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FARMÁCIA HOSPITALAR Prof.ª Bianca Félix de Oliveira Crispim OBJETIVOS DA AULA ➢ Conhecer os principais conceitos em farmácia hospitalar. ➢ Conhecer os aspectos técnicos e legais de localização, construção, instalação e estruturação da farmácia hospitalar. ➢ Conhecer as diversas áreas de atuação do farmacêutico no ambiente hospitalar. ➢ Compreender a importância do papel do farmacêutico hospitalar na qualidade da assistência prestada aos diversos usuários e à instituição hospitalar. O QUE É HOSPITAL? HOSPITAL “Parte de um sistema integrado à saúde, cuja função é dispensar a comunidade, total assistência a saúde preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos a família em seu domicílio e ainda em centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e das pesquisas sociais”. (OMS) ATENDIMENTO A SAÚDE ➢ Nível primário: postos e centros de saúde; ➢ Nível secundário: pequenos hospitais públicos e centros de especialidades médicas; ➢ Nível terciário: hospitais de ensino e particulares de primeira linha; ➢ Nível quaternário: tratamentos especiais: neurocirurgia, transplantes, cirurgias cardíacas. FUNÇÃO Prevenção da afecção, moléstia, pré-natal e vigilância no parto, vigilância no crescimento normal da criança e do adolescente, luta contra doenças transmissíveis, prevenção da invalidez total (mental e física), educação sanitária e higiene do trabalho. RESTAURAÇÃO DA SAÚDE Diagnósticos nos serviços ambulatoriais, tratamento curativo das enfermidades, readaptação física, mental e social dos pacientes, assistência em casos de urgência, acidentes e enfermidades. PREVENÇÃO • Nível primário: evitar mecanismos e fatores desencadeantes de doenças antes da instalação dos mesmos; • Nível secundário: requer conhecimento epidemiológico com objetivo de estruturar programas de rastreamento, visando detectar a doença enquanto assintomática ou passível de tratamento ou ainda minimizar o ritmo de sua evolução; • Nível terciário: tratamento precoce das doenças sintomáticas estabelecidas e suas complicações, evitar perda funcional, reabilitação precoce. FUNÇÕES EDUCATIVAS Oferecer suporte para estudantes de medicina, farmácia, enfermagem, residentes, enfermeiros, farmacêuticos, administradores de saúde, assistentes sociais e profissões afins. PROMOÇÃO DE PESQUISA Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da enfermidade, métodos técnicos e administrativos do hospital. CONFIGURAÇÃO DE UM HOSPITAL Possuir no mínimo 6 leitos para pacientes, cada qual ocupado por um período superior a 24 horas, pelo mesmo paciente; Ser construído, equipado e mantido de maneira que estejam capacitados a oferecer serviços de prevenção, diagnósticos e tratamentos de pacientes internados dentro de áreas e especialidades, contando com serviços de hotelaria e tecnologia. Contar com apoio de pessoas técnica e cientificamente habilitadas na área de saúde, em quantidade suficiente e qualidade compatível com as necessidades técnicas, além de pessoal administrativo. CONFIGURAÇÃO DE UM HOSPITAL O QUE É A FARMÁCIA HOSPITALAR? CONCEITO: FARMÁCIA HOSPITALAR Unidade clínica, administrativa e econômica, ligada hierarquicamente à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar – SBRAFH. Padrões mínimos, 2007. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA CONJUNTO DE ATIVIDADES RELACIONADAS COM O MEDICAMENTO Envolve: ➢ O abastecimento, a conservação e o controle de qualidade dos medicamentos, ➢ A segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, ➢ O acompanhamento e a avaliação da utilização dos medicamentos, ➢ A obtenção e a difusão da informação sobre medicamentos, ➢ E a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamento. SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA SAÚDE É um processo contínuo, multidisciplinar e participativo que deve se desenvolver baseado na eficácia, segurança, qualidade e custo a fim de assegurar o uso racional dos medicamentos COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA ➢ Reduzir Custos ➢ Racionalizar o número de medicamentos ➢ Facilitar as atividades de Planejamento, Aquisição, Armazenamento, Distribuição e Controle dos Medicamentos ➢ Conhecimento do arsenal farmacêutico ➢ Atender a necessidade do Hospital SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS Os principais objetivos: ➢ Implantar políticas de utilização de medicamentos com base na adoção e seleção e uso terapêutico correto no hospital; ➢ Redução de custos visando obter medicamentos essenciais a cobertura dos tratamentos; ESCOLHA DO ARSENAL TERAPÊUTICO ➢ Farmacoeconomia; ➢ Farmacoepidemiologia; ➢ Farmacologia e terapêutica clínica; ➢ Farmacovigilância; ➢ Farmacotécnica; ➢ Farmacocinética. ETAPAS DA SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS ➢ Escolha da comissão de seleção de medicamentos; ➢ Nomeação da comissão de farmácia e terapêutica; ➢ Escolha do perfil farmacológico do hospital; ➢ Análise do nível assistencial e de infraestrutura de tratamento existente no hospital; ➢ Análise do padrão de utilização de medicamentos. CRITÉRIOS ➢ Evitar multiplicidade de princípios ativos destinados ao mesmo fim; ➢ Padronizar medicamentos de fornecedores que já tenham passado por avaliação técnica; ➢ Evitar sempre que possível associações medicamentosas, priorizando medicamentos de principio ativo único; EXCLUSÃO DE MEDICAMENTOS E MEDICAMENTOS DE USO EVENTUAL Exclusão: ➢ For padronizado um outro medicamento da mesma classe farmacológica; ➢ Produtos cuja comercialização foram proibidas ou descontinuada; ➢ O consumo no período considerado não justifique a padronização. Uso exporádico: São aqueles medicamentos que por possuírem consumo muito pequeno ou irregular e/ou usados em condições excepcionais, não devem ser mantidos no estoque. VANTAGENS ➢ Aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a vigilância farmacológica; ➢ Garantir a segurança na prescrição e na administração do medicamento, reduzindo a RAM (redução adversas de medicamentos); ➢ Disciplinar a prescrição e racionalizar a terapêutica; ➢ Redução de custos da terapêutica, sem prejuízos para a segurança; ➢ Reduzir o número de dosagens e formas farmacêuticas; “É preciso CORAGEM para ser diferente e muita competência para fazer a DIFERENÇA.“