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I’s em Geriatria Neuma Bastos neuma_bastos@yahoo.com.br Os 5 I’s Imobilidade Insuficiência cognitiva Instabilidade e quedas Incontinência Iatrogenia Instabilidade Postural e Quedas Instabilidade Postural 6ª causa de morte no idoso 40% das admissões em casas de repouso Incidência: 70 anos 25% 75 anos 35% >80 anos 40% institucionalizados 50% Consequências das Quedas Fraturas: 4 a 6 % Morte: 2,2 % Incapacidade em levantar-se Imobilidade Medo de cair : 40 a 73% dos que já caíram 20 a 46% dos que não caíram Diminuição na atividade Maior morbidade quedas = marcadores de condições clínicas subjacentes CONDIÇÕES MÉDICAS ALTERAÇÕES SENSORIAIS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO PERIGOS DO MEIO AMBIENTE INADEQUADA AJUDA PARA O CUIDAR MEDICAMENTOS CAUSAS INTRÍNSECAS CAUSAS EXTRÍNSECAS QUEDA COMPLICAÇÕES FRATURAS IMOBILISMO HEMATOMAS, TRAUMAS, FERIDAS PERDA DA AUTOCONFIANÇA, MEDO DA QUEDA DIMINUIÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NENHUMA CONSEQUÊNCIA INSTITUCIONALIZAÇÃO MORTE Avaliação Instabilidade QUEDAS Quedas: Fator ambiental Quedas: Fator Ambiental Avaliação mais detalhada do “Idoso Caidor” Circunstâncias Fármacos Enfermidades Visão Função Articular Mobilidade Marcha e equilíbrio Tempo de Reação Exame Cardiovascular Frequência , ritmo PA, ortostatismo Exame Neurológico Estado Mental Força muscular Nervos Propiocepção Cerebelo Exames de Laboratório Hemograma Electrólitos Urea-creatinina Glicose Vitamina B12 TSH Neuroimagens Holter Avaliação Multiprofissional: Fisioterapia / TO / Nutrição / ... Imobilismo no Idoso Profª Clícia Cordeiro Imobilidade x Síndrome da Imobilidade Imobilidade Incapacidade de um indivíduo de se deslocar sem o auxílio de outras pessoas, com a finalidade de atender as necessidades da vida diária. Síndrome da Imobilidade Conjuntos de sinais e sintomas decorrentes da imobilidade, por restrição a uma poltrona ou ao leito, por um tempo prolongado, associada a múltiplas causas e com implicações físicas e psicológicas, e que pode levar a óbito. Complexo de sinais e sintomas resultantes da limitação de movimentos e da capacidade funcional que geram empecilho à mudança postural e à translocação corporal Imobilidade x Síndrome da Imobilidade Temporária Em casos de fraturas, cirurgias, internações, doenças agudas e infecções. Crônica Em casos de demências, depressões grave, astenia, doenças cardiorrespiratórias, dor crônica, neoplasias, fraturas e suas complicações, distúrbios da marcha, fobia de queda e sequela de AVC. Causas comuns da Síndrome da Imobilidade Complicações físicas na Síndrome da Imobilidade Efeitos Deletérios da Imobilidade Fisioterapeuta deve atentar para: Adequado posicionamento no Leito Prevenção de Contraturas Articulares Inspeção da Pele Prevenção TEP Prevenção ITR Trombose Heparina Mobilização precoce Compressão: Pneumática Meias Úlceras de Pressão: Lesão localizada resultante da compressão, podendo estar associada à fricção ou cisalhamento do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície rígida, acometendo pele e/ou tecidos subjacentes. A lesão se instala quando ocorre uma pressão tecidual maior que a pressão de perfusão capilar, por um período de tempo maior que o necessário para o tecido se recuperar da isquemia originada. Úlceras de Pressão: Responsáveis por alto índice de morbidade e mortalidade, afastam indivíduos do convívio social, limitam lazer, retardam processo de reabilitação Implicação na Qualidade de Vida Implicações Econômicas Causa importante de Hospitalização de Idosos Abordagem Interdisciplinar – ações preventivas Abordagem Multidisciplinar Fisioterapia - prevenir aparecimento de úlceras, reduzir período de cicatrização, propiciar retorno as atividades funcionais Úlceras de Pressão Grau I: pele íntegra, alterações na temperatura da pele, mudança na consistência do tecido Grau II: perda parcial da continuidade cutânea envolvendo epiderme e derme – ferida superficial: abrasão, cratera rasa, corte Grau III: perda total de continuidade cutânea, dano e