Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Transferência de Calor e Massa – TCM – Analogia. Lista de Exercícios – GABARITO. 1. Uma parede de um forno é constituída de duas camadas: 0,20 m de tijolo refratário (k = 1,2 kcal/h.m.oC) e 0,13 m de tijolo isolante (k = 0,15 kcal/h.m.oC). A temperatura da superfície interna do refratário é 1675 oC e a temperatura da superfície externa do isolante é 145 oC. Desprezando a resistência térmica das juntas de argamassa, calcule : a. o calor perdido por unidade de tempo e por m² de parede; b. a temperatura da interface refratário/isolante. Solução: As paredes estão em paralelo, então é só somar as resistências. A área deve ser considerada 1m². !1 0,2' ℎ°* +1 = - . = 1,2/012 ℎ'°* . 1' 2 = 0,167 /012 !2 0,13' ℎ°* +2 = - . = 0,15/012 ℎ'°* . 1' 2 = 0,867 /012 ℎ°* +9 = +1 + +2 = 0,167 + 0,867 = 1,033 /012 ∆< = = 9 1675 − 145 = 1,033 = 1480,6 /012 ℎ Como o fluxo é constante, é só calcular para 1 ou para outra parte da parede: = = ∆<1 +1 → 1480,6 = 1675 − <2 0,167 → 1675 − <2 = 246,77 → <2 = 1428,2°* = = ∆<1 +2 → 1480,6 = <2 − 145 0,867 → <2 − 145 = 1283,2 → <2 = 1428,2°* 1 + 2 2 2. Obter a equação para o fluxo de calor em uma parede plana na qual a condutividade térmica ( k ) varia com a temperatura de acordo com a seguinte função: k = a + b.T Vamos começar pela equação base de Fourier =. AB = −-. .. A< Quando integramos anteriormente, não consideramos a variação de k com a temperatura, k era constante. Agora, k varia com a temperatura, então deve estar na integral. Vamos substituir. =. AB = −(1 + D<). .. A< Integrando: ! <2 =. ∫ AB = −. ∫ (1 + D<). A< Resolvendo a integral: 0 <2 <1 <2 =. ! = −. [∫ (1). A< + ∫ (D<). A<] <1 <1 <2 <2 =. ! = −. [1(< − < ) + D ( 2 − 1 )] 2 1 2 2 Rearranjando: . = = 1. (< . − < ) + D. (<2 − <2 ) ! 1 2 2! 1 2 3. Calcular o fluxo de calor na parede composta abaixo: Onde: A espessura da parede é de 1 m. 3 '°* '°* '°* '°* '°* + + + + + Solução Vamos começar usando a analogia com a resistência eletrica para ficar mais fácil de entender o processo: Calculando as resistências: ! +1 = -. = 3' 100 I . (1.12)'2 2' °* = 0,0025 I °* +D = +0 = +A = +J = 40 I . (1.2)'2 2' 10 I . (1.8)'2 2' 60 I . (1.2)'2 3' I = 0,025 I °* = 0,025 I °* = 0,0167 I °* = 0,0083 I +K = 30 '°* . (1.12)' 2 4' 40 I . (1.6)'2 4' °* = 0,0167 I °* +L = 20 I . (1.6)'2 '°* = 0,033 I A resistência total das resistências em série é a soma das mesmas. Já as em paralelo, é a soma dos inversos. Então vamos começar calculando as resistências paralelas. 