Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 ARQUIVOLOGIA CONCEITO ARQUIVÍSTICOS – AULA 00 – RESENHA ESTRATÉGIA Suporte: É o material a qual são registradas as informações Documento: Registro de uma informação independentemente da natureza do do material no qual são registradas as informações. Informação: “Elemento referencial, noção, idéia ou mensagem contidos em um documento.” Acervo: São os documentos de uma entidade produtora ou de uma entidade custodiadora. 3.2 Arquivo Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos 3.3 Arquivo X Biblioteca X Museu e o Centro de Documentação Arquivo: Acumulação ordenada de documentos produzidos e recebidos, preservados para conceituação de objetivos (provar/testemunhar. Biblioteca: É o conjunto de material em sua maioria impresso, disposto ordenadamente para estudos, pesquisa e consulta. Museu: Instituição de interesse público, criada com a finalidade de conservar, estudar e colocar à disposição do público conjuntos e peças de valores culturais. Centro de Documentação: Instituição ou serviço responsável pela centralização de documentos e disseminação de informações. 4. Princípios Devemos tomar cuidado com 5 princípios da arquivologia que são eles: Proveniência, organicidade, indivisibilidade, unicidade, cumulatividade. MINEMONICO: POCUI 2 1 – Proveniência: Respeito aos fundos, ordem original, sem mistura-los com de outras instituições, 1.1 – Fundo fechado: Não recebe mais documentos, haja vista que a instituição produtora cessou suas atividades (em regra) Um fundo fechado pode receber documentos, ainda que as atividades da sua instituição de origem tenham se encerrado. 1.2 – Fundo Aberto: A instituição produtora continua ativa e por isso continua a receber documentos. 2 – Organicidade: Segundo Heloísa Bellotto os arquivos refletem a estrutura, as funções e as atividades da entidade produtora/acumuladora, em suas relações internas e externas. 3 – Indivisibilidade: Segundo Heloísa Bellotto os fundos de arquivos devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição indevida. Esse princípio deriva do Princípio da Proveniência. 4 – Unicidade: Os arquivos conservam um caráter único em função do contexto em que foram produzidos. Por exemplo: um boletim de ocorrência policial dos anos 60 só faz sentido em função de determinada atividade realizada por essa instituição. 5 – Cumulatividade: O arquivo deve ser tratado como uma “formação progressiva, natural e orgânica”. De acordo com Lodolini, essas características levam à sedimentação. Ou seja, há um enriquecimento do arquivo com essa formação contínua. 6 – Outros princípios: Princípio da Territorialidade – diz que os arquivos públicos devem fazer parte do território no qual foram criados, devendo pertencer a eles. Foi criado por questões territoriais no Canadá, mas não se preocupe com isso Princípio da Pertinência Temática – esse aqui é perigoso. Ele confronta o princípio da Proveniência (o mais importante) e diz que os arquivos devem ser organizados por temas ou assuntos. Dica: Classificação por Temas ou AssunTos = PerTinência Número de revisões: 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- 20- 21- 22- 23- 24- 25- 26- 27- 28- 29- 3 Teoria das 3 idades (Ciclo Vital dos Documentos) 1 – Arquivos Correntes: consultados mais frequentemente; são conservados em locais próximos de fácil acesso; são necessários no dia a dia; tem valor primário. A lei 8159/91 (Lei dos Arquivos), define que os documentos correntes são “aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes”. 2 – Arquivos Intermediário: formado por documentos que deixaram de ser úteis no dia a dia; continuam necessário; não precisa estar próximo dos escritórios; economia; possuem valor primário. Observação de Paes: O arquivo intermediário deverá ser subordinado técnica e administrativamente ao arquivo permanente, a fim de evitar a proliferação de depósitos e manter uniforme a política arquivística. Para isso deve ser dirigido por profissionais de arquivo de alto nível, conhecedores dos métodos tradicionais de classificação e elaboração de instrumentos de pesquisa. Legislação: os “documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente Transferência: Arquivos correntes para o intermediário Recolhimento: Intermediário para o permanente. 