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Unidade I - Planejamento de Negócios e Ações de Marketing

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento de Negócios e Ações de Marketing 
 
 
 
Unidade I 
 
 
 
 
 
Profa. Kellyn Telles Cunha 
 
 
 
 
 
 
Sobre a autora 
 
A Profa. Kellyn Telles Cunha é mestre em Recursos Humanos e Gestão do 
Conhecimento, pós-graduada em Recursos Humanos, Master Coaching e Master em PNL 
pelo Centro Nacional de Coaching (Cenacoaching), Humanistic Master Coach, certificada pela 
The International Humanistic Coaching Society (IHCOS) e membro da Associação de 
Neurometria Funcional Computadorizada. Há 13 anos, é professora de graduação em Gestão 
de RH e pós-graduação em Recursos Humanos, Psicologia Organizacional, Gestão 
Estratégica de Pessoas, na Universidade Paulista-UNIP, e diretora e consultora em RH/DP e 
Qualidade da Empresa KTC – Capacitação Gerencial, Coach Individual e Equipes, aplicadora 
do treinamento de Neurometria Funcional Computadorizada, palestrante em instituições e 
organizações. Como supervisora técnica e administrativa, atuou em grandes laboratórios 
(Delboni, Lavoisier, Rhesus, Bioquímico) como líder administrativa e, posteriormente, como 
gerente de RH, responsável pela implantação e treinamento da ISO 9001, Seis Sigmas, ISO 
10015 e auditora interna, com responsabilidade de reestruturar o RH e apoiar o setor da 
qualidade. Como gerente de RH, foi responsável por subsistemas (contratação, integração, 
treinamento, monitoração, avaliação de desempenho e implantação de cargos e salários) nas 
organizações. Você poderá ter mais informações acessando o link: 
http://lattes.cnpq.br/5560716835642323. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. BREVE CONCEITO .......................................................................................... 5 
2. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA .................................................................. 6 
3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .................................................................. 7 
4. EMPREENDEDORISMO .................................................................................. 9 
4.1 Características do empreendedor de sucesso ................................................ 10 
4.2 Os impactos na vida pessoal e profissional do empreendedor ....................... 14 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta unidade, vamos estudar conceitos importantes sobre estratégias, 
planejamento e empreendedorismo. Conhecer estratégias e planejar suas ideias faz 
parte do processo de criatividade, inovação e empreendedorismo. 
Para que a inovação exista, os administradores e empreendedores, gerentes, 
coordenadores e equipes precisam ser ágeis nas tomadas de decisão e otimização 
de processos. É necessário que exista um planejamento estratégico que contenha 
informações operacionais e financeiras, conduzindo a empresa a um caminho de 
menores riscos. 
Logicamente não existe uma fórmula milagrosa para evitar que os problemas 
do trabalho afetem a esfera pessoal, uma vez que o dinheiro e o status social são 
parte da vida pessoal, mas investir em equilíbrio emocional, por meio de palestras, 
cursos, livros, dicas, e também por experiência, permite que as frustrações sejam 
menores. 
 
 
5 
 
1. BREVE CONCEITO 
 
Segundo Marques (2017), o conceito de planejamento consiste no ato de criar 
e planejar antecipadamente uma ação, desenvolvendo, assim, estratégias 
programadas para atingir determinado objetivo. Funciona como uma forma de 
identificar um alvo específico, com a intenção de organizar e aplicar as melhores 
maneiras para atingi-lo. 
Muitos profissionais e empresas ainda subestimam a sua importância, porém 
sem um planejamento estratégico efetivo, dificilmente suas metas e objetivos serão 
alcançados do modo esperado. Com isso, os indivíduos administram, erroneamente, 
sua carreira e finanças e as organizações sofrem com a má gestão de pessoas, 
produtos e serviços. 
Isso ocorre porque sem planejamento, ambos tomam decisões erradas e 
prejudiciais ao seu futuro. Por isso, planejar é a melhor forma de visualizar o estado 
desejado, sair do estado atual e estimular o desenvolvimento. 
Essa ação é fundamental para compreender quais são os nossos pontos de 
melhoria ou mesmo aqueles aspectos que podem ser potencializados. Deste modo, 
conseguimos definir, com mais assertividade, quais estratégias adotar e quais os 
melhores caminhos a seguir em determinada situação. 
Segundo Sahlman (1998), importante professor da Harvard Business School, 
poucas áreas têm atraído tanto interesse e atenção dos homens de negócios nos 
Estados Unidos como os planos de negócios. Esse tema tem gerado, nos Estados 
Unidos, inúmeras publicações. No Brasil, começa também a aparecer devido ao 
advento da internet e pela importância que as universidades estão dando ao assunto, 
ao colocar em sua grade curricular disciplinas voltadas ao empreendedorismo 
empresarial. 
 