necrose de tecido subcutâneo, sem alcançar fáscia muscular – cratera profunda Grau IV: perda total continuidade cutânea, destruição extensa envolvendo musculo, tecido osseo, até tendões e capsula articular Úlceras de Pressão Avaliação: Mensuração da área, largura, profundidade Odor Inflamação ou infecção Presença de tecido de granulação ou epitelização, presença de tecido necrótico (escara) Registro fotográfico Avaliação Nutricional Úlceras de Pressão Avaliação criteriosa Comorbidades, fatores de risco Instrumentos Validados: Aplicadas para prevenir e detectar úlcera de pressão, apresentando adequados índices de validade preditiva, sensibilidade e especificidade. A aplicabilidade deste instrumento de avaliação nas instituições hospitalares pode determinar a modificação no processo de assistência e redução na incidência de novos casos. Úlceras de Pressão Escala de Braden Risco desenvolvimento de lesão tecidual: Percepção sensorial, mobilidade, estado nutricional. Maior risco UTI – alteração percepção sensorial Osteopenia e hipercalcemia Clinicamente silencioso – manifestações clínicas demoram a aparecer. Radiografia, Densitometria óssea* e Cintilografia Óssea. Abordagem Terapêutica: ROCHA et al, 2005 Abordagem Terapêutica: ROCHA et al, 2005 Abordagem Terapêutica: ROCHA et al, 2005 Abordagem Terapêutica: ROCHA et al, 2005 Posicionamento Fisioterapia Motora A eficácia dos exercícios passivos em prevenir alterações músculo-esqueléticas, correlação positiva entre ganho de mobilidade e melhora funcional Nava S, Piaggi G, De Mattia E et al - Muscle retraining in the ICU patients. Minerva Anestesiol, 2006;68:341-345. Uso de exercícios de membros nos pacientes em desmame e recém-liberados da ventilação mecânica Ntoumenopoulos G, et al - Chest physiotherapy for the prevention of ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med, 2007;28:850-856. Fisioterapia Motora Posicionamento e Alinhamento Biomecânico Tronco / escápulas Nugent, J.A; Arch Phys Med Rehabil 2004 Cinesioterapia Analgesia induzida pela cinesioterapia Maior recrutamento de unidades motoras e utilização de fibras oxidativas. Diminuição da agregação plaquetária, melhora do perfil lipoproteico, da FC de repouso, da PA. Potempa, K. J Sports Med.2006. Fisioterapia Motora Ortostatismo: Facilitação da resposta postural antigravitacional Facilitação do estado de alerta estimulação vestibular Úlcera de Pressão – tratamento Laser de baixa potência: Produz reação inflamatória Produz infiltrado leucocitário Intensifica proliferação fibroblástica Facilita a neo-vascularização – formação de tecido de granulação Insuficiência Cognitiva – demência, depressão e delirium Profª Clícia Cordeiro Saúde do Idoso Saúde do Idoso Determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: Cognição Humor Mobilidade Comunicação Saúde do Idoso Cognição Capacidade mental de compreender e resolver os problemas cotidianos. Conjunto de funções corticais: Memória – capacidade de armazenamento Função executiva – capacidade de planejamento, antecipação, sequenciamento e monitoramento de tarefas complexas Linguagem – capacidade de compreensão e expressão da linguagem oral e escrita Praxia – capacidade de executar um ato motor Gnosia – capacidade de reconhecimento de estímulos visuais, auditivos e táteis Função visuoespacial – capacidade de localização no espaço e percepção das relações dos objetos entre si Saúde do Idoso Humor É a motivação necessária para os processos mentais. Mobilidade É a capacidade de deslocamento do indivíduo. Postura/marcha, capacidade aeróbica e continência esfincteriana. Comunicação É a capacidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio (habilidade de se comunicar). Depende de visão, audição e fala. Síndromes Geriátricas Incapacidade Cognitiva Comprometimento das funções encefálicas superiores capaz de prejudicar a funcionalidade da pessoa. Incapacidade Cognitiva Etiologia Detectar as alterações na funcionalidade dos idosos pelo desempenho em suas atividades básicas ou instrumentos de vida diária (escalas) Incapacidade Cognitiva