Buscar

046 - Tuberculose na Infância e Convulsão Febril

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Tuberculose na Infância e Convulsão Febril
· CONVULSÃO FEBRIL
Definição de Convulsão
· Distúrbio paroxístico da função cerebral, decorrente da alteração da atividade elétrica cerebral que se manifesta clinicamente como alterações motoras, sensitivas ou autonômicas.
· Epidemiologia: 10% das crianças até 5 anos
Etiologia das Convulsões
· Alterações somáticas – origem fora do cérebro
· Febre
· Arritmias
· Sepse
· Epilepsias – desencadeadas a partir do próprio cérebro
· 2 convulsões não provocadas (do nada) com intervalo < 24h
· Menos que 1/3 das convulsões totais irão evoluir com Epilepsia
· Bom prognóstico geral
· 10-20% convulsões refratárias a TTO
Convulsões Febris
· Convulsão mais comum na infância
· 3-4% das crianças pequenas
· Bom prognósticos
· Ocorrem entre 6 meses a 5 anos
· Tem história familiar positiva
Quadro Clínico
· Temperatura corporal que aumenta rapidamente
· Convulsão tipo TCG
· Duração de poucos segundos a 15 minutos
· 1 única vez em 24h
· Convulsão complexa ou complicada
· Maior associação com evolução pra epilepsia
· Duração > 15 minutos
· Vários episódios em menos de 24 horas
· Crises focais
· Status Epilepticus (Convulsão > 30 min) + Febre >>> Meningite!
Fatores de Risco pra recorrência
· Chance global de recorrência de 30-40%
· Geralmente se ocorreu < 12 meses de idade
· Se padrão complexo de crise
· Se história familiar positiva
· Se elevação de TAx não muito grande antes da crise
Fatores de Risco pra Evolução pra Epilepsia
· Risco de Epilepsia discretamente maior do que na população geral!!!
· Geralmente associado a:
· Convulsões complexas
· História familiar de epilepsia
· Inicio antes de 12 meses
· Atraso nos marcos de desenvolvimento
· Doença neurológica preexistente
Diagnóstico Diferencial
· Afastar hipótese de meningite
· Se duvida, punção lombar
· Considerar fortemente se < 12 meses
Doenças Associadas à Convulsão Febril
· IVAS
· Exantema Súbito
· OMA
Tratamento
· Passar segurança aos pais
· Medidas pra controle de febre
· Não é necessário profilaxia com anticonvulsivante
· Considerar Diazepam ao longo do quadro febril se predisposição
· TUBERCULOSE NA INFÂNCIA
Introdução
· Dificuldade nas crianças de manifestar o Mycobacterium tuberculosis
· Diagnóstico baseado em aspectos clínicos, radiológicos, epidemiológicos e teste tuberculínico
Manifestações Clínicas
· Febre > 15 dias (moderada, vespertina)
· Tosse
· Perda de peso
· Sudorese noturna
· Pneumonia > 2 semanas sem resposta a ATB
Aspectos Radiológicos
· Opacidades parenquimatosas em lobo superior direito
· Linfonodomegalias em região hilar e paratraqueal direita
Diagnóstico via Teste Tuberculínico
· Concentrado esterilizado de um filtrado de Mycobacterium tuberculosis 
· Proteina Prified Derivatitve (PPD)
· Método de Mantoux – injeção intradermica de 0,1mL de tuberculina
· Avaliar induração em 48-72h, sendo positivo se: ≥ 5 mm
· Infectados pelo HIV ou imunossuprimidos também considerar ≥ 5 mm
· Se vacinados com BCG > 2 anos, ≥ 10 mm
Diagnóstico via Contato com Pacientes com Tuberculose
· > 200 horas de exposição a focos com BAAR positivo
· > 400 horas de exposição com focos com cultura positiva
· Contato com paciente na mesma casa
· Criança com desnutrição grave (menos específico na infância)
Sistema de Pontuação para Diagnóstico de TB Pulmonar em Crianças
· Quadro Clínico – 15 pontos
· Quadro Radiológico – 15 pontos
· Teste Tuberculínico – 15 pontos 
· Contato com adulto com TB – 10 pontos
· Estado nutricional – 5 pontos
· Subtrair 10 ponto se resposta a ATB normal e 5 pontos se RX normal
· Interpretação:
· ≥ 40 pontos – TB muito provável
· 30 a 35 pontos – TB possível
· ≤ 25 pontos – TB ponto provável
· Diagnóstico de Certeza: Demonstração de Bacilo via BAAR Positivo!
Tratamento
· RIP se < 10 anos (Etambutol pode causar neurite ótica)
· RIPE se > 10 anos
Tuberculose Latente
· Assintomáticos que tem contato familiar
· Sem clínica ou RX Tórax sugestivo, mas PPD ≥ 5
· Se PPD positivo, tratar com Isoniazida durante 6 meses ou Rifampcina por 4 meses
· Se contato com HIV + TB, realizar profilaxia sem PPD
· Rifampcina 1ª escolha quando:
· > 50 anos
· Portador de hepatopatia
· Resistencia ou tolerância Isoniazida
· Crianças < 10 anos
Anotações de Questões
· Para mãe em amamentação bacilíferas, manter amamentação durante TTO usando mascara e realizar profilaxia para TB no RN por 3 meses com isoniazida, após isso, realizar PPD, se reator, TTO com RIP por mais 6 meses e não se vacina com BCG. Se não reator, suspende medicação e toma BCG.
· Crianças geralmente são paucibacilar (não são bacilíferas, não apresentam PPD+ com frequência), devendo-se adotar sistema de pontos para diagnóstico de probabilidade e tratamento.
· Em paciente com doença epiléptica de base, não deve-se pensar em convulsão febril nos episódios convulsivos. Quando ocorre convulsão pós febre é por redução do limiar secundária a febre, mas nesse caso a causa e tratamento é também pra doença epiléptica.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando