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Cardiopatias Congênitas Acianóticas e Cianóticas Anatomia da Circulação Fetal · 3 estruturas próprias para viabilizar melhor oxigenação pra pulmão e cérebro · Ducto Venoso – desvia 50% do sangue oxigenado materno da veia umbilical do fígado, indo direto pra veia cava inferior · Forame Oval – passagem do sangue oxigenado do átrio direito diretamente pro átrio esquerdo. A anatomia do forame não permite sangue retornar do esquerdo pro direito. · Canal Arterial – a artéria pulmonar constringe passagem de sangue pro pulmão, mantendo sangue somente pra oxigenação dos tecidos (já que não ocorre troca gasosa). Para tanto, o canal arterial permite a passagem do sangue da artéria pulmonar que iria para os pulmões diretamente pra Aorta. · Após o nascimento o ducto venoso se fecha imediatamente, com a respiração pulmonar há fechamento fisiológico imediato do forame oval. O canal arterial ira se fechar fisiologicamente em 15-20h de vida, a medida que sobe a PaO2. Avaliação Inicial das Cardiopatias Congênitas · Cianóticas ou Acianóticas · RX Tórax · ECG · Ecocardiograma (exame de escolha!) · Cateterismo · CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS Introdução · Excesso de volume · Shunt Esquerda-Direita · Regurgitação da Valva AV · Remodelamento de câmaras por dilatação sustentada · Aumento da resistência vascular pulmonar pode transformar cardiopatia acianótica em cianótica · Fisiologia de Eisenmenger – hipertensão do ventrículo esquerdo causa hiperfluxo na artéria pulmonar, levando a fibrose destas e hipertensão vascular pulmonar. A resistência vascular causada pelos vasos pulmonares leva a hipertrofia do ventrículo direito, essa hipertrofia permite retorno do sangue da esquerda pra direita, levando a cianos. · Principais Alterações com Shunt Esquerda-Direita · CIV · CIA · PCA · Excesso de pressão · Obstrução a saída do ventrículo · Hipertrofia das câmaras Comunicação Inter-Atrial (CIA) · Exame Físico · Desdobramento fixo de B2 · Sopro sistólico de ejeção (foco pulmonar) Comunicação Inter-Ventricular (CIV) · Cardiopatia congênita mais comum (25%) · Quadro Clínico · Shunt menor no período neonatal, gerando clínica menor · Se CIV pequeno, não demanda TTO (fecha espontaneamente) · Se CIV grande, deve-se realizar cirurgia! Defeito do Septo Atrioventricular · Defeito em todo septo · CIA + CIV + Insuficiência Mitral · Hiperfluxo pulmonar · Comum na Síndrome de Down · Tratamento – Cirurgia precoce pra prevenir Eisenmenger Persistência do Canal Arterial · Permanência do gera fluxo aórtico-pulmonar (menor pressão para maior pressão) · Associado a rubéola na gestação · Comum em prematuros (por imaturidade) · RN a termo com PCA = lesão estrutural · Associado a 10% de outras cardiopatias congênitas (fenômeno positivo) · Exame Físico · Sopro contínuo (maquinaria) no foco pulmonar) · PA divergente (diferença entre sistólica e diastólica) · Complicações · ICC · Endarterite · Doença Vascular Pulmonar (Eisenmenger) · Tratamento · Indometacina ou Ibuprofeno (Prostaglandina E1) · Funciona melhor em prematuros · Cirurgia · Cateterismo Estenose Pulmonar Periférica · Associada a rubéola congênita · Pode ocorrer na Síndrome de Williams (associada a fáceis de elfo, retardo mental e hipercalcemia idiopática) Coarctação da Aorta · Em 98% dos casos ocorre coarctação justaductal (próxima do ducto arterial) · Associado a síndrome de Turner · Quadro Clínico · Sinal Clássico – diferença de pulso entre MMSS e MMII · Atraso radiofemural na palpação de pulsos · Ocasionalmente pode ter cianose diferencial (maior em MMII) · Tratamento · Cirurgia · Angioplastia · CARDIOPATIAS CIANÓTICAS Introdução · Hipofluxo pulmonar · Hiperfluxo pulmonar Tetralogia de Fallot 1. Estenose da válvula pulmonar 2. Espessamento de VD 3. CIV 4. Destroposição da aorta sobre septo ventricular · Quadro Clínico · Crises hipóxicas, hipercianóticas · Comum nos 2 primeiros anos de vida · Lactentes pouco cianóticos são mais propensos a episódios graves · Tratamento das Crises Hipercianóticas · Posição genupeitoral · Oxigênio · Morfina (vasoconstrição) · Bicarbonato IV · Casos refratários · fenilefrina (aumenta resistência vascular sistêmica) · Propanolol IV (aumento do tempo de diástole) · Complicações · Trombose cerebral (policitemia, desidratação, < 2 anos) · Abcesso cerebral (> 2 anos) · Endocardite · Tratamento · Neonato – shunt sistêmico pulmonar (Blalock-Taussing) · Cirurgia Definitiva – aliviar obstrução de VD + Fechamento de CIV Transposição dos Grandes Vasos · 2 circuitos paralelos, aorta saindo pelo VD e pulmonar saindo pelo VE · Pode ter CIV associada, permitindo troca sanguínea e melhor prognóstico · Associada a filhos de mães diabéticas · Tratamento · Indometacina (Prostaglandina E1) · Cateterismo de Rashkind (destruição do septo) · Cirurgia de Jatene – troca arterial, deve ser feita nas 2 primeiras semanas de vida Anotações de Questão · Na PCA pode ocorrer PA divergente, precordio hiperdinâmico e sopro em maquinaria com irradiação para dorso. · Na coarctação da aorta os sinais de hipofluxo em MMII podem ser atenuados pela PCA, até 20 dias de nascimento.
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