Aula 2 - Terreno

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VISITA AO TERRENO: MEDIDAS E DADOS A SEREM OBTIDOS
APÓS A ENTREVISTA COM O CLIENTE, SE FAZ NECESSÁRIA UMA
VISITA AO TERRENO ANTES DE INICIARMOS O ANTE-PROJETO.
A SEGUIR PROCEDIMENTOS PARA CONFIRMAÇÕES PRELIMINARES
PLANIALTIMÉTRICAS NO LOCAL ONDE SERÁ IMPLANTADA A OBRA.
RECOMENDA-SE CONTRATAR UMA EQUIPE PARA EFETUAR
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO NO LOCAL COM MAIOR PRECISÃO.
 TÓPICOS IMPORTANTES:
A) CONFIRMAÇÃO DAS MEDIDAS PLANIMÉTRICAS DO LOTE:
- MUITAS VEZES AS MEDIDAS INDICADAS NA ESCRITURA DE
COMPRA E VENDA NÃO CONFEREM COM A REALIDADE;
- LOTE REGULAR ( ~ RETÂNGULO) :
• MEDIR OS 4 LADOS;
a
b
Lote Regular
- LOTE IRREGULAR COM POUCO FUNDO:
• MEDIR OS 4 LADOS, 2 DIAGONAIS 
• PODE-SE OBTER O ÂNGULO ENTRE 2 LINHAS 
ATRAVÉS DE 3 MEDIDAS LINEARES;
COS a = l² + m² - n²
2 lm
EX.: m = 6,0 m COS a = 8² + 6² - 6,35² = 
l = 8,0 m 2x8x6
n = 6,35 m = 0,6216406
Portanto, a = 51° 33’ 50’’
- LOTE IRREGULAR COM MUITO FUNDO:
• CONVÉM UTILIZAR 1 PONTO INTERMEDIÁRIO
DIMINUINDO O COMPRIMENTO DA DIAGONAL E
SUBDIVIDINDO-A EM DUAS;
- LOTE COM UM OU MAIS LIMITES EM CURVA CIRCULAR:
• O MAIS PRECISO SERÁ A MEDIÇÃO DA CORDA E DA FLECHA
MÁXIMA CENTRAL;
- NO CASO DO TRECHO EM CURVA SER LONGO E IRREGULAR:
• SE ESTABELECE UMA RETA AB, PRÓXIMA AO ALINHAMENTO, ONDE
SÃO MARCADOS PONTOS COM UMA EQUIDISTÂNCIA “d”;
• DESTES PONTOS SÃO MEDIDAS AS PERPENDICULARES
y1, y2, ..., yn, TORNANDO-SE CONHECIDOS DIVERSOS PONTOS.
- LOTE COM GRANDES DIMENSÕES E FORMAS COMPLETAMENTE 
IRREGULARES:
OS LADOS SÃO MAL DEFINIDOS PORQUE OS MUROS 
DIVISORES EXISTENTES SÃO DESALINHADOS;
PARTINDO-SE DO ALINHAMENTO DA FRENTE 
PROCURA-SE QUADRICULAR O TERRENO, 
DE 10 m EM 10 m;
TEM-SE ASSIM DEFINIDOS OS PONTOS 
A1, A2, A3..., A5, a
B1, B2, B3,..., B5, b
ESTA QUADRICULAÇÃO, DE PREFERÊNCIA, DEVERÁ SER EXECUTADA COM 
TEODOLITO E TRENA DE AÇO PARA MAIOR PRECISÃO; 
• A SEGUIR MEDEM-SE TODAS AS 
DISTÂNCIAS FRACIONÁRIAS 
(A1m, A2k, A3i...);
• O PONTO X PODERÁ SER 
DETERMINADO MEDINDO-SE AS 
DISTÂNCIAS XE E D4E;
• O QUADRICULADO PODE SER FEITO DE 5m EM 5m, PREPARADO PARA 
UM POSSÍVEL TRABALHO DE NIVELAMENTO, 
• COM NÍVEL DE TRIPÉ PODE-SE DETERMINAR AS COTAS DE TODOS OS 
PONTOS, RESULTANDO UM BOM TRABALHO DE ALTIMETRIA.
B) MEDIÇÃO ALTIMÉTRICA APROXIMADA:
- PODE-SE TER UM LOTE COM CAIMENTO PARA OS FUNDOS OU PARA A
FRENTE (FACILITANDO COLOCAÇÃO DE EDÍCULA/GARAGEM);
- PARA SE FAZER UM LEVANTAMENTO APROXIMADO DAS DIFERENÇAS
DE NÍVEL DO TERRENO, PODE-SE PASSAR UM PERFIL LONGITUDINAL E
COM O NÍVEL DE ABNEY OU NÍVEL DE MÃO FAZEMOS O
LEVANTAMENTO;
- O CLINÔMETRO OU NÍVEL DE ABNEY UTILIZA COMO ACESSÓRIOS
DUAS BALIZAS E UMA TRENA DE PANO.
