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Fichamento Formalismo e Estruturalismo

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Aluno: Fernanda Golembieski Barcos Disciplina: Teorias Contemporâneas da Literatura 
Professora: Prof. Me. Dr. Ana Maria Bueno Accorsi Data de entrega: 29/09/2020 
Texto: Teoria da Literatura – Cap. Formalismo e Estruturalismo. 
 
Fichamento de Leitura 
Referência (ABNT): 
ZILBERMAN, R. Teoria da Literatura I . 2 ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012. 
Resumo da obra: 
A obra apresenta como ponto de partida a explicação da natureza da Teoria da 
Literatura e seu campo de atuação através de três (3) formas que são apresentadas 
no decorrer da mesma. São elas: Uso da história como guia, desde a poética clássica 
até os tempos atuais; Enfatizar as tendências que privilegiam o estudo da obra 
literária enquanto objeto autônomo e; Retomar as relações entre a obra literária e o 
mundo extraliterário. 
Ideias principais do(a) autor(a): Página 
O capítulo dedicado ao Formalismo e Estruturalismo começa dizendo que a 
Teoria da Literatura ganhou o lugar da Poética no ensinamento dos estudos 
literários, pois a partir do século XIX ocorreu a reforma no Ensino Superior 
que começou na Alemanha e se expandiu para outros países europeus sem 
deixar a perspectiva de que a universidade tem como espaço dedicado a 
ciência e a pesquisa. Usando essa ideia e a nova reforma, o filósofo Wilhelm 
Humboldt começou a identificar os cursos de graduação e de pós-
graduação ofertados nas instituições superiores. 
59 
O motivo da troca da Poética pela Teoria Literária foi porque ela não focava 
no conhecimento das obras literárias, mas na natureza da poesia, à 
diferenciar as espécies ou gêneros literários, etc. 
59 
Após a I Guerra Mundial, os campos artísticos sofreram mudanças, 
principalmente na literatura com os modernismos implodindo os padrões 
que eram estáveis há algumas décadas. Porém jovens estudiosos russos – 
principalmente de Moscou e de São Petersburgo – expressaram suas ideias 
inovadoras voltadas para as obras literárias e a partir de seus métodos 
diferenciados eles foram chamados de Formalistas. 
61 e 62 
A partir daqui a autora destaca o Formalismo Russo dizendo que sua estreia 
foi nas duas primeiras décadas do século XX em várias formas de arte, 
porém em 1912 os poetas Vielimir Khlebnikov e Vladmir Maiakovski 
escreveram o almanaque intitulado Bofetada no Gosto Público que é 
considerado um manifesto dos formalistas. 
62 
Já em 1914 o jovem Vitor Chklovski escreveu um ensaio baseado no 
almanaque dizendo que “compete à arte desarticular os processos usuais 
de percepção, causando estranhamento” (CHKLOVSKI, 1978). Ou seja, ele 
recusa a concepção de que a arte mimetiza a realidade, como era a 
concepção de Aristóteles; e afirma que não devemos esperar que, na obra 
62 
artística, reencontre algo previamente conhecido, mas que o veja de novo 
como se estivesse olhando pela primeira vez. 
Para ocorrer o sentido de estranhamento o autor tem que utilizar uma 
quantidade de elementos próprios para o material literário, arranjando-os 
e criando uma nova entidade, porém há uma preocupação de que o 
resultado tem que ser totalmente original, inusitado e desconhecido, pois 
assim, ele se diferenciará dos demais porque esses elementos novos o 
tornam singular. 
63 
Com alguns formalistas em outras áreas artísticas vemos exemplos que 
mostram o argumento de Chklovski como as pinturas de Kandinsky, a 
música de Stravinsky e a poesia de Maiakovski. No caso de Kandinsky a 
representação figurativa desaparecia, pois a sua pintura era abstrata com 
formas geométricas desprovidas de conteúdo. 
