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Diatermia por Ondas Curtas e Micro-ondas Prof.: Sandra Santana fisioterapia DIATERMIA POR ONDAS CURTAS Diatermia é a técnica que consiste em elevar a temperatura dos tecidos pela passagem de uma corrente elétrica de alta frequência através de uma região do corpo. O calor é produzido pela resistência dos tecidos à passagem da corrente elétrica, portanto ocorre a transformação de energia primária (corrente elétrica) em energia secundária (térmica). DIATERMIA POR ONDAS CURTAS É um método terapêutico da termoterapia que se baseia na aplicação de campos elétricos aos tecidos, cujos os campos oscilam em frequência de 27,12 x 10Hz e comprimento de onda de 11,06m. Radiação não ionizante. Os campos oscilantes produzem distorção das moléculas, rotação dos dipolos e vibração de íons. O movimento das moléculas e íons gera calor dentro dos tecidos. DIATERMIA POR ONDAS CURTAS Considerações históricas • Faraday (1867) e Maxwell (1879) Um campo elétrico gera um campo magnético e vice- versa. Esta energia propaga-se pelo espaço em forma de onda eletromagnética. • D’Arsonval (1890) Passagem de corrente de 1A em alta frequência pelo próprio corpo, referindo sentir apenas uma sensação de aquecimento. • Hertz (1894) Ondas eletromagnéticas se propagam na velocidade da luz=3x10 8 m/s. Características Físicas • Modalidade que utiliza radiações do espectro eletromagnético na ordem de MHz (10 -100 MHz) • Frequência terapêutica: 27,12MHz • Comprimento de onda: 11m Espectro Eletromagnético Radiação Eletromagnética • São campos elétricos e magnéticos que correm juntos através do espaço. • São pequenos “pacotes” de energia. • Quanto mais longo for o comprimento de onda menor será a energia emitida. Radiação Eletromagnética Os aparelhos de ondas curtas contam de dois circuitos oscilantes, um circuito primário ou de produção e outro secundário ou de aplicação. Efeito Fisiológico O principal efeito da diatermia sobre o organismo é a produção de calor nos tecidos e os efeitos fisiológicos se baseiam nesta elevação da temperatura. Efeito Fisiológico Aumento da temperatura • A energia eletromagnética das ondas curtas tem um efeito muito pequeno no tecido vivo. • São as correntes oscilantes de alta frequência geradas nos tecidos que causam o aquecimento. Efeitos dos campos elétricos oscilantes nos tecidos • Vibração dos íons • Rotação dos dipolos • Distorção molecular Absorção de Energia de Radiofrequência • A elevação da temperatura depende da Taxa de Absorção Específica (TAE). • É a quantidade de energia absorvida por uma massa de tecido (W/Kg). • A TAE é uma função da condutividade do tecido. Reflete a facilidade com que um campo elétrico pode ser produzido no tecido. Absorção de Energia de Radiofrequência A quantidade e distribuição do calor depende dos arranjos dos campos (aplicação do eletrodo) e da resistência efetiva dos tecidos elétricos. A corrente de condução depende da condutância dos tecidos atravessados, maiores para o sangue e os ricos em água e mínima para os fibrosos. Os tecidos de alta resistência são ossos, gordura. A penetração do calor é da ordem de 13 cm, e a irradiação não deve provocar eritema cutâneo. Diatermia por OC pulsada • Nem todos os equipamentos tem esta opção. • A diferença entre a terapia pulsada e a contínua é a interrupção do campo eletromagnético. O tempo de pausa pode chegar até 20 vezes o tempo de duração do pulso. • O objetivo é dar uma carga eletromagnética sem efeito térmico. Efeitos terapêuticos Térmico • Fluxo Sanguíneo • Processo inflamatório • Colágeno • Rigidez articular Efeitos terapêuticos Efeito não Térmico ou Atérmico • Membrana plasmática mais permeável • Mitocôndrias produzem mais ATP • Alívio da dor Aumento da fabricação de colágeno? Aumento da regeneração celular? Fagocitose? Aplicação: técnica Capacitiva • Placas metálicas flexíveis • Discos