- É COMPOSTO POR UM TUBO COM RETÍCULO NA ABERTURA
POSTERIOR. SOBRE ELE ESTÁ PRESO MEIO CÍRCULO GRADUADO
EM GRAUS OU EM %.
- UM PARAFUSO COM MOVIMENTO DE ROTAÇÃO ACIONA AO MESMO
TEMPO UMA BOLHA DE AR E UM ÍNDICE DE LEITURA QUE DESLIZA
PELO MEIO CÍRCULO GRADUADO.
- ESTA BOLHA É VISÍVEL DA OCULAR, PORQUE O TUBO APRESENTA UM
ORIFÍCIO SOB ELA, E UM ESPELHO NO SEU INTERIOR, COLOCADO DE
FORMA A REFLETIR A IMAGEM DA BOLHA PARA A OCULAR.
- PROCURA-SE CONSEGUIR UMA LINHA PARALELA AO TERRENO.
SEGURA-SE O CLINÔMETRO A UMA ALTURA DO CHÃO IGUAL À ALTURA
DO PONTO VISADO.
- ALTURA CONVENIENTE - 1,5 m, POR FICAR NA ALTURA DA VISTA DO
OBSERVADOR.
- COLOCAMOS A BALIZA 
INVERTIDA (DE PONTA PARA 
CIMA) SOBRE O CHÃO E 
SEGURAMOS O CLINÔMETRO 
NA 3ª MUDANÇA DE COR, 
SABEMOS QUE ESTAREMOS A 
1,5 m DO CHÃO.
- VISAR PARA O MESMO
PONTO DE OUTRA BALIZA,
TAMBÉM INVERTIDA,
COLOCADA NO FINAL DO
TRECHO PARA A QUAL SE
QUER MEDIR A INCLINAÇÃO.
- PARA PODERMOS VISAR O
PONTO B DEVEMOS INCLINAR
O TUBO DO CLINÔMETRO E
COM ELE TAMBÉM SE INCLINA
O SEMI-CÍRCULO GRADUADO.
- PELA OCULAR, PODE-SE VER A BOLHA, GIRAMOS O PARAFUSO DE
ROTAÇÃO ATÉ COLOCÁ-LO CENTRADO.
- AO FAZERMOS ISTO, O ÍNDICE DE LEITURA FICARÁ NA VERTICAL E
PRODUZIRÁ SOBRE A GRADUAÇÃO A LEITURA DO ÂNGULO a.
- RESTA MEDIR A DISTÂNCIA HORIZONTAL “d” OU A DISTÂNCIA “m”,
PARA TERMOS OS DADOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DO
PERFIL LONGITUDINAL DO TRECHO.
- O NÍVEL DE MÃO UTILIZA COMO ACESSÓRIOS:
BALIZA, TRENA DE PANO E MIRA.
- A MIRA É COLOCADA NO ALINHAMENTO DA RUA, ONDE SE INICIA O
LEVANTAMENTO DA SEÇÃO LONGITUDINAL.
- SEGURA-SE O NÍVEL DE MÃO ENCOSTADO NA BALIZA INVERTIDA E A
1,5 m DA ALTURA DO CHÃO.
- DESLIZA-SE COM A BALIZA PARA FRENTE OU PARA TRÁS, ATÉ
TERMOS UMA ALTURA QUE PRODUZA NA MIRA A LEITURA DE 2,5 m.
- O QUE SIGNIFICA QUE ESTAREMOS COM A BALIZA SOBRE UM PONTO
1 m MAIS ALTO DO QUE O PONTO ONDE SE ENCONTRA A MIRA.
- COTA 10 - PONTO DA MIRA
- COTA 11 - PONTO DA BALIZA
- MANTEMOS A BALIZA ESTACIONADA NESTE LOCAL E DESLIZAMOS A MIRA
AO LONGO DA SEÇÃO, ATÉ QUE SE OBTENHA A LEITURA DE 0,5 m.
PORTANTO A MIRA ESTÁ SOBRE O PONTO - COTA 12.
- MEDINDO AS DISTÂNCIAS HORIZONTAIS, PODEREMOS DESENHAR A SEÇÃO.
- NESTE EX. LEVANTOU-SE PONTOS CUJA DIFERENÇA DE ELEVAÇÃO É DE 1m.
