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Aula 7 - Psicologia e Direito Penal

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06/08/2019 Disciplina Portal
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Psicologia Judiciária
Aula 7: Psicologia e Direito Penal
INTRODUÇÃO
O Direito trata da conduta humana, entretanto, sabemos que a norma jurídica não é su�ciente para inibir
comportamentos delituosos. Desde a Antiguidade procuramos compreender o que é ação delituosa e, em muitas
ocasiões na Grécia Antiga, aquele que cometia um delito era considerado anormal, e era expulso da sociedade.
Nos primeiros séculos, muitos acreditavam que as pessoas que cometiam delitos estavam sendo in�uenciadas pelo
demônio. Apenas no Renascimento (1300–1700 d.C.), o homem começou a ser considerado como dono de seu
destino. Nessa fase, há uma busca de humanização das penas, melhorando o tratamento dos condenados.
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Até os dias atuais, há uma inquietude, nas diversas áreas do saber, em relação ao crime e ao criminoso. Esses
fenômenos abrangem um amplo repertório teórico, que necessita de uma variada abordagem interdisciplinar, na
tentativa de fomentar Políticas Públicas que possam levar à prevenção da prática criminosa. Sabemos que nenhuma
ciência atingiu, ainda, um grau de previsibilidade e�caz no que diz respeito ao comportamento humano, mas, os
estudos continuam.
As teorias da Psicologia servem de fundamento para entender o crime e o criminoso. A Psicologia é uma das ciências
que o Direito não pode desprezar, tanto na criação das normas penais quanto em sua aplicação. Esse trabalho conjunto
reforça a necessidade de aproximação entre o Direito e a Psicologia.
OBJETIVOS
Conhecer a importância da Psicologia para o Direito Penal.
Compreender algumas questões do Direito Penal Contemporâneo.
Identi�car o trabalho do psicólogo no Sistema Penitenciário.
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CÓDIGO PENAL (1940)
O Código Penal Brasileiro é o conjunto de leis que tem o objetivo de, ao mesmo tempo, defender os cidadãos e punir
aqueles que cometem infrações e crimes. Foi criado em 1940 e, ao longo dos anos, passou por modi�cações com o
propósito de atualizá-lo e torná-lo mais de acordo com as características da sociedade atual.
Direito Penal X Direito Civil
Direito Penal
O Direito Penal, muitas vezes chamado de Direito
Criminal, é a área do Direito Público que contém as
normas oriundas do Poder Legislativo para reprimir
os delitos, imputando penas com o objetivo de
preservar a sociedade e possibilitar o seu
desenvolvimento.
Direito Civil
A ênfase está, principalmente, na solução de litígios e
compensação das vítimas, muito mais do que na
punição.
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VOCÊ SABIA?
A Psicologia aplicada ao Direito estuda o comportamento psicológico do agente do delito, além de tratar de questões
como a inimputabilidade, imputabilidade, progressão de pena, execução penal entre outras.
MODALIDADES DE CRIME
Podemos tipi�car uma conduta humana como crime a partir da ilicitude (glossário) e da materialidade do fato
(glossário). Até o delito, encontramos todo um caminho subjetivo, interno, que vai desde o desejo à intenção, a decisão
e a realização do crime, que afetará o social. Para o Direito, a intenção apresenta um interesse particular e, a partir
deste fato, dividem-se os delitos em dois grupos: delito doloso e delito culposo.
IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE
galeria/aula7/img/slide4.jpg
Delito doloso
Aqui encontramos a vontade consciente. Entretanto, é importante a análise das motivações que
levaram a pessoa a esse ato, para melhor entender de que forma essa vontade foi expressa. Segundo
Fiorelli; Mangini (2010), esse tipo de delito pode ser justi�cado por meio de um desequilíbrio
emocional, que se caracteriza pela evolução de um con�ito, em que o estresse acumulado leva ao
cometimento do delito.
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Delito culposo
O Código Penal (1984) aplica três situações para caracterizá-lo: a imprudência, a negligência e a
imperícia. De acordo com a Psicologia, todas essas situações podem ser interpretadas, não como
obras do acaso, mas como situações que envolvem em maior ou menor grau aspectos do
inconsciente das pessoas.
