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Avaliação On-Line 6 (AOL 6) - Atividade Contextualizada

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Avaliação On-Line 6 (AOL 6) - Atividade Contextualizada 
 
Conteúdo do exercício 
 
Caro(a) estudante, chegamos ao final da nossa disciplina. 
 
Neste momento você exercitará, nesta atividade, um pouco dos conhecimentos apreendidos 
com todas as fontes de estudos disponibilizadas. 
 
A hipercolesterolemia familiar (HF) é caracterizada por alterações no nível de colesterol 
circulante causado por um defeito no gene LDLR que codifica o receptor de LDL. O diagnóstico 
é estabelecido por critérios clínicos e laboratoriais e pode ser confirmado por análise genética 
que identifique a mutação do gene. 
 
Considerando essas informações, observe o caso clínico a seguir: 
 
R.J.S., 36 anos, tem história de hipercolesterolemia desde os 16 anos que mantinha sob controle 
apenas com dieta e atividade física, mas há 2 anos sofreu acidente de moto que comprometeu a 
realização de exercícios físicos. Pai e tia têm histórico dessa mesma doença (colesterol total > 
294mg/dL) e avó paterna faleceu devido a IAM. Em fevereiro de 2018, após muita insistência 
de sua esposa, procurou a unidade de saúde para realização de exames. Na primeira consulta: 
Peso = 71Kg, Altura = 1,68cm, PA = 130/80 mmHg, FC = 71bpm. Presença de xantomas em 
calcanhares. Apresentou alterações nos parâmetros lipídicos, tendo iniciado o uso de 
atorvastatina 20mg, mas devido ao uso irregular, após 3 meses, dose mudou para atorvastatina 
40mg. 
 
Compare o resultado dos exames: 
 
VARIÁVEL MARÇO/2018 SETEMBRO/2018 
Colesterol total 387mg/dL 212mg/dL 
HDLc 88mg/dL 95mg/dL 
LDLc 258mg/dL 140mg/dL 
Triglicerídeos 95mg/dL 98mg/dL 
 
Os resultados mostram o efeito positivo do uso da medicação e acompanhamento regular com 
médico. Há 2 meses adaptou os exercícios físicos de com acordo com sua limitação e segue em 
dieta controlada. 
 
 
 
 
 
 
A identificação precoce da HF contribui para redução de complicações cardiovasculares 
e morbimortalidade. 
 
O diagnóstico precoce, o tratamento adequado, a conscientização e a responsabilidade 
pela doença prolongam os anos de vida daqueles que sofrem e evitam eventos cardíacos 
(CUNHA; RIBEIRO, 2017). Principalmente quando há histórico de eventos cardiovasculares 
graves em parentes diretos (morte súbita, infarto, dor precordial, intervenções arteriais, 
claudicação intermitente, doença carotídea, acidente vascular cerebral, aneurisma da aorta 
abdominal) (PEREIRA et al., 2012). 
 
Sendo assim, como podemos explicar a melhora no lipidograma do paciente após a 
introdução da medicação? 
 
As concentrações séricas de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) está 
correlacionadas com o risco cardiovascular (CV) e a redução do LDL reduz os eventos CV. 
Com bases em estudos as estatinas também conhecidas como inibidores da HMG CoA redutase, 
atua no fígado para impedir a formação de colesterol. Isso reduz a quantidade de colesterol 
circulando no sangue, sendo mais eficazes na redução do colesterol LDL (ruim) e ajudam a 
diminuir os triglicerídeos (gorduras sanguíneas) e aumentam o colesterol HDL (bom) 
(PEREIRA et al., 2014). 
O sucesso da abordagem terapêutica e sua resposta é observada dentro de duas semanas, 
e a resposta máxima ocorre normalmente em quatro semanas, mantendo-se durante a terapia. 
Neste caso a associação do tratamento medicamentoso por estatinas (atorvastatina) com a 
prática de exercícios físicos de com acordo com sua limitação e segue em dieta controlada, fez-
se uma melhor absorção da droga pelo organismo e com isso uma melhora no perfil lipídico 
(lipidograma) (BONFIM et al. 2015) 
 
Qual o mecanismo bioquímico que leva ao acúmulo de LDL? 
 
