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PRESCRIÇÃO MEDICA

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PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Gestão Hospitalar ...................................................... 4
3 Elementos da Prescrição .......................................... 6
4. Estratégias para Evitar o Erro ao Prescrever .... 13
Referências Bibliograficas .........................................16
3PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
1. INTRODUÇÃO
A prescrição médica permeia a rela-
ção médico-paciente. É fruto da boa 
anamnese e do adequado exame fí-
sico, possibilitando o alcance da hi-
pótese diagnóstica mais precisa, com 
adoção de intervenção terapêutica 
mais eficaz. Para tanto, é imprescindí-
vel o estabelecimento de uma relação 
de confiança, reciprocidade, empatia 
e respeito a autonomia do paciente.
A prescrição pode ser entendida tan-
to como o início de um processo, de-
finindo fluxos e responsabilidades, 
como o fim, o produto obtido a partir 
da relação médico-paciente. Consis-
te em uma espécie de manual, o qual 
explicita como proceder com a tera-
pêutica do paciente, objetivando sua 
melhora. A prescrição é um ato mé-
dico, mas envolve o trabalho de toda 
equipe multidisciplinar, que se ocupa-
rá da execução dos comandos apon-
tados (Fluxograma 1). 
Fonte: Pazin-Filho, 2013
Prescrição Transcrição Dispensação Administração
Transcrição – ato no qual as orientações da prescrição são transcritas para 
formulários pelos enfermeiros para que possam ser solicitados da farmácia
Prescrição – ato médico; define quais e como os medicamentos serão ofertados para o paciente
Dispensação– fase na qual os medicamentos são 
separados na farmácia e enviados para a enfermagem
Administração – corresponde à aplicação do medicamento no paciente pela 
enfermagem, vindo a anotar na folha da prescrição que a etapa foi concluída 
Fluxograma 1. A dispensação de medicamentos no ambiente hospitalar envolver as etapas da prescrição, 
transcrição, dispensação e administração.
 Criamos uma espécie de FAQ (Fre-
quently Asked Questions) acerca 
da prescrição para te ajudar a enten-
der este componente:
Por que a prescrição é tão 
importante?
A prescrição hospitalar orienta a ação 
de toda equipe envolvida no cuidado 
4PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
ao paciente. Serve ainda para que 
outros médicos e internos saibam o 
que já foi feito, orientando o raciocínio 
clínico. Funciona também como um 
recordatório para o médico prescritor, 
evitando o esquecimento de itens.
Quem utiliza?
Todos os profissionais envolvidos no 
cuidado ao paciente. Enfermeiros, 
técnicos de enfermagem, nutricionis-
tas, fisioterapeutas, farmacêuticos, 
médicos e estudantes. 
Quantas vias são necessárias?
Diferentemente da evolução, são de-
mandadas a impressão de duas vias! 
Uma, seguirá para a farmácia do hos-
pital, que dispensará o medicamento 
do paciente, conforme a prescrição. E 
outra, será anexada no prontuário do 
paciente. Esta auxiliará a enfermagem 
a organizar as condutas descritas.
Onde e quando utilizamos?
A prescrição se dá a partir da entra-
da do paciente no serviço, em qual-
quer local que receba o paciente para 
internamento, incluindo UPA, UTI e 
hospitais. 
Qual serviço precisa estar 
prescrito?
Serviços de prestação passiva, como 
por exemplo, leito, roupa de banho, 
alimentação, água para banho, não 
precisam ser prescritos. Estes, que 
fazem parte da hotelaria, já são natu-
ralmente oferecidos pelo hospital no 
internamento de um paciente. Porém, 
serviços classificados como de pres-
tação ativa, devem constar no docu-
mento. Gases, diálise, medicação en-
dovenosa, sangue e hemoderivados, 
e acesso central, são ordens de servi-
ços, que se não estiverem na prescri-
ção, não serão ofertados ao paciente. 
Como organizar?
