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OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA - Direito civil II rev OK

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Amanda Barboni da Silva Machado – Matricula: 201908186437
Kassia Cristina balbeck - Matricula 201908558921
Maria Elisandra Cavalcante Matos - Matricula: 201908186399
Michelle Ignacio - Matricula 201908412046
Wilma Paula Batista Rodrigues - Matricula: 201908337575
DIREITO CIVIL II
Professora: Elisângela
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
 Conceito e natureza jurídica
Na obrigação solidária, existe uma PLURALIDADE SUBJETIVA:
CREDOR – Solidariedade ativa
DEVEDOR – Solidariedade passiva
CREDOR + DEVEDOR – Solidariedade mista ou reciproca 
Quando existe uma obrigação solidária?
Quando todos os devedores solidários estejam obrigados a satisfação do mesmo interesse do credor na prestação.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Na solidariedade há uma pluralidade subjetiva; se há um só  devedor e um credor, a obrigação é singular, é simples na sua estrutura e nos seus efeitos, pois que o sujeito passivo deve a prestação por inteiro ao sujeito ativo. Há, na solidariedade uma unidade objetiva; se cada um dos credores tiver direito a uma cota-parte da coisa devida, não há o que se chama de solidariedade, que não é compatível com o fracionamento do objeto; pluralidade subjetiva e unidade objetiva, que é da essência da solidariedade.
Cada credor pode exigir toda divida e cada devedor está obrigado a obrigação por inteiro.
Na pluralidade a prestação é “uma”, por isso o devedor que paga libera os demais, e a quitação feita por um dos credores aproveita os demais.
Independente de quantos sujeitos ATIVO e PASSIVO na relação, haverá apenas:
UMA parte credora
UMA parte devedora
Qualquer codevedor pode ser acionado isolado ou em conjunto para pagar o débito sem qualquer preferência entre eles.
ATENÇÃO!!! Não confunda....
SOLIDARIEDADE
Qualquer codevedor pode ser acionado isolado ou em conjunto, sem qualquer preferência entre eles para pagar o débito ao credor.
SUBSIDIARIEDADE
Embora se tenha mais de um coobrigado, há uma ordem preferencial de devedores que deve ser respeitada pelo credor!
Natureza jurídica da solidariedade ...
Teoria UNITÁRIA - Uma única obrigação com vários sujeitos. Esta teoria atribui a todos os sujeitos do mesmo polo as mesmas consequências pelas ações de qualquer coobrigado.
Teoria PLURALISTA – Cada devedor , passará a responder não só pela sua quota como também pela dos demais, e se vier cumprir, por inteiro, a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes.
Desta maneira não se tem apenas uma única obrigação, mas tantas obrigações quantos forem os titulares.
Veja notícia do Informativo n. 428, do STJ, acerca da impossibilidade de presumir solidariedade
passiva entre cotitulares de conta-corrente na emissão de cheque sem fundo:
DANO MORAL - CONTA CONJUNTA. CHEQUE.
É ativa a solidariedade decorrente da abertura de conta-corrente conjunta, pois cada correntista movimenta livremente a conta. Ademais, o cheque sujeita-se aos princípios gerais do direito cambial, especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n. 7.357/1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente, de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito. 
Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp 981.081-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/2010. 
(extraído de: <https://ww2.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?acao=pesquisarumaedicao&livre=@cod=0428>. Acesso e: 05 out. 2015).
Caso Prático 
Distinção entre obrigações solidária e obrigações com prestação individual
Conceito:
São aquelas com pluralidade de credores ou devedores, cada um com direito ou obrigado ao total, como se houvesse um só credor ou um só devedor.
Havendo pluralidade de credores, tem-se a solidariedade ativa.
Havendo pluralidade de devedores, tem-se a solidariedade passiva.
Havendo pluralidade de credores e devedores, tem-se a solidariedade mista ou recíproca.
Características:
Pluralidade de sujeitos ativos e/ou passivos
multiplicidade de vínculos, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos codevedores solidários e vice-versa.
Unidade de prestação, eis que cada devedor responde pelo débito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro.
Corresponsabilidade dos interessados.
Regras gerais:
Variabilidade do modo de ser da obrigação na solidariedade: a obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos codevedores e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. Entretanto, qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem seu consentimento.
Não presunção da solidariedade: a solidariedade não se presume, resulta da lei (solidariedade legal) ou da vontade das partes (solidariedade convencional).
