa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através dos questionários aplicados, foi constatado que os funcionários da empresa estão satisfeitos com suas funções, porém não completamente, alguns deles demonstraram preferir outro cargo ou estar em outro departamento. Também, quase metade não considera sua carga de trabalho completamente equilibrada, porém não estão insatisfeitos, apenas acreditam que poderia haver menos atividades para desempenhar durante o dia. E poderiam estar mais bem informados sobre o que ocorre na organização.
Os funcionários consideram que a gestão da qualidade está presente na rotina da empresa, através de ferramentas de qualidade, como 5S, brainstorming, PDCA, com estas a empresa sabe onde deve melhorar e com isso, aumenta a satisfação dos funcionários. Todavia, alguns colaboradores acreditam que poderiam utilizá-las mais em suas funções e que o ambiente físico da empresa não está completamente de acordo com os padrões de qualidade, podendo melhorar em alguns aspectos, como incentivando seus colaboradores a participarem das decisões e colaborar com ideias para a melhoria da empresa. 
Tabela 1 - A empresa dá à oportunidade de você expor suas ideias?
	Concordo Totalmente (100%)
	4
	27%
	Concordo Parcialmente (75%)
	8
	53%
	Não Concordo nem discordo (50%)
	3
	20%
	Discordo Parcialmente (25%)
	0
	0%
	Discordo Totalmente (0%)
	0
	0%
	Outros
	0
	0%
Com a implementação de confraternizações mensais a partir da coordenadoria de qualidade, a união e confiança entre as pessoas dos departamentos aumentaram consideravelmente, porém não entre toda a organização, algo que se deve mudar, ademais os departamentos são complementares para o andamento e o alcance dos objetivos e metas da empresa. Como demonstrado na tabela abaixo.
Tabela 2 - Existe união entre todas as pessoas da organização?
	Concordo Totalmente (100%)
	2
	13%
	Concordo Parcialmente (75%)
	2
	13%
	Não Concordo nem discordo (50%)
	7
	47%
	Discordo Parcialmente (25%)
	4
	27%
	Discordo Totalmente (0%)
	0
	0%
	Outros
	0
	0%
Os funcionários estão satisfeitos em trabalhar na empresa, acreditam que o ambiente de trabalho contribui para os seus desempenhos, possuindo os recursos necessários para realizar as suas atividades. Também, a empresa os estimula e os motiva a se desenvolverem, com cursos de capacitações.
Tabela 3 - A empresa o estimula e motiva a se desenvolver?
	Concordo Totalmente (100%)
	8
	53%
	Concordo Parcialmente (75%)
	3
	20%
	Não Concordo nem discordo (50%)
	4
	27%
	Discordo Parcialmente (25%)
	0
	0%
	Discordo Totalmente (0%)
	0
	0%
	Outros
	0
	0%
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, a evolução da gestão da qualidade atrelada à evolução do conceito da qualidade tem tornado esta nova filosofia de gestão uma importante alternativa de vantagem competitiva para organizações que atuam em um contexto cada vez mais competitivo. 
Uma organização de qualidade, que promove a melhoria contínua de seus processos e serviços, buscando a excelência, garante a sua longevidade, através da confiança e satisfação de seus clientes e funcionário. Percebe-se que o uso da gestão da qualidade influencia na satisfação e motivação dos colaboradores da empresa, através de ferramentas de qualidade, treinamentos e confraternizações. 
Contudo, mesmo com os funcionários satisfeitos, nota-se que a gestão precisa continuar promovendo ações, visto que há funcionários que não consideram sua carga de trabalho completamente equilibrada, gostariam de estar melhor informados sobre as atividades da organização e utilizar mais as ferramentas de qualidade.
REFERÊNCIAS
GODOY, Adelice Leite de. Ferramentas da Qualidade. 2009. Disponível em: Acesso em: Acesso em: 22 jul. 2020.
ALVES, A.C.N. A Implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade na Indústria da Construção Civil Segundo os Critérios da ISO 9001:2000: Adaptação em Relação à ISO9001:1994. Niterói RJ, 2001. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal Fluminense.
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2 ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000. BARÇANTE, Luiz César. Qualidade Total: uma visão brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total (no estilo japonês). 6 ed. Rio de Janeiro:Bloch Ed, 1992.
GOULART, Luiz Eduardo Takenouchi; BERNEGOZZI, Robson Peres. O uso das ferramentas da
qualidade na melhoria de processos produtivos. XVI International Conference on Industrial. São
Carlos, SP, Brazil, 12 to 15 October – 2010.
LAKATOS, Eva Maria; MARKONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7ª
Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro. Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 2010. 
DEMING, William Edwards. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Saraiva 1990.
VASCONCELOS, Diogo Cesar de. A utilização das ferramentas da qualidade como suporte a melhoria do processo de produção: Estudo de caso na Indústria Têxtil, 2009. Disponível em: Acesso em: 22 jul. 2020.
Gabriel Vinicius Melo Camargo Vieira
Viviane Amaral Gois de Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLX1490) – Seminário Interdisciplinar: Análise das Ferramentas da Gestão (CGQ100) - 28/07/2020

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