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Contabilidade Ambiental

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As Queimadas em Corumbá, Pantanal Sul Mato-grossense e seus impactos na saúde do homem pantaneiro.
 Disciplina: Contabilidade Ambiental e Segmentos Específicos 
Orientadora: Simone Braga 
 
	 Acadêmicos: Bruno de Lucas Nascimento Torres – 2018.04.26589-6 
Lariza de Freitas Moreno – 2018.02.35448-4 
Kassiani Pereira Santiago – 2018.02.28594-6 
Patrick Henrique Faria do Nascimento – 2018.03.23221-8 
José Clevenilton dos Santos – 2020.07.29781-4
Sumário:
Resumo ______________________________________________01
Introdução ____________________________________________02
Desenvolvimento ____________________________________03–07 
Conclusão ___________________________________________08
Referências Bibliográficas _____________________________09-10
Resumo:
O trabalho tem como objetivo uma analise descritiva do Pantanal Sul Mato Grossense, mas especificamente na cidade de Corumbá, sobre as queimadas sofridas neste bioma, e os consequentes impactos perante o mesmo e a saúde do pantaneiro. 
Devido suas características estruturais, condições climáticas ou provocadas por praticas de manejos inadequado o pantanal é um dos biomas brasileiros mais propensos a queimadas. 
Introdução:
O pantanal ocupa a parte sul do estado do Mato Grosso e o noroeste do Mato Grosso do Sul. Essas são as regiões brasileiras do bioma, que somam cerca de 137 mil km2. Além da fronteira, ele continua pelo norte do Paraguai e o leste da Bolívia. 
Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal guarda espécies de fauna e de flora desses outros dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área geográfica, nativas da região. Por sua rica biodiversidade, o pantanal é considerado pela UNESCO um Patrimônio Natural Mundial. 
	Dentro desse imenso paraíso alagado está situado o município de Corumbá que é uma cidade junto ao rio Paraguai, no sudoeste brasileiro. É uma porta de entrada para o Pantanal que possui espécies selvagens como jaguares e lontras. A estátua do Cristo Rei do Pantanal proporciona vistas panorâmicas da cidade e do pantanal, tal como a Escadinha do Quinze. A arquitetura colonial na área do porto revela a importância da área no passado. O Museu de História do Pantanal (conhecido como Muhpan) oferece exposições históricas sobre a região.
Área: 64.722 km²
Área urbana: 21 km²
Elevação: 118 m
Tempo: 35 °C, vento L a 14 km/h, umidade de 29%
População: 112.058 (2020) 
Entre os biomas Brasileiros o Pantanal é considerado o mais propenso a queimadas pelas características estruturais de suas fitofisionomias, em decorrência de condições climáticas e manejo inadequado, o fogo sempre foi importante para a formação das primeiras sociedades, ainda mais para o pantanal, onde a pecuária é a principal atividade desenvolvida na região e o fogo é usado para formar áreas de pastagem, mas antes da utilização intencional do fogo para manejo de áreas, já havia queimadas na região do Pantanal, causadas naturalmente pelos índios. O que se esclarece pelo Ibama, que o fogo não se associa somente aos lançamentos de gases do efeito estufa e aquecimento global, mas também a prejuízos sociais, ambientais e desflorestamentos. 
As queimadas ocorrem sempre em período seco, como os períodos chuvosos têm variado ao decorrer dos anos isso tem possibilitado uma variação no período de ocorrências dos focos de incêndio, essa diminuição hídrica também é um fator em que favorece as queimadas nessas regiões. 
Desenvolvimento:
Bioma do Pantanal
Fauna: 
 Até agora já foram encontradas na região 122 espécies de mamíferos, 93 de répteis, 656 de aves e 263 de peixes. O Tuiuiú é a ave símbolo do Pantanal. 
Dentre os mamíferos, podemos citar a onça-parda, a onça-pintada, a jaguatirica, a capivara, a ariranha, o macaco-prego e o cervo-do-pantanal. A maior parte dos mamíferos do pantanal vive nas matas de galeria, matas que acompanham a margem dos rios. 
Já foram encontrados jacarés com até dois metros e meio de comprimento. São três as espécies mais vistas: o jacaré-do-Pantanal, o jacaré-comum e o jacaré-do-papo-amarelo. Além dos Jacarés, estão entre os répteis diferentes cobras como: a sucuri, jararaca, jiboia, sinimbu.
Solo:
	O solo da planície pantaneira foi formado a partir de fragmentos vindos de terrenos mais altos. É uma superfície pouco permeável. As características deste solo são resultado das constantes inundações: como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma mais lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.
