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Tuberculose na Infância e Convulsão Febril · CONVULSÃO FEBRIL Definição de Convulsão · Distúrbio paroxístico da função cerebral, decorrente da alteração da atividade elétrica cerebral que se manifesta clinicamente como alterações motoras, sensitivas ou autonômicas. · Epidemiologia: 10% das crianças até 5 anos Etiologia das Convulsões · Alterações somáticas – origem fora do cérebro · Febre · Arritmias · Sepse · Epilepsias – desencadeadas a partir do próprio cérebro · 2 convulsões não provocadas (do nada) com intervalo < 24h · Menos que 1/3 das convulsões totais irão evoluir com Epilepsia · Bom prognóstico geral · 10-20% convulsões refratárias a TTO Convulsões Febris · Convulsão mais comum na infância · 3-4% das crianças pequenas · Bom prognósticos · Ocorrem entre 6 meses a 5 anos · Tem história familiar positiva Quadro Clínico · Temperatura corporal que aumenta rapidamente · Convulsão tipo TCG · Duração de poucos segundos a 15 minutos · 1 única vez em 24h · Convulsão complexa ou complicada · Maior associação com evolução pra epilepsia · Duração > 15 minutos · Vários episódios em menos de 24 horas · Crises focais · Status Epilepticus (Convulsão > 30 min) + Febre >>> Meningite! Fatores de Risco pra recorrência · Chance global de recorrência de 30-40% · Geralmente se ocorreu < 12 meses de idade · Se padrão complexo de crise · Se história familiar positiva · Se elevação de TAx não muito grande antes da crise Fatores de Risco pra Evolução pra Epilepsia · Risco de Epilepsia discretamente maior do que na população geral!!! · Geralmente associado a: · Convulsões complexas · História familiar de epilepsia · Inicio antes de 12 meses · Atraso nos marcos de desenvolvimento · Doença neurológica preexistente Diagnóstico Diferencial · Afastar hipótese de meningite · Se duvida, punção lombar · Considerar fortemente se < 12 meses Doenças Associadas à Convulsão Febril · IVAS · Exantema Súbito · OMA Tratamento · Passar segurança aos pais · Medidas pra controle de febre · Não é necessário profilaxia com anticonvulsivante · Considerar Diazepam ao longo do quadro febril se predisposição · TUBERCULOSE NA INFÂNCIA Introdução · Dificuldade nas crianças de manifestar o Mycobacterium tuberculosis · Diagnóstico baseado em aspectos clínicos, radiológicos, epidemiológicos e teste tuberculínico Manifestações Clínicas · Febre > 15 dias (moderada, vespertina) · Tosse · Perda de peso · Sudorese noturna · Pneumonia > 2 semanas sem resposta a ATB Aspectos Radiológicos · Opacidades parenquimatosas em lobo superior direito · Linfonodomegalias em região hilar e paratraqueal direita Diagnóstico via Teste Tuberculínico · Concentrado esterilizado de um filtrado de Mycobacterium tuberculosis · Proteina Prified Derivatitve (PPD) · Método de Mantoux – injeção intradermica de 0,1mL de tuberculina · Avaliar induração em 48-72h, sendo positivo se: ≥ 5 mm · Infectados pelo HIV ou imunossuprimidos também considerar ≥ 5 mm · Se vacinados com BCG > 2 anos, ≥ 10 mm Diagnóstico via Contato com Pacientes com Tuberculose · > 200 horas de exposição a focos com BAAR positivo · > 400 horas de exposição com focos com cultura positiva · Contato com paciente na mesma casa · Criança com desnutrição grave (menos específico na infância) Sistema de Pontuação para Diagnóstico de TB Pulmonar em Crianças · Quadro Clínico – 15 pontos · Quadro Radiológico – 15 pontos · Teste Tuberculínico – 15 pontos · Contato com adulto com TB – 10 pontos · Estado nutricional – 5 pontos · Subtrair 10 ponto se resposta a ATB normal e 5 pontos se RX normal · Interpretação: · ≥ 40 pontos – TB muito provável · 30 a 35 pontos – TB possível · ≤ 25 pontos – TB ponto provável · Diagnóstico de Certeza: Demonstração de Bacilo via BAAR Positivo! Tratamento · RIP se < 10 anos (Etambutol pode causar neurite ótica) · RIPE se > 10 anos Tuberculose Latente · Assintomáticos que tem contato familiar · Sem clínica ou RX Tórax sugestivo, mas PPD ≥ 5 · Se PPD positivo, tratar com Isoniazida durante 6 meses ou Rifampcina por 4 meses · Se contato com HIV + TB, realizar profilaxia sem PPD · Rifampcina 1ª escolha quando: · > 50 anos · Portador de hepatopatia · Resistencia ou tolerância Isoniazida · Crianças < 10 anos Anotações de Questões · Para mãe em amamentação bacilíferas, manter amamentação durante TTO usando mascara e realizar profilaxia para TB no RN por 3 meses com isoniazida, após isso, realizar PPD, se reator, TTO com RIP por mais 6 meses e não se vacina com BCG. Se não reator, suspende medicação e toma BCG. · Crianças geralmente são paucibacilar (não são bacilíferas, não apresentam PPD+ com frequência), devendo-se adotar sistema de pontos para diagnóstico de probabilidade e tratamento. · Em paciente com doença epiléptica de base, não deve-se pensar em convulsão febril nos episódios convulsivos. Quando ocorre convulsão pós febre é por redução do limiar secundária a febre, mas nesse caso a causa e tratamento é também pra doença epiléptica.
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