63 
Chklovski tenta explicar também que a linguagem verbal, diariamente 
utilizada, vai se corroendo até que não nos damos conta de sua riqueza e 
variedade; e que o seu valor só é reconhecido quando é migrada para a 
poesia. Podemos ver como exemplo os poemas de Cruz e Souza (Violões 
que Choram) e João Cabral de Melo Neto (A Educação pela Pedra), onde um 
mostra os simbolismos das palavras e outro mostra o sentido das palavras 
na vida do povo retratado no poema. 
63 e 64 
Podemos ver pelo poema “Canção do Exílio” (Gonçalves Dias) que é preciso 
recriar para ter o sentido dos versos mais uma vez, como fizeram Oswald 
de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Chico Buarque de Holanda 
que adicionaram uns “toques a mais” - por assim dizer - para trazer o 
sentido do poema ao modernismo. 
65, 66 
e 67 
Nas considerações finais sobre o Formalismo Russo é dito que os formalistas 
aplicaram a perspectiva que era dominante na Teoria da Literatura, 
projetando rumos que se instalaram aos estudo literários. 
67 
Sobre o Estruturalismo Tcheco é falado que depois dos anos 1925 os 
formalistas passaram por problemas voltados a questões políticas, já que 
os mesmos não coincidiam suas ideias com o Partido Comunista, chegando 
ao ponto de alguns membros do movimento saírem da Rússia e migrarem 
para a Tchecoslováquia, mais precisamente para a cidade de Praga, como o 
linguista Roman Jakobson. 
68 
Mesmo incorporando questões dos próprios formalistas, o grupo que 
acabava de se formar trazia diferenças pela orientação teórica que foi 
escolhida pelos seus membros, sendo essa orientação de tendência 
estruturalista e assim consequentemente o nome do movimento. 
68 
Ele é caracterizado, assim como o formalismo, pela preocupação voltada à 
linguagem pela separação entre o uso da mesma no cotidiano e na 
literatura; e aprofundou-se no campo da Linguística voltando-se para a 
Fonologia pelos trabalhos de Jakobson e Nikolai Trubetzkoi – que também 
saiu da Rússia. 
68 
Pelos trabalhos voltados aos estudos literários e a Estética de Jan 
Mukarovski o Estruturalismo Tcheco notabilizou-se igualmente e foram 
introduzidos três (3) conceitos que os estruturalistas falam da Teoria da 
Literatura. 
69 
A primeira característica atribuída foi a de estrutura, que refere-se à noção 
de que a obra é construída por diferentes elementos constituídos de uma 
unidade orgânica, como em “Canção do Exílio”, onde Oswald de Andrade 
ao trocar a palavra palmeira por palmares provoca uma transformação que 
afeta o significado, o ritmo e o objetivo do poema. 
69 
A segunda característica é a de norma estética, que se opõe ao valor 
estético; Tinianov a partir da ideia de causar estranhamento de Chklovski, 
procurou entender as transformações históricas causadas na literatura pelo 
mesmo critério e afirmou que a paródia caracterizava cada texto literário 
como um sistema, porém Mukarovski não aceitou o argumento e introduziu 
noções mais funcionais dizendo que não se trata de pedir auxílio a 
procedimentos e técnicas, mas também a normas a serem acolhidas pelos 
artistas. 
69 e 70 
Mukarovski também diz que ao invés de as obras literárias chegarem ao um 
valor estético, a atenção deve ser voltada para a relatividade e a 
mutabilidade do conceito e coloca uma relação que se estabelece entre as 
normas vigentes e as modalidades de rupturas propostas no texto. 
71 
Nas considerações finais o Estruturalismo Tcheco, assim como o Formalismo 
Russo incorpora na Teoria da Literatura noções que precisam ser levadas 
em conta ao procurar entender o valor de uma obra e sua repercussão no 
tempo e na sociedade. 
71

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