Buscar

Processo de Demissão: Formas e Direitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO DE AULA DEMISSÃO 
 
O processo de rescisão contratual. 
 O processo de demissão, também chamado de rescisão, encerra o vínculo entre 
empresa e trabalhador, gerando obrigações e direitos. Os motivos que levam a 
um desligando podem ser diversos, assim como específicos. 
Na Consolidação das Leis do Trabalho, a famosa CLT, existem três formas 
específicas de dispensa, sendo que, em cada uma delas, as verbas rescisórias 
a serem recebidas pelo trabalhador são diferentes. Na prática, há outras 
modalidades comuns, e recentemente uma nova foi incluída pelo texto da 
reforma trabalhista. 
O processo de demissão pode ocorrer de diferentes maneiras, saiba 
como lidar com cada uma delas da melhor forma possível. 
Processo de demissão: 5 formas de desligamento 
De modo geral, as empresas passam a compreender um processo de 
demissão quando se deparam com sua primeira oficialização de pedido de 
demissão ou dispensa. Antes da CLT sofrer alterações, existiam acordos 
trabalhistas entre empregado e empresa, mas com a atualização das leis 
trabalhistas os processos de desligamento se tornaram mais exigentes. 
Confira a seguir as principais formas de desligamento em vigor no país 
atualmente. 
1. Demissão por justa causa 
Esse processo de demissão ocorre quando o colaborador comete atos graves 
que justifiquem seu desligamento da empresa. Nessa situação, o trabalhador 
perde praticamente todos os seus direitos, restando apenas o saldo de salário 
dos dias trabalhados no mês, eventuais férias vencidas integrais e ou, 
acrescidas de 1/3 referente ao abono constitucional. 
Mesmo que um funcionário tenha cometido uma falha grave que sirva como 
motivo de sua dispensa, o empregador não possui o direito de fazer referência 
ao assunto em sua carteira de trabalho. O prazo da empresa para realizar o 
pagamento das verbas rescisórias se dá até o décimo dia após a notificação de 
demissão. 
Os principais motivos de um processo de demissão por justa causa por parte 
do colaborador são: 
• Mau procedimento ou incontinência de conduta; 
• Ato de improbidade; 
• Insubordinação ou indisciplina; 
• Embriaguez em serviço; 
• Condenação criminal. 
Ainda dentro dessa modalidade demissional, é importante dizer que existe 
também a demissão por justa causa que ocorre quando a empresa não cumpre 
com seus direitos e obrigações previstos no contrato de trabalho. Os principais 
motivos que justificam esse tipo de pedido de demissão por parte do 
trabalhador são: 
• Assédio moral; 
• Sobrecarga na jornada; 
• Risco de vida. 
Quando esse tipo de rescisão acontece, o empregado tem direito ao aviso 
prévio, eventuais férias proporcionais, com acréscimo de 1/3, multa do FGTS, 
além do seguro-desemprego. 
2. Demissão sem justa causa 
Dentre os processos de demissão, essa ocorre quando o empregador já não 
tem o interesse na prestação dos serviços dos colaboradores e decide por 
efetuar o desligamento, mesmo que não tenha ocorrido atos que justifiquem a 
dispensa. 
Nesse formato de demissão, não há necessidades de explicação do motivo, 
sendo apenas necessário comunicar o funcionário de modo prévio – 30 dias 
antes ou então, pagar pelo aviso prévio. 
Esse é o modelo em que o empregado possui mais direitos. São eles: 
• Saldo de salários dos dias trabalhados; 
• Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; 
• Décimo terceiro salário de modo proporcional; 
• Aviso prévio indenizado; 
• Aviso prévio indenizado proporcional; 
• Saldo do FGTS; 
• Multa referente ao FGTS; 
• Seguro-desemprego. 
3. Pedido de demissão pelo funcionário 
Esse processo de demissão ocorre quando o empregado demonstra seu 
desejo de deixar o emprego e se desligar da empresa, mesmo que essa não 
seja a vontade do contratante. Quando ocorre um pedido desses, o trabalhador 
possui quase os mesmos direitos da demissão sem justa causa, mas pode 
perder os seguintes: 
• Aviso prévio, salvo se for trabalhado; 
• Indenização sobre o FGTS; 
• Saque do FGTS sem multa; 
• Seguro desemprego. 