Discutiremos em detalhes mais à 
frente. Embora possa variar estetica-
mente de hospital para hospital, ge-
ralmente a prescrição é organizada 
em 3 componentes: Segurança do 
paciente; Esquema terapêutico; Se-
gurança do profissional.
Lembre-se que não estamos tratando 
aqui da prescrição ambulatorial, a re-
ceita simples. A discussão baseia-se 
na prescrição hospitalar do paciente 
internado!
2. GESTÃO HOSPITALAR
Antes de discutirmos sobre os ele-
mentos da prescrição, é importante 
ter em mente alguns aspectos des-
te documento. Ele determina gastos 
hospitalares, direciona o trabalho da 
equipe e sofre influência das condi-
ções do meio, ou seja, dos serviços 
disponíveis, desde mão-de-obra a 
insumos.
5PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
Dessa forma, o médico é um ordena-
dor de serviços e de despesas, de-
vendo sua prescrição estar baseada 
em evidências científicas, gerindo os 
recursos da melhor forma. É reco-
mendado que se questione se exis-
te evidência científica subsidiando a 
solicitação de determinado exame 
ou medicamento, visto que envolve-
rá a mobilização da equipe, podendo 
ainda onerar desnecessariamente o 
sistema.
Por exemplo, uma curva térmica. Em-
bora estejamos diante de um pacien-
te com febre, esta não é necessária 
para todo paciente. Porém, tratan-
do-se de uma gestante, com ruptura 
prematura de membranas ovulares, a 
curva térmica pode ser um marcador 
importante para determinar se está 
ocorrendo ou não uma corioamnioni-
te secundária. 
SE LIGA! Nem sempre é necessário 
assinalar na prescrição a solicitação 
do médico plantonista. É bem sabido 
pela enfermagem em quais demandas 
é necessário chamar este profissio-
nal. Sugere-se então que se escreva 
esta demanda na prescrição em casos 
muito objetivos, em que a não presen-
ça do plantonista coloque em risco a 
segurança do paciente e o sucesso da 
terapêutica.
A depender do suporte ofertado pelo 
hospital, a prescrição poderá ser fei-
ta à mão ou de modo eletrônico. Em 
hospitais mais novos, as prescrições 
são feitas de maneira de eletrônica, 
onde cada médico possui seu token 
(uma espécie de pen drive especial), 
conectando-o nos computadores, 
constando na prescrição a assinatu-
ra eletrônica dele, visto que há certi-
ficação digital. Assim, as prescrições 
não precisam ser impressas, sendo o 
prontuário digital e de acesso a toda 
equipe por meio do token pessoal de 
cada membro.
A maioria dos hospitais, no entanto, 
embora apresentem suporte para a 
prescrição eletrônica, não apresen-
tam certificação digital. Desta forma, 
no fim do processo, é necessário im-
primir o documento e assiná-lo no 
final.
Para que você comece a se familiari-
zar com a prescrição, vamos te apre-
sentar ao modelo abaixo:
6PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
3 ELEMENTOS DA 
PRESCRIÇÃO
COMPONENTE A: Segurança do 
Paciente
Este elemento se destina a identifica-
ção do paciente alvo da prescrição e 
da hora e data em que esta foi feita, 
além do dia e horário que o paciente 
foi admitido. Apresenta nome com-
pleto do paciente, setor, leito e nú-
mero de prontuário. Lembre-se que 
é comum em uma mesma enfermaria 
ter pacientes como o mesmo nome, 
sendo importantíssimo a distinção 
destes para que se evite erros. Nesta 
área ainda, costuma-se destacar as 
alergias do paciente.
SE LIGA! O horário da prescrição impac-
ta na dinâmica da enfermaria! Lembre-
-se que as condutas a serem tomadas 
dependem do que será prescrito, e só 
mediante este documento, poderão ser 
executadas pela equipe. Assim, nada de 
colocar o despertador no modo soneca, 
porque não vai dar para atrasar!!]