Vegetação:
	A vegetação é um conjunto de diversas paisagens. Como o bioma fica próximo à região amazônica e ao cerrado, a proximidade com tais áreas faz com que o pantanal apresente algumas formações vegetais próximas às da Amazônia, como as que aparecem em terrenos alagados, e outras semelhantes ao cerrado, como nos campos não inundados ou nas matas de galeria. 
Clima:
	O clima no Pantanal é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas. A região apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso, de outubro a março, quando a temperatura fica em torno de 32º C e o inverno seco, de abril a setembro, quando a média de temperatura é de 21º C. As chuvas fortes são um fator determinante da paisagem pantaneira. Elas propiciam as cheias, que mudam a vegetação e também a vida de animais e homens por alguns meses do ano. 
Água:
	No grande ecossistema chamado pantanal, a água é um elemento que regula a vida. Estamos falando da maior planície alagável do mundo: calcula-se que cerca de 180 milhões de litros de água entram na planície pantaneira por dia.
As enchentes ocorrem nos meses de chuva. Nessa época o volume dos rios que cortam a região aumenta. Com isso, as planícies pantaneiras, que tem baixo declive, retém as águas e como o solo das planícies é pouco permeável, ele não consegue absorver todo o volume de água, que acaba por inundar grandes áreas. E assim são formados lagoas, baías, pântanos e brejos que permanecem ligados através dos cursos dos rios. 
As Queimadas – e os Impactos Ambientais no Pantanal Sul-Mato-Grossense
Nos estudos voltados a análises dos focos de incêndio dá-se destaque ao monitoramento Realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que em seu trabalho fez a identificação e delimitação das áreas queimadas no Pantanal que utilizou a imagens MODIS para o monitoramento dos focos, e fez uma avaliação das queimadas do Pantanal na região de Corumbá e Ladário no Pantanal do Paraguai. 
As queimadas são fenômenos comuns no pantanal Sul-Mato-grossense, que ocorre tanto por ação antrópica como por ação natural. “O fogo é parte do manejo da pastagem, é parte do dia a dia do pantaneiro. Só que às vezes os incêndios saem do controle.” 
A saúde da população pelos incêndios também é uma preocupação, pois a fumaça das queimadas eleva os problemas respiratórios o que faz crescer a procura por serviços de saúde por causa de dificuldade para respirar. E com a Pandemia do Covid19 se torna mais preocupante, pois se torna uma ocupação significativa aos serviços de saúde. Que mesmo estando em curso de pandemia não se deixou de ser elevado o numero de queimadas esse ano no Pantanal.
Dados estatísticos:
A partir da análise dos dados feito, nos últimos 16 anos, foram quantificados cerca de 460 mil focos de calor neste bioma, detectados pelos diversos sensores que monitoram os focos de queimadas em todo o Brasil. (Figura – INPE) 
	De acordo pesquisas, incêndios no Pantanal já atingiram áreas de tamanho igual a da cidade do Rio de Janeiro. Foram queimados cerca de 1.200 km², mas o número tende a crescer, porque ainda há focos e mesmo com os esforços não há previsão para o fim do fogo. (Fonte: FOLHAPRESS 04/11/19 - 17h00).
 “O fogo passa por cima da água, por entre as copas das árvores, e segue queimando por cima de pântanos. Bombeiros relataram ter visto animais que fugiram desesperadamente e ainda assim morreram devido a queimaduras. Ao todo, 151pessoas, entre bombeiros e funcionários rurais, estão mobilizadas no combate ao fogo”, afirma Catarinelli.
O número de focos de incêndio no Pantanal de janeiro a abril de 2020 aumentou 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento também foi no tamanho total de área queimada no mês de março, sendo 10 vezes maior do que em 2019. Além dos danos causados ao ambiente, há uma preocupação adicional em relação à saúde das famílias das comunidades da região. Incêndios no Pantanal geram prejuízos ambientais, econômicos e sociais.
As Queimadas – e os Impactos na Saúde do Pantaneiro
Os estudos dos efeitos das queimadas para a saúde humana são muito escassos, tanto no Brasil quanto no exterior, em que pese quase toda a literatura que trata das emissões atmosféricas produzidas por queima de biomassa mencionar que elas causam efeitos deletérios à saúde. 
Pesquisas em saúde ambiental são bastante complexos à medida que a saúde humana depende de vários fatores: exógenos, endógenos (fisiológicos e anatômicos), comportamentais (psicológicos, sociais e culturais) e da densidade demográfica (Audy, 1971). Para Audy "saúde é a propriedade contínua, potencialmente mensurável, da habilidade de um indivíduo reagir a insultos químicos, ou físicos, ou infecciosos, ou psicológicos, ou sociais". 