 
 
6 
2. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
Pesquisando dados da história foi possível conhecer que, na década de 1980, 
presenciou-se o ingresso da palavra “estratégia” no vocabulário popular com o espírito 
comercial, já que, em meados dos anos 1990, sindicalistas, funcionários públicos ou 
jornalistas formularam seus discursos em volta das palavras “estratégia” ou 
“estratégico”. 
O propósito era mostrar a importância da estratégia e o status elevado de seus 
desejos, além de oferecer uma direção de pensamentos e de planejamentos 
convincentes aliados ao termo estratégico. O termo convencia muito, como foi 
declarado na citação de Lyles (1990 apud CLEGG; HARDY; NORD, 2004, p. 231) aos 
acadêmicos: “O termo estratégico difundiu-se em todas as disciplinas como uma 
tentativa de reforçar a importância do seu trabalho”. Schendel e Cool (1988 apud 
CLEGG; HARDY; NORD, 2004, p. 231) ressalta que “observam que houve pouco uso 
da palavra no contexto gerencial antes de 1979”. É certo que o uso artificialmente 
comum da palavra estratégia e de suas formações mascara as diversas construções 
e os variados significados ao longo do tempo. 
Conforme Certo e Peter (1993), a administração estratégica busca manter a 
organização integrada com seu meio ambiente por meio de um processo contínuo e 
interativo. Os autores prezam que ela deva ser desempenhada em uma série de 
etapas, as quais são: análise do ambiente, estabelecimento de diretrizes da 
organização, formulação e implementação da estratégia e controle estratégico. 
Segundo os autores, a administração estratégica, se praticada apropriadamente, pode 
aumentar a lucratividade da organização. 
 Já para Hitt, Ireland e Hoskisson (2003) o processo de administração 
estratégica, envolve todos os compromissos, decisões e ações que se tornam 
necessárias para que uma organização alcance um alto nível de competitividade um 
retorno acima da média. Conforme afirmam os autores, a eficácia da formulação e 
implementação de um bom plano estratégico está diretamente ligada às informações 
extraídas da análise dos ambientes interno e externo. A administração estratégica é 
aplicada para combinar as condições de um mercado que está em constantes 
mudanças com as fontes de insumos estratégicos da empresa – que são os recursos, 
capacidades e competências também em constante evolução. 
 
 
 
7 
3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
Planejar é criar um plano para que o futuro aconteça a gosto de quem o cria, 
diferentemente de agir ao acaso, no improviso. O planejamento busca estabelecer 
objetivos e ações alternativas, buscando escolher sempre as melhores ações para 
atingir o sucesso da organização (CASAROTTO FILHO, 2002). 
Segundo Cunha (apud CASAROTTO FILHO, 2002, p. 34), planejamento 
estratégico “é um processo que consiste na análise sistemática da situação atual e 
das ameaças e oportunidades futuras, e a consequente formulação de estratégias, 
objetivos e ações”. 
Eis outro conceito inserido na história da humanidade, mais amplo e novamente 
aplicado à áreabélica, pois os exércitos precisavam de planejamento para o 
deslocamento dos seus recursos, de onde seriam as melhores posições para se 
aquartelarem, para se defenderem e para atacarem. 
É sabido que as legiões romanas não se deslocavam antes de identificar quais 
seriam as melhores rotas, onde teriam abastecimento de água potável e pastos para 
seus rebanhos e cavalos, pois um forte exército poderia ser, fácil e rapidamente, 
derrotado se não tivesse ou se fosse cortada sua fonte de recursos. 
Conforme Biagio e Batocchio (2012, p. 33), “o planejamento estratégico é um 
esforço para evitar que o negócio seja prejudicado caso ocorra uma mudança nas 
condições ambientais”. Nele devem ser analisadas as ameaças oriundas de fatores 
internos e externos à organização, bem como os pontos fortes e fracos da empresa. 
Esta análise permite nortear o futuro do mercado, estipulando metas e objetivos que 
vão de encontro com as oscilações do mesmo, e, assim, antecipar problemas e reagir 
mais rapidamente, como também estipular previamente alternativas para as 
consequências (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012). 
Rezende (2008) traz planejamento estratégico com um processo dinâmico e 
sistêmico, com total envolvimento de pessoas capacitadas, realizado continuamente 
para determinar os objetivos, as estratégias e as ações da organização. O autor coloca 
que, para obter sucesso no planejamento estratégico, é preciso que a missão e a 
visão, junto com a estratégia, consigam motivar seu meio ambiente, tanto interno 
como externo, que seus objetivos sejam possíveis de ser alcançados e que seus 
colaboradores estejam comprometidos no desempenho de suas funções. 
O planejamento é uma das quatro funções básicas do administrador, compondo 
o chamado “processo administrativo”: planejamento, organização, direção e controle. 
Para que se possa conceber a sua relevância, é importante analisar o quadro: 
 