COMPONENTE B: Esquema 
terapêutico
Trata-se do preenchimento das con-
dutas propriamente ditas: repouso, 
dieta, medicamentos, controles gerais 
e cuidados específicos. Deve ser pre-
enchida com clareza, evitando siglas, 
jargões ou abreviaturas.
Para facilitar os processos, os elemen-
tos prescritos seguem uma hierarquia 
Figura 1. Observe a localização dos componentes da prescrição: 
A, segurança do paciente; B, esquema terapêutico; C, segurança do profissional. Fonte: SANAR.
A
B
C
Nesta área você 
deverá prescrever 
as condutas 
terapêuticas do 
paciente
Esta área 
geralmente é de 
preenchimento da 
enfermagem. 
Também poderáaparecer com o 
nome “observações 
da enfermagem”
7PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
(Tabela 1). Inicia-se com o repouso, 
seguido da dieta, oxigenoterapia (se 
necessário), medicamentos endove-
nosos (iniciando pelos soros), medi-
camentos orais, demais vias e, por 
fim, cuidados gerais. Não muda se o 
medicamento oral vier antes do en-
dovenoso; o que se pretende é que os 
medicamentos sejam agrupados de 
acordo com sua via de administração. 
Para facilitar a memorização, pense: 
ITEM PRESCRIÇÃO
OBSERVAÇÕES DA 
ENFERMAGEM
1 Repouso
2 Alimentação (Dieta)
3 Oxigenoterapia
4 Hidratação (SORO)
5 EV – Medicações Endovenosas
6 VO – Medicações por Via Oral
7 OUTRAS – Medicações por Outras Vias
8 Controles Gerais
9 Cuidados Específicos
Tabela 1. A seta vertical ilustra a sequência da prescrição. A seta na horizontal define as características do medica-
mento (DDVI: D – droga, D – dose, V – via, I – intervalo). Fonte: PAZIN-FILHO, 2013.
DIETA/ EV/ VO
/ O
U
TRAS VIAS (D.E.V.O
.)
DROGA/ DOSE/ VIA/ INTERVALO
A tabela a seguir traz as princi-
pais características que devem ser 
observadas acerca dos medica-
mentos (DDVI - Droga, Dose, Via, 
Intervalo).
Como 
D.E.V.O. 
prescrever? 
D - dieta 
E – endovenoso 
V – via oral 
O – outras vias.
8PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
CARACTERÍSTICA CONSIDERAÇÕES
DROGA
Nome do medicamento
Apresentação
- É preferível prescrever o nome genérico da medicação;
- Cuidado com nomes parecidos ao prescrever no computador;
- Descreva qual a unidade da medicação prescrita e quanto há dispo-
nível do medicamento nesta unidade. Por exemplo: uma ampola de 
cloreto de sódio 20% - 10 ml por ampola.
DOSE
Quantidade
- Determinar a quantidade a ser administrada do medicamento. Por 
exemplo: 1 comprimido (10 mg) de enalapril de 12 em 12 horas.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Via
Cuidados especiais na administração
- Especificar qual a via – endovenosa, via oral, subcutânea, aerossol 
etc.;
- Cuidados que podem interferir com o efeito da medicação, por exem-
plo, velocidade na aplicação de adenosina endovenosa em taquicardias 
supraventriculares;
- Evitar misturas de substâncias em soros que precipitem quando inte-
ragem entre si.
INTERVALO
Intervalo entre doses
Quando iniciar a primeira dose
- Determinar o intervalo entre as doses. É importante conhecer se há 
horários padronizados de aplicação de medicação pela equipe de en-
fermagem para facilitar o trabalho;
- Tome cuidado ao prescrever várias medicações para que elas sejam 
aplicadas conjuntamente se possível. Por exemplo, se prescrever duas 
medicações, uma com intervalo de 8/8h e outra com intervalos de 
12/12h, veja se é possível conciliar pelo menos um dos horários para 
facilitar o trabalho e facilitar a adesão do paciente após a alta;
- As instituições têm diferentes horários para quando a Prescrição 
começa a valer. Por exemplo, para medicações feitas no período da 
manhã, as instituições estabelecem que a prescrição começará a valer a 
partir das 16:00h. Se alguma medicação precisar ser iniciada imediata-
mente, isso deverá ser assinalado na prescrição.
