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Estudo Dirigido de Direito Civil I - Parte 1

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Direito Civil I - Estudo Dirigido (Livro Didático de Civil I - Leitura 
Complementar) Indicar fundamentação jurídica – artigos 
 
1. No que consiste o fenômeno da repristinação? Indique a fundamentação jurídica. 
A repristinação ocorre quando uma lei é revogada por outra e posteriormente a própria norma 
revogadora é revogada por uma terceira lei, que irá fazer com que a primeira tenha sua vigência 
reestabelecida caso assim determine em seu texto legal 
 
2. Interprete a regra do artigo 6º da LINDB e seus parágrafos e apresente os conceitos de ato jurídico 
perfeito, direito adquirido e coisa julgada. 
O artigo 6º da LINDB afirma que para a lei estar em vigor deve estar respeitando o 'ato jurídico 
perfeito' que é aquele já realizado, acabado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, pois 
já satisfez todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos seus efeitos, tornando-se portanto 
completo ou aperfeiçoado, o Direito adquirido que é espécie de direito subjetivo definitivamente 
incorporado (pois, adquirido) ao patrimônio jurídico do titular (sujeito de direito), já consumado ou 
não , porém exigível na via jurisdicional, se não cumprido voluntariamente pelo obrigado (sujeito de 
dever) e a Coisa julgada que é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais 
recursos, tornando-a imutável e indiscutível. 
 
3. Qual a diferença de direito adquirido e expectativa de direito? Exemplifique 
Direito adquirido é espécie de direito subjetivo definitivamente incorporado (pois, adquirido) ao 
patrimônio jurídico do titular (sujeito de direito), já consumado ou não , porém exigível na via 
jurisdicional, se não cumprido voluntariamente pelo obrigado (sujeito de dever). A expectativa de 
direito consiste em um direito que se encontra na iminência de ocorrer, mas que não produz os efeitos 
do direito adquirido, pois não foram cumpridos todos os requisitos exigidos por lei. A pessoa tem 
apenas uma expectativa de ocorrer. 
 
4. O que deverá fazer o juiz ao se deparar com uma ausência de previsibilidade legal para o fato a 
ser julgado? Aponte a fundamentação jurídica na LINDB. 
Vedação ao Non Liquet: O juiz não pode se escusar de julgar um caso, na falta de lei, ele deve utilizar 
os princípios, jurisprudências e doutrinas para aplicar no caso e julgar. Isso se encontra no artigo 4º 
da LINB (na omissão o juiz decidirá com base nos...) 
 
5. Como poderá ocorrer a correção a texto de lei já em vigor? Responda indicando o artigo da Lei. 
Conforme art 2º da linb, a lei tem um caráter geral de permanência. Isto significa que, salvo disposição 
em contrário, terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Esta revogação pode ser tácita, 
declarada expressamente pelo legislador, como dispõe o parágrafo 2º do artigo, ou implícita, cabendo 
ao intérprete solucionar esta omissão. Uma lei com disposições gerais ou especiais ao lado de leis já 
existentes sobre uma mesma matéria não a revoga automaticamente; já uma lei nova que regule 
inteiramente assunto de lei precedente a estará revogando. Extinguindo-se a vigência da lei 
revogadora, a lei revogada não se restaura automaticamente, de acordo com o parágrafo 3º. Esta 
repristinação da lei antiga só ocorre por disposição expressa. Necessário atentar que a situação não 
se confunde com a inconstitucionalidade — declarada inconstitucional, a lei é tida como se nunca 
tivesse existido. 
 
6. Como deverá ser feita a correção do texto de uma lei que ainda não entrou em vigor? 
Fundamente. 
Se uma norma já está em fase de vacatio legis, ela só poderá ser alterada por meio de uma nova lei. 
Entretanto, nada impede que neste período, tendo em vista sua existência, mas não vigência, ela 
possa ser corrigida para retificação de erros materiais, exigindo apenas uma nova publicação, sem 
necessidade de nova lei, recomeçando assim o prazo de vacatio legis. Em regra geral o prazo é de 45 
dias conforme artigo 1º da Lindb. OBS:Esse intervalo temporal entre a data da publicação e o início 
da vigência da lei é a VACATIO LEGIS. Quando a lei entra em vigora na data de sua publicação é lei sem 
VACATIO LEGIS. 
 
