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IDENTIDADE, LÍNGUA E CULTURA - ATIVIDADE 4 (A4)

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Pergunta 1
· 1 em 1 pontos
	
	
	
	Já sabemos que a identidade e a diferença são o resultado de um processo de produção simbólica e discursiva. O processo de adiamento e diferenciação lingüísticos por meio do qual elas são produzidas está longe, entretanto, de ser simétrico. A identidade, tal como a diferença, é uma relação social. Isso significa que sua definição — discursiva e lingüística — está sujeita a vetores de força, a relações de poder. Elas não são simplesmente definidas; elas são impostas. Elas não convivem harmoniosamente, lado a lado, em um campo sem hierarquias; elas são disputadas.SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: ______. (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 81.
O parágrafo em destaque sugere que:
I. o processo de produção discursiva aludido participa da formação da diferença.
II. o processo de produção simbólica aludido participa da formação da identidade.
III. assim como a língua, identidade e diferença são fatos sociais.
É correto apenas o que se afirma em
Resposta Selecionada:
 
I, II e III.
Resposta Correta:
 
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Resposta correta. Identidade e diferença, dá o autor a entender, formam-se de maneira coetânea, a partir do processo de produção simbólica e discursiva ao qual alude, sendo que esse processo não é totalmente livre, mas está condicionado pelo contexto, com imposição deste, o que caracterizaria um fato social, na terminologia de Durkheim.
	
	
	
	
· Pergunta 2
· 0 em 1 pontos
	
	
	
	"As pessoas estão famintas [de mudança]", afirma o guru da administração, James Champy, porque "o mercado pode ser 'motivado pelo consumidor' como nunca antes na história." 3 O mercado, nessa visão, é dinâmico demais para permitir que se façam as coisas do mesmo jeito ano após ano, ou que se faça a mesma coisa. O economista Bennett Harrison acredita que a origem dessa fome de mudança é o "capital impaciente", o desejo de rápido retorno; por exemplo, o período médio de tempo que os investidores seguram suas ações nas bolsas britânicas e americanas caiu 60 por cento nos últimos quinze anos. O mercado acredita que o rápido retorno é mais bem gerado pela rápida mudança institucional.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 22.
Podemos dizer que a redução do período médio que os investidores seguram suas ações nas bolsas, exemplo fornecido por Sennett, desvela sintomas de pós-modernidade na faceta de sensação de
I. velocidade.
II. insegurança.
III. fluidez.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
 
I, apenas.
Resposta Correta:
 
Feedback da resposta:
Resposta incorreta. Investimentos por menos tempo: velocidade; rápida mudança institucional: insegurança; dinheiro movimentando-se mais rapidamente entre os empreendimentos: fluidez.
	
	
	
	
· Pergunta 3
· 1 em 1 pontos
	
	
	
	Também há algumas evidências da terceira consequência possível da globalização — a produção de novas identidades. Um bom exemplo é o das novas identidades que emergiram nos anos 70, agrupadas ao redor do significante black, o qual, no contexto britânico, fornece um novo foco de identificação tanto para as comunidades afro-caribenhas quanto para as asiáticas. O que essas comunidades têm em comum, o que elas representam através da apreensão da identidade black, não é que elas sejam, cultura, étnica, linguística ou mesmo fisicamente, a mesma coisa, mas que elas são vistas e tratadas como “a mesma coisa” (isto é, não brancas, como o “outro”) pela cultura dominante. É a sua exclusão que fornece aquilo que Laclau e Mouffe chamam de “eixo comum de equivalência” dessa nova identidade. Entretanto, apesar do fato de que esforços são feitos para das a essa identidade black um conteúdo único ou unificado, ela continua a existir como uma identidade ao longo de uma larga gama de outras diferenças.HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, Lamparina, 2014, p. 86, grifos do autor.
O texto destacado de Hall procura sublinhar
Resposta Selecionada:
 
como são entrelaçados os processos de formação da identidade e os processos de formação da diferença.
Resposta Correta:
 
Feedback da resposta:
Resposta correta. Para Hall, o black é um exemplo do modo como a identidade e a diferença estão articuladas, nas palavras dele, em “identidades diferentes, uma nuna anulando completamente a outra”.
	