Tabela 2. Características a serem observadas na prescrição Fonte: PAZIN-FILHO, 2013.
Descrição dos itens
Item 1. Repouso
Você deve definir aqui o tipo de re-
pouso: absoluto, em situações gra-
ves; ou relativo, na maioria dos casos; 
a posição no leito (diversos decúbitos) 
e a posição da cabeceira (sem ou com 
elevação). Neste último caso, deter-
mine o grau: 30º ou 45º, uma vez que 
elevações acima de 45º apresentam 
o risco de fechamento da via aérea.
Neste item, ocorre também a deter-
minação se o paciente deverá ficar 
ou não em isolamento. Este que de-
pende da doença em questão, por 
exemplo, paciente com meningite 
bacteriana em tratamento exige 24h 
de isolamento; coqueluche exige 5 
dias. Recomenda-se ainda que todo 
paciente transferido de outra unidade 
9PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
hospitalar, onde tenha passado mais 
de 24h, seja internado em isolamen-
to, até que se obtenha os resultados 
de cultura (cultura de vigilância).
Item 2. Dieta
Devido a sua complexidade, a dieta é 
um dos itens iniciais. Pode variar na 
forma de sua administração, se ente-
ral (associada ou não ao uso de son-
da enteral nasogástrica ou nasoenté-
rica), ou se parenteral (endovenosa). 
Varia ainda na apresentação (líquida, 
branda, pastosa ou geral), na compo-
sição (quando para diabéticos, hiper-
tensos ou intolerantes à lactose) e no 
fracionamento (número de refeições, 
ou ainda ênfase em alguma refeição, 
como por exemplo, lanche noturno 
para diabéticos). O nutricionista deve 
sempre ser consultado para casos 
mais complexos.
Atente-se ainda que o ideal é não dei-
xar o paciente em dieta zero por mais 
de 12h, ou no máximo, por 24h. De-
pois disso, diante da impossibilidade 
de via oral, uma outra via deve ser es-
colhida (sonda nasogástrica, nasoen-
teral ou parenteral). Considere ainda 
a capacidade gástrica de 20 a 40 mL/
kg, iniciando a dieta com quantidade 
mínima, escalonando-a conforme a 
necessidade do paciente (o que torna 
possível aumentá-la ou reduzi-la).
SE LIGA! Pacientes com alteração no 
sensório (irritabilidade, sonolência, tor-
por, coma) ou ainda com frequência 
respiratória (FR) acima de 60 rpm, para 
crianças de até 5 anos, e pacientes > 5 
anos de idade com FR > 40 rpm, não de-
vem receber alimentar por via oral, uma 
vez que estas condições aumentam o 
risco de broncoaspiração.
As opções para realimentação de um 
paciente após dieta zero incluem:
• Via oral progressiva: aqui, inicia-
-se a reintrodução alimentar com 
alimentos de diferentes consistên-
cias; líquido, pastoso e sólido.
• Sonda nasogástrica: empregada 
quando a sonda nasoenteral não 
está disponível. O paciente pode 
permanecer com a sonda por 3 a 5 
dias, sendo 4 dias o ideal.
• Sonda nasoenteral: é mais utiliza-
da, pois o paciente pode utilizá-la 
por mais tempo (até 8 semanas). 
Deve ser considerada quando o 
paciente se encontra em dieta 
zero por 12h a 24h, e a condição 
que delimita sua restrição alimen-
tar não será solucionada em bre-
ve. Recomenda-se a realização 
de radiografia após a passagem 
da sonda, para verificação do seu 
posicionamento pós-pilórico. Esta 
apresenta uma ponta de mental, 
o que facilita sua visualização ao 
exame de imagem. A sonda deve 
estar localizada 4 vértebras acima 
10PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
da cúpula diafragmática e deve 
passar 2-4 cm da linha média.