3 – Arquivos Permanentes: Perderam o valor de natureza administrativa; conservados pelo valor histórico; preservado em caráter definitivo; inalienáveis e imprescritíveis. Também chamado de arquivo morto. Valor secundário, histórico, cultural, probatório e informativo. ATENÇÃO: Os arquivos correntes podem ser eliminados ou jogados no lixo, ou até mesmo ir direto para os arquivos permanentes, sendo diretamente recolhidos para o permanente, ou transferido para os arquivos intermediários. Correntes: Valor primário; restrito a quem acumula, próximo de quem acumula Intermediário: Valor primários, restrito a quem acumula/autorizado, distante. Permanente: Valor secundários, aberto, localização “instituição arquivística”. Número de revisões: 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- 20- 21- 22- 23- 24- 25- 26- 27- 28- 29- 4 GESTÃO DE DOCUMENTOS GESTÃO DE DOCUMENTOS – AULA 02 – RESENHA ESTRATÉGIA CONCURSOS Gestão de Documentos Arquivos especial: Arquivos de forma físicas diversas Arquivos especializados: Arquivos de uma área de conhecimento Elementos dos documentos Suporte: Material sobre a qual as informações são registradas. Exemplo: Papel, fita magnética, filme de nitrato Forma: Estágio de preparação e tramitação de documentos. Exemplos: Original, cópia, minuta, rascunho. Formato: configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza. Exemplo: Folha, caderno, cartas, livros, mapa, planta, rolo de filme etc. Gênero: como é configurado um documento de acordo com o sistema de signos. Exemplo: Documentação audiovisual, fonográfica, iconográfica, textual. Espécie: como é configurado um documento de acordo com disposição e a natureza das informações nele contidas. É a linguagem formal de um documento. Exemplo: boletim, certidão, declaração, relatório, acórdãos e resoluções etc. Tipo: relacionado a espécie documental, de acordo com a atividade que o gerou. Exemplo: Boletim de ocorrência, certidão de óbito etc. Classificação dos documentos Quanto ao gênero: Escritos ou textuais: documentos, manuscritos, impressos ou datilografados, como: contratos, certidões, tabelas, correspondência, folhas de pagamento, atas (e não atos!), dentre outros. Cartográficos: documentos em formatos e dimensões variáveis, contendo representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas, perfis); Iconográficos: Fotografias, gravuras, diapositivos*, desenhos. São documentos em suportes sintéticos, em papel emulsionado ou não, com imagens fixas. Aqui você vê o diapositivo. Uma espécie de “Slide do powerpoint” do passado. Não se preocupe com sua história ou funcionamento. As bancas, quando o citam, não entram em detalhes, mas querem saber se você identifica que o diapositivo está 5 classificado quanto ao gênero (sim) e se é um exemplo de documento iconográfico (sim). Bingo! Mais um ponto na prova. Lembre-se: estamos estudando a classificaçãoquanto ao gênero dos documentos. Não perca isso de vista. Cartográficos: documentos em formatos e dimensões variáveis, contendo representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas, perfis); Filmográficos: Filmes e fitas videomagnéticas – são documentos em películas cinematográficas e fitas magnéticas de imagem (tapes), conjugados ou não a trilhas sonoras, com bitolas e dimensões variáveis, contendo imagens em movimento. Esse é bem fácil de visualizar Sonoros: discos e fitas áudio magnéticas – são documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo registros fonográficos. Observe que fono está relacionado a som e você não terá problemas. Micrográficos: Rolo, microficha, jaqueta, cartão-janela – são documentos em suporte fílmico resultantes da microrreprodução de imagens, mediante utilização de técnicas específicas. Ronaldo, “peraí”! Jaqueta? Jaqueta nada mais é do que um material de plástico ou similar que envolve as microformas. Não se preocupe tanto com o aprofundamento desses termos. Veja as questões, note como o tema é cobrado e você saberá exatamente o que deve priorizar. É assim que devemos estudar ;). Informáticos: esse aqui é que você mais conhece! São documentos produzidos, tratados ou armazenados em computador: disquete, disco rígido, memória flash ou disco ótico (CD, DVD), por exemplo. Quanto à espécie: Atos Normativos: normatização das atividades. Exemplos: leis, decretos, estatutos, portarias. Atos de Correspondência: ligados aos atos normativos; viabilizam a execução deles; exemplos: carta, ofício, memorando, notificação, alvará, telegrama, edital. Atos Enunciativos/opinativos: são os que esclarecem os assuntos visando fundamentar uma solução. Ex.: parecer, relatório, voto. Atos de assentamento (registro de fatos): trata-se do registro de fatos e ocorrências, usando-se: atas, termo, auto de infração, apostila. Atos comprobatórios: são os atos que comprovam os assentamentos, como as certidões, atestados e traslados, por exemplo. 