7. Quais as teorias que abordam o conceito e aquisição da personalidade jurídica da pessoa natural? 
Aponte a fundamentação jurídica. 
Teoria Concepcionista: a personalidade tem início com a concepção; ou seja, com a própria gravidez 
(momento em que o óvulo fecundado pelo espermatozoide se junta à parede do útero). Teoria não 
adotada no brasil. 
Teoria Natalista: a personalidade se inicia a partir do nascimento da criança com vida. Teoria adota 
pelo código civil. 
Teoria da Viabilidade: pressupõe a possibilidade de sobrevivência da criança. Países que adotam esta 
teoria entendem que se uma criança nasceu com uma doença que a levará a morte em poucos dias, 
não haverá a aquisição da personalidade. 
No Brasil a doutrina se manifesta de forma divergente, pois, se por um lado a lei estabelece que a 
personalidade civil tem início com o nascimento com vida, o mesmo dispositivo a seguir assegura ao 
nascituro direitos desde sua concepção. 
 
8. Há diferença entre capacidade de fato ou exercício e capacidade de direito ou gozo? Explique. 
Sim, há diferença. Pois existem duas espécies de capacidade: a capacidade de direito ou de gozo que 
é inserido a quem possui personalidade jurídica, já que se define como sendo a aptidão genérica para 
aquisição de direitos e deveres, e a capacidade de fato ou de exercício que é a aptidão de exercer por 
si os atos da vida civil. 
 
 
 
9. O que é a incapacidade e como a legislação civil vigente trata este assunto? Fundamente 
juridicamente. 
Incapacidade civil: São as pessoas que não estão aptas ao exercício ou gozo de seus direitos. A 
incapacidade pode ser absoluta ou relativa. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente 
os atos da vida civil os menores de 16 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que, mesmo por causa transitória, 
não puderem exprimir sua vontade. São relativamente incapazes os menores de 16 anos e maiores de 
18 anos; os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; os pródigos, entre 
outros. Ver artigos 3º a 5º do Código Civil. 
 
10. Defina emancipação e apresente as espécies contempladas no código civil fundamentando nos 
artigos. 
A emancipação é um ato jurídico que concede ao maior de 16 anos e menor de 18 anos a liberdade 
para exercer certos atos civis , ministrar seus bens e negócios com devida autonomia. Para ser 
concedido primeiro deve ocorrer a oitiva do Ministério Público. Os maiores de 16 anos e menores de 
18 anos são relativamente incapazes, isso quer dizer que é possível que essa pessoas exerçam os atos 
da vida civil sem a assistência da pessoa habilitada para tal caso, desta forma a emancipação pode 
ocorrer de várias formas de acordo com o Art. 5o do Código Civil. 
 A emancipação pode ocorrer de 3 formas: 
A) Emancipação Voluntária: Ocorre da manifestação de vontade dos pais em emancipar o filho, ou de 
um na falta do outro. 
B) Emancipação Judicial: Esta será concedida pela sentença ouvindo o tutor (responsável pelo menor) 
e com oitiva do ministério público. Assim também poderá ocorrer a emancipação judicial quando 
haver conflito de vontades dos pais, podendo um ser contra e o outro a favor. 
C) Emancipação legal: Este tipo de emancipação ocorre com a realização de certos eventos previstos 
no art. 5o do código civil, no qual o legislador presumiu a capacidade, podendo ser por exemplo: O 
casamento, Colação de grau em ensino Superior (lembrando que existem cursos superiores com 
pouco tempo de estudo, que vão de 1 ano e meio ate 2 anos). Outros exemplos da emancipação legal 
estão previstos a seguir na redação do art. 5o do Código Civil nos incisos II;III; IV e V.11. Estabeleça diferença doutrinária entre Domicílio, Residência e Moradia. 
-MORADA é o lugar onde a pessoa natural se estabelece temporariamente, ou seja, de forma 
provisória; 
-RESIDÊNCIA é o local em que a pessoa se estabelece permanentemente, ou, como assevera Pablo 
Stolze, “ (...) lugar onde a pessoa natural se estabelece habitualmente (...) pressupõe maior 
estabilidade (em relação a morada)”. 
-DOMICÍLIO é aquele lugar onde o indivíduo se estabelece com ânimo definitivo, como também o local 
em que exerce seus negócios jurídicos, relativamente à atividade profissional. 
 
12. Qual o conceito de domicílio que se deduz da leitura do artigo 70 do CC? 
Segundo o Artigo 70 do Código Civil: “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a 
sua residência com ânimo definitivo.” Logo, domicílio é a ideia de residência somada com a vontade 
de se estabelecer permanentemente num local determinado. 
 