metálicos rígidos Aplicação: técnica Capacitiva Diretrizes para escolha e colocação do eletrodo: • Os eletrodos devem ser de tamanhos iguais Aquecimento maior perto do eletrodo menor Concentração sobre uma área de superfície menor • Eletrodos mais largos que a área a ser aplicada Campo elétrico é menos uniforme na margem das placas • Eletrodos paralelos a pele Aplicação: técnica Capacitiva Arranjo dos eletrodos • Aplicação contraplanar ou transversal Aplicação: técnica Capacitiva Arranjo dos eletrodos • Aplicação coplanar Aplicação: técnica Capacitiva Arranjo dos eletrodos • Aplicação longitudinal Aplicação: técnica Indutiva • Nesse processo o campo magnético induz correntes secundárias. • 2 tipos de eletrodos: cabo espiralado e eletrodo tipo bobina. Dosagem • Dose OCP Tempo Fase aguda e subaguda: deve-se 5 a 10 minutos e 15 minutos, respectivamente. Fase crônica: de 15 a 20 minutos. Procedimentos para o tratamento Preparo do paciente Examinar sensibilidade térmica e dolorosa; Excluir contraindicações; Retirar objetos metálicos da área de tratamento; Remover auxílios auditivos; Remover bandagem e roupas; Pele seca; Pedir ao paciente relatar qualquer sensação percebida durante a aplicação. Procedimentos para o tratamento Preparo do equipamento Conexão dos cabos; Não encostar os cabos em superfícies metálicas; Alinhamento dos eletrodos; Proteção genital; Suporte do paciente (cadeira ou maca) não pode ser metálico. Procedimentos para o tratamento Durante o tratamento O terapeuta não deve ficar próximo ao aparelho; Assegurar que o paciente mantenha a posição correta durante a aplicação; Não deixar o paciente sozinho. Obs.: Por tratar-se de uma radiação eletromagnética apresenta peculiaridades e contraindicações, como a presença de metais em seu campo de irradiação e a difusão de radiações nos tecidos adjacentes. Contraindicações Uso de marcapassos Tumores Metais implantados TB ativa Insensibilidade térmica Trombose venosa Déficit de consciência recente Gestação Radioterapia ou exame radioativo Áreas hemorrágicas Tecidos isquêmicos Riscos Queimaduras Exacerbação dos sintomas Alastramento de patologias existentes. Ex.: tumores Insuficiência cardíaca – choque elétrico ou interferência com marcapassos. Gestação (primeiro trimestre) Cuidados na Aplicação Os cabos devem estar conectados corretamente; Os cabos ou aplicadores não devem encostar em superfícies metálicas; O terapeuta deve permanecer a 1 m de distância dos eletrodos e 0,5 m dos cabos; Assegurar que o paciente não toque no equipamento; Assegurar que não haja outra pessoa nas proximidades do equipamento; Controle com regularidade a fonte de energia e o cabo de ligação com a rede elétrica; Mantenha os cabos dos eletrodos sempre paralelos. Não cruze ou aproxime-os, pois haverá perda de potência, danificando o uso do aparelho; Controle com regularidade as conexões dos cabos dos eletrodos com o aparelho e com as placas (ou Schliephake). Diatermia por Micro-ondas Micro-ondas • São ondas eletromagnéticas de alta frequência. Essas ondas não necessitam de um meio (água, ar, etc.) para propagar-se, podendo mover-se através do vácuo. • O prefixo "micro" em "micro-ondas" indica que as microondas são "pequenas" em comparação com as ondas de rádio típica utilizados na transmissão, na medida em que têm comprimentos de onda mais curtos. Micro-ondas Micro-ondas não servem apenas para fazer pipoca! • Através das micro-ondas assistimos televisão, podemos nos comunicar e muitas outras coisas. • As micro-ondassão utilizadas em muitos dos dados do mundo, TV e comunicações telefônicas são transmitidas a longas distâncias até entre as estações terrestres e satélites de comunicações . Micro-ondas • Radares utilizam a radiação de micro-ondas para detectar o alcance, velocidade e outras características dos objetos remotos são utilizadas para aplicações como controle de tráfego aéreo, meteorologia, navegação