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OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA - Direito civil II rev

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OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
Maria Elisandra Cavalcante Matos - Matricula: 201908186399
Amanda Barboni da Silva Machado – Matricula: 201908186437
Wilma Paula Batista Rodrigues - Matricula: 201908337575
Michele
Kassia
DIREITO CIVIL II
Professora: Elisângela
 Conceito e natureza jurídica
Na obrigação solidária, existe uma PLURALIDADE SUBJETIVA:
CREDOR – Solidariedade ativa
DEVEDOR – Solidariedade passiva
CREDOR + DEVEDOR – Solidariedade mista ou reciproca 
Quando existe uma obrigação solidária?
Quando todos os devedores solidários estejam obrigados a satisfação do mesmo interesse do credor na prestação.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Na solidariedade há uma pluralidade subjetiva; se há um só  devedor e um credor, a obrigação é singular, é simples na sua estrutura e nos seus efeitos, pois que o sujeito passivo deve a prestação por inteiro ao sujeito ativo. Há, na solidariedade uma unidade objetiva; se cada um dos credores tiver direito a uma cota-parte da coisa devida, não há o que se chama de solidariedade, que não é compatível com o fracionamento do objeto; pluralidade subjetiva e unidade objetiva, que é da essência da solidariedade.
Cada credor pode exigir toda divida e cada devedor está obrigado a obrigação por inteiro.
Na pluralidade a prestação é “uma”, por isso o devedor que paga libera os demais, e a quitação feita por um dos credores aproveita os demais.
Independente de quantos sujeitos ATIVO e PASSIVO na relação, haverá apenas:
UMA parte credora
UMA parte devedora
Qualquer codevedor pode ser acionado isolado ou em conjunto para pagar o débito sem qualquer preferência entre eles.
ATENÇÃO!!! Não confunda....
SOLIDARIEDADE
Qualquer codevedor pode ser acionado isolado ou em conjunto, sem qualquer preferência entre eles para pagar o débito ao credor.
SUBSIDIARIEDADE
Embora se tenha mais de um coabrigado, há uma ordem preferencial de devedores que deve ser respeitada pelo credor!
Natureza jurídica da solidariedade ...
Teoria UNITÁRIA - Uma única obrigação com vários sujeitos. Esta teoria atribui a todos os sujeitos do mesmo polo as mesmas consequências pelas ações de qualquer coobrigado.
Teoria PLURALISTA – Cada devedor , passará a responder não só pela sua quota como também pela dos demais, e se vier cumprir, por inteiro, a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes.
Desta maneira não se tem apenas uma única obrigação, mas tantas obrigações quantos forem os titulares.
Veja notícia do Informativo n. 428, do STJ, acerca da impossibilidade de presumir solidariedade
passiva entre cotitulares de conta-corrente na emissão de cheque sem fundo:
DANO MORAL - CONTA CONJUNTA. CHEQUE.
É ativa a solidariedade decorrente da abertura de conta-corrente conjunta, pois cada correntista movimenta livremente a conta. Ademais, o cheque sujeita-se aos princípios gerais do direito cambial, especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n. 7.357/1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente, de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito. 
Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp 981.081-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/2010. 
(extraído de: <https://ww2.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?acao=pesquisarumaedicao&livre=@cod=0428>. Acesso e: 05 out. 2015).
Caso Prático 
Distinção entre obrigações solidária e obrigações co prestação individual
Conceito:
São aquelas com pluralidade de credores ou devedores, cada um com direito ou obrigado ao total, como se houvesse um só credor ou um só devedor.
Havendo pluralidade de credores, tem-se a solidariedade ativa.
Havendo pluralidade de devedores, tem-se a solidariedade passiva.
Havendo pluralidade de credores e devedores, tem-se a solidariedade mista ou recíproca.
Características:
Pluralidade de sujeitos ativos e/ou passivos
multiplicidade de vínculos, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos co-devedores solidários e vice-versa.
Unidade de prestação, eis que cada devedor responde pelo débito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro.
Co-responsabilidade dos interessados.
Regras gerais:
Variabilidade do modo de ser da obrigação na solidariedade: a obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-devedores e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. Entretanto, qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem seu consentimento.
Não presunção da solidariedade: a solidariedade não se presume, resulta da lei (solidariedade legal) ou da vontade das partes (solidariedade convencional).
Diferenças entre solidariedade e indivisibilidade:
A solidariedade assemelha-se a indivisibilidade por um único aspecto: em ambos os casos, o credor pode exigir de um só dos devedores o pagamento da totalidade do objeto devido.
Diferem-se, entretanto, pelas seguintes razões:
cada devedor solidário pode ser compelido a pagar sozinho a dívida inteira por ser devedor do todo; nas obrigações indivisíveis, contudo, o co-devedor só deve a sua cota-parte, somente sendo compelido ao pagamento da totalidade do objeto porque é impossível fracioná-lo, sendo que, perde a qualidade de indivisível se for resolvida em perdas e danos (art. 263 CC)
Na solidariedade, mesmo que seja convertida em perdas e danos continuará indivisível seu objeto no sentido de que não se dividirá entre todos os devedores ou todos os credores porque a solidariedade decorre da lei ou da vontade das partes e independe da divisibilidade ou indivisibilidade do objeto;
 O traço distintivo mais expressivo, contudo, reside no fato de que a solidariedade se caracteriza por sua feição subjetiva, ou seja, ela advém da lei ou do contrato, mas recai sobre as próprias pessoas, enquanto que a indivisibilidade tem índole objetiva, ou seja, resulta da natureza da coisa que constitui objeto da prestação.
A função prática da solidariedade consiste em reforçar o direito do credor, em parte como garantia, em parte como favorecimento da satisfação do crédito, enquanto que, a indivisibilidade destina-se a tornar possível a realização unitária da obrigação, produzindo efeitos mais gerais uma vez que se estabelece em favor de vários credores bem como em favor de vários devedores.
Extinção da obrigação solidária:
Segundo o art. 269 do CC, o pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
A obrigação solidária ativa consiste no concurso, na mesma obrigação, de mais de um credor, cada um com direito à dívida toda (art. 264 CC).
É da essência da solidariedade ativa que o pagamento feito a um dos credores solidários produz a extinção do crédito para todos, pois, do contrário, se os demais credores conservassem contra o devedor direito de crédito, apesar do pagamento feito a um deles, haveria mais de um pagamento integral da dívida, contrariando a própria definição da solidariedade, segundo a qual o devedor deve a muitos, mas só deve uma vez.
A quitação do credor (accipiens) libera o devedor (solvens) em relação a todos os outros co-credores até o montante que foi pago.
SOLIDARIEDADE MISTA OU RECÍPROCA:
É a que apresenta concomitantemente pluralidade de credores e devedores e, como decorre da combinação da solidariedade ativa e passiva, submete-se as mesmas normas relativas à essas duas espécies
de solidariedade.
Se um dos co-credores falecer, seu crédito passará ao seu herdeiro sem aquela peculiaridade, salvo se a prestação for indivisível;
Se um dos co-devedores falecer, desaparecerá em relação aos seus herdeiros, embora sobreviva quanto aos demais coobrigados.
Caso Prático 
Assim, se a obrigação for divisível com pluralidade de devedores, dividir-se-á em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos forem os devedores. 
Por exemplo: se A, B e C devem a D R$ 30.000,00, a dívida será partilhada por igual entre os três devedores, de forma que cada um deverá pagar ao credor a quantia de R$ 10.000,00. E, se tratar de obrigação divisível com multiplicidade de credores, o devedor comum pagará a cada credor uma parcela do débito, igual para todos. Por exemplo: se A deve a B, C e D a quantia de R$ 90.000,00, deverá pagar a cada um deles R$ 30.000,00
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
ATIVA (Credores)
Passiva (devedores)
O QUE É SOLIDARIEDADE?
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Solidariedade ativa:
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
IDEIA GERAL DO DIREITO DO CREDOR;
TEM UMA PLURALIDADE DE CREDORES.
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
Cada credor pode exigir a dívida inteira;
O devedor poderá pagar a qualquer um dos credores (antes de haver cobrança judicial).
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica obrigou-se a pagar o valor de R$ 10.000,00 para Roberto e Bruno.
Roberto e Bruno são credores solidários de Mônica.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica não pagou a dívida na data de vencimento.
Roberto pode sozinho cobrar o valor devido por Mônica.
Bruno pode sozinho cobrar o valor devido por Mônica.
EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE ATIVA:
Ainda, Mônica desobrigar-se-à (enquanto não houver uma cobrança judicial ):
Caso Mônica pague os valores dos honorários para Roberto e Bruno conjuntamente; ou
2. Caso Mônica pague os valores apenas para Roberto; ou
3. Caso Mônica pague os valores apenas para Bruno.
 