4. Acordo entre as partes 
Essa modalidade não está prevista na CLT, mas é muito praticada no mercado 
de trabalho. Ela ocorre quando o colaborador quer ser demitido por alguma 
razão, mas não a empresa não quer dispensá-lo. 
Para manterem uma boa relação, o empregador e o empregado entram em um 
acordo e combinam uma demissão sem justa causa, porém, com condições 
diferentes. o colaborador saca o seu Fundo de Garantia, mas devolve a multa à 
empresa, para que ela não fique no prejuízo. 
5. Demissão consensual 
Recentemente, a reforma trabalhista criou esse processo de demissão que 
também não estava prevista na CLT. Trata-se na verdade de uma forma de 
legalizar o acordo entre as partes que foi citado anteriormente. 
A ideia dessa nova forma de dispensa é que a empresa pague menos do que 
quando opta pelo desligamento do funcionário e mais que quando o pedido de 
demissão parte diretamente do colaborador. 
Nesse processo de demissão, o desligamento ocorre em comum acordo entre 
ambas partes. Além das verbas a que o trabalhador teria direito em caso de 
pedido de demissão, ele recebe a metade do valor referente ao aviso prévio, 
20% da multa do Fundo de Garantia e a possibilidade de movimentação de até 
80% do saldo do FGTS. Mas por outro lado, o empregado perde o direito de 
receber o seguro-desemprego. 
Como funciona o processo de demissão? 
O processo de demissão se inicia a partir do tomador de decisão. O processo 
de pedido de demissão solicitado pelo funcionário, funciona de forma diferente 
da demissão requerida pela empresa. Confira, a seguir, as principais 
informações para os casos nos quais a rescisão do contrato de trabalho é uma 
iniciativa do funcionário. 
Carta de demissão 
Quando o gestor recebe um pedido de demissão por parte do funcionário, o 
primeiro passo consiste em solicitar que ele escreva uma carta de próprio 
punho para formalizar a solicitação. Trata-se de uma medida indispensável 
para proteger a empresa quanto a futuras questões trabalhistas. 
Aviso prévio 
Por lei, após comunicar seu desligamento, o colaborador deve trabalhar por 
mais 30 dias. É o chamado aviso prévio. ( para cada ano completo de trabalho 
na empresa mais três dias), Todavia, é bastante comum que o funcionário em 
questão tenha emprego garantido em outra organização, não tendo, portanto, a 
intenção de cumprir esse período. 
https://blog.convenia.com.br/calculo-de-rescisao-trabalhista/
Nesse caso, a dispensa deve ser requerida na carta de demissão e os dias não 
trabalhados devem ser descontados das verbas rescisórias. 
O pedido de demissão pode vir, ainda, durante a vigência de contratos de 
experiência. Quando isso ocorre, a empresa desconta o valor da metade dos 
dias que restam para o término do acordo. Entretanto, se a solicitação for feita 
no último dia do contrato, o cumprimento do aviso prévio não é necessário. 
Pagamentos rescisórios 
O colaborador que pede demissão tem o direito de receber certos valores. O 
saldo do salário do mês em curso deve ser pago observando a data de 
demissão. Para calculá-lo basta dividir o salário por 30 e multiplicar pelo 
número de dias trabalhados. Quando o último dia de trabalho cai em uma sexta 
ou sábado, o dia de descanso semanal subsequente deve ser contado. 
O trabalhador recebe, também, o 13° salário proporcional aos meses 
trabalhados. Cada mês acrescenta 1/12 do salário. Quando 
existem férias integral, e ou, vencidas, elas devem ser pagas, somando as 
férias do ano corrente que, por sua vez, são remuneradas proporcionalmente 
mais o adicional de 1/3. Comissões, horas extras e outros adicionais devem ser 
incluídos. 
No cálculo da rescisão, deve ser descontado o INSS e o FGTS. A empresa 
recolhe o FGTS equivalente ao período trabalhado, mas o colaborador não 
pode sacar o valor e não recebe a Desligamento por parte da empresa 
Quando o empregador decide encerrar um contrato de trabalho, algumas 
regras mudam. A rescisão pode ser sem justa causa ou com justa causa.Veja as diferenças! 
Sem justa causa 
Além de todos os pagamentos mencionados nos casos de quem se demite, o 
trabalhador que é desligado sem justa causa tem o direito de sacar o FGTS 
mais multa de 40% sobre todos os depósitos feitos pela empresa durante o 
contrato. 