O receptor de LDL está no fígado e na maioria dos outros tecidos. Reconhece Apo B 
100 e Apo E, mediando a captação de LDL, restos de quilomícron e IDL, através da endocitose. 
Após a internalização, a partícula de lipoproteína é degradada nos lisossomos e o colesterol é 
liberado. Quando o colesterol entra na célula, a atividade da HMG CoA redutase aumenta, 
depois sintetiza o colesterol e modula a expressão dos receptores de LDL (LEANÇA, 2010). 
Os receptores de LDL no fígado determinam os níveis plasmáticos de LDL. Quando há um 
número ou receptores baixos, menos LDL pode ser absorvido do sangue pelo fígado, levando 
a altos níveis plasmáticos de LDL. Por outro lado, quando há mais receptores de LDL, mais 
LDL é absorvido do sangue pelo fígado, levando a baixos níveis plasmáticos de LDL. 
Níveis de colesterol regulam o número de receptores de LDL na célula. Se a célula 
detectar uma diminuição nos níveis de colesterol, o fator de transcrição SREBP é transportado 
do retículo endoplasmático para Golgi, onde as proteases clivam e ativam o SREBP, que se 
move para o núcleo e aumenta a expressão dos receptores de LDL(BOTHAM; MAYES, 2016) 
Quando os níveis de colesterol são baixos na célula, o SREBP alto permanece no retículo 
endoplasmático de forma inativa e a expressão dos receptores de LDL diminui. 
Uma mutação no gene do receptor de LDL pode resultar em colesterol elevado 
(AFONSO, 2019). Quando os receptores de LDL não funcionam corretamente, o LDL 
permanece na corrente sanguínea por mais tempo do que deveria. O LDL entra nas paredes das 
artérias, onde pode endurecer e estreitar as passagens nas artérias. 
 
Como a HF pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares? 
 
A hipercolesterolemia familiar é causada por mutação no gene (cromossomo 19) do 
receptor de colesterol LDL, que está envolvido na passagem do LDL do corpo (PEREIRA, 
2012). Mutações em outros genes também podem causar colesterol alto herdado. Esses genes 
incluem o gene PCSK9 e o gene da apolipoproteína B. Todos esses genes estão conectados 
entre si. Qualquer pessoa herdar um tipo específico de mutação em qualquer um desses três 
genes, poderá desenvolver HF. 
O defeito torna o corpo incapaz de remover o sangue da lipoproteína de baixa densidade 
(LDL ou colesterol ruim). Isso resulta em um alto nível de LDL no sangue. Isso aumenta a 
probabilidade de estreitamento das artérias da aterosclerose em idade precoce. A condição é 
normalmente transmitida pelas famílias de maneira autossômica dominante. 
E pode ser herdada de um dos pais (HF heterozigoto) ou, em casos raros, de ambos (HF 
homozigoto) (CUNHA; RIBEIRO 2017). Pessoas com essa forma mais rara de HF podem ter 
níveis muito altos de colesterol LDL. Isso significa que só precisa obter o gene anormal de um 
dos pais para herdar a doença. Muitos podem precisar de cirurgias de desvio antes da idade 
adulta. Sem tratamento, pessoas com HF homozigótica raramente vivem na casa dos 20 anos. 
Levando em consideração essas informações, pode-se afirmar que quanto mais cedo nos 
preocuparmos e tentarmos baixar os níveis de LDL - Colesterol, maior será o benefício na 
redução do risco de um infarto do miocárdio ou de um AVC ao longo da vida, principalmente 
em pacientes de alto risco cardiovascular, ou com o colesterol alto de origem genética, a 
Hipercolesterolemia Familiar (HF) (PEREIRA et al., 2014). 
 