A queima da vegetação lança no ar monóxido de carbono e, com efeito, pode ir de uma intoxicação até a morte por asfixia, pela redução da concentração de oxigênio em níveis críticos e pela elevação no nível de monóxido de carbono, que compete com o oxigênio na sua ligação com a hemoglobina, ao ser inalado, a molécula desse gás, ocupa o lugar do oxigênio no sangue, e quem respira , inala esse ar por um longo tempo pode adoecer. Após, aumentou em 40% o número de pacientes com asma, bronquite nos postos de saúde.
Essas partículas estão no ar, à gente não vê. Mas o corpo as sente. Elas se encontram sistema respiratório, dói à garganta. Uma grande queimada: tem uma fuligem negra. Isso é o que os especialistas chamam de carbono negro e faz muito mal para a saúde.
De acordo com a médica pneumologista Andréa Cunha, as partículas inaladas por meio da fumaça podem irritar as vias áreas da parte superior – olhos e nariz –, aumentando a secreção que fica mais viscosa. "Assim os vírus e bactérias têm onde ficar e se instalar. É um grande risco, ainda mais com o novo corona vírus, que tem alto grau de contágio", afirma.
A fumaça também deixa o corpo humano mais debilitado, libera processos alérgicos, aumenta a falta de ar, provoca tosse, irrita os brônquios e a traqueia, deixando-o mais propício a esses tipos de infecções. "A combustão pode causar distúrbios respiratórios e exacerbar em quem possui alguma predisposição, podendo acarretar até em enfisema pulmonar. Idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas têm maiores chances de serem atingidas", pontua a médica pneumologista.
Para ajudar a impedir essas infecções é necessário tomar bastante água, evitar a exposição em lugares com grande incidência de incêndios, diminuir a prática de atividades físicas frente à acentuada de queimadas, ter o tratamento base e preventivo das doenças crônicas e alimentação adequada. "Assim não irá sofrer tanto com a agressão externa causada pelo fogo, que além de crime ambiental é um crime para a saúde pública", ressalta. (Por: Enfoque MS em 20/05/2020).
Conclusão:
Concluímos que os impactos ambientais ocasionados por queimadas na região do Pantanal Sul Mato Grossense, especificamente na cidade de Corumbá, levaram à degradação dessa área e a perda de milhares de espécies no bioma. 	Os desastres ambientais são vários, além disso, eles ocasionam uma gama de fatores que estão relacionados com a saúde da população pantaneira e ribeirinha que habitam este território, trazendo também uma grande perda na economia e no turismo desta região que é tão rica em sua Biodiversidade. 
Referências Bibliográficas
1 - Análise da distribuição espaço-temporal dos focos de incêndio no Pantanal (2000-2016)Wagner Tolone da Silva Ferreira e tal. - Anais 7º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Jardim, MS.
2 - InVivo. Fio Cruz. 2019 Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=963&sid=2> Acesso em: 09 de Junho de 2020.
3- Ecoa.org.br. 2020 Disponível em: <https://ecoa.org.br/incendios-no-pantanal-dados-historicos-ja-registrados-em-2020-e-impactos-incalculáveis>Acesso em: 09 de Junho de 2020.
4- Campo Grande News. 2019 Disponível em: <https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/apos-incendios-no-pantanal-projeto-faz-campanha-para-recuperar-área> Acesso em: 09 de Junho de 2020.
5- SFB. Serviço Florestal Brasileiro. 2014 Disponível em: <http://www.florestal.gov.br/snif/recursosflorestais/os-biomas-e-suas-florestas> Acesso em: 09 de junho de 2020.
6- Globo -G1 Disponível em: <https://g1.globo.com/jornalnacional/noticia/2019/09/07/fumaca-das-queimadas-traz-riscos-para-saude-mesmo-para-quem-mora-longe-dos-focos.ghtml> Acessado em: 10 de junho de 2020.
7- Enfoque MS Disponível em: < https://www.enfoquems.com.br/campo-grande/queimadas-aumentam-o-risco-de-contrair-doencas-respiratorias-inclusive-covid-19 > Acessado em: 10 de junho de 2020.
8- AUDY, J.R. Measurement and diagnosis of health. In Shepard, P. & McKinley, D. (eds.) Environ/mental. essays on the planet as a home. New York, Houghton Mifflin, 1971.
9- Ribeiro, H. e etc. tal. Dep.de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP/ Efeitos das queimadas na saúde humana Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?script=sciarttext&pid=S0103-40142002000100008> Acessado em: 10 de junho de 2020.

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