Diferenças entre solidariedade e indivisibilidade:
A solidariedade assemelha-se a indivisibilidade por um único aspecto: em ambos os casos, o credor pode exigir de um só dos devedores o pagamento da totalidade do objeto devido.
Diferem-se, entretanto, pelas seguintes razões:
cada devedor solidário pode ser compelido a pagar sozinho a dívida inteira por ser devedor do todo; nas obrigações indivisíveis, contudo, o codevedor só deve a sua cota-parte, somente sendo compelido ao pagamento da totalidade do objeto porque é impossível fracioná-lo, sendo que, perde a qualidade de indivisível se for resolvida em perdas e danos (art. 263 CC)
Na solidariedade, mesmo que seja convertida em perdas e danos continuará indivisível seu objeto no sentido de que não se dividirá entre todos os devedores ou todos os credores porque a solidariedade decorre da lei ou da vontade das partes e independe da divisibilidade ou indivisibilidade do objeto;
 O traço distintivo mais expressivo, contudo, reside no fato de que a solidariedade se caracteriza por sua feição subjetiva, ou seja, ela advém da lei ou do contrato, mas recai sobre as próprias pessoas, enquanto que a indivisibilidade tem índole objetiva, ou seja, resulta da natureza da coisa que constitui objeto da prestação.
A função prática da solidariedade consiste em reforçar o direito do credor, em parte como garantia, em parte como favorecimento da satisfação do crédito, enquanto que, a indivisibilidade destina-se a tornar possível a realização unitária da obrigação, produzindo efeitos mais gerais uma vez que se estabelece em favor de vários credores bem como em favor de vários devedores.
Extinção da obrigação solidária:
Segundo o art. 269 do CC, o pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
A obrigação solidária ativa consiste no concurso, na mesma obrigação, de mais de um credor, cada um com direito à dívida toda (art. 264 CC).
É da essência da solidariedade ativa que o pagamento feito a um dos credores solidários produz a extinção do crédito para todos, pois, do contrário, se os demais credores conservassem contra o devedor direito de crédito, apesar do pagamento feito a um deles, haveria mais de um pagamento integral da dívida, contrariando a própria definição da solidariedade, segundo a qual o devedor deve a muitos, mas só deve uma vez.
A quitação do credor (accipiens) libera o devedor (solvens) em relação a todos os outros co-credores até o montante que foi pago.
SOLIDARIEDADE MISTA OU RECÍPROCA:
É a que apresenta concomitantemente pluralidade de credores e devedores e, como decorre da combinação da solidariedadeativa e passiva, submete-se as mesmas normas relativas à essas duas espécies de solidariedade.
Se um dos cocredores falecer, seu crédito passará ao seu herdeiro sem aquela peculiaridade, salvo se a prestação for indivisível;
Se um dos codevedores falecer, desaparecerá em relação aos seus herdeiros, embora sobreviva quanto aos demais coobrigados.
Caso Prático 
Assim, se a obrigação for divisível com pluralidade de devedores, dividir-se-á em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos forem os devedores. 
Por exemplo: se A, B e C devem a D R$ 30.000,00, a dívida será partilhada por igual entre os três devedores, de forma que cada um deverá pagar ao credor a quantia de R$ 10.000,00. E, se tratar de obrigação divisível com multiplicidade de credores, o devedor comum pagará a cada credor uma parcela do débito, igual para todos. Por exemplo: se A deve a B, C e D a quantia de R$ 90.000,00, deverá pagar a cada um deles R$ 30.000,00
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
ATIVA (Credores)
Passiva (devedores)
O QUE É SOLIDARIEDADE?
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Solidariedade ativa:
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
IDEIA GERAL DO DIREITO DO CREDOR;
TEM UMA PLURALIDADE DE CREDORES.
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
Cada credor pode exigir a dívida inteira;
O devedor poderá pagar a qualquer um dos credores (antes de haver cobrança judicial).
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica obrigou-se a pagar o valor de R$ 10.000,00 para Roberto e Bruno.
Roberto e Bruno são credores solidários de Mônica.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica não pagou a dívida na data de vencimento.
Roberto pode sozinho cobrar o valor devido por Mônica.
Bruno pode sozinho cobrar o valor devido por Mônica.
EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE ATIVA:
Ainda, Mônica desobrigar-se-à (enquanto não houver uma cobrança judicial ):
Caso Mônica pague os valores dos honorários para Roberto e Bruno conjuntamente; ou
2. Caso Mônica pague os valores apenas para Roberto; ou
3. Caso Mônica pague os valores apenas para Bruno.
 
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Determinação da Lei
Vontade das Partes
A Solidariedade Passiva ocorre quando em uma obrigação existem dois ou mais devedores sendo que cada um dos devedores é obrigado pela dívida (prestação) toda (como se houvesse apenas um devedor).
Na solidariedade passiva o credor pode exigir a dívida comum de qualquer um dos devedores. 
CASO PRÁTICO
ROBERTO
Devedor solidário
BRUNO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Roberto e Bruno são devedores solidário de Mônica na quantia de R$ 20.000,00
ROBERTO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,0 de Roberto.
BRUNO
Devedor solidário
MÔNICA
Credora
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,0 de Bruno.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica pode exigir (cobrar) os R$20.000,00 de Roberto e de Bruno.
CASO PRÁTICO
ROBERTO
BRUNO
MÔNICA
Mônica pode exigir e receber a dívida de cada um dos devedores, porque na solidariedade passiva cada devedor é obrigado pela divida toda.
Art. 275. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
O que o Parágrafo único quer dizer?
Que o fato de o credor ter ajuizado uma ação contra apenas um (ou uns) devedores solidários não significa que o credor renunciou a solidariedade entre os devedores, ou seja o fato de o credor ter ajuizado ação contra apenas um dos devedores não impede que, posteriormente, o credor venha cobrar a divida dos demais devedores solidários. 
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
O credor pode exigir a TOTALIDADE da dívida de um ou de alguns dos devedores solidários; ou
O credor pode exigir PARCIALMENTE a dívida de um ou de alguns dos devedores solidários.
Existem dois ou mais devedores que são obrigados pela dívida toda.
PODEMOS AFIRMAR QUE…
CARACTERÍSTICAS:
Se houver pagamento parcial da dívida, todos os devedores solidários ficarão solidariamente obrigados pelo que restou da dívida. 
Se o credor ajuizar uma ação contra apenas um dos (ou uns) devedores solidários, isso não significa que o credor renunciou a solidariedade quanto aos demais devedores solidários.
Fontes da solidariedade 
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÃO IN SOLIDUM
Diferença entre obrigação solidária e obrigação in solidum: esta é obrigação em que os devedores estão vinculados pelo mesmo fato, sem que haja tecnicamente solidariedade entre eles.
Alguns exemplos podem aclarar.Imóvel segurado, em acidente, proprietário poderá acionar tanto a seguradora quanto o causador do dano, estes dois último estarão vinculados pelo fato, mas não há entre solidariedade.
CONCEITO DE SOLIDARIEDADE: "Obrigação com multiplicidade de credores ou devedores, tendo cada credor direito à totalidade da prestação, como se fosse credor único, e cada devedor obrigado pela dívida toda como se fosse o devedor único" (Carlos Roberto Gonçalves)CC, Art. 264 - Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.CC, Art. 275 - O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
Pluralidade de sujeitos Multiplicidade de vínculos Unidade da prestação Corresponsabilidade dos interessados Natureza jurídica da solidariedade Representação recíproca entre interessados (não) Fungibilidade dos sujeitos ativos ou passivos ao cumprimento da prestação (sim)É importante garantia para a tutela do crédito como um conceito jurídico autônomo e vital à sociedade
PRINCÍPIO DA INEXISTÊNCIA DE SOLIDARIEDADEPRESUMIDA
CC, Art. 265 - A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
2. CC, art. 932 - São também responsáveis pela reparação civil: 
I- os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
Il - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele;
 IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
STJ:1. "Os pais respondem solidariamente pelos atos ilícitos praticados pelos filhos menores, havendo presunção "juris tantum" de culpa "in vigilando" daqueles. (...)"2. "Emancipação voluntária, mesmo sendo anterior ao ato ilícito praticado pelo filho, não exime a responsabilidade dos pais"3. "Responsabilidade civil do pai separado judicialmente pelo ato ilícito do filho, por subsistir o pátrio poder"4. "Dependendo das circunstâncias de cada caso concreto, o médico chefe da equipe responde solidariamente pelos danos provenientes dos atos dos outros médicos, auxiliares, instrumentadores ou enfermeiros que estão sob seu comando ou orientação. A responsabilidade civil, nesse caso, independe da existência de vínculo empregatício, basta que fique demonstrada a culpa "in eligendo" ou "in vigilando" daquele"5. "Há presunção de responsabilidade civil da empresa ou instituiçãopor ato ilícito praticado por seu preposto com dolo ou culpa (imprudência ou negligência), devendo esta reparar o dano material e/ou moral. 6. "Responsabilidade civil do estado - dano causado a terceiro por empreiteira de obra pública - presunção de culpa "jure et de jure"