• Nutrição parenteral total: reserva-
da para pacientes muito graves.
Item 3. Oxigenoterapia
A oxigenoterapia deve ser adminis-
trada apenas se necessário. Você 
deve se basear em dados clínicos do 
paciente, além da oximetria pulso e 
gasometria. Esta terapêutica deve ser 
instituída para pacientes com satura-
ção < 93%.
Algumas opções de administração de 
medicamentos são (Tabela 3):
CATETER NASAL CÂNULA NASAL
MÁSCARA DE 
VENTURI
MÁSCARA NÃO 
REINALANTE
AMBU
FIO2 de até 35%
 3-5L/min
Quadros 
moderados
FIO2 de 24-40%
 3-5L/min
Quadros 
moderados 
FIO2 de 24-50%
 3-15L/min
Quadros graves
FIO2 de 95-100%
 10-15L/min
Quadros muito 
graves
FIO2 de até 100%
 10-15L/min
Quadros de PCR, Gasping, 
apneia
 Tabela 3. Opções para administração de oxigênio. Fonte: SANAR.
• Cateter nasal: Inicia com o máxi-
mo, diminuindo progressivamente. 
Indicado para doentes em quadros 
moderados, já que a oferta máxi-
ma de oxigênio é de 35%.
• Cânula nasal: Indicada também 
para pacientes com quadros 
moderados.
• Máscara de Venturi: Quanto menor 
for o orifício da máscara, menor é o 
FIO2. Inicia-se com 50%, reduzin-
do o fluxo progressivamente. Usa-
da em pacientes graves.
• Máscara não reinalante: Melhor 
opção para pacientes muito gra-
ves. Para pacientes com saturação 
< 90% ou cianose central na emer-
gência, inicia-se com máscara não 
reinalante, enquanto se prepara o 
material para IOT.
• Máscara de administração de 
oxigênio com pressão positiva 
(AMBU): Indicada nos casos de 
PCR, apneia, gasping e outros. 
Doente muito graves,em curso de 
falência cardiopulmonar, ventila-
-se com pressão positiva, e intuba 
posteriormente.
Os próximos dois itens dependem de 
venóclise, por isso, vamos nos dedi-
car brevemente a discutir sobre aces-
so (Tabela 4).
11PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
CENTRAL PERIFÉRICO INTRAÓSSEO
Veias jugulares internas ou 
subclávias 
Veias basílica, antecubital, cefálica 
e safena
Realizado na parte plana da tíbia
Permanecer por no máximo 4 
semanas
Permanecer por no máximo 3-4 
dias
Permanecer por no máximo 6 horas
Tabela 4.. Vias de acesso venoso
Destacamos alguns pontos 
importantes:
• Opte pelo Gelco 24, para crian-
ças de até 5 anos; Gelco 22, para 
aquelas de 5 a 10 anos e Gelco 10, 
para todos os pacientes acima de 
10 anos.
• Lembre-se que do risco de flebite 
aumenta com a maior duração do 
acesso periférico.
• O acesso central deve ser escolhi-
do em pacientes graves, sem con-
dições de realizar acesso periféri-
co, ou naqueles em que é preciso 
administras medicações de con-
trole geral.
• O acesso intraósseo geralmente 
é empregado em pacientes nos 
quais não se conseguiu realizar os 
outros dois acessos.
Item 4. Hidratação
O primeiro elemento administrado por 
via endovenosa a ser prescrito é o soro. 
As soluções empregadas nos casos de 
desidratação variam conforme a clas-
sificação desta. No caso de choque, 
administra-se soro fisiológico/ringer 
lactato: 20 mL/Kg a cada 10-20 min, e 
para reposição de perdas, a escolha é o 
soro fisiológico 0,9% ou ringer lactato.