O trabalhador receberá o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. A 
empresa decide se o tempo de aviso será trabalhado ou não. Além disso, o 
colaborador pode ter direito a receber o seguro-desemprego, pago pelo 
Governo Federal. 
Vale destacar que o aviso prévio tem o objetivo de garantir um tempo para o 
empregado conseguir um novo emprego. Por isso, quando se opta pelo seu 
cumprimento, o trabalhador pode escolher por reduzir em duas horas diárias a 
sua jornada de trabalho ou faltar os últimos sete dias do trabalho sem prejuízo 
do salário. 
https://blog.convenia.com.br/direitos-trabalhistas-ferias/
https://blog.convenia.com.br/multas-do-esocial-pmes/
Com justa causa 
Algumas situações excepcionais, como furto e falsificação de documentos, que 
estão descritas na art. 482 CLT, podem gerar demissão por justa causa. 
Em tais ocasiões, o funcionário recebe apenas o salário do mês e as 
férias integral, e ou, vencidas. Ou seja, ele perde a garantia do 13º, o aviso 
prévio, o acesso ao FGTS, a multa rescisória e o seguro-desemprego. 
Prazos de pagamentos 
Quando o aviso prévio é cumprido, a empresa tem o prazo de 10 dias corridos, 
a partir da data da comunicação de demissão, independente da forma de 
demissão. 
Como fazer um processo de demissão ser menos doloroso e humanizado (mais 
voltado para RH) 
Hoje em dia líderes e profissionais precisam saber como contratar e também 
como conduzir um processo de demissão. O tamanho empresa pouco importa 
quando um colaborador é desligado, uma vez que o sentimento de fracasso por 
parte de quem é demitido, dificilmente será inexistente. 
No entanto, alguns fatores podem ajudar para que a demissão de funcionários 
possa trazer menos tensão, e estas regras devem ser seguidas por quem 
busca desligamentos de colaboradores sem desencadear problemas ou dores. 
Contar com a ajuda das políticas da empresa para justificar o afastamento de 
um funcionário é uma das regras mas importantes para que o processo ocorra 
de maneira facilitada, uma vez que, por meio desse tipo de informação, será 
possível apresentar os reais fatores que culminaram no desligamento. Isso faz 
com que o colaborador possa ter uma base real para entender os motivos que 
o torna não mais necessário à empresa. 
Outro ponto importante para que o processo de demissão seja menos doloroso 
é que o funcionário em questão não seja pego de surpresa pela notícia. O 
colaborador cujo trabalho deixa a desejar deve ser e informado sobre esta 
situação por meio de feedbacks de avaliação, que deixem claro o que está 
acontecendo, caso não ocorram mudanças em relação a sua performance, o 
desligamento, pode se tornar uma possibilidade real. 
Regras do ambiente de trabalho também devem ser constantemente expostas 
aos colaboradores, permitindo que não haja espaço para dúvidas em relação 
ao que é considerado certo ou errado dentro da empresa. caso um funcionário, 
por exemplo, deixa de exercer suas funções com produtividade por passar 
muito tempo nas redes sociais durante seu expediente, isso deve ser 
devidamente explicado – garantindo que seja compreendido o 
descontentamento da empresa em relação às sua ações. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709394/artigo-482-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
Assim como para quase qualquer outra situação da vida profissional, tratar 
seus funcionários como gostaria de ser tratado é fundamental para que 
colaboradores não saiam de uma corporação com um sentimento ruim. 
Entrevista de desligamento 
Todo e qualquer colaborador que deixa uma empresa, independentemente do 
tipo de saída, pode contribuir de alguma maneira para melhorar a organização 
no que diz respeito ao processo de desligamento. Essa é uma ferramenta de 
grande importância, capaz de realizar diagnósticos, que podem contribuir para 
o aprimoramento de processos internos e, ainda, evitar a perda de outros 
talentos. 
A entrevista de desligamento é opcional e um colaborador não deve ser 
forçado a concedê-la. Mas, para oferecer bons resultados, é importante deixar 
claro que as informações fornecidas podem colaborar com o conhecimento de 
pontos fortes e fracos que precisam ser ajustados pela empresa. 
O fim de um contrato de trabalho é algo burocrático, que necessita de empatia 
e sensibilidade, além disso, embora muitos discordem, o processo de demissão 
é complicado para ambas as partes, por isso, ter conhecimento das formas de 
desligamento, e tornar o processo menos doloroso é a melhor forma de lidar 
com a situação.

Continue navegando