 
13. Podemos afirmar que no modelo brasileiro o domicílio é uma extensão da identificação das 
pessoas físicas e jurídicas? Em que sentido? Fundamente. 
Sim. Pois domicílio da pessoa natural pode ser tanto física quanto jurídica. É o lugar onde a pessoa 
define para ser encontrada judicialmente se jurídica é a sede da empresa por exemplo. O domicílio e 
o lugar nomeado pela pessoa para prestar contas. 
 
14. Podemos dizer que o direito civil admite pluralidade de domicílios para as pessoas físicas e 
jurídicas? Aponte a fundamentação legal. 
Sim, o direito civil admite pluralidade de domicílios em caso da pessoa ter mais de uma residência 
conforme artigo 71 CC 
 
15. O que significa a Teoria do Domicílio Ocasional ou Aparente? Está contemplada no nosso 
ordenamento? Indique o artigo? Caso positivo apresente uma situação fática que exemplifique a 
teoria. 
Desenvolvido pelo civilista belga Henri de Page, o domicílio aparente ou ocasional se mostra como das 
hipóteses de aplicação da Teoria da Aparência. Por ficção legal, é considerado domicílio das pessoas 
que não tenham domicílio certo o lugar em que forem encontradas. Como no caso dos ciganos, 
profissionais circenses, caixeiro viajante, etc. O art. 73 do Código Civil dispõe que "ter-se-á por 
domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada". 
 
16. Quais as espécies de domicílio contempladas no Código Civil? Fundamente Juridicamente. 
 
Há três espécies de domicílio comtemplados no Código Civil: 
VOLUNTÁRIO : é o domicílio geral que decorre de ato de vontade, ou seja, do fato de o indivíduo 
estabelecer sua residência com ânimo definitivo, em um determinado ligar. 
LEGAL = NECESSÁRIO : é o domicílio geral que decorre de determinação legal. As hipóteses de 
domicílio legal estão previstas no art. 76 , CC ("têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, 
o militar, o marítimo e o preso"). 
DE ELEIÇÃO = ESPECIAL: é o domicílio que decorre do ajuste de vontade entre as partes. Seu 
regramento se dá pelo art. 78 , CC , in verbis: 
 
17. Estabeleça a diferença conceitual entre Direitos da Personalidade e Personalidade Jurídica: 
 
Pablo Stolze diz que os direitos da personalidade são "aqueles que tem por objeto atributos físicos, 
psíquicos e morais da pessoa em si e de sua projeção social." (GAGLIANO, Pablo Stolze, novo curso de 
direito civil: v. I. 2ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2002. p. 144) Ou seja, são direitos essênciais da pessoa, 
direitos indisponíveis. Tem por objeto o modo de ser físico ou moral do indivíduo. 
Já a personalidade jurídica é a aptidão genérica de contrair direitos e obrigações (Elpídio, p.35). É o 
reconhecimento jurídico de um ente que pode ser titular de direitos e obrigações. 
 
18. Analise o art. 11 do Código Civil e, após verificar em seu caderno os atributos dos direitos da 
personalidade explique porque os direitos da personalidade são extrapatrimoniais, absolutos 
(relativizados?), intransmissíveis, imprescritíveis, irrenunciáveis e ilimitados. 
a) Intransmissíveis: Os direitos da personalidade não podem ser transferidos para outras pessoas. 
Nascem e se esgotam com a pessoa. 
 b) Irrenunciáveis: Os direitos da personalidade são irrenunciáveis porque o seu titular não pode abrir 
mão desses direitos. c) Ilimitados: Os direitos da personalidade são ilimitados porque não existe um 
número certo de direitos da personalidade. Bem como eles não podem ser quantificados. 
 d) Absolutos: Os direitos da personalidade são absolutos porque são erga omnes - em face de tudo e 
de todos. 
 e) Extrapatrimoniais: Os direitos da personalidade não estão inseridos na esfera patrimonial da 
pessoa, não estão sujeitos a valores ou aferição econômica. 
DIREITOS MORAIS - que em ultima análise e esse direito da personalidade. DIREITOS PATRIMONIAIS, 
esse você herda, transferem, penhora... f) Impenhoráveis: Os direitos da personalidade são 
impenhoráveis, pois são extrapatrimoniais e, portanto, são insuscetíveis de valoração. 
 g) Indisponíveis: Os direitos da personalidade são indisponíveis porque nem sempre a pessoa pode 
dispor da forma que bem entender de seus direitos da personalidade. 
 h) Imprescritíveis: Os direitos da personalidade são imprescritíveis porque podem ser exercidos a 
qualquer tempo não se extinguem pelo seu uso, nem pela sua inércia. 
 i) Vitalícios: Os direitos da personalidade são vitalícios já que acompanham a pessoa do seu 
nascimento até a data de sua morte, sendo que alguns direitos persistem mesmo após a sua morte, 
como por exemplo, o direito a honra e a imagem. 
 j) Exercício ilimitado (regra): Art. 11°. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária. Enunciado. (exceção) 4 – Art.11°: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer 
limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
Enunciado. (exceção) 139 – Art. 11°: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que 
não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, 
contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes. 
 