PRINCÍPIO DA POSSIBILIDADE DE SER A OBRIGAÇÃO DE MODALIDADE DIFERENTE PARA UM OU ALGUNS DO CO DEVEDORES OU CO-CREDORES
CC. Art. 266 - A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. * Multiplicidade dos vínculos
ESPÉCIES DE SOLIDARIEDADE
Solidariedade ativa 
Solidariedade passiva
 Solidariedade recíproca ou mista 
SOLIDARIEDADE ATIVA
1. Cada credor tem direito de exigir o cumprimento da prestação por inteiro. 
II. Pluralidade de credores. 
III. Comodidade ao devedor que se libera pagando tudo a qualquer um deles. 
IV. Solidariedade ativa na conta bancária conjunta: cada um dos titulares está autorizado a movimentar isolada e livremente a conta bancária. Não são devedores solidários diante da emissão de cheque sem fundos (STJ)- Cofres de segurança (abertura por qualquer um individualmente)
CARACTERÍSTICAS DA SOLIDARIEDADE ATIVA
Qualquer credor pode promover sozinho medidas de proteção de seu direito Se um constitui em mora o devedor, todos se beneficiam (mora"ex re", mora "ex persona") Interrupção da prescrição de contra um devedor aproveita a todos credoresQualquer credor pode pretender em juízo o cumprimento da prestação por inteiroSe um credor perde a ação, os demais podem acionar o devedor comum
CC, Art. 268 Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
MORTE DE UM DOS CREDORES SOLIDÁRIOS
Art. 270 - Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber cota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Solidariedade ativa persiste se a obrigação converte em perdas e danos CC, Art. 271 - Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos solidariedade.
Perdão da dívida por um dos credores Ihe gera o direito de indenizar os demais credores
Art. 272 O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que Lhes caiba.
EXCEÇÕES PESSOAIS (compensação, confusão...) 
Art. 273 A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
 Art. 274 O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA
CC, Art. 269 - O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. Abatimento do que já foi pago, sob pena de responder o devedor acima da prestação
DIREITO DE REGRESSO AO CREDORCC, Art. 272 - O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Concorrência de dois ou mais devedores, cada um com dever de prestar a dívida toda . Decorre da lei ou da vontade das partes
Possibilidade de o credor exigir somente parte do crédito ou o crédito todoSegurança jurídica
 Solidariedade passiva e fiança (contrato acessório). Solidário na expressa disposição do contrato.
REGRAS DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
Credor pode exigir toda a prestação de um dos devedores
Devedor escolhido não pode pretender pagar somente a quota-parte
Pagamento por um devedor libera todos os demais devedores em relação ao credor
No pagamento parcial, o credor pode exigir toda a diferença contra os demais
Se a coisa se perde por culpa de um dos devedores, todos se liberam, mas somente o culpado responde por perdas e danos
DIREITO DO CREDOR NA SOLIDARIEDADE PASSIVA
CC, Art. 275 - O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
 PAGAMENTO PARCIAL DO DÉBITO CC, 
Art. 277 - O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. Somente pode cobrar dos demais o saldo remanescente, porque o pagamento parcial reduz o crédito "Solvens" e. "accipiens"
ÔNUS ADICIONAL NA SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 278 CC - Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. Aditamento contratual em obrigação solidária só tem efeito aos demais devedores se consentirem expressamente.
RENÚNCIA À SOLIDARIEDADE PASSIVA Não é renúncia ao crédito 
Art. 282 CC - O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Impossibilidade da prestação
CC, Art. 279 - Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Responsabilidade solidária passiva por juros
Art. 280 - Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
DEFESA DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS
1. Exceção = defesa 
2. Defesas comuns (prescrição, nulidade, extinção da dívida)
3. Defesas próprias (compensação, pagamento, dação em pagamento, novação, compensação, transação)
 Art. 281CC – O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos, não Ihe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor.
RELAÇÕES ENTRE CO-DEVEDORES
Art. 283 CC - O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.
Dívida solidária que interessa somente a um dos devedores (fiança contratualmente ajustada como solidária, aval). 