1 1 1 1 1 1 1 °* +D0A = + + D 0 A = 0,025 + 0,025 + 0,0167 = 140 → +D0A = 0,00714 I 1 1 1 1 1 °* +KL = + K L = 0,0167 + 0,033 = 90 → +KL = 0,011 I 4 + I '°* Agora é só somar as resistências: °* +9 = +1 + +D0A + +J + +KL = 0,0025 + 0,00714 + 0,0083 + 0,011 = 0,029 I Agora é só colocar na fórmula de cálculo de calor: ∆< = = = 9 (1000 − 100)°* 0,029 °* = 30,94 -I 4. Um tubo de aço (k = 52 W/m°C) de ½ m de espessura e 10 m de diâmetro externo é utilizado para conduzir ar aquecido. O tubo é isolado com 2 camadas de materiais isolantes, sendo a primeira de isolante de alta temperatura (k = 0,051 W/m°C) com espessura de 50 cm e a segunda com isolante à base de magnésia (k = 0,032 W/m°C) também com espessura de 50 cm. A temperatura da superfície interna do tubo está a 1000°C e a temperatura da superfície externa do segundo isolante em 32°C, pede-se: a) Determine o fluxo de calor por unidade de comprimento do tubo b) Determine a temperatura da interface entre os dois isolantes c) Compare os fluxos de calor se houver uma troca de posicionamento dos dois isolantes Para calcular o fluxo de calor, utiliza-se a equação: ∆< = = 9 Primeiro calcular-se a resistência total. Obs. A relação r2/r1 pode ser em in pois as unidades se anula. As contas foram feitas para comprimento de 1ft. +1çO ln R2 = R1 = 2-1S! ln 5/4,5 2 52 I S1' = 3,225.10−4 ° * I +UVO21W9J 1 ln R3 = R2 = 2-2S! ln 5,5/5 0,051 I 2 '°* = 0,297 °* I + S1' 5 '°* + '°* '°* + Resistência resultante: +UVO21W9J 2 ln R4 = R3 = 2-3S! ln 6/5,5 2 0,032 I S1' = 0,433 °* I +9 = +1çO + +UVO21W9J 1 1 + +UVO21W9J 2 2 = 3,225.10−4 + 0,297 + 0,433 = 0,7303 °* I Agora determina-se o fluxo de calor: ∆< = = = 9 (1000 − 32)°* 0,7303 = 1325,5 I A temperatura da interface é calculada considerando-se fluxo permanente, isto é, fluxo igual em todos as as paredes. ∆< = = + ∆< 1000 − <2 → 1325,5 = 3,225.10−4 → <2 = 999,57°* 999,57 − <3 = = + → 1325,5 = 0,297 → <3 = 605,90°* Ou fazer direto entre o tubo e o isolante 1 ∆< (1000 − <3)°* = = 9 → 1325,5 = 3,225.10−4 + 0,297 → <3 = 605,90°* Se mudar a ordem: +1çO ln R2 = R1 = 2-1S! ln 5/4,5 2 52 I S1' = 3,225.10−4 ° * I +UVO21W9J 1 +UVO21W9J 2 ln R3 = R2 2-2S! ln R4 = R3 2-3S! ln 5,5/5 2 0,032I S1' ln 6/5,5 = 0,051I = 0,047 = 0,272 °* I °* I Resistência resultante: 2 '°* S1' +9 = +1çO + +UVO21W9J 1 1 + +UVO21W9J 2 2 = 3,225.10−4 + 0,047 + 0,272 = 0,3193 °* I Agora determina-se o fluxo de calor: ∆< = = = 9 (1000 − 32)°* 0,3193 °*/I = 3,03 -I 5. Um tanque de aço ( k = 40 Kcal/h.m.°C ), de formato esférico e raio interno de 0,5 m e espessura de 5 mm, é isolado com 1½" de lã de rocha ( k = 0,04 Kcal/h.m.°C ). A temperatura da face interna do tanque é 220°C e a da face externa do isolante é 30°C. Após alguns anos de utilização, a lã de rocha foi substituída por outro isolante, também de 1½" de espessura, tendo sido notado então 1 2 + = 6 ( − 4.40 S ℎ'°* 0,2764 um aumento de 10% no calor perdido para o ambiente ( mantiveram-se as demais condições). Determinar : a) fluxo de calor pelo tanque isolado com lã de rocha; b) o coeficiente de condutividade térmica do novo isolante; c) qual deveria ser a espessura ( em polegadas ) do novo isolante para que se tenha o mesmo fluxo de calor que era trocado com a lã de rocha. O fluxo de calor é determinado por: = = ∆<9O912 +9 Primeiro, vamos determinar as resistências: 1 − 1 ( 1 − 1 ) . 