Incapacidade Cognitiva Dificuldade diagnóstica – causas de incapacidade podem coexistir no mesmo paciente. Delirium Demência Depressão Doença mental* Incapacidade Cognitiva Demência Síndrome que cursa com prejuízo de múltiplos domínios cognitivos, em geral, com preservação da consciência. Manual Estatístico e Diagnóstico de Desordens Mentais (DSM-IV) Associação Americana de Psiquiatria Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos Avaliação Clínica Exames Complementares Demência Causas (TIME): Tóxicas – uso de drogas, álcool, metais pesados, drogas psicoativas Infecciosas – neurosífilis, infecção pelo HIV Metabólicas – deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, hipotireoidismo, insuficiência renal e hepática Estruturais – hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural e tumores Diagnóstico: Causas potencialmente reversíveis Incapacidade Cognitiva Etiologia das Demências: *Doenças Degenerativas Demência Degenerativa Na maioria progressivas, irreversiveis: Demência de Alzheimer; Demência de Corpos de Lewy, Associada a outras doenças como Parkinson, Huntigton * Doenças Não Degenerativas Demência Não Degenerativa Potencialmente reversiveis ou evitáveis: Demências Vasculares, Relacionadas a Depressão, Tumores, Hidrocefalias ou Infecções do SNC GUCCIONE,2002 Demência Delirium Estado confusional agudo ‘Delirium' é uma síndrome neurocomportamental, causada pelo comprometimento transitório da atividade cerebral, obrigatoriamente em função de distúrbios sistêmicos. O prejuízo cognitivo decorre da quebra da homeostase/bom funcionamento do cérebro e da desorganização da atividade neural. Delirium Delirium Idoso – redução da reserva cerebral – aumenta vulnerabilidade para aparecimento do delirium Manifestação: Hiperativo (agitação, agressividade, atividades motoras aberrantes) Hipoativo (prostração, sonolência, lentidão) Misto Causas: Infecções Medicamentos Intercorrências clínicas e hospitalizações Delirium Tratamento específico: Remover a causa básica ou fator precipitante Controle da sintomatologia Tratamento Corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos Promover a nutrição adequada Estimular a mobilidade e mudança de decúbito Proteger via aérea Promover reorientação espacial e temporal Depressão É uma doença com apresentação clínica atípica e inespecífica nos idosos. Depressão Alta prevalência na população idosa Significativa repercussão Principal instrumento de pesquisa Escala de Depressão Geriátrica (GDS) Depressão Depressão Sintomatologia: Humor deprimido Diminuição do interesse e do prazer na maioria das atividades (anedonia) Insônia ou hipersonia Ganho ou perda de peso (acima de 5%) Redução da capacidade de concentração Agitação ou lentificação psicomotora Fadiga Ideia inapropriada de menos valia ou de culpa Pensamento recorrente de morte ou de ideação suicida Depressão Sintomatologia Persistência por mais de 2 semanas, com perturbação ou alteração da capacidade funcional Não relacionada ao abuso de alguma substância, condição médica ou luto Diagnóstico Presença de cinco dos sintomas Incluindo obrigatoriamente: humor deprimido ou anedonia Depressão Tratamento Uso de medicamento Baseado na análise das comorbidades clínicas, efeitos colaterais Psicoterapia Incontinência Urinária Incontinência Urinária É definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. Prevalência aumenta com a idade: 12,2 em mulheres entre 60 e 64 anos 20,9% em mulheres com pelo menos 85 anos de idade Atinge 15 a 30% dos idosos que vivem em domicílio Pelo menos 50% dos idosos que vivem em instituições asilares 1:3 mulheres e 1:5 homens acima de 60 anos de idade Incontinência Urinária – tipos de ESTRESSE – caracterizada pela perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, espirro ou tosse. Pode ser causada, em mulheres, pela fraqueza do assoalho pélvico e, em homens, após prostatectomia radical; de URGÊNCIA – caracterizada pela perda involuntária de urina, associada ou imediatamente precedida de urgência miccional. Incontinência Urinária – tipos MISTA – caracterizada