 19. Sobre o que dispõe a Lei 9434/97? Seria possível o indivíduo dispor irrestritamente sobre seu 
corpo alienado seus órgãos? O que é permitido? 
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e 
tratamento e dá outras providências. É permitido a disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do 
corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma 
desta Lei (art 1). Não é permitido dispor irrestritamente seu corpo. 
 
20. Cite 3 exemplos de alteração do prenome. 
a) prenome que exponha seu portador ao ridículo, ao vexame, que cause constrangimento ou que 
seja exótico. 
b) prenome que contenha erro gráfico 
c) alteração de prenome para incluir apelido público notório ou nome 
d) alteração do prenome pelo uso prolongado e constante 
e) alteração do prenome por conta da pronúncia 
f) alteração do prenome por conta da maioridade 
g) alteração do prenome do estrangeiro 
h) alteração do prenome para proteção da vítima ou testemunha 
 
21. O que vem a ser agnome? Exemplifique. 
Agnome é usado para designar uma parte do nome de um indivíduo que o diferencia de seus 
homônimos. De fato, algumas famílias possuem membros com o mesmo prenome e sobrenome, 
sendo que, para diferenciá-los, é acrescido a eles um agnome, como Júnior, Filho, Neto, Sobrinho. 
 
22. Interprete a regra do artigo 18 CC informando, se é possível utilizar o nome de algum artista 
em propaganda sem prévia autorização, ainda que não fira a honra do mesmo, com fundamento no 
fato de ser este pessoa pública. 
Atualmente o conteúdo do direito à imagem e ao nome é entendido sob um duplo aspecto, marcado 
pela união de um elemento objetivo, referente à sua utilização econômica (<em>right of 
publicity</em>)e de um elemento subjetivo, referente aos aspectos do nome e da imagem como 
direitos da personalidade de um indivíduo (right of privacy). Carlos Alberto Bittar esclarece que “a 
doutrina é tranqüila a respeito, tanto no exterior, como em nosso país, pois a proteção que se confere 
à imagem e ao nome preserva à pessoa, simultaneamente, a defesa de componentes essenciais de 
sua personalidade, e, de outro, o respectivo patrimônio, pelo valor econômico que representa” 
Explicando esse natural interesse comercial que recai sobre o nome de pessoas notórias, o autor 
explica que: “de fato, o relacionamento de pessoas a produtos e a empresas, na divulgação pelos 
diferentes veículos de comunicação, de sua existência e de sua atuação, conferiu destaque próprio 
aos direitos à imagem e ao nome, permitindo-se-lhes, em razão de sua disponibilizadade jurídica, a 
atribuição de valor econômico expressivo e progressivo, na exata medida da posição de evidência do 
retrato e do espectro da campanha publicitária. O fenômeno ganha vulto em nossos tempos, em que 
a vinculação publicitária de pessoas bem sucedidas em suas atividades representa estímulo ao 
consumo, mediante a atração que exercem junto ao público: assim acontece com os grandes 
estadistas, políticos, artistas, escritores, esportistas. Explora-se, nesse passo, a ânsia do espectador 
em identificar-se com os seus ídolos, com os seus hábitos, os seus gostos as suas preferências, 
levando-o, pois, ao consumo do produto anunciado, direta ou indiretamente, conforme o caso ” Assim 
é que, sob o aspecto patrimonial, a proteção que o direito confere à imagem e ao nome de uma pessoa 
obedece às mesmas diretivas daquela que é conferida ordinariamente a um bem <em>in comercio. 
Ou seja, seu valor patrimonial não pode ser explorado sem a autorização de seu titular e toda 
subtração ilegítima de seu valor de mercado deve ser reparada. Daí o artigo o 
artigo 18 do Código Civil explicitamente exigir a autorização da pessoa para que possa usar seu nome 
em propaganda comercial. 
Doutrina: Uso de nome alheio em propaganda comercial: É vedada a utilização de nome alheio em 
propaganda comercial, por ser o direito ao nome indisponível, admitindo-se sua relativa 
disponibilidade mediante consentimento de seu titular, em prol de algum interesse social ou de 
promoção de venda de algum produto, mediante pagamento de remuneração convencionada. 
 