1 ℎ°* + = R1 R2 = 0,5 0,505 ' = 3,939.10−5 1çO 4-1S 1 − 1 /012 ℎ'°* 1 1 1 ) . /012 ℎ°* + = R2 R3 = 0,505 0,5431 ' = 0,2763 2ã 4-2S 4.0,04 /012 S /012 Substituindo: +9 = +1çO + +21 = 3,939.10 −5 + 0,276 = 0,2764 ℎ°* /012 = = ∆<9O912 +9 (220 − 30)°* = ℎ°* /012 = 687,3 /012 ℎ Para determinar k do outro isolante, calculo primeiro o novo fluxo de calor que tem aumento de 10%: /012 =2 = 1,1. = = 1,1.687,3 = 756,03 ℎ Agora substituo novamente na equação do fluxo para achar Rt. = = ∆<9O912 +9 → 756,03 = (220 − 30)°* ℎ°* 92 /012 ℎ°* → +92 = 0,2513 /012 Agora determino a R do novo isolante: + 7 ℎ'°* +92 = +1çO + +UVO → 0,2513 = 3,939.10−5 + +UVO → +UVO ℎ°* = 0,25127 /012 Agora determino k 1 − 1 + = R2 R3 UVO ℎ°* 4-2S ( 1 − 1 ) . 1 0,25127 /012 = 0,505 0,5431 ' 4. -UVOS /012 -UVO = 0,044 ℎ'°* Para manter o mesmo fluxo de calor, Rtotal não muda, mas muda-se a espessura: 1 − 1 + = R2 R3 UVO ℎ°* 4-2S ( 1− 1 ) . 1 0,276 = 0,505 R3 ' /012 4.0,044 /012 S R3 = 0,547 ' 1YO2 R3 = 0,505 + J = 0,547 → J = 0,042 ' = 4,2 0'. 2,540' = 1,66 YO2 6. Um tanque de oxigênio líquido tem diâmetro de 1,20 m, um comprimento de 6 m e as extremidades hemisféricas. O ponto de ebulição do oxigênio é -182,8°C. Procura-se um isolante térmico que reduza a taxa de evaporação em regime permanente a não mais que 10 Kg/h. O calor de vaporização do oxigênio é 51,82 Kcal/Kg. Sabendo que a temperatura ambiente varia entre 15°C (inverno) e 40°C (verão) e que a espessura do isolante não deve ultrapassar 75 mm, qual deverá ser a condutividade térmica do isolante? (Obs: não considerar as resistências devido à convecção). Primeiro vamos calcular o fluxo máximo de calor que pode ter: = = '. ∆Z[1Y = 10 Só será considerado o calor por condução. -L ℎ . 51,82 /012 -L = 518,2 /012 ℎ 8 2 Nesta configuração, temos uma parte esférica e uma parte cilíndrica. Então, o fluxo total, será a soma dos dois: Calculando as resistências: = = ∆<9O912 +0U2 ∆<9O912 + +JVK +0U2 ln R2 = R1 2-1S! ln 0,675 = 0,6 = 2-1S4,8 0,00390 -1 1 − 1 1 − 1 0,01474 + = R1 R2 = 0,6 0,675 = JVK 4-1S 4-1S -1 Como temperatura, será utilizada a temperatura maior, que é de 40°C. = = (40 − (−182,8)) 0,00390 + -1 (40 − (−182,8)) 0,01474 -1 /012 = 57049,7-1 + 15115,33-1 = 72165,06 -1 ℎ°* 518,2 ℎ = 72165,06-1 → -1 = 0,0072 /012 7. A parede de um forno industrial é composta com tijolos refratários (k = 0,3 Btu/h.ft.°F) por dentro, e tijolos isolantes por fora (k = 0,05 Btu/h.ft.°F). A temperatura da face interna do refratário é 1600°F e a da face externa do isolante é 80°F. O forno tem formato de prisma retangular (8,0 X 4,5 X 5,0 ft) e a espessura total da parede é 1,3 ft. Considerando uma perda de calor de 36000 Btu/h apenas pelas paredes laterais, qual a espessura de cada um dos materiais que compõem a parede. !1 = = !1 ∆<9O912 +9 ℎ°\ +1 = - . = 0,3.125 = 0,0267 !1 ]<^ !2 1,3 − !1 ℎ°\ +2 = - . = 0,05.125 = 0,208 − 0,16!1 ]<^ 1 9 36000]<^ ℎ = (1600 − 80)°\ ℎ°\ → −0,133!1 + 0,208 = 0,0422 → −0,133!1 (0,0267 !1 + 0,208 − 0,16!1) ]<^ = −0,1658 → !1 = 1,24 K9 !2 = 1,3 − !1 = 1,3 − 1,24 = 0,06 K9 8. Uma camada de material refratário (k=1,5 kcal/h.m.