Itens 5,6,7. Medicação 
endovenosa, oral, e por outras vias 
Como dito anteriormente, os medi-
camentos são prescritos na seguin-
te ordem: aqueles administrados por 
via endovenosa, via oral e por outras 
vias. Para facilitar o trabalho da equi-
pe, é aconselhado que as medicações 
sigam a ordem de prescrição, onde 
primeiro tem-se os antibióticos, se-
guidos pelos corticoides, medicações 
prévias e medicações para controle.
Antibioticoterapia Corticoterapia Medicações prévias Medicações para controle
Atente-se ao tempo de infusão das 
drogas injetáveis. Lembre-se que 
algumas delas precisam ser admi-
nistradas de forma muito lenta e 
controlada, de modo que, em alguns 
casos, é necessária uma bomba de 
infusão contínua (BIC) para melhor 
controle (Tabela 5).
12PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
Bolus Administrada em tempo de 1 min
Rápida Administrada entre 1-30 min
Lenta Administrada EV entre 30-60min
Contínua Administração em tempo > 60 min ininterruptos
Intermitente Administrada de forma não contínua
Tabela 5. Formas de administração das drogas injetáveis
Na prescrição de antibióticos, o pri-
meiro dia em que o paciente recebe a 
medicação é tido como D0; o segun-
do, D1 e assim, sucessivamente. Esta 
medida foi instituída para que haja 
melhor controle da quantidade de do-
ses e no período de uso desta classe 
medicamentosa. Quanto à corticote-
rapia, pontuamos que após 14 dias 
de uso, é necessário realizar o des-
mame do paciente gradativamente. 
Reduz-se 25% da dose inicial a cada 
5-7 dias. 
Prescreve-se então os medicamentos 
prévios, que o paciente fazia uso, e/ou 
outras medicações que sejam neces-
sárias. Por exemplo, em caso de febre, 
o antitérmico seria adicionado neste 
momento. Dipirona ou paracetamol 
são as drogas de escolha, mas lem-
bre-se de certificar se o paciente não 
apresenta doença hepática, antes do 
emprego desta última droga. Analgé-
sicos também devem ser adicionados 
nesta etapa da prescrição.
Itens 8 e 9. Cuidados gerais e 
específicos
Aqui, você deve apontar os cuidados 
gerais e específicos do paciente, indi-
cando, se necessário, a monitorização 
dos dados vitais, controle glicêmico e 
balanço hídrico, além de fisioterapia 
respiratória e motora, fonoaudiologia, 
profilaxia para tromboembolismo (de-
ambulação, meias de compressão ou 
medicamentos), prevenção de úlce-
ra (mudança de decúbito ou solicitar 
uso de medicamentos) e antiemético/
laxante. As tabelas abaixo trazem os 
valores de alguns controles.
FC FR
RN 120-160 60
Lactente 100-140 40
Pré-escolar 90-130 30
Escolar 80-120 20
Adolescente 60-100 14-20
Tabela 6. Valores normais de FC e FR pela faixa etaria.
13PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
No paciente adulto internado, con-
sideramos como hipoglicemia valo-
res de glicemia capilar inferiores a 
60. Quanto a diurese consideramos 
como:
• Normal: 1 a 2ml\kg\h
• Oligúria: 0,5 a 1ml\kg\h
• Anúria: menor que 0,5ml\kg\h
COMPONENTE C: Segurança do 
profissional
 Este último componente é represen-
tado pela identificação do profissio-
nal responsável pela prescrição. Deve 
conter sua assinatura, com letra legí-
vel, não havendo recomendação for-
mal para uso do carimbo. A prescrição 
é um ato médico, e deve ser realizada 
apenas por profissionais registrados 
no Conselho Federal de Medicina. 