Quais os valores de referência para cada variável apresentada? 
 
Valores de referência e de alvo terapêutico de acordo com o risco cardiovascular 
estimado para adultos com mais de 20 anos (XAVIER, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que mesmo com o aumento nos níveis de HDL o paciente teve uma melhora? 
 
Níveis elevados de HDL costumam estar relacionados a menor risco cardiovascular; 
contudo, altos níveis de HDL colesterol decorrentes de algumas doenças genéticas podem não 
proteger de doença cardiovascular, provavelmente em razão das alterações metabólicas e 
lipídicas concomitantes (FUJISAWA; VIEIRA; FUJISAWA, 2008). 
O HDL é um dos principais fatores na indução do transporte reverso de colesterol, seus 
níveis elevados de HDL podem impedir a progressão da placa aterosclerótica, promovendo, 
aliás, sua regressão. 
Em pacientes que não estejam tomando fármaco redutor delipídios deve ensejar 
imediata avaliação diagnóstica para a busca de causa secundária. 
 
Identifique 3 sinais e sintomas característicos da doença são relatados nesse caso clínico. 
 
Sinais: aumento do colesterol desde os 16 anos de idade; histórico familiar de 
hipercolesterolemias com óbito na família, devido as doenças cardiovasculares; presença de 
xantomas nos calcanhares. 
Sintomas: o colesterol alto muitas vezes não apresenta sintomas, nem mesmo quando 
começa a formar placas de gordura nas artérias. A condição cursa em silêncio e, sem controle, 
pode ter como a primeira manifestação um infarto do miocárdio ou mesmo um acidente vascular 
cerebral. O dano pode ser causado antes que note que algo está errado e geralmente 
acompanhada de outras condições que favorecem a ocorrência desses eventos, como o 
sedentarismo e a obesidade. 
 
REFERENCIAS 
 
AFONSO, Thais Kristini Almendros. Estudos da atividade do receptor da LDL em 
pacientes com Hipercolesterolemia Familial. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de 
São Paulo. 
 
BONFIM, Mariana Rotta et al. Tratamento das dislipidemias com estatinas e exercícios 
físicos: evidências recentes das respostas musculares. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 
v. 104, n. 4, p. 324-331, 2015. 
 
BOTHAM, Kathleen M.; MAYES, Peter A. Síntese, transporte e excreção do 
colesterol. Murray RK, Granner DK, Mayes PA, Rodwell VW. Harper: bioquímica. São 
Paulo: Atheneu, p. 266, 2016. 
 
CUNHA, Ana Flavia Cassini; RIBEIRO, Iliana. Hipercolesterolemia familiar: a importância 
do diagnóstico e tratamento precoces. International Journal of Cardiovascular Sciences, v. 
30, n. 6, p. 550-553, 2017. 
 
FUJISAWA, Rodrigo Toshiharu; VIEIRA, Alexandre Eduardo Franzin; FUJISAWA, Renato 
Massashi. Altos Níveis de HDL Colesterol: Proteção ou Risco Cardiovascular? Relato de 
Caso. Revista Brasileira de Clínica Médica, Osasco,(6), p. 279-281, 2008. 
 
LEANÇA, Camila Canteiro et al. HDL: o yin-yang da doença cardiovascular. Arquivos 
Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 54, n. 9, p. 777-784, 2010. 
 
PEREIRA, A. C. et al. I Diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar (HF). Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, v. 99, n. 2, p. 1-28, 2012. 
 
PEREIRA, Carolina et al. Associação das doenças arterial periférica e cardiovascular na 
hipercolesterolemia familiar. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 103, n. 2, p. 118-123, 
2014. 
 
XAVIER, Hermes T. et al. V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da 
aterosclerose. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 101, n. 4, p. 1-20, 2013.

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