23. É possível afirmar que o pseudônimo não goza da mesma proteção que o nome? Fundamente 
juridicamente. 
Cabe ressaltar que também o pseudônimo, que é utilizado para ocultar a identidade civil do titular e 
é usado por artistas em geral, escritores, entre outros, também tem proteção legal. Nesse sentido, o 
Art. 19, CC, prescreve que o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá 
ao nome. 
 
24. Podem os colaterais exigir perdas e danos quando houver lesão ou ameaça do direito do morto 
com fundamento no artigo 20? 
 Sim, o parágrafo único versa “Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para 
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.” 
 
25. O que se entende pelo princípio da imutabilidade do nome? Ele pode ser excepcionado? Sendo 
possível, em quais casos? 
 A imutabilidade do nome civil é um princípio de ordem pública, em razão de que sua definitividade é 
de interesse de toda a sociedade, constituindo garantia segura e eficaz das relações de direitos e 
obrigações correlatas. 
 Procura-se evitar que a pessoa natural a todo instante mude de nome,seja por mero capricho, ou até 
mesmo má-fé,visando ocultar sua identidade, o que poderá se traduzir em prejuízo a terceiros. 
 Assim, a lei e a jurisprudência restringem de forma significativa à possibilidade das pessoas alterarem 
o seu próprio nome como gostariam. 
 
Exceções: 
a) prenome que exponha seu portador ao ridículo, ao vexame, que cause constrangimento ou que 
seja exótico. 
b) prenome que contenha erro gráfico 
c) alteração de prenome para incluir apelido público notório ou nome 
d) alteração do prenome pelo uso prolongado e constante 
e) alteração do prenome por conta da pronúncia 
f) alteração do prenome por conta da maioridade 
g) alteração do prenome do estrangeiro 
h) alteração do prenome para proteção da vítima ou testemunha 
 
 26. O direito de dispor gratuitamente do próprio corpo para depois da morte se sobrepõe à vontade 
dos parentes do falecido? Fundamente Juridicamente. 
Não. Segundo o artigo 4º da lei 9.434/97, “A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas 
falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica dependerá da autorização do cônjuge ou 
parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, 
firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”. 
 
27. Apresente conceito de pessoa jurídica e a discussão sobre as Teorias Orgânica e da Ficção que 
envolvem o conceito. 
 Pessoa jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos 
fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações 
a) Teoria da ficção – Segundo essa concepção o direito concebe a pessoa jurídica como uma criação 
artificial, cuja existência, por isso mesmo, é simplesmente uma ficção. 
b) Teoria orgânica ou da realidade objetiva – Seus partidários entendem que a pessoa jurídica é uma 
realidade viva, análoga à pessoa física. Para esta teoria as pessoas jurídicas possuem tanto um corpus, 
que administra e mantém a entidade em contato com o mundo, como um animus, que é a idéia 
dominante, manifestada nas associações e nas sociedades pela vontade do grupo componente e nas 
fundações pela de seu criador. 
 
28. Quais os requisitos para a constituição das pessoas jurídicas? 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros 
respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da 
pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
 
29. O que significa dizer que as pessoas jurídicas antes de registradas têm existência latente ou 
potencial? 
Que ela não é aparente, que legalmente não existem. 
 
30. Qual o prazo decadencial conferido a pessoa jurídica para alegar defeito formal? 
O prazo decadencial para anulação de negócio jurídico, quando a pretensão é do próprio contratante, 
é de quatro anos contados do dia em que ele foi celebrado, conforme dispõe o artigo 178, inciso II, do 
Código Civil 
 
31. Como se dá o início e o fim das pessoas jurídicas de direito privado? 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento (art 51) 
 
32. Esquematize o tema pessoa jurídica (de direito público e de direito privado) tendo como base 
os arts. 40, 41, 42 e 44. 
 
33. As Pessoas Jurídicas de Direito Público assim como as de Direito Privado prestadoras de Serviços 
Públicos têm responsabilidade objetiva ou subjetiva? Explique. 
 
34. Pessoa Jurídica sofre dano moral? Apresente a temática com fundamentação jurídica indicando, 
inclusive a súmula do STJ que trata do assunto. 
Súmula nº 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Da mesma forma do que ocorre com a 
honra, quanto aos demais direitos da personalidade da pessoa jurídica também é plenamentecabível 
a sua tutela, e nos mesmos moldes, ou seja, dando origem ao dever de reparação, notadamente, dos 
danos morais causados. 
 
35. Em quais casos pode ocorrer o abuso de personalidade das pessoas jurídicas a que aduz o art. 
50 do CC? 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
36. Explique as Teorias sobre a Desconsideração da Personalidade Jurídica – Disregard Doctrine. 
A teoria clássica do direito societário estabelece que os direitos e as obrigações de uma sociedade 
(neles incluídos os ativos da empresa) não se confundem com os de seus sócios (os bens pessoais de 
seus sócios). 
“Os bens particulares dos sócios, uma vez integralizado o capital da sociedade por cotas, não 
respondem pelas dívidas deste, nem comuns, nem fiscais, salvo se o sócio praticou ato com excesso 
de poderes ou infração da lei, do contrato social ou dos estatutos” (RTJ 85/945). 
A desconsideração da personalidade jurídica quebra esse paradigma pois afasta a “proteção” dada 
pelo escudo da personalidade jurídica da sociedade possibilitando que os sócios ou os administradores 
a substituam no pólo passivo de uma relação processual e assim sejam diretamente responsabilizados 
pelos atos da empresa. 
A decisão não gera qualquer efeito em relação à sociedade em si, dita “desconsiderada”, que continua 
sendo a responsável principal da obrigação. 
Sabe-se que a pessoa jurídica tem capacidade própria; emite declaração de vontade e contrai 
obrigações respeitados os termos da lei e do contrato; responde civilmente por elas, inclusive com o 
patrimônio próprio. 
Contudo, os atos que caracterizam estas declarações de vontade e a assunção de obrigações são 
praticados por seus gestores, representantes e administradores ou pelos próprios sócios. 
O Instituto da Desconsideração da Personalidade Jurídica está previsto no artigo 50 do CC. 
De acordo com este artigo, o Juiz poderá decidir, a requerimento da outra parte, ou do Ministério 
Público, se for o caso, que os efeitos de determinadas relações obrigacionais sejam estendidos aos 
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Mas o poder discricionário do Magistrado não é ilimitado. A própria lei estabelece que a 
desconsideração só é cabível e assim pode (veja-se que o preceito não é congente) ser reconhecido 
pelo Judiciário apenas (e tão somente) quando houver abuso da personalidade jurídica, caracterizado 
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial. Nesses casos excepcionalíssimos a regra geral 
ainda assim pode (não deve) ser escanteada, fazendo com o que os efeitos de certas e determinadas 
obrigações (não são todas) da sociedade sejam estendidos aos bens particulares dos sócios ou dos 
administradores. 
 
37. Estabeleça a diferença entre associação e fundação indicando o dispositivo legal. 
A associação não prescinde de capital. Nasce da motivação de pessoas em prol de um determinado 
objetivo, seja ele social ou não. A fundação nasce com capital, por meio da dotação de seu(s) 
fundador(es) e sua vocação obrigatoriamente terá de ser moral, religiosa, assistencial ou cultural, 
segundo o novo Código Civil (Lei nº 10.460/02). 
38. Mário possui direito real sobre imóvel; João direito à sucessão aberta e Maria direito pessoal de 
caráter patrimonial. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, os direitos de Mário, João 
e Maria são considerados, para os efeitos legais, respectivamente, bem 
a) imóvel, imóvel e móvel. 
b) móvel, imóvel e imóvel. 
c) imóvel, móvel e imóvel. 
d) imóvel, móvel e móvel. 
e) móvel, móvel e imóvel. 
 
39. De acordo com o Código Civil brasileiro, constitui universalidade de fato 
a) a pluralidade de bens singulares que, pertinentes a duas ou mais pessoas, tenham destinação 
unitária. 
b) o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico expressivo. 
c) a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
d) o complexo de relações jurídicas, de duas ou mais pessoas, dotadas de valor econômico expressivo. 
e) o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas ou não de valor econômico. 
 