 
 
8 
Tabela 1: Processo administrativo 
Planejamento • Definir missão. 
• Formular objetivos. 
• Definir os planos para alcançá-los. 
• Programar as atividades. 
Organização • Dividir o trabalho. 
• Designar as atividades. 
• Agrupar as atividades em órgãos e cargos. 
• Alocar recursos. 
• Definir autoridade e responsabilidade. 
Direção • Designar as pessoas. 
• Coordenar os esforços. 
• Comunicar. 
• Motivar. 
• Liderar. 
• Orientar. 
Controle • Definir padrões. 
• Monitorar o desempenho. 
• Avaliar o desempenho. 
• Realizar ação corretiva. 
Fonte: CHIAVENATO, 2003, p. 168. 
 
No entendimento de Chiavenato (2003), o planejamento figura como a primeira 
função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O 
planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os 
objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. 
Pare e pense: Considera-se o planejamento como um conjunto de 
providências adotadas, pelo nível estratégico da empresa, em um cenário futuro que 
tende a ser diferente do passado e geralmente realizado nos meses de novembro e 
dezembro. O planejamento estratégico tem um papel muito importante nos processos 
de mudanças: desenvolvimento de novos produtos/serviços, retenção do capital 
humano, expansão de mercado, novas tecnologias etc. 
 
 
 
9 
4. EMPREENDEDORISMO 
 
Falar sobre empreender na era da globalização está cada vez mais difícil, 
inovar é questão de sobrevivência e, para que isso aconteça, os administradores e 
empreendedores, gerentes, coordenadores e equipes precisam ser ágeis em 
sua tomada de decisão e otimização de processos, precisam contar com um 
planejamento estratégico que contenha informações operacionais e financeiras, 
conduzindo a empresa a um caminho de menos riscos. 
No Brasil existem muitas iniciativas aliadas ao processo de consolidação de 
projetos na área de empreendedorismo, pois o país apresenta um forte contingente 
de instituições e profissionais com capacidade de alavancar incentivos para criação 
de micro e pequenos negócios, a partir do sistema de incubação de empresas, 
ajudando no processo de disseminação da cultura empreendedora. 
 
Pare e pense 
Em tempos em que a tecnologia e a comunicação evoluem em questão de 
segundos, inovar é questão de sobrevivência e aprendizado! 
 
No Brasil, existem muitas iniciativas aliadas ao processo de consolidação de 
projetos na área de empreendedorismo, pois 
 
[…] o país apresenta um forte contingente de instituições e profissionais com 
capacidade de alavancar incentivos para criação de micro e pequenos 
negócios, a partir do sistema de incubação de empresas, ajudando no 
processo de disseminação da cultura empreendedora (BEZERRA, 2011, p.). 
 