°C) de 50 mm de espessura está localizada entre duas chapas de aço (k=45 kcal/h.m.°C) de 6,3 mm de espessura. As faces da camada refratária adjacentes às placas são rugosas de modo que apenas 30 % da área total está em contato com o aço. Os espaços vazios são ocupados por ar (k=0,013 kcal/h.m.°C) e a espessura média da rugosidade de 0,8 mm. Considerando que as temperaturas das superfícies externas da placa de aço são 430°C e 90°C, respectivamente; calcule o fluxo de calor que se estabelece na parede composta. O ar está parado, então considera-se apenas condução. A substituição por resistências pode ser desenhada da seguinte maneira: Aço – ar + refratário - refratário - ar + refratário – aço. Então precisa-se calcular as resistências e somar para obter a total: ∆<9O912 = = +9 A área será considerada 100% para as placas inteiras para obter referência na rugosidade. Como são placas planas: 10 45 . 1' ℎ'°* ℎ'°* ℎ'°* 0,036 !1 0,0063' ℎ°* +1 = - = .1 -012 2 ℎ'°* = 0,00014 -012 +2_1R = - !2 2.2 0,0008' 0,013 -012 . 0,7'2 ℎ°* = 0,0879 -012 +3_RJK = - !3 3.3 0,0008' 1,5 -012 . 0,3'2 ℎ°* = 0,00178 -012 Calculando R paralela +4_RJK = - !4 4.4 0,0484' 1,5 -012 . 1'2 ℎ°* = 0,0323 -012 1 1 1 1 1 ℎ°* +2/3 Calculando R total. = + + + = 0,0879 + 0,00178 = 573,875 → +2/3 = 0,00174 -012 ℎ°* Fluxo de calor: +9 = 0,00014 + 0,00174 + 0,0323 + 0,00174 + 0,00014 = 0,036 -012 9. ENADE 2014 = = ∆<9O912 +9 (430 − 90)°* = ℎ°* -012 = 9436,12 -012 ℎ 1 2 3 = = = 11 Alternativa a. K é a condutividade. Como a do vidro é maior, é mais fácil de conduzir e portanto a diferença de temperatura é menor. Alternativa b. Cálculo de Rt = = !1 ∆<9O912 +9 0,01 / +1 = - = .1 1.1 = 0,01 I !2 0,05 / +2 = - .2 = 0,025.1 = 2,0 I = = ∆<9O912 +9 25 − 4,8 I = 0,01 + 2 + 0,01 = 10 '2 Alternativa C. Poderá ocorrer: • Haverá aumento no fluxo de calor ou maior troca térmica; • Haverá maior perda de calor; 1 2 12 • Haverá diminuição da resistência à transferência de calor; • Mais energia térmica deverá ser fornecida para manter a temperatura da face interna da janela em 25 °C (maior gasto de energia ou haverá menor “eficiência” no isolamento térmico); • A temperatura interna irá diminuir. 10. ENADE 2017 Se é lei do resfriamento, a temperatura diminui com o tempo, portanto precisa ser negativo. Ficam as alternativas A e C. Na alternativa C, não se considera a diferença de temperatura entre os corpos e com visto visto, o fluxo de calor e portanto a variação da temperatura com o tempo depende dessa diferença, a qual é expressa na alternatuva A. 13 11. ENADE 2014 = = ∆<9O912 +9 I → 105 '2 = 35 − 20 +9 → +9 = 0,1428 '2°* I !1 '2°* 0,2 ' I +1 = - .1 → 0,1428 I = - . 1'2 → -1 = 1,4 '°* Concreto – alternativa A 1 1
Compartilhar