40. A respeito dos bens públicos, é correto afirmar que 
a) os bens dominicais constituem o patrimônio da pessoa jurídica de direito público e, por isso, são 
inalienáveis. 
b) os terrenos e edifícios usados pelo próprio Estado para execução de serviço público especial são 
considerados bens de uso geral ou uso comum do povo. 
c) as praças, ruas e estradas podem ser alienadas enquanto destinadas ao uso comum do povo. 
d) a venda de bens de uso comum do povo pelo Estado denomina-se desafetação. 
e) os bens de uso comum do povo não perdem essa característica se o Estado regulamentar sua 
utilização de maneira onerosa. 
41. Para o Código Civil, os bens públicos 
a) têm a gratuidade como inerente a seu uso comum. 
b) são sempre inalienáveis. 
c) dominicais e os de uso especial podem ser alienados, enquanto conservarem sua qualificação, 
observadas as exigências legais. 
d) são aqueles do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, 
inclusive suas autarquias. 
e) não são passíveis de usucapião, salvo os bens autárquicos. 
 
42. A respeito dos bens, é correto afirmar: 
a) Uma biblioteca é considerada universalidade de direito e, como tal, é considerada bem indivisível. 
b) As terras devolutas, por serem coisas que não têm dono e pertencem ao Estado, são consideradas 
bens móveis. 
c) As benfeitorias voluptuárias, de mero deleite ou luxo, de um imóvel são desprovidas de existência 
material própria e consideradas bens imóveis. 
d) A energia elétrica é bem de uso comum do povo, divisível e considerada imóvel por determinação 
legal. 
e) Tudo o que for incorporado ao solo de forma natural e permanente, como uma árvore, é 
considerado bem móvel. 
 
43. Poderá ser penhorado o único imóvel residencial da família, 
a) somente na execução de dívidas alimentícias promovida contra o dono do imóvel. 
b) em execução fundada em dívidas decorrentes de despesas ordinárias ou extraordinárias de 
condomínio incidentes sobre o mesmo imóvel. 
c) em qualquer execução fiscal movida pelo município onde o imóvel se localiza. 
d) em execução de quaisquer créditos trabalhistas ou previdenciários. 
e) na execução de fiança prestada em contratos bancários. 
 
44. NÃO são suscetíveis de aquisição por usucapião: 
a) os bens cujo domínio conste do serviço de registro de imóveis como pertencentes às pessoas 
absolutamente incapazes e os bens das autarquias. 
b) os bens dominicais da União, dos Estados e dos Municípios, bem como os gravados com cláusula 
de impenhorabilidade por disposição testamentária. 
c) quaisquer bens móveis e os bens públicos de uso comum do povo. 
d) as terras devolutas e os imóveis gravados por testamento com cláusula de inalienabilidade. 
e) os imóveis de que o possuidor for titular de propriedade resolúvel e os bens cujo domínio constante 
do serviço de registro de imóveis pertencer a menor de dezesseis anos ou a um pródigo. 
 
45. Como a legislação civil vigente define os bens móveis por antecipação? Exemplifique. 
Bens móveis por antecipação são aqueles que por vontade humana podem ser mobilizados, 
atendendo sua finalidade econômica. Estes são bens aderentes a imóveis que depois de separados 
atendem a finalidade a que se destinam se tornam bens imóveis. 
 
Exemplo: frutas, lenhas. 
46. O que significa a consuntibilidade de um bem? Explique como o código civil descreve os bens 
consumíveis? 
Quanto a consuntibilidade, os bens podem ser consumíveisou inconsumíveis. 
Consumíveis: basta a descrição do art. 86 do CC: 
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
ATENÇÃO: podemos quebrar esse artigo ao meio para mais uma classificação. A 1ª parte do artigo 
trata da consuntibilidade FÍSICA (ou de fato ou fática), que ocorre quando o consumo do bem implica 
sua destruição imediata. A 2ª parte do artigo traz a consuntibilidade JURÍDICA (ou de direito): o objeto 
será consumível se possível a sua alienação. 
Inconsumíveis: são aqueles bens que podem ser sempre utilizados sem que essa reiterada utilização 
retire deles a sua utilidade, desde que não ocorra a sua destruição imediata (inconsuntibilidade física) 
e desde que não seja possível aliená-los (inconsuntibilidade jurídica). 
Tomamos a liberdade de copiar um ótimo exemplo do professor Flávio Tartuce: uma garrafa de bebida 
famosa clausulada com a inalienabilidade por testamento é um bem inconsumível do ponto de vista 
jurídico, mas do ponto de vista fático é consumível. E um carro é um bem inconsumível do ponto de 
vista fático e consumível do ponto de vista jurídico 
 
