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Termoterapia Profunda Profa Lígia de Loiola Cisneros Departamento de fisioterapia Roteiro dessa aula Modalidades: OC e US Efeitos Indicações Contra indicações Cuidados na aplicação Diatermia por ondas curtas A passagem de corrente de alta frequência através dos tecidos corporais (superficiais e profundos) produz calor. � Diatermia (“aquecimento por meio de”) Ondas Curtas Forças eletrostáticas entre cargas (atração e repulsão) Campo elétrico Força magnética / campo/ radiação Ondas Curtas � Princípios Físicos: ◦ Corrente de alta frequência (500.000 ciclos ps) alternam de polaridade tão rapidamente (1/50 microssegundos) que não estimulam terminações sensitivas e motoras. Mas produz aquecimento direto dos tecidos. Frequência de 27,12 MHz Ondas Curtas CIRCUITOS EM RESSONÂNCIA Ondas Curtas � Efeitos das correntes de alta frequência nos tecidos: ↑ energia cinética interna da matéria → Aquecimento de tecidos superficiais e profundos ◦ Vibração de íons ◦ Rotação de dipolos ◦ Distorção molecular Sangue moléculas com carga Água e proteínas dipolares Celulas adiposas Não polares Efeitos Fisiológicos e uso terapêutico do OC � A produção de calor nos tecidos leva a: � Aumento do metabolismo – maior consumo de oxigênio � Vasodilatação sanguínea – aumento do fluxo e redução da viscosidade do sangue � Relaxamento muscular « Indicações «Redução da dor subaguda e crônica «Aumento da circulação em tecidos em cicatrização «Melhora da ADM (associado à cinesioterapia) «Relaxamento muscular Ondas Curtas � Método Capacitivo: ◦ Usa placas metálicas rígidas envoltas em plástico (eletrodos rígidos ou em placas); ◦ Usa eletrodos flexíveis ou maleáveis envoltos com borracha espessa que podem ser posicionados sobre a parte a ser tratada. ü Influenciam o resultado Método capacitivo « Técnica de aplicação « Natureza dos tecidos « Distância dos eletrodos « Tamanho dos eletrodos « Posicionamento dos eletrodos ü Técnica de aplicação Contraplanar: tecidos em série Coplanar: tecidos em paralelo Fig 10.9 (Low and Reed) Ondas Curtas � Natureza dos tecidos e a relação entre eles. ◦ O campo passa predominantemente pelos tecidos de alta constante dielétrica e condutividade( músculos e vasos sanguíneos). ◦ Na aplicação coplanar, a corrente passará pelo tecido (em paralelo) de menor resistência (alta constante dielétrica). Aquece tecido muscular Ondas Curtas � Aquecimento pelo método de campo capacitivo. ◦ A passagem de corrente de alta freqüência pelo tecido depende da taxa de absorção específica (condutividade) e do grau de polarização. ◦ Substâncias que se polarizam facilmente (> constante dielétrica são boas condutoras) Ex: água, tecidos com alto teor de água. ◦ Substâncias com < constante dielétrica têm baixa condutância. Ex: , vidro, tecido adiposo. ◦ O campo elétrico nos tecidos tende a sofrer refração nas diferentes interfaces, tanto na superfície quanto entre várias camadas de tecido. Efeito do posicionamento dos eletrodos Ondas Curtas � Técnicas de aplicação ◦ Preparo do paciente (explanação e exame). ◦ Avaliação da sensibilidade térmica. ◦ Objetos de metal, materiais sintéticos e umidade devem ser removidos da área do campo. ◦ Preparo da parte a ser tratada � Método capacitivo ◦ Eletrodo de disco com ar Método capacitivo « Eletrodo acolchoado « Técnica de aplicação «Aplicação «Aparelho ligado «Sintonia «Aumento gradual da intensidade «Monitorar necessidade de ↑ da intensidade «Definir aquecimento desejado «Dosagem «20 a 30 minutos «Verificar a pele após aplicação «Descrições do paciente « Riscos «Queimaduras Concentração do campo elétrico: presença de metal, espaçamento inadequado dos eletrodos, intensidade alta «Marcapasso cardíaco «Materiais sintéticos «Implantes