Conforme o apresentado, nossa pres-
crição ficaria:
4. ESTRATÉGIAS PARA 
EVITAR O ERRO AO 
PRESCREVER
Além da sistematização apresentada, 
para prevenir a ocorrência de erros, 
seguem alguns pontos importantes 
que você deve se atentar:
1 – Não considerar o questionamento 
de uma prescrição como crítica, mas 
como auxílio, em que o objetivo final é 
a beneficência e não-maleficência do 
paciente;
2 – Ao atualizar uma prescrição que 
tenha sido feito no dia anterior, con-
verse com a equipe! Converse com o 
enfermeiro chefe acerca de novas in-
formações do paciente, pergunte ao 
farmacêutico sobre protocolos e me-
dicamento disponíveis na instituição 
ou ainda sobre possíveis interações 
medicamentosas;
3 - Ao terminar a prescrição, cheque 
se todos os itens necessários foram 
escritos. Ao imprimir, analise se todas 
as folhas estão presentes. 
4 – Pergunte ao paciente sobre seu 
antecedente medicamentoso; recal-
cule as doses; questione sobre aler-
gias. Se o paciente não estiver em 
condição de responder, contacte com 
familiares e acompanhantes;
5 – Explique ao paciente sobre as me-
dicações que utilizará, e os horários 
que as receberá. Muitos pacientes 
saem do hospital sem saber qual me-
dicamento estava em uso, o que tem 
implicações diretas sobre sua adesão 
medicamentosa pós-alta. Este pode 
ser ainda um momento para educar 
o paciente acerca da necessidade de 
novos hábitos;
6 – Mantenha um registro, em agen-
das, celulares, cadernos, de todos os 
medicamentos que já teve contato. 
Dose, diluição, via e problemas po-
tenciais. Isto lhe auxiliará a se familia-
rizar e memorizar os fármacos;
14PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
7 – Considerar a possibilidade de in-
teração entre as drogas prescritas. 
Ao terminar de prescrever, reavalie as 
drogas e veja se elas podem interagir 
entre si.
8 – Conheça o período de início e tér-
mino da validade da prescrição da 
instituição em que você se encontra. 
As prescrições feitas até determinado 
horário, são incluídas na rotina de ad-
ministração do mesmo dia, mas a pri-
meira dose será administrada apenas 
a partir do início de vigência da pres-
crição. Caso queira inserir uma me-
dicação de modo imediato, sinalize 
“PARA USO IMEDIATO” e comunique 
a enfermagem sobre o fato.
9 – Tenha calma! Enquanto estiver 
prescrevendo, concentre-se nesta 
atividade, e além disso, tenha paci-
ência consigo mesmo! Esta atividade 
demanda prática e, em breve, será 
um hábito para você.
15PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
PRESCRIÇÃO 
MÉDICA 
HOSPITALAR
Ordena serviço
1. Repouso
Nome
Data e hora
Nº de prontuário
Alergias
COMPONENTE A – 
SEGURANÇA DO PACIENTE
Evitando erros Informações gerais
COMPONENTE B –
ESQUEMA TERAPÊUTICO 
COMPONENTE C – 
SEGURANÇA DO 
PROFISSIONAL
Assinatura
Carimbo (opcional)
Em duas vias
Hora limite
Não prescrever serviços de hotelaria
Ordena despesas
Siga evidências científicas
Aceite críticas
Converse com o paciente
Mantenha calma
Escreva um “diário” de medicações que já utilizou
Converse com a equipe
Cheque a prescrição ao final
2. Dieta
3. Oxigenoterapia
4. Hidratação
5. Medicação EV
6. Medicação VO
7. Medicação por outras vias
8. Controles gerais
9. Controles específicosMAPA MENTAL: PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
16PRESCRIÇÃO MÉDICA HOSPITALAR
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
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Lancet, volume 359, issue 9315, P1373-1378, April, 2002. Disponível em: <https://www.
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nar.com.br/images/d/Manual%20de%20Instru%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20
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nível em:< http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1357-Einstein%20v7n3p290-4.pdf>.
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