47. O que são benfeitorias? E quis as espécies de benfeitorias contempladas pelo legislador civil? 
Exemplifique. 
Considera-se benfeitorias os gastos realizados com o aumento de área de um imóvel, 
agregados,construídos, com objetivo de ajustá-lo às necessidades de utilização da empresa. Conforme 
dispõe o Parecer Normativo CST nº 104/75, quando as benfeitorias tiverem prazo de vida útil igual ou 
inferior a um ano ou se tratarem de despesas de conservação e reparos, tal como pintura do imóvel, 
manutenção para deixá-lo em condição de uso, os custos correspondentes deverão ser contabilizados 
diretamente como despesas operacionais, dedutíveis. 
De acordo com o art. 301, § 2º, do RIR/99, o custo das construções ou benfeitorias em bens locados 
ou arrendados de terceiros deverá ser registrado em conta do Ativo Imobilizado para ser depreciado 
ou amortizado, observando-se: 
 Benfeitorias com direito à indenização: se no contrato de locação constar cláusula expressa 
prevendo o direito à indenização das benfeitorias ou construções realizadas, os valores 
despendidos poderão ser depreciados à taxa de 4% ao ano (Parecer Normativo CST nº 
210/73); 
 Benfeitorias sem direito à indenização: quando no contrato estiver previsto que, ao efetuar 
as construções ou benfeitorias, o locatário não poderá reclamar indenização dos gastos 
efetuados, os referidos gastos poderão ser amortizados, obedecendo-se ao prazo de vigência 
estipulado no contrato (Parecer Normativo CST nº 210/73); 
TIPOS: 
NECESSÁRIAS: São aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem que ele se 
deteriore, portanto são lançados diretamente em Despesas de Manutenção. Exemplos: reparos de um 
telhado, reparo na parede para evitar a infiltração de água ou a substituição dos sistemas elétricos e 
hidráulico danificados, portanto todos eles são necessários com característica de uma manutenção ou 
conserto, simplesmente. 
ÚTEIS: As obras que aumentam ou facilitam o uso do imóvel, como por exemplo a construção de uma 
garagem, a instalação de grades protetora nas janelas ou fechamento de uma varanda, porque tornam 
o imóvel mais confortável, seguro ou ampliam sua utilidade. 
VOLUPTUÁRIAS: As que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito 
ou mais agradável, tais como obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética 
como cerca viva, Colocação de Coluna Romanas no Hall de Entrada, Construção de Lago para 
embelezamento do local. 
 
48. Há diferença entre frutos e produtos? Justifique. 
Os bens reciprocamente considerados são classificados em bem principal e bem acessório. Principal é 
o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessório é o bem cuja existência supõe a do 
principal. Código Civil Art. 92 . Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; 
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
Os frutos e os produtos são bens acessórios. 
Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja 
percepção não diminui a sua substância. São classificados em frutos naturais (são os gerados pelo bem 
principal sem necessidade da intervenção humana direta exemplos: laranja e café), industriais (são os 
decorrentes da atividade industrial humana exemplo: bens manufaturados) e civis (são utilidades que 
a coisa frugífera periodicamente produz, viabilizando a percepção de uma renda exemplos: juros e 
aluguel). 
Já os produtos são utilidades não-renováveis, cuja percepção diminui a substância da coisa principal. 
Podemos citar como exemplo o carvão mineral. 
Vale dizer que referido assunto foi objeto de questionamento no concurso da Magistratura/PI em 
2007 e a assertiva correta dizia: 
Os frutos e os produtos são considerados bens acessórios, que advêm do bem principal. A percepção 
dos frutos não causa a destruição da coisa principal, mas a percepção ou extração dos produtos 
diminui a existência e a substância do bem principal. As pertenças também são bens acessórios, sendo 
que elas não são partes integrantes do bem principal, mas o embelezam ou lhe são úteis. 
49. (TJMG – Tabelião de Notas 2005) É CORRETO afirmar que, para os efeitos legais, se consideram 
bens móveis 
A) as energias que tenham valor econômico 
B) as energias que tenham valor ideal. 
C) os direitos ideais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. 
D) os direitos reais sobre objetos móveis e as ações independentes. 
 
50. (TJMG – Tabelião de Notas 2005) Considerando-se suas especificidades características, é 
CORRETO afirmar que são bens 
A) consumíveis os móveis cujo uso importa conservação imediata da própria substância. 
B) divisíveis os que se podem fracionar com alteração na sua substância, com diminuição considerável 
de valor ou com prejuízo do uso a que se destinam. 
C) fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
D) singulares os que, embora separados, se consideram de per si, independentemente dos demais

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