metálicos «Cadeiras ou mesas de metal «Pacientes obesos «Olhos «Cuidado com os cabos «Superdosagem Instruções e cuidados � Paciente deve ser instruído: � a informar: ◦ se o calor for mais intenso que o confortável. ◦ onde o aquecimento está sendo sentido. ◦ concentração de calor em uma região em particular. ◦ a não tocar em nenhuma parte do equipamento. Paciente deve ser capaz de compreender e cooperar para se obter a regulagem apropriada. « Contra-indicações «Marcapasso implantados «Metais implantados– dispositivo intra-uterino «Sensibilidade térmica comprometida «Pacientes incapazes de controlar movimentos ou de colaborar «Gravidez «Áreas hemorrágicas «Tecidos isquêmicos «Tumores malignos «Trombose «Condições inflamatórias agudas «Edema articular REFERÊNCIAS PARA LEITURA � KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11. ed. Barueri: Manole, 2003. cap. 11, p. 145-165. � ROBERTSON, Val et al. Eletroterapia Explicada: Princípios e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p 301-333. Ultrassom terapêutico Ultrassom terapêutico Calor profundo por conversão � Conceito: � Ultra som é uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta frequência. � As ondas ultra-sônicas são ondas longitudinais e provocam oscilações nas partículas do meio onde se propagam. Aspectos Básicos � Onda sonora Þ forma de energia mecânica Þ não se propaga no vácuo � É propagada pelo movimento das moléculas do meio (tecido biológico) � Consiste em ondas que transmitem energia por alternar compressão e rarefação Corrente elétrica de alta freqüência Cristais cerâmicos sintéticos (PZT – ziconato titanato de chumbo sintético) (0,7 MHz a 3 MHZ) A vibração do cristal causa a produção mecânica de ondas sonoras de alta frequência Efeito piezoelétrico Mudança de forma em resposta à uma corrente elétrica Cristal: se contrai sobre a influência de uma corrente elétrica em uma determinada direção e se expande quando a corrente é invertida. Transmissão de ondas do ultrassom Interface dos tecidos e a reflexão do US Interface altamente refletora • Atenuação: – Depende de: • reflexão (depende da impedância acústica entre dois meios) • refração (depende do ângulo de incidência) • absorção (depende da quantidade de proteína do tecido) – Absorção: energia mecânica é transformada em energia térmica. – US não é bem absorvido por sangue e gordura. – Qualquer energia não-refletida ou absorvida passa para os tecidos subjacentes Transferência do ultrassom para os tecidos Absorção de Ondas Sonoras em um feixe paralelo Ultrasom terapêutico Relação: frequência, absorção, penetração � absorção: frequência-dependente -quanto menor a frequência, menor a absorção, maior a penetração da onda. 1 MHz -quanto maior frequência, maior a absorção, menor a penetração da onda. 3 MHz Parâmetros do ultrassom Para tecidos mais profundos Para tecidos menos profundos Absorção de Ondas Sonoras em um feixe paralelo Obs: reflexão Ultrassom terapêutico � Propagação longitudinal da onda - oscilação das partículas do meio. • Efeitos Não-Térmicos – Cavitação • Oscilações estimulam formação de bolhas de ar • Cavitação estável e instável (transitória) – Correnteza acústica • Fluxo unidirecional dos fluidos tissulares «Aumento da permeabilidade das membranas «Regeneração tissular «Síntese de proteínas Efeitos biológicos Cavitação Ondas estacionárias • Efeitos Térmicos (áreas pequenas, em tecidos profundos) • Produção de calor está relacionada com a absorção «↑ circulação tissular (↑ fluxo sanguíneo e ↑ permeabilidade das membranas) «aumento da taxa metabólica «diminuição de espasmos «aumento da extensibilidade do colágeno «alívio da dor (menor excitação das fibras nervosas nociceptivas) Efeitos biológicos ultrassom pulsado Tempo de duração do pulso (Ton) Período (T on + Toff) - Redução da média temporal de intensidade (quantidade de energia disponível para os tecidos); - Efeito térmico minimizado; - Efeitos mecânicos predominantes. Usos terapêuticos do Ultrassom � Encurtamento em tecidos moles � Cicatrização de úlcerascrônicas; � Incisões cirúrgicas da pele; � Cicatrização de lesões em tecidos moles (pele, tendões e ligamentos); � Cicatrização de fraturas ósseas � Controle de dor neurogênica e crônica; Métodos de Aplicação • Agentes e métodos de acoplamento – Ondas de ultrassom não podem atravessar o ar Necessita de agente de acoplamento para que as ondas passem do transdutor para os tecidos – Água destilada é o meio ideal MOVIMENTO CIRCULAR CONTÍNUO Métodos de Aplicação • Agentes e métodos de acoplamento – Acoplamento direto • Gel aquoso* • Pressão suficiente – Imersão em água • Áreas irregulares • Impossível contato • Água desgaseificada • Mão do operador não deve ficar imersa na água – Método da bexiga • Necessita de gel entre as interfaces Dosagem � Parâmetros: ◦ Forma da onda – pulsada fornece menos potência que a contínua; ◦ Frequência – mais baixa, maior profundidade de penetração; ◦ Intensidade – W/cm² ◦ Tempo – em minutos, relaciona-se com o tamanho da área a ser tratada; Dosagem Dosagem � Intensidade: � (continuo) � < 0,3 W/cm2 = baixa � 0,3 a 1,2 W/cm2 = média � 1,2 a 2 W/cm2 = alta � Lesões agudas: 0,1 a 0,25 W/cm2 � Lesões crônicas/tec cicatricial: 0,25 a 1 W/cm2 � Duração e freqüência do tratamento: � Condições agudas: aplicações diárias � Condições crônicas: aplicações 2 a 3 vezes/semana � Tempo: 1 a 2 min para cada 10 cm2 � Maximo: 15 minutos � USAR SEMPRE A MENOR DOSE EFETIVA Contínuo e pulsado: qual a relação da intensidade? Contínuo Pulsado 50% Pulsado 20% 0,1 0,2 0,5 0,2 0,4 1,0 0,3 0,6 1,5 0,4 0,8 2,0 0,5 1,0 2,5 0,75 1,5 - 1,0 2,0 - 1,5 3,0 - 3,0 - - Métodos de Aplicação • Cuidados na aplicação: – Antes: boa avaliação do paciente e das indicações, informação ao paciente sobre o tratamento, limpeza da área a ser tratada, estabelecer protocolo de tratamento e condições ótimas para aplicação. – Durante: manter o movimento do cabeçote, dialogar com o paciente sobre as sensações provocadas pelo recurso. – Após: limpeza da área tratada e do cabeçote do aparelho (ALCOOL 70%), inspeção da pele. Orientações ao paciente, verificação de resultados. Possíveis riscos � Queimadura; � Destruição do tecido por cavitação transitória; � Estase de células sanguíneas e dano endotelial por ondas estacionárias. � Dano à epífise óssea (em doses altas) Aplicação • Contra-indicações: – Sobre áreas isquêmicas – Em pacientes com tendência à hemorragia – Em caso de tromboflebite – Sobre áreas ao redor dos olhos, coração, crânio ou genitália – Grávidas – Próximo a tumores malignos – Sobre medula espinhal ou plexos nervosos – Em áreas com insensibilidade térmica – No tórax de paciente com marcapasso Fonoforese � Introdução subcutânea de agentes farmacológicos por alterações da permeabilidade da membrana – analgésicos/antinflamatórios. � Vantagens: penetra mais profundamente que a iontoforese e não dissocia os componentes em fragmentos ionizados. Métodos de Aplicação • Fonoforese – Energia de ultrassom é utilizada para liberar medicamento nos tecidos – Apenas medicamentos aprovados para transmissão de ultra- som – Pele úmida – Saída contínua – Método invisível • Intensidade: – < 0,3 W/cm2 = baixa – 0,3 a 1,2 W/cm2 = média – 1,2 a 2 W/cm2 = alta Referência Bibliográfica � Cameron, MH. Ultrassom. In_____ Agentes Fisicos da Reabilitação. 3ª edição RJ 2009, Elsevier. p 177-206. � ROBERTSON, Val et al. Eletroterapia Explicada: Princípios e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p 301-333.
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