- PARA TERRENOS COM POUCO ACLIVE/DECLIVE, PROCURAR PONTOS CUJA 
DIFERENÇA DE NÍVEL SEJA DE 0,5 m.
C) ORIENTAÇÃO DO TERRENO COM RELAÇÃO À LINHA N-S 
MAGNÉTICA:
- NECESSÁRIA NA ELABORAÇÃO DOS A.P. PARA USO ADEQUADO DO 
GRÁFICO DE INSOLAÇÃO;
- SITUAÇÃO DO LOTE EM RELAÇÃO À QUADRA EM QUE SE ENCONTRA:
• N.º DE CASAS VIZINHAS AO LOTE;
• LUZ;
• ÁGUA;
• GÁS;
• TELEFONIA;
• PAVIMENTAÇÃO;
- NÍVEL ECONÔMICO DAS CONSTRUÇÕES DAS IMEDIAÇÕES DO LOTE;
- CONSULTAS À PREFEITURA LOCAL:
• ÁREA DO LOTE QUE PODE SER EDIFICADA;
• RECUOS MÍNIMOS (FRENTE, LATERAL E FUNDO);
• ALTURA MÁXIMA PARA O EDIFÍCIO;
• EXISTÊNCIA OU NÃO DE PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA 
ALARGAMENTO DA RUA OU OUTRO MELHORAMENTO PÚBLICO;
• ZONA A QUE PERTENCE;
- AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA PREFEITURA SÃO NECESSIDADES PARA
QUE AS CONSTRUÇÕES URBANAS NÃO SEJAM MUITO DESORDENADAS.
- SÃO DOIS CONJUNTOS DE LEIS MUNICIPAIS QUE CONTROLAM O USO DE
LOTES URBANOS:
• CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES (CÓDIGO DE OBRAS);
• LEI DE ZONEAMENTO;
• ESCOLHER OS 
TERRENOS LOCALIZADOS 
NAS ÁREAS MAIS ALTAS 
DOS LOTEAMENTOS.
• EM LOCAIS QUE 
HISTORICAMENTE NÃO 
ESTIVERAM SUJEITOS À 
INUNDAÇÃO.
• DISTANTES DAS 
VÁRZEAS DOS RIOS, 
LAGOS ETC.
A ESCOLHA DO TERRENO
A ESCOLHA DO TERRENO
• NÃO ESCOLHÊ-LO, EM 
ÁREAS SUJEITAS À 
EROSÃO (VOÇOROCAS).
A ESCOLHA DO TERRENO
• EVITAR TERRENOS QUE 
FORAM ATERRADOS 
SOBRE MATERIAIS 
SUJEITOS À 
DECOMPOSIÇÃO 
ORGÂNICA, COMO POR 
EXEMPLO: ATERROS 
SANITÁRIOS, 
“MANGUESAIS”, 
“ALAGADOS” E OU 
“BREJOS”.
A ESCOLHA DO TERRENO
• DEVE SER EVITADA A IMPLANTAÇÃO DE COMPARTIMENTOS COM 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM COTAS QUE NÃO PERMITAM ESSE 
ESGOTAMENTO EXCLUSIVAMENTE POR GRAVIDADE. SOLUÇÕES 
DISTINTAS SÃO GERALMENTE CUSTOSAS
• ATENÇÃO AOS TERRENOS URBANOS COM INCLINAÇÃO ACENTUADA, 
EM DECLIVE COM RELAÇÃO AO NÍVEL DA RUA
• OPTAR POR TERRENOS MAIS HORIZONTAIS
• POSTERIORMENTE OS DE INCLINAÇÃO SUAVE 
• POR ÚLTIMO OS COM INCLINAÇÃO ACENTUADA, NOS QUAIS 
RECOMENDA-SE A IMPLANTAÇÃO DE CONSTRUÇÕES EM PATAMARES.
• PROCURE AS ZONAS DA CIDADE ONDE SE LOCALIZAM EDIFICAÇÕES 
COM CARACTERÍSTICAS MAIS COMPATÍVEIS E SEMELHANTES AO TIPO 
DE EMPREENDIMENTO PRETENDIDO 
(RESIDENCIAL, COMERCIAL, INDUSTRIAL).
• CASO NÃO HAJA REDE 
DE ESGOTO NEM REDE DE 
ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA, SEMPRE 
LOCALIZAR A FOSSA 
SÉPTICA COM UMA 
DISTÂNCIA MÍNIMA DE 
VINTE METROS DO POÇO 
DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA, 
DAS CISTERNAS E DOS 
MANANCIAIS DE ÁGUA E 
EM COTA INFERIOR AO 
POÇO E À CISTERNA.