 Art. 285 CC- Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
INSOLVÊNCIA DE UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS
 Art. 284 CC- No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
"Se quatro são os devedores solidários e um deles cai em insolvência, os outros três respondem em partes iguais pela quota deste (do insolvente), ainda que um deles (devedores) tenha sido exonerado da solidariedade pelo credor" (CRG, p. 176)
Direito de cada coobrigado repartir entre todos a parte cabente ao insolvente, mesmo o devedor exonerado pelo credor.
QUITAÇÃO PRESTADA A UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS
1. A quitação dada a um dos responsáveis pelo fato, réu da ação indenizatória, no limite de sua responsabilidade, não inibe a ação contra o outro devedor solidário.
2. Quando o credor dá quitação parcial da dívida mesmo que seja por meio de transação - tal remissão por ele obtida não aproveita aos outros devedores, senão até a concorrência da quantia paga ou relevada.
3. Fica explicitado que a transação significou a liberação do devedor que dela participou com relação à quota-parte pela qual era responsável. Ém razão disso, a ação contra a Recorrida somente pode ser pelo saldo que, pro rata, à esta cabe.
4. Recurso Especial não provido.(REsp 1079293/PR, Rel. Ministro CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ FEDERAL CONVOCADO DO TRF 1 REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 07/10/2008, DJe 28/10/2008)
RESPONSABILIDADE CIVILACIDENTE DE TRÂNSITO 
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
SOLIDARIEDADE 
 PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO
Quem permite que terceiro conduza seu veículo é responsável solidário pelos danos causados culposamente pelo permissionário.
OBRIGAÇÕES NATURAIS
TERTIUM GENUS
A obrigação natural é um tertium genus, entidade intermediária entre o mero dever de consciência e a obrigação juridicamente exigível, a meio caminho entre a moral e o direito
É mais que um dever moral e menos do que uma obrigação civil
Ao contrário da obrigação civil, a obrigação natural não produz todos os efeitos de Direito.
Alguns autores chamam a obrigação natural de obrigação degenerada ou imperfeita
Exemplos
Obrigação de dar gorjeta
Obrigação de pagar dívida prescrita – 
Obrigação de pagar dívida de jogo
Inexigibilidade
A obrigação natural não pode ser exigida pelo credor. Existe, mas não pode ser judicialmente cobrada De obrigação natural descumprida não decorre responsabilidade
Obrigação civil e Obrigação natural
Numa obrigação civil – para. exuma dívida em dinheiro – o descumprimento por parte do devedor faz nascer para o credor a pretensão e, para o devedor, a responsabilidade patrimonial
- Na obrigação natural não surge a pretensão. A dívida existe, mas não pode ser judicialmente cobrada É desprovida de ação
A soluti retentio (retenção do pagamento)
1 Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
Assim ...
O pagamento de obrigação natural é válido e eficaz e permite ao credor reter aquilo que recebeu, sem a possibilidade ao pagador arrependido de pleitear a repetitio indebiti
Execução parcial de obrigação natural
A amortização parcial da obrigação natural não autoriza o credor a reclamar o pagamento do restante.
A obrigação natural não se converte em obrigação civil por essa solvência incompleta
CCB. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.
E quem empresta para que outrem jogue?
CCB1 Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar
São legais, no entanto os jogos regulamentados pela lei, como o turfe e as loterias, e aqueles oferecidos ou prometidos ao vencedor de competição esportiva, intelectual ou artística, submetidos os interessados às prescrições legais e regulamentares.
O óbvio- 
Não são obrigações naturais as obrigações nulas, porque estas são inválidas e de nenhuma eficácia jurídica
E o(a) donatário(a) ingrato(a)?
A Lei Civil estabelece a possibilidade de revogação por ingratidão do donatário (Art. 557 CCB)
Quem recebe a doação deve gratidão ao doador pelo resto da vida.- 
Se o(a) donatário(a) agredir ou ofender o doador poderá perder a doação
CCB Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I- se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele; 
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou; 
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
Mas e se ...? 
O doador fez a doação ao (à) donatário(a) porque existia uma obrigação natural?
Juca doou um carro a Maria porque lhe devia dinheiro e a dívida havia prescrevido?
É revogável tal doação se ela lhe for ingrata?
Ah, vida cruel ...
Tal doação não se extinguirá porque não foi feita por liberalidade e sim em cumprimento de obrigação natural

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