6 Atos de Ajuste: representados por acordo de vontade em que a Administração federal, estadual ou municipal é uma das partes. Exemplo: tratado, convênio, contrato. Quanto à Natureza do Assunto: Ostensivos: são documentos cuja divulgação não prejudica a administração. Não há restrição de acesso aos documentos. Sigilosos: como o nome indica, são documentos que possuem informações sensíveis e que não podem ser divulgadas antes de respeitados os prazos máximos de restrição de acesso. Só para você já ficar sabendo, são três os graus de sigilo: Reservado (até 5 anos), Secreto (até 15 anos) e Utrassecreto (até 25 anos). Muito cuidado com a palavra Confidencial! Essa classificação não existe mais!! MINEMÔNICO: A CLASSIFICAÇÃO DO GENES DA NATUREZA DO ASSUNTO. Fases da Gestão de Documentos 1ª Fase: Produção de documentos: A produção de documentos trata da elaboração de documentos em função das atividades de um órgão ou setor; priorizar apenas os documentos fundamentais; deve impedir que haja duplicação e emissão de vias desnecessárias; evitar perda de tempo no futuro com documentos duplicados. 2ª Fase: Utilização de documentos: Aqui partimos para a fase do Protocolo (Recebimento, Classificação, Registro, Distribuição, Tramitação), de Expedição e de organização e arquivamento em de documentos em fase corrente e intermediária. 3ª Fase: Avaliação e destinação de documentos: Fase mais complexa; capacidade analítica; análise dos documentos acumulados; determina seus prazos de guardas; valores administrativo, judicial, técnico e histórico. Quais serão arquivados permanentemente Quais devem ser eliminados por terem perdido valor de prova e de informação para a instituição MINEMÔNICO: PUDA! 7 Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo Métodos de Arquivamentos: Direito: não precisa de índice (alfabético e geográfico) Indireto: Precisa de consultar índice (numérico e ideográfico) Método Alfabético: São 13 regras de Alfabetização; 1. Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e depois, o prenome. Exemplo: João Barbosa Arquivam-se: Barbosa, João 2. Sobrenomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífen não se separam. Exemplo: Camilo Castelo Branco Arquivam-se: Castelo Branco, Camilo 3. Os sobrenomes formados com as palavras Santa, Santo ou São seguem a regra dos sobrenomes compostos por um adjetivo e um substantivo. Exemplo: Waldemar Santa Rita Arquivam-se: Santa Rita, Waldemar 4. As iniciais abreviativas de prenomes têm precedência na classificação de sobrenomes iguais Exemplo: J. Vieira; Jonas Vieira Arquivam-se: Vieira, J. Vieira, Jonas 5. Os artigos e preposições, tais como o, de, da, do, e, um, uma não são considerados!! (ver também a regra 9) Exemplo: Pedro de Almeida Arquivam-se: Almeida, Pedro de 6. Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como Filho, Júnior, Neto, Sobrinho são considerados parte integrante do último sobrenome, mas não são considerados na ordenação alfabética! Exemplo: Antônio Almeida Filho Arquivam-se: Almeida Filho, Antônio 7. Os títulos não são considerados na alfabetação. São colocados após o nome completo, entre parênteses. Exemplo: Ministro Milton Campos Arquivam-se: Campos, Milton (Ministro) 8 8. Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, exceto nos casos de espanhóis e orientais Exemplo: Georges Aubert Arquivam-se: Aubert, Georges 9. As partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. O mais comum é considerá-las como parte integrante do nome quando escritas com letra maiúscula. Exemplo: Giulio di Capri; Esteban De Penedo Arquiva-se: Capri, Giulio di; De Penedo, Esteban 10. Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao sobrenome de família do pai. (atenção, pois foge à regra a qual estamos acostumados) José de Oviedo y Baños; Oviedo y Baños, José de 11. Os nomes orientais – japoneses, chineses e árabes – são registrados como se apresentam, ou seja, da mesma forma. 12. Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos como se apresentam, não se considerando, porém, para fins de ordenação, os artigos e preposições que os constituem. Admite-se, para facilitar a ordenação, que os artigos iniciais sejam colocados entre parênteses após o nome. The Library of Congress; A Colegial ; Colegial (A) Library of Congress (The) Trump Towers 13. Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembleias e assemelhados os números arábicos, romanos, ou escritos por extenso deverão aparecer no fim, entre parênteses. Exemplo: II Conferência de Pintura Moderna Arquivam-se: Conferência de Pintura Moderna (II) Método Geográfico: Nome do estado, cidade e correspondente: Ex. Organização de pasta por estado do Rio de Janeiro: (1) Rio de Janeiro (capital) (2) Campos (3) Nova Iguaçu 9 Nome da cidade, estado e correspondente: Ex. Organização de pasta por cidades: (1) Campos (Rio de Janeiro) (2) Nova Iguaçu (Rio de Janeiro) Método numérico simples: um número para cada documento. Método numérico cronológico: numérico e a data; numera o documento e não a pasta, o documento depois é autuado e colocado em pasta de cartolina. Sigiloso; menor chance de erros são suas vantagens; desvantagem, método indireto, duplicidade de pesquisa. Método numérico digito terminal: grandes volumes; numerados sequencialmente; leitura detalhada, da direita para esquerda; formando pares (grupo primário, grupo secundário e grupo terciário) Vantagens: redução de erros de arquivamentos; rapidez na localização do arquivamento; expansão equilibrada dos arquivos, distribuídos em três grandesgrupos, possibilidade de divisão equitativa de trabalho arquivístico. Desvantagens: Leitura não convencional. Método Ideográfico ou por assuntos: Alfabético: desmembra em enciclopédico e dicionário Numérico: decimal e dupex Ideográfico alfabético dicionário: Anúncios Conserto de Elevadores Ideográfico alfabético enciclopédico: FINANCEIRO Investimento em Ações Pagamento de impostos Ideográfico numérico duplex: 1 – FINANCEIRO 1.1 – Ações de investimentos Ideográfico numérico decimal Método de ordenação que tem por eixo um plano prévio de distribuiΓão dos documentos em dez grandes classes, cada uma podendo ser subdividida em dez subclasses e assim por diante. 10 Setor de Protocolo Área responsável pelo recebimento, protocolização, tramitação e distribuição. Diretamente relacionado à fase corrente. 1 – Recebimento: É quando o setor de protocolo recebe documentos de várias origens. Recebe, por exemplo, encomendas dos correios, cartas particulares endereçadas aos servidores, cartas direcionadas ao órgão/instituição, malotes e afins. Ou seja, tudo que é direcionado para aquela instituição passa pelo setor de Protocolo e “esbarra” na atividade de Recebimento. 2 – Registro e autuação: O Registro é quando o Protocolo insere os dados de determinado documento/correspondência em um sistema (manual ou informatizado) e atribui um código de acompanhamento (ou seja, faz um registro dele). Ele fornecer dados de suas características fundamentais aos interessados. Cuidado com pegadinhas, pois as correspondências destinadas a particulares não são registradas, apesar de serem distribuídas a seus destinatários. A Autuação: A autuação também pode ocorrer quando documentos internos viram processos administrativos. 3 – Classificação: É quando o Protocolo analisa o documento para saber seu assunto. Isso é feito para que haja a correta classificação dos documentos de acordo com o plano de classificação da instituição. Mas como saber o assunto de um documento? Só abrindo, não é verdade?! É! Isso mesmo! A correspondência será aberta pelo Setor de Protocolo. Mas fiquem calmos! Se for um documento sigiloso ou particular, ninguém vai abrir nada. Os documentos confidenciais, naturalmente, só podem ser abertos por seus destinatários. Imagine um funcionário do Protocolo abrindo um documento com dados estratégicos dirigido ao Presidente da Petrobras. Não faria sentido. Se houver expressões como: RESERVADO, PARTICULAR, CONFIDENCIAL ou semelhantes, o setor de protocolo não deve abrir a correspondência 4 – Expedição e Distribuição: Expedição: externa Distribuição: interna 11 5 – Controle da tramitação e distribuição: O controle da tramitação/movimentação dos documentos é de responsabilidade o Protocolo, seja por sistema manual ou de informática. O objetivo é “rastrear”, saber por quais departamentos os documentos passam. Isso é fundamental para que se saiba com quem e em que setor o documento está. Tabela