O empreendedorismo é marcado pelas oportunidades. Segundo Longenecker 
et al. (2011), as oportunidades empreendedoras se definem como uma inovação ou 
oportunidade que gera valores aos compradores e usuários finais que, por ela, 
despertam interesse. Ressalta também que determinada oportunidade não é 
igualmente percebida entre os indivíduos, devido às diferentes experiências e 
perspectivas de cada um deles. 
Os empreendedores são “indivíduos que descobrem as necessidades do 
mercado e abrem novas empresas para satisfazer essas necessidades” 
(LONGENECKER et al., 2011, p. 7). 
Já para Maximiniano (2011, p. 1), empreendedor é “a pessoa que assume o 
risco de começar uma empresa”. O autor traz a ideia de espírito empreendedor 
associada às pessoas realizadoras, as quais se arriscam e mobilizam recursos para 
começar uma organização de negócio. Os traços comportamentais dos 
empreendedores variam e se manifestam com diferente grau de intensidade de uma 
pessoa à outra, conforme explica o autor, esses traços integram as competências 
que todo o empreendedor deve possuir, tais como: criatividade e capacidade de 
implementação; disposição para assumir riscos; perseverança e otimismo; senso de 
independência. 
 
10 
Chiavenato (2004) complementa a ideia de empreendedor considerando além 
do indivíduo que cria novos negócios, o cita como uma energia da economia, uma 
alavanca de recursos, o impulso de talentos e a dinâmica de ideias. Conforme 
explica o autor, é o empreendedor quem descobre oportunidades e rapidamente as 
aproveita, antes que outros o façam, assumindo riscos e responsabilidades e 
inovando constantemente. 
Sobre uma perspectiva comportamental, Maximiniano (2011) apresenta 
quatro traços que integram as competências do empreender. Expõe a ideia de que o 
empreendedor deve possui capacidade de implementação e ser criativo, deve estar 
disposto a assumir riscos, ser perseverante e otimista e ter senso de independência. 
Explica que o empreendedor deve possui capacidades combinadas, de idealização e 
realização de algo novo, criando um cenário rico em incertezas e riscos. Assim 
devem ter coragem para enfrentar as possibilidades de insucesso ou perda, pois sua 
sobrevivência depende da persistência de seus esforços perante riscos e 
dificuldades, tendo em sua mente a visão do sucesso ao invés do fracasso. 
Gudim (2017) cita que o empreendedor precisa ser sonhador, acima de tudo. 
O autor descreve três pontos fundamentais para o empreendedorismo: 
 
 Ter um propósito: Qualquer ideia que você tiver precisa ter um objetivo. 
Do contrário dificilmente conseguirá fazer com que ela avance. Pense no que 
você quer ao se tornar um empreendedor: ganhar mais dinheiro, resolver um 
problema da comunidade onde vive, realizar um sonho pessoal? Não importa 
o que te leve a isso e sim a razão que vai te mover e sustentar todas as suas 
decisões. Em outras palavras, encontre aquilo que vai te dar forças nos 
momentos de crise. 
 Ferramentas: Tanto no processo de idealizar o projeto quanto na sua 
execução prática é importante contar com o máximo de ferramentas. 
Investigue o que é possível aplicar logo de início (modelo de negócio, 
sistemas de gestão, softwares para otimizar o processo etc.) e use. Se optar 
por deixar de lado as ferramentas e canais quea tecnologia oferece, 
começará atrasado e dificilmente conseguirá se estabelecer de maneira 
sólida em comparação com outros que empreenderam na mesma área. 
 Aprender a aprender: Lembra quando disse que o mundo hoje é veloz? 
Pois bem, leve em consideração que vai precisar aprender sempre. As 
tecnologias mudam e por isso, aquilo que você aprendeu a usar há cinco anos 
talvez já esteja ultrapassado hoje. Via de regra é importante nunca se 
acomodar. 
 
4.1 Características do empreendedor de sucesso 
 
Para uma tarefa simples como falar sobre um empreendedor de sucesso no 
Brasil, é preciso possuir algumas características e habilidades essenciais. O 
empreendedor de “sucesso” são pessoas que planejam e tomam ações ao invés de 
ficar esperando que a sorte venha lhe bater na porta, fazem a sorte acontecer e usam 
as crises para um novo crescimento. 
 
Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele 
que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza 
 
11 
antes, aquele que sai da área do sonho, do desejo, e parte para a ação 
(POMBO, sd). 
 