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O Código Penal (1940) legisla a respeito da capacidade de responsabilização dos indivíduos portadores de transtornos
mentais frente ao cometimento de crimes. Segundo o artigo 26 deste Código (1940):
É isento de pena o agente que, por doença mental (glossário)  ou desenvolvimento mental
incompleto (glossário) ou retardado (glossário), era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.
A imputabilidade diz respeito ao entendimento da ação praticada como algo ilícito, isto é, contrária à lei e que possa
agir de acordo com esse entendimento.
Fonte da Imagem:
As leis são elaboradas a partir de padrões típicos de comportamento, em determinado contexto, cultura e momento
histórico. Em relação ao portador de algum tipo de transtorno mental, deve-se avaliar a intensidade e a qualidade deste,
para determinar a possibilidade ou não da sua responsabilização.
De acordo com o Código de Processo Penal (1940):
Artigo 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de
ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
Atenção!
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Aos portadores de transtorno mentais que praticaram atos ilícitos, se houver a comprovação de
doença mental que impeça o discernimento sobre o ato praticado ou no momento do ato praticado,
em lugar da pena, haverá a aplicação da medida de segurança, que poderá ser na modalidade de
internação ou tratamento ambulatorial.
É importante saber que a medida de segurança tem natureza preventiva e é aplicada por prazo indeterminado,
fundamentada nas características de periculosidade do indivíduo, conforme o artigo 97 da Lei de Execuções Penais -
Lei 7209/1984 (glossário).
Fonte da Imagem:
O termo periculosidade é impreciso e é fonte de discussões nos meios jurídicos, médicos e psicológicos. Sua origem é
do século XIX e, atualmente, deve ser interpretado de maneira mais abrangente, levando em conta o contexto social, a
diversidade e a desigualdade social.
Para saber mais sobre esse tema, leia o texto
(http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/) Imputabilidade de Alexandre Magno
Fernandes Moreira.
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
A criminologia é uma ciência que tem sua origem na segunda metade do século XIX, cujo marco é Cesare Lombroso
(glossário). Entretanto, a moderna criminologia é muito mais abrangente em relação ao comportamento criminoso,
destacando que o crime é um problema da sociedade, nasce nela e é nela que deverão ser encontradas as soluções. O
entendimento para tal a�rmação é que criminoso e vítima fazem parte da sociedade. Há duas formas de controle
social:
Formal: Representado pelas instituições estataise vai desde a investigação até a execução da pena.
Informal: Representado pelo controle da sociedade que, muitas vezes, pede mais repressão e um maior controle
formal.
http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
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VOCÊ SABIA?
A criminologia teve um crescimento surpreendente nas últimas três décadas. Desenvolveram-se muitas teorias novas,
algumas das quais implicaram na revisão de teorias tradicionais, outras apresentaram novas teorias e outras, ainda,
foram mais além, recorrendo à integração de todas elas.
Embora a criminologia ainda se encontre dominada pela Sociologia, a sua natureza tornou-se cada vez mais
interdisciplinar. Biólogos, psicólogos, economistas e outros pro�ssionais desempenham um papel de destaque na
investigação do crime.
A comprovação dessa a�rmativa é o fato de os criminologistas estudarem agora o impacto de vários fatores sobre o
crime:
COMPORTAMENTO CRIMINOSO
De acordo com Guido Arturo Palomba, Psiquiatra Forense, podemos ter cinco tipos de criminosos:
IMPETUOSOS
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Agem em “curto-circuito”, por amor à honra, sem premeditação, fruto de uma ausência momentânea
do senso crítico. Entre os delitos que praticam relacionam-se principalmente o crime passional e
alguns tipos de assassinatos e de agressão física. Em geral, é um criminoso honesto, principalmente
quando se trata de um delito passional.
OCASIONAIS
São os levados pelas condições pessoais e in�uências do meio. Os fatores têm muito peso. Os delitos
que mais praticam são o furto e o estelionato.
HABITUAIS
São aqueles incapazes de readquirir uma existência honesta. Cometem todo tipo de delito como
assaltos, trá�co de drogas e assassinatos em série. Esses últimos são conhecidos como "assassinos
de aluguel ou justiceiros". O criminoso habitual é o que tem como pro�ssão o crime.