de Temporalidade e Plano de Classificação Uma definição bem objetiva é a do DBTA (Dicionário de Arquivologia): Instrumento de destinação aprovado por autoridade competente, que determina prazos e condições de guarda, tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos A tabela de temporalidade só pode ser utilizada depois que for aprovada pela autoridade competente. Essa aprovação deve trazer as descrições claras dos documentos para se evitar a eliminação ou classificação indevida. Critérios para Eliminação de documentos Desenvolve-se mediante a análise e avaliação dos documentos acumulados nos arquivos, com vistas a estabelecer seus prazos de guarda, determinando quais serão objeto de arquivamento permanente e quais deverão ser eliminados por terem perdido seu valor de prova e de informação para a instituição”. Vejamos exemplos de eliminação: Cópias, desde que os originais estejam conservados (veja, é a cópia que será eliminada. Documentos cujos elementos essenciais estejam reproduzidos em outros (documentos) Documentos que se tornaram obsoletos e não têm mais serventia para a administração Documentos com textos que já foram reproduzidos em outros documentos ou que tenham sido totalmente impressos. Número de revisões. 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- 20- 21- 22- 23- 24- 25- 26- 27- 28- 29- 12 PREVERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AULA 03 – RESUMO ESTRATÉGIA Preservação, Conservação e Restauração Preservação: A preservação de documentos engloba as atividades de conservação e restauração. Ou seja, é algo mais abrangente e amplo, com foco na proteção e integridade dos documentos de arquivo pelo tempo que for necessário. Os documentos permanentes (que devem ser preservados por muito tempo), a preservação é ainda mais relevante. Conservação: A conservação, como o nome diz, busca, reduzir o processo de desgaste e degradação de documentos, usando técnicas de controle do ambiente e/ou de tratamentos específicos. Restauração: restauração busca a reversão de danos físicos ou químicos recorrentes do tempo de vida do arquivo e de seu uso. Atividades de conservação Agentes prejudiciais aos acervos de arquivos: Luz: não deve haver luz do dia na área de armazenamento, pois acelera o desaparecimento das tintas e enfraquece o papel. Mesmo a luz artificial deve ser usada com cautela (mas deve ser usada, afinal, arquivos não são cavernas ;) Ar Seco: Enfraquece o papel; Umidade: Enfraquece o papel e permite o surgimento de mofo; O índice ideal de umidade fica entre 45 e 58%. Se passar de 60%, é perigoso. Temperatura: Deve-se manter entre 20 e 22 graus Celsius. O ideal é usar ar condicionado e desumidificador. Ou, se não for possível, usar sílica gel no fundo de gavetas ou estantes para combater a umidade (você já deve ter visto esses saquinhos em malas de viagens); Se necessário, é importante que se faça a climatização do ambiente, que é adequar, por meio de equipamentos, a temperatura e a umidade relativa do ar a parâmetros favoráveis à preservação dos documentos. Poeira e Gases:facilitam o envelhecimento precoce do papel, por entranhar em suas fibras. Pragas: Alguns insetos são atraídos pela celulose do papel e outros pelo mofo. 13 Conservação Preventiva X Reparadora Conservação preventiva: medidas e estratégias administrativas, políticas e operacionais; objetivo é retardar a degradação; Conservação reparadora: visa intervir diretamente na estrutura de materiais que compõem os documentos, visando prevenir e retardar a degradação. Higienização Higienização: O objetivo da higienização é eliminar as sujeiras e agentes agressores como: clipes, excrementos de insetos, grampos metálicos, bailarinas, marcadores de páginas e elementos que não tenham relação com a real estrutura física dos documentos. Limpeza do ambiente: não deve limpar com água, pois aumenta a umidade do ar, na higienização do ambiente é recomendável o uso de aspirador. Fatores Físicos, Químicos e Biológicos Fatores Químicos: Poluição atmosférica: exposição do papel à poeira e fumaça. É um dos melhores exemplos de fatores químicos Tintas: tinta de caneta é prejudicial; é indicado o uso de lápis para marcações, para assinaturas? É recomendado canetas tinteiros; a caneta esferográfica não é recomendada. Objetos metálicos: como clipes, grampos e colchetes. Com o tempo, enferrujam e vão oxidar os documentos. O ideal é que se use similares de plástico, quando possível. Fatores Físicos: Luminosidade: tanto a luz natural quanto a artificial são prejudiciais; acelera o processo de envelhecimento do papel. Sua incidência direta deve ser evitada em excesso. Temperatura e umidade: deve ser controladapara evitar surgimentos de fungos; recomendado a temperatura de 20 a 22ºC, já a umidade deve estar em torno de 45 e 58%. 