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PRODUÇÃO DE SHAMPOO UTILIZANDO ÓLEO EXTRAÍDO DA BORRA DO CAFÉ

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PRODUÇÃO DE SHAMPOO UTILIZANDO ÓLEO EXTRAÍDO DA BORRA DO CAFÉ
Larissa Dionísio da Silva, Cristiane de Souza Siqueira Pereira, Rejane dos Santos Garcia Ribeiro, Victória Frederico da Silva, Bianca da Silva Valle, Olívia Almeida Brito Teixeira
O reaproveitamento de resíduos agroindustriais no desenvolvimento de novos produtos contribui com a minimização de resíduos descartados ao meio ambiente. O óleo de café é um composto com características bioativas devido à presença de compostos que atuam como anti-inflamatórios e como antioxidantes. Estudos realizados relatam que a cafeína atua na inibição da enzima conhecida como fosfodiesterase, envolvida na conversão de AMPc em AMP. A manutenção de níveis mais elevados de AMPc dentro das células estimula seu metabolismo tornando-as mais ativas. Desta forma, o uso da cafeína fornece maior atividade celular, contendo propriedades extremamente benéficas para o estímulo fisiológico do folículo piloso e estruturas anexas, colaborando para o seu bom funcionamento. Diante deste contexto, foi desenvolvido um Shampoo incorporando o óleo extraído da borra do café, como forma de reaproveitamento desse resíduo. Para a obtenção do óleo da borra do café, utilizou-se um aparato Soxhlet, utilizando como solvente o etanol. O tempo de extração foi fixado em 4 horas. Baseado em pesquisas bibliográficas, elaborou-se uma formulação composta pelos seguintes componentes: Lauril éter sulfato de sódio (35,0%), lauril poliglicosideo (4,5%), cocoamidopropilbetaína (7,5%), dietanolamida de ácido (4,5%), EDTANa2 (0,1%), optiphen conservante (0,15%), metabissulfito (1,0%), glucolam (0,02%), água purificada (qsp 100,0%), oléo extraído a partir da borra do café (2,5%) e essência (2,0%). O rendimento da extração do óleo foi de 15,7 ± 4,0. Para a avaliação da qualidade do produto final foram realizadas as análises de aspecto, cor, odor, pH, densidade e viscosidade. A amostra analisada aponta um líquido viscoso, de cor amarelo claro e odor característico. O shampoo produzido apresentou pH 6,7 e se encontra dentro dos parâmetros estabelecidos para shampoo comercial. A Farmacopeia Brasileira estabelece que o índice de pH deve estar contido entre 5,5 e 7,0. Com relação ao parâmetro densidade, o resultado obtido foi 0,992 g/mL, valor este dentro dos critérios permitidos para produtos cosméticos (entre 0,950 à 1,100 g/mL). O valor obtido para viscosidade foi 4331 cps, a especificação estabelecida deve conter de 2500 à 9000 cps. Os resultados obtidos indicam que o óleo extraído da borra do café pode ser incorporado na produção de shampoo, dado que seu reaproveitamento pode fornecer compostos de alto valor agregado para geração de subprodutos, sendo uma das estratégias mais eficientes de conservação ambiental, evitando a geração de resíduos a serem lançados no meio ambiente.

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