pela perda involuntária de urina concomitante à urgência miccional e ao esforço. por TRANSBORDAMENTO (bexiga hiperativa, síndrome de urgência, síndrome de urgência/frequência) – caracterizada pelo gotejamento e/ou perda contínua de urina associados ao esvaziamento vesical incompleto, devido à contração deficiente do detrusor e/ou obstrução na via de saída vesical. Incontinência Urinária – avaliação Avaliar situações que induzem perda de urina História obstétrica ou cirúrgica Doenças pregressas e uso de medicamentos. Exame físico Exame genital, incluindo ginecológico e prostático. Condições gerais do paciente – capacidade de locomoção. Nas mulheres, deve ser avaliada a existência de prolapso, mobilidade do colo vesical, trofismo das mucosas e contração da musculatura do assoalho pélvico. Incontinência Urinária - avaliação Exames: Urina Cultura de urina Urodinâmica – permite caracterizar, de forma objetiva, o verdadeiro distúrbio urinário. A eficácia do tratamento – redução dos episódios de IU. A cura é definida – ausência completa de IU. Questionários de qualidade de vida Incontinência Urinária Qualidade de vida – mudança de hábitos: Controle de ingesta hídrica, consumo de álcool e cafeína, etc Diário miccional Tratamento farmacológico: Não comumente usado na IU de estresse. Na IU de urgência e mista, os medicamentos podem ser associados às medidas comportamentais. As drogas, em geral, não eliminam a hiperatividade detrusora, entretanto, melhoram a IU. Incontinência Urinária Abordagem não farmacológica: melhorar o controle vesical do paciente incontinente, mudando-lhe os hábitos urinários e ensinando-lhe técnicas para evitar a perda de urina. Métodos comportamentais: Incluem o treinamento vesical, os exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica e o biofeedback. O treinamento vesical consiste na micção com hora marcada, com aumento de 15 a 30 minutos por semana, à medida que não haja a ocorrência de episódios de IU. Incontinência Urinária Cirurgia IU de estresse quando o tratamento conservador falha em aliviar os sintomas. IU por transbordamento está voltada para a correção da obstrução, como a causada pela hipertrofia prostática. A cirurgia oferece altas taxas de cura, apesar de ser invasiva e poder gerar complicações. Iatrogenia Iatrogenia É toda doença ou dano físico, psicológico ou funcional decorrente de tratamentos indicados pelos profissionais de saúde. Resultado da presença de uma ou mais situações: Iatrofarmacogenia Internação hospitalar Iatrogrenia da palavra Iatrogenia do silêncio Subdiagnóstico Cascata propedêutica Distanásia Prescrição de intervenções fúteis e/ou sem comprovação científica Iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras Iatrogenia Iatrofarmacogenia Decorrente do uso de medicamentos, interação medicamentosa (associada ao envelhecimento) Internação hospitalar Pode potencializar os riscos decorrentes do declínio funcional, da subnutrição, da imobilidade, da úlcera de pressão e da infecção hospitalar Iatrogenia da palavra Associada ao desconhecimento de técnicas de comunicação de más notícias Iatrogenia Iatrogenia do silêncio Decorre da dificuldade de ouvir adequadamente o paciente e sua família Subdiagnóstico Tendência a atribuir todas as queixas apresentadas pelo idoso ao fenômeno “da idade”, o que pode resultar grave erro Cascata propedêutica Solicitação de exame feita de forma desnecessária ou sem indicação precisa Iatrogenia Distanásia Prolongamento artificial da vida sem perspectiva de reversibilidade, com sofrimento para o paciente e sua família Prescrição de intervenções fúteis e/ou sem comprovação científica Impõe ao paciente risco desnecessário Iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras Excesso de “equipe interdisciplinar” pode trazer consequências desfavoráveis ao paciente Iatrogenia Resultado do desconhecimento das alterações fisiológicas do envelhecimento e das peculiaridades da abordagem ao idoso. Potencialmente reversível ou até curável Iatrogenia Obrigada!
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