Faz parte do senso comum descrever os empreendedores como “talentosos 
por natureza”, ou como “privilegiados pelo sistema econômico”, uma vez que, em 
muitas situações, ter o seu próprio negócio quer dizer dívidas de centenas de milhares 
de reais com bancos, cartões de créditos empresariais repletos de fornecedores 
ansiosos para receber, colaboradores a serem pagos e poucos clientes para permitir 
um fluxo de caixa que faça com que as contas fechem no “azul”. 
Dornelas (2005) diz que as características de um empreendedor de sucesso 
são: 
 Visionários: eles têm a visão de como será o futuro para o seu negócio 
e a sua vida, e o mais importante: eles têm a habilidade de implementar seus 
sonhos. Sabem tomar decisões: Eles não se sentem inseguros, sabem tomar 
as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de 
adversidade, sendo isso um fator-chave para o seu sucesso. E mais: além de 
tomar decisões, implementam suas ações rapidamente. São indivíduos que 
fazem a diferença: Os empreendedores transformam algo de difícil definição, 
uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é 
possível em realidade (KAO, 1989 apud DORNELAS, 2005; VRIES, 1997 
apud DORNELAS, 2005). Sabem agregar valor aos serviços e produtos que 
colocam no mercado. Sabem explorar ao máximo as oportunidades: Para a 
maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por 
sorte ou por acaso. Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias 
são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo 
prático para transformá-las em oportunidades, por meio de dados e 
informação. Para Schumpeter (1949 apud Dornelas, 2005), é aquele que 
quebra a ordem correta e inova, criando mercado com uma oportunidade 
identificada. Para Kirzner (1973 apud Dornelas, 2005), o empreendedor é 
aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em 
um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na 
ordem presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que o 
empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um 
indivíduo curioso e atento à informação, pois sabe que suas chances 
melhoram quando seu conhecimento aumenta. 
 Determinados e dinâmicos: eles implementam suas ações com total 
comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, 
com uma vontade ímpar de “fazer acontecer”. Mantêm-se sempre dinâmicos 
e cultivam um certo inconformismo diante da rotina. 
 Dedicados: eles se dedicam 24h por dia, 7 dias por semana, ao seu 
negócio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a família, e até 
mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando 
energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. 
São incansáveis e loucos pelo trabalho. 
 Otimistas e apaixonados pelo que fazem: eles adoram o trabalho 
que realizam. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os 
mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os melhores 
vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como 
fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de 
imaginar o fracasso. 
 Independentes e constroem o próprio destino: eles querem estar à 
frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser 
independentes em vez de empregados; querem criar algo novo e determinar 
 
12 
os próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser os próprios patrões e 
gerar empregos. 
 Ficam ricos: ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. 
Eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios. 
 Líderes e formadores de equipe: os empreendedores têm um senso 
de liderança incomum. E são respeitados e adorados por seus funcionários, 
pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time 
em torno de si. Sabem que, para obter êxito e sucesso, dependem de uma 
equipe de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores 
cabeças para assessorá-los nos campos onde não detêm o melhor 
conhecimento. 
 Bem relacionados (networking): são organizados, os 
empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxilia no 
ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de 
classe. Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, 
humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor 
desempenho do negócio. 
 Planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso 
planejam cada passo do seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de 
negócio até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias 
de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão do 
negócio que possuem. 
 Possuem conhecimento: são sedentos pelo saber e aprendem 
continuamente, pois sabem que, quanto maior o domínio sobre o ramo do 
negócio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da 
experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, 
em cursos, ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram 
empreendimentos semelhantes. 
 Assumem riscos calculados: talvez essa seja a característica mais 
conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele 
que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais 
chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios. E, para o 
empreendedor, quanto maior o desafio, mais estimulante será a jornada 
empreendedora. 
 Criam valor para a sociedade: os empreendedores utilizam seu 
capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de 
empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua 
criatividade em buscar soluções para melhorar a vida das pessoas. 
 
 
13 
 
 
Pare e pense 
Ser o seu próprio “chefe” tem diversos riscos. É necessário estar aberto a 
mudanças, assumir responsabilidades e sofrer pressões da sociedade, dos órgãos 
governamentais e dos empregados. A dedicação ao trabalho aumenta 
significativamente: muitas vezes trabalha-se mais de 8 horas por dia, sem salário fixo 
garantido no final do mês, sem férias, décimo terceiro, fundo de garantia e mesmo 
uma aposentaria, caso a pessoa não opte por fazer uma contribuição ao INSS ou para 
a aposentadoria privada (KROICH, sd). 
Apesar dos riscos e desafios, empreender é a forma crucial que um país tem 
para gerar riquezas. O objetivo desta unidade não é amedrontar, muito menos 
desencorajar a atitude inovadora, mas guiar o capital emocional para um caminho 
mais seguro, onde as raízes e objetivos da organização estejam claros desde o início. 
Note que podemos fazer uma lista com centenas de habilidades, características 
ou posturas de que um empreendedor necessita. Isso acontece porque o 
empreendedor precisa estar em constante aprimoramento, evolução e aprendizado 
técnico e emocional.O mundo corporativo é dinâmico. Então, nossos 
empreendedores precisam se reinventar juntamente com os produtos e serviços que 
oferecem. 
 