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Determinação da Lei
Vontade das Partes
A Solidariedade Passiva ocorre quando em uma obrigação existem dois ou mais devedores sendo que cada um dos devedores é obrigado pela dívida (prestação) toda (como se houvesse apenas um devedor).
Na solidariedade passiva o credor pode exigir a dívida comum de qualquer um dos devedores. 
CASO PRÁTICO
ROBERTO
Devedor solidário
BRUNO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Roberto e Bruno são devedores solidário de Mônica na quantia de R$ 20.000,00
ROBERTO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,0 de Roberto.
BRUNO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,0 de Bruno.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,00 de Roberto e de Bruno.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica pode exigir e receber a dívida de cada um dos devedores, porque na solidariedade passiva cada devedor é obrigado pela divida toda.
Art. 275. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
O que o Parágrafo único quer dizer?
Que o fato de o credor ter ajuizado uma ação contra apenas um (ou uns) devedores solidários não significa que o credor renunciou a solidariedade entre os devedores, ou seja o fato de o credor ter ajuizado ação contra apenas um dos devedores não impede que, posteriormente, o credor venha cobrar a divida dos demais devedores solidários. 
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
O credor pode exigir a TOTALIDADE da dívida de um ou de alguns dos devedores solidários; ou
O credor pode exigir PARCIALMENTE a dívida de um ou de alguns dos devedores solidários.
Existem dois ou mais devedores que são obrigados pela dívida toda.
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
Se houver pagamento parcial da dívida, todos os devedores solidários ficarão solidariamente obrigados pelo que restou da dívida. 
Se o credor ajuizar uma ação contra apenas um dos (ou uns) devedores solidários, isso não significa que o credor renunciou a solidariedade quanto aos demais devedores solidários.

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