14 Fatores Biológicos: Insetos: (baratas, traças, brocas e outros), roedores (ratos), microorganismos (fungos) e, como sempre, o bicho homem, pois algumas pessoas consultam os documentos sem os devidos cuidados são os principais fatores biológicos. Em relação aos fungos, o uso de fungicidas não é recomendado pois os danos causados superam a eficiência dos produtos sobre os documentos. Atividades de Conservação: Desinfestação: A desinfestação é o método de combate aos insetos e seu tipo mais eficaz é a fumigação. Existem câmaras especiais para fumigação. Os documentos são introduzidos na câmara, é feito o vácuo e é aplicado o produto químico (timol, DDT, fluoreto de sódio...) e os documentos são expostos ao fumigante por 48 a 72 horas. Depois, de mais algumas etapas, os documentos são retirados e os insetos, independentemente da “beleza” ou fase de desenvolvimento são completamente destruídos. Se não houver câmaras especiais, ainda assim é possível a fumigação, desde que haja utilização de máscaras. Limpeza: A limpeza é a fase posterior à fumigação. É a hora de limpar o que foi gerado pela fumigação. Hora de recolher os “corpos”. Usa-se um pano macio, escova ou aspirador de pó. [ R.I.P Insetos! ] Alisamento: Consiste em colocar os documentos em bandejas de aço inoxidável, expondo-os à ação do ar com forte porcentagem de umidade (90 a 95%), durante uma hora em câmara de umidificação. Na falta de equipamento profissional, usa-se o ferro caseiro. Sim, esse mesmo ;). Atividades de Restauração Banho de gelatina: O documento deve ser mergulhado em banho de gelatina ou cola, aumentando sua resistência, sem prejudicar a visibilidade ou flexibilidade e proporcionando a passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos. Esse processo é manual e tem como desvantagem uma maior habilidade do profissional e a possibilidade de ataque por fungos e insetos. Tecido: Método de reparação por meio de folhas de tecidos muito finas, plicadas com pasta de amido. A durabilidade do papel aumenta bastante, mas o amido atrai insetos e fungos e impede a o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos. E além disso, ainda reduz a legibilidade e flexibilidade Silking: Mais um método que utiliza tecido. Mas um tecido bem mais caro (crepeline ou musseline de seda) de grande durabilidade, mas, devido ao uso de 15 adesivo à base de amido, afeta suas qualidades permanentes. A legibilidade, flexibilidade, a reprodução e o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos são pouco prejudicados. Há que se ressaltar que é um método de difícil execução e com matéria-prima cara. Laminação: documento é envolvido com uma folha nas duas faces. Em uma delas, é usado o papel de seda e na outra face, o acetato de celulose. Ele é colocado em uma prensa hidráulica com temperatura entre 145 e 155 graus Celsius (quente!). Não há perda de legibilidade nem flexibilidade, é o modelo que mais se aproxima do método ideal. Laminação manual: quando não há recursos suficientes, matéria-prima de laminação mecaniza, não usa calor e nem pressão, são substituídos pela acetona, entra em contato com o acetato e ao secar, transforma-se em semiplástico, e adere ao documento, criado na índia! Encapsulação: utiliza película de poliéster e fita adesiva de duplo revestimento; colocado em duas laminas de poliéster fixada nas margens externas por fitas adesivas nas duas faces; é considerado o mais moderno processo de restauração. Papel e sua conservação 0 a 14 é o grau; 0 a 6.9 é o grau de acidez (quanto menor mais acidez), 7 é neutralizado. 