	
	
	
· Pergunta 4
· 0 em 1 pontos
	
	
	
	O segredo dessa ordem industrial estava em suas rotinas precisas. L’Anglée é uma fábrica em que tudo tem seu lugar e todos sabem o que fazer. Mas, para Diderot, esse tipo de rotina não sugere a simples e interminável repetição mecânica de uma tarefa. O mestre-escola que insiste em que o aluno decore cinqüenta versos de um poema quer ver a poesia armazenada no cérebro dele, para ser recuperada à vontade e usada no julgamento de outros poemas. Em seu Paradoxo sobre o ator, Diderot tentou explicar como o ator ou atriz explora as profundezas de um papel repetindo as falas sem parar. E esperava encontrar essas mesmas virtudes da repetição no trabalho industrial.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, pp. 37- 38.
Tendo como base o parágrafo em tela, podemos dizer que, segundo Sennett,
Resposta Selecionada:
 
as virtudes da repetição não têm lugar nas novas relações de trabalho.
Resposta Correta:
 
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Resposta incorreta. O autor não estabelece relação de dependência entre a ordem industrial e o aprofundamento do trabalhador na atividade, embora haja menção a possíveis benefícios desse procedimento. A comparação à maneira como um ator trabalha não tem o sentido de dizer que a atividade do trabalhador é “falsa” ou “encenada”. Sennet não exclui a repetição das modernas relações de trabalho no parágrafo em tela; inclusive, aponta para um possível benefício dela, com base em Diderot.
	
	
	
	
· Pergunta 5
· 1 em 1 pontos
	
	
	
	A afirmação "sou brasileiro", na verdade, é parte de uma extensa cadeia de "negações", de expressões negativas de identidade, de diferenças. Por trás da afirmação "sou brasileiro" deve-ser ler: "não sou argentino", "não sou chinês", "não sou japonês" e assim por diante, numa cadeia, neste caso, quase interminável. Admitamos: ficaria muito complicado pronunciar todas essas frases negativas cada vez que eu quisesse fazer uma declaração sobre minha identidade. A gramática nos permite a simplificação de simplesmente dizer "sou brasileiro". Como ocorre em outros casos, a gramática ajuda, mas também esconde.SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: ______. (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 75.
Segundo a argumentação do autor no trecho em tela, a gramática ajuda a expressar e esconde, respectivamente,
Resposta Selecionada:
 
a minha identidade e a diferença do outro.
Resposta Correta:
 
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Resposta correta. Para o autor, ao dizer “sou brasileiro”, expressa-se diretamente, de alguma maneira, a própria identidade e, de maneira implícita, velada, a diferença que há entre quem fala e um outro, cuja nacionalidade — um exemplo — seja diversa.
	
	
	
	
· Pergunta 6
· 1 em 1 pontos
	
	
	
	A expressão "capitalismo flexível" descreve hoje um sistema que é mais que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza-se a flexibilidade. Atacam-se as formas rígidas de burocracia, e também os males da rotina cega. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 9.
A expressão entre aspas de Sennett
Resposta Selecionada:
 
acompanha o conceito de “liquidez” na pós-modernidade de Bauman.
Resposta Correta:
 
Feedback daresposta:
Resposta correta. Tanto Bauman quanto Sennett, com suas respectivas expressões, procuram capturar o aumento na fluidez dos processos na pós-modernidade, sendo a de Sennett mais específica para as relações de trabalho.
	
	
	
	
· Pergunta 7
· 1 em 1 pontos
	
	
	
	Um ano depois de minha conversa com Rico, voltei à padaria de Boston onde, vinte e cinco anos antes, fazendo pesquisa para The Hidden Injuries of Class, tinha entrevistado um grupo de padeiros. Fora lá inicialmente perguntar como eles viam o sistema de classes nos Estados Unidos. Como quase todos os americanos, me disseram que pertenciam à classe média; em si, a idéia de classes sociais pouco significava para eles. Os europeus, de Tocqueville em diante, tendem a tomar a aparência por realidade; alguns deduziram que nós americanos somos de fato uma sociedade sem classes, pelo menos em nossas maneiras e crenças — uma democracia de consumidores; outros, como Simone de Beauvoir, afirmaram que somos irremediavelmente confusos sobre nossas verdadeiras diferenças.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 75.
No parágrafo apresentado o autor procura destacar
Resposta Selecionada:
 
a complexidade que há na relação entre classe social e identidade.
Resposta Correta:
 
Feedback da resposta:
Resposta correta. Sennett traz para nossa leitura uma característica do grupo entrevistado por ele: o pouco que significavam as classes sociais em nas reflexões do grupo sobre si mesmo, apontando para o pensamento de Beauvoir, que complexifica essa relativa ou aparente indiferença.
	