de navios, e limite de velocidade. • Estudo de objetos no sistema solar, tais como determinar a distância até a Lua ou o mapeamento da superfície invisível de Vênus através de cobertura de nuvens. Micro-ondas • A Federal Communication Comision (FCC) estabeleceu 2 frequências para a DMO: 915 MHz e 2456 MHz • São frequências mais altas e com comprimento de onda mais curto do que a DOC. Trata-se de uma radiação não ionizante que não produz alteração na estrutura molecular, sendo a água a principal responsável pela transformação em calor da energia das micro-ondas. Micro-ondas • As unidades de DMO geram campo elétrico forte e campo magnético relativamente pequeno, ao contrário da diatermia por ondas curtas que predominam os campos magnéticos. • O aquecimento é provocado pela vibração intramolecular das moléculas ricas em polaridade. Micro-ondas O tratamento é mais superficial que a DOC, porque a radiação das microondas não consegue penetrar na camada adiposa. • Gordura subcutânea > 1cm: temperatura desconfortável. • Gordura subcutânea < 0,5 cm: penetração e elevação da Tº até 5 cm de profundidade. Micro-ondas • Menos profundo que o OC. • Emprego terapêutico: Frequências: 2.450 MHz Comprimento de onda: 122,5mm Gera correntes oscilantes Irradia micro-ondas Micro-ondas • Penetração é proporcional ao comprimento de onda e inversamente proporcional a frequência. • Absorção dependente da condutividade elétrica do tecido. • A penetração também depende do ângulo de inserção. Relação comprimento de onda e absorção Comprimento de onda • 122,5mm (2450 MHz): pouca penetração, aquecimento mais superficial. • 327 mm (915 MHZ): maior penetração, aquecimento mais profundo. Intensidade da radiação • É inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte de energia e a superfície. Efeitos térmicos, duração, intensidade, precauções, indicações e contra indicações são os mesmos do ondas curtas. Efeitos terapêuticos Efeito Térmico (principal efeito) • Fluxo Sanguíneo • Processo inflamatório • Colágeno • Rigidez articular Efeitos terapêuticos Efeito não Térmico ou Atérmico (MOP) • Não há evidências da eficácia Aplicadores de DMO • Os eletrodos para a DMO são chamados de aplicadores. Podem ser: • circular • retangular Circular A temperatura máxima é produzida na periferia de cada campo de radiação 50% 100% 50% 0% Retangular Produzem a temperatura máxima no centro do campo de radiação. 50% 75% 100% Diferenças entre DMO e DOC • A diatermia por micro-ondas não penetra na camada de gordura como na DOC. • A diatermia por micro-ondas não penetra tão profundamente quanto a diatermia por ondas curtas. • Nenhum metal deve ficar ao alcance de 1,22 metros da diatermia por micro-ondas. • A DOC é mais segura do que a DMO. Aplicação • Materiais metálicos devem ser afastados pelo menos 3 metros. • Pode haver interferência em computadores e outras equipamentos. Dosagem Sensibilidade térmica do paciente. Os procedimentos são idênticos ao do OC. Riscos Queimaduras Exacerbação dos sintomas Insuficiência cardíaca – choque ou marcapassos Alastramento de patologias existentes Início de gestação (primeiro trimestre) Contraindicações IGUAL OC • Uso de marcapassos • Tumores • Metais implantados • TB ativa • Áreas hemorrágicas • Tecidos isquêmicos • Insensibilidade térmica • Trombose venosa recente • Déficit de consciência • Radioterapia ou exame radioativo • Gestação Termoterapia O que não pode ser curado pela Medicina, pode ser curado pela cirurgia; o que não pode ser curado pela cirurgia, pode ser curado pela hipertermia; o que não pode ser curado pela hipertermia é, provavelmente, incurável. (Hipócrates) radiações eletromagnéticas A rápida aceleração das cargas causa a produção de radiações eletromagnéticas O campo magnético gerado pelo circuito oscilador induz uma correnteza na bobina ressonadora
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