7.1 a 14 grau de alcalino (quanto maior mais alcalino). O papel neutro é um papel não ácido ou ligeiramente alcalino e que, portanto, não se deteriora com facilidade. Foxing: Manchas castanhas que ficam no papel. Acondicionamento X Armazenamento Acondicionamento: embalagem ou guarda visando a sua preservação. Armazenamento: guarda de documentos em depósitos (local/guarda) Arquivo Nacional diz: Os documentos devem ser acondicionados em mobiliários adequados; deve-se respeitar o tipo de suporte e características físicas de cada suporte; os acondicionamentos são os itens de proteção mais próximos aos documentos, formando uma barreira contra os poluentes, a luz, a temperatura, a umidade relativa, o ataque biológico, e o manuseio. As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de computador, devem ser armazenadas longe de campos magnéticos que possam causar a distorção ou a perda de dados. O armazenamento será preferencialmente em mobiliário de aço tratado com pintura sintética, de efeito antiestático. 16 Armazenamento: É sistema que recebe o documento, acondicionado ou não, para ser guardado. Consiste no mobiliário das salas destinadas á guarda do acervo: estantes, arquivos e armários. Depósitos: Cada depósito deve ter uma área máxima de 200 m2. Deve respeitar as técnicas de resistência estrutural e de carga, de compartimentação e pé direito, além de iluminação e de condicionamento do ar; ainda contar com proteção contra sinistros, atos de roubos e vandalismo. Deve estar separado entre si e do restante do prédio por paredes, pisos e portas especiais. Depósitos especiais: o armazenamento de fotografias, discos, registros eletrônicos etc. deve ter um armazenamento especial com climatização a cada caso. Exemplo: a fotografia preto e branco precisa de temperatura de 12ºC com variações, para mais ou para menos, de 1ºC. A umidade relativa do ar deve ser de 35% com variação de 1% para mais e para menos. Tipos de documentos: Fotografia preto e branco: T – 12ºC +/- 1ºC e UR 35% +/- 5% Fotografia em cor: T 5ºC +/- 1ºC e UR 35% +/- 5% Fotografia magnéticos T 18ºC +/- 1ºC e UR 40% +/- 5% Mapoteca: acondicionamento horizontal; não precisa enrolar; As gavetas das mapotecas não devem ter muita altura para evitar o acúmulo de Documentos; raciocínio deve estar voltado para a preservação dos documentos; Além de gavetas rasas, devem ser previstas mesas de dimensões compatíveis com o formato desses documentos e dispostas de forma a facilitar a retirada dos documentos das mapotecas, quando necessário; Temperatura relativa do ar: Quando os níveis de umidade relativa (UR) são muito baixos, pode ocorrer a quebra das fibras e esfarelamento dos materiais orgânicos fibrosos. Já com UR acima de 65%, crescem micro-organismos e ocorrem reações químicas danosas. Cai muito em prova: A faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/- 5%. A temperatura deve também estar relacionada com a umidade relativa. A temperatura ideal para documentos é 20° C, com variação diária de +/- 1° C. 17 Se não houver a possibilidade de se instalar sistema de climatização, o uso de umidificadores, desumidificadores, exaustores e ventiladores pode ser satisfatória. - Se há uma parte do prédio mais protegida do Sol, provavelmente o depósito deverá ficar lá. - Sistema de ar condicionado deve ficar funcionando 24 horas por dia. Proteção contra a poluição CONARQ: Os poluentes são classificados como externos e internos As copiadoras e impressoras eletrostáticas também volatilizam solventes e liberam uma quantidade considerável de vapores de ozônio prejudiciais aos documentos. A fumigação de documentos não é mais recomendada em virtude dos gases tóxicos e compostos oxidantes danosos.” O ar dos centros urbanos e industriais contém uma grande diversidade de partículas e gases. As partículas que compõem a parte sólida dos poluentes são de dimensões microscópicas. Reúnem especialmente o pó, a fuligem e os esporos dos micro-organismos. Os gases formam os poluentes mais reativos e perigosos paraos documentos. O dióxido de enxofre, o sulfeto de hidrogênio, os óxidos de nitrogênio e o ozônio possuem comprovada ação destrutiva. Iluminação: A radiação ultravioleta é invisível e constitui a forma mais energética e destrutiva da luz, devendo, no que se refere à conservação de documentos, ser evitada ao máximo. Entretanto, as radiações visíveis também podem causar danos e, portanto, os níveis de luminosidade medidos em lux devem ser sempre controlados. No caso da iluminação artificial podem ser instalados sistemas de iluminação incandescente ou fluorescente. A radiação UV emitida pelas lâmpadas fluorescentes não deverá exceder 75 μw/l. Para esses casos, o uso de filtros ou absorventes de radiação UV pode contornar o problema 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- 20- 21- 22- 23- 24- 25- 26- 27- 28- 29-
Compartilhar