Explore 
JACK Ma: Dicas para jovens empreendedores (legendado). Parte I. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=saiggTj2HRg. 
 
14 
Jack Ma: Dicas para jovens empreendedores (legendado). Parte II. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=a7HqwqwC2DQ. 
 
4.2 Os impactos na vida pessoal e profissional do empreendedor 
 
Sempre ouvimos a seguinte pergunta: “como conciliar a carreira com a vida 
pessoal?”. Para um empreendedor, isso não é diferente. Contudo, ainda mais 
desafiador, uma vez que sua vida pessoal, muitas vezes, faz parte da vida profissional. 
O empreendedor está, o tempo todo, em trabalho, mesmo fora de seu negócio. 
Sua mente está focada em trazer soluções para os problemas e desafios diários do 
mercado, que vão desde lidar com os concorrentes a até fundamentar uma sólida 
cultura empresarial. 
Afundar-se no trabalho é como todo e qualquer escapismo, apenas uma forma 
de fugir dos problemas da vida cotidiana e do mundo que nos cerca. Por isso, elaborei 
algumas dicas para conciliar a vida pessoal e profissional: 
 evite levar problemas para casa; 
 ao trabalhar em casa, crie um espaço onde seu trabalho é desenvolvido, 
impedindo que ele tome toda a sua vida; 
 estabeleça objetivos que permitam que você tenha tempo para descansar e 
para desfrutar o lazer; 
 ao ter um companheiro ou companheira, seja sincero sobre suas ambições 
e a razão do seu esforço no trabalho; 
 permita-se tirar férias em épocas nas quais o negócio é mais “calmo”. Assim, 
você não se sentirá culpado; 
 tenha sempre um ou mais colaboradores de confiança que possam lidar com 
os desafios da empresa na sua ausência; 
 jamais projete seu negócio como o seu único objetivo de vida. Caso 
contrário, as frustrações lhe roubarão a motivação; 
 não aceite trabalhar mais de 12 horas por dia, 7 dias por semana, como algo 
normal. Se isso acontece, você está perdendo a capacidade de delegar as funções; 
 o dinheiro é o objetivo do empreendimento, mas isso não pode custar a sua 
saúde; 
 ter um tempo para a família não é um luxo, e sim um direito; 
 embora contatos sejam importantes, não transforme todas as suas relações 
pessoais em possíveis “negócios”; 
 meditação, leitura e exercícios são aliados da mente saudável do 
empreendedor; 
 pense nos estudos como investimento e não como obrigação; 
 os filhos só crescem uma vez. Lembre-se disso; 
 tenha orgulho do seu legado, independentemente do tamanho dele; 
https://www.youtube.com/watch?v=a7HqwqwC2DQ
 
15 
 saiba separar as amizades dos negócios; 
 um colaborador eficiente é mais importante do que apadrinhar um amigo ou 
parente; 
 ao trabalhar com a família, saiba estabelecer hierarquia; 
 empresas não são eternas, assim como a nossa vida. 
 
Essas dicas abordam tópicos cruciais que podem ajudar o empreendedor a 
viver em equilíbrio com a vida pessoal e profissional. 
 
Pare e pense 
O empreendedor trabalha para o lucro, mas o corpo e a mente destruídos pela 
imprudência geram apenas gastos, sejam financeiros, sejam ligados à própria vida. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
 
BIAGIO, Luiz Arnaldo; BATOCCHIO, Antônio. Plano de negócios: estratégia para 
micro e pequenas empresas. 2. ed. Barueri: Manole, 2012. 
BRASILEIRO, Silvio. Características do Comportamento Empreendedor (CCE) 
para o sucesso. 2010. Disponível em: 
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