	
	
	
· Pergunta 8
· 0 em 1 pontos
	
	
	
	Em termos simples, a especialização flexível tenta pôr, cada vez mais rápido, produtos mais variados no mercado. Em The Second Industrial Divide, os economistas Michael Piore e Charles Sabei descrevem como a especialização flexível atua nas maleáveis relações entre empresas mais ou menos pequenas do norte da Itália, permitindo-lhes responder com rapidez as mudanças na demanda do consumo. Essas empresas cooperam e competem ao mesmo tempo, buscando nichos no mercado que cada uma ocupa temporariamente, e não permanentemente, adaptando a curta vida de produto de roupas, têxteis ou peças de máquinas. O governo desempenha um papel positivo, ajudando essas empresas italianas a inovar juntas, em vez de engalfinhar-se em batalhas de vida ou morte. Piore e Sabei chamam o sistema que estudaram de "estratégia de inovação permanente: adaptação à mudança incessante, em vez de esforço para controlá-la".SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 59.
Quando fala em especialização flexível, Sennett fala de
I. uma tendência a especializar-se em mudar.
II. uma busca por aumentar a vida útil de produtos
III. uma volatilidade das demandas de consumo.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
 
I, apenas.
Resposta Correta:
 
Feedback da resposta:
Resposta incorreta. Sennett comenta a tendência a aceitar a volatilidade de demanda, de maneira que se parte do pressuposto de que aquele produto provavelmente terá vida curta no mercado, sendo mais produtivo, em vez de tentar mantê-lo ativo como está, modificá-lo para atender a demanda ou oferecer outro produto, mais adequado ao contexto — para o qual também valerá a pressuposição de volatilidade.
	
	
	
	
· Pergunta 9
· 0 em 1 pontos
	
	
	
	Tudo se resume, com certeza, à força do agente em questão. As armas de defesa não estão disponíveis de maneira uniforme para todos, e é razoável que indivíduos mais fracos e mal armados procurem a força do número para compensar sua impotência individual. Dada a variada amplitude do hiato universalmente experimentado entre a condição do “indivíduo de jure” e a possibilidade de obter o status de “indivíduo de facto”, o mesmo ambiente moderno fluido pode favorecer uma diversidade de estratégias de sobrevivência. O “nós”, como insiste Richard Sennett, “é hoje um ato de autoproteção. O desejo de comunidade é defensivo … Certamente é quase uma lei universal que o “nós” pode ser usado como defesa contra a confusão e o deslocamento”.BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2000, p. 205.
A respeito das reflexões de Bauman sobre Richard Sennett, é correto afirmar que
Resposta Selecionada:
 
o recurso ao “nós” é uma estratégia perniciosa.
Resposta Correta:
 
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Resposta incorreta. Não há juízo de valor a respeito do recurso ao “nós”, apenas uma breve descrição do fenômeno. Esse recurso, que é a busca por uma comunidade, figura como mecanismo de defesa contra a confusão e o deslocamento, eventos amplos, não sendo específico contra o “outro”. Ressalta-se um amplo “hiato universalmente experimentado entre a condição do ‘indivíduo de jure’ e a possibilidade de obter o status de ‘indivíduo de facto’”, isto é, um abismo, uma grande distância, e não uma proximidade. Nenhum dos dois teóricos argumenta no sentido de demonstrar benefícios na maior difusão das “armas de defesa” a que Bauman se refere.
	
	
	
	
· Pergunta 10
· 0 em 1 pontos
	
	
	
	Essa diferença entre patriotismo e nacionalismo tende a ultrapassar a mera retórica e entrar no domínio da prática política. Seguindo a terminologia de Claude Lévi-Strauss, podemos dizer que a primeira fórmula é mais capaz de inspirar estratégias “antropofágicas” (“devorar” os estrangeiros, de modo que sejam assimilados pelo corpo de quem devora e se tornem idênticos às outras células deste, perdendo sua própria distintividade), enquanto que a segunda se associa mais à estratégia “antropoêmica”, de “vomitar” e “cuspir” aqueles que não são “aptos a ser nós”, seja isolando-os por encarceramento dentro dos muros visíveis dos guetos ou nos invisíveis (ainda que não menos tangíveis por essa razão) muros das proibições culturais, seja cercando-os, deportando-os ou forçando-os a fugir, como na prática que recebe o nome de limpeza étnica. Seria prudente, no entanto, lembrar que a lógica do pensamento raramente se impõe à lógica dos atos, e não há uma relação biunívoca entre a retórica e a prática, e assim cada uma das estratégias pode estar envolvida em qualquer dessas retóricas.BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2000, p. 201.
A respeito das ideias que Bauman nos apresenta sobre patriotismo e nacionalismo, podemos afirmar que
Resposta Selecionada:
 
estratégias “antropoêmicas” se relacionam mais ao patriotismo.
Resposta Correta:
 
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Resposta incorreta. Segundo as ideias trazidas por Bauman, estratégias “antropofágicas” estão mais ligadas ao patriotismo e “antropoêmicas”, ao nacionalismo, mas sem a presença necessária de rigidez ou clareza na divisão. Ao citar modos de agir diante do outro, cita estratégias duras como “vomitar” e “cuspir”, sem menção à centralidade delas.

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