FRONTEIRIÇOS
Não são propriamente doentes mentais e também não são normais. Apresentam permanentes
perturbações do senso ético-moral, problemas com a afetividade e sensibilidade, cujas alterações
psíquicas os levam ao delito. As pessoas classi�cadas neste tipo, quando violentas, são as que
praticam os atos mais perversos e hediondos entre todos os outros tipos de criminosos. Sua
característica principal é a extrema frieza e insensibilidade moral com que tratam as vítimas.
LOUCOS CRIMINOSOS
Os delitos praticados por eles podem ser divididos em dois grandes grupos:
I. aqueles que agem graças a um processo lento e re�exivo;
II. aqueles que agem por impulso momentâneo.
No primeiro caso, a ideia surge do nada, inesperadamente, é a obsessão doentia e invencível. No
segundo caso, a deliberação do crime é fruto de um impulso momentâneo, seguido da execução
imediata.
INTRODUÇÃO À VITIMOLOGIA
A vitimologia pode ser de�nida como o estudo cientí�co da extensão, natureza e causas da vitimização criminal, suas
consequências para as pessoas envolvidas e as reações àquelas pela sociedade, em particular pela Polícia e pelo
Sistema de Justiça Criminal, assim como pelos trabalhadores voluntários e colaboradores pro�ssionais.
O termo vitimologia foi utilizado pela primeira vez pelo psiquiatra americano Fredrick Wertham.
Mas só �cou conhecido com o trabalho de Hans von Hentig "The Criminal an his Victim", em 1948.
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Fonte da Imagem:
Este autor propôs uma abordagem dinâmica, interacionista, contestando a concepção de vítima como ator passivo.
Destacou que poderia haver algumas características das vítimas que poderiam precipitar fatos ou condutas delituosas.
Principalmente, realçou a necessidade de analisar as relações existentes entre vítima e agressor.
Fonte: <https://hu.wikipedia.org/wiki/Hans_von_Hentig#/media/File:VonHentig.jpg (glossário). Acesso em: 14
jul. 2017.
Atenção!
A vitimologia é, atualmente, um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas
públicas. Não deve ser estudada apenas relacionada ao Direito Penal, mas devemos associá-la aos
Direitos Humanos. Desse modo, a vitimologia passa a ser, também, o estudo das consequências dos
abusos contra os direitos humanos, cometidos por cidadãos ou agentes do governo.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2014), a prática da Justiça Restaurativa (glossário) tem se
expandido pelo país, e está em funcionamento há mais de dez anos no Brasil. Ela tem iniciativas cada vez mais
diversi�cadas e já apresenta elevado grau de resultados positivos.
https://hu.wikipedia.org/wiki/Hans_von_Hentig#/media/File:VonHentig.jpg
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Fonte da Imagem:
Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial ofensivo, sem a necessidade de
prosseguir com processos judiciais (CNJ, 2014).
No Distrito Federal, o Programa Justiça Restaurativa é utilizado em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo,
além dos casos de violência doméstica.
Em São Paulo, a Justiça Restaurativa tem sido utilizada em dezenas de escolas públicas e privadas, auxiliando na
prevenção e no agravamento de con�itos.
No Rio Grande do Sul, juízes aplicam o método para auxiliar nas medidas socioeducativas cumpridas por adolescentes
em con�ito com a lei, conseguindo recuperar para a sociedade jovens que estavam cada vez mais entregues ao crime.
A Justiça Restaurativa é incentivada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Protocolo de Cooperação
para a difusão da Justiça Restaurativa (glossário), �rmado em agosto de 2014 com a Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB).
Atuação do psicólogo no sistema penal
Em 2010, o Conselho Federal de Psicologia publicou a Resolução 009/2010
(galeria/aula7/docs/resolucao2010_009.pdf), que orienta a atuação do psicólogo no sistema
prisional.
Em 2011, na tentativa de rever algumas intervenções do psicólogo no sistema prisional, este mesmo
Conselho (CFP), publicou a Resolução 012/2011 (galeria/aula7/docs/resolucao_012-11.pdf), que foi
suspensa pela Justiça da 1ª Vara Federal de Porto Alegre. A decisão ocorreu na ação civil pública
movida pelo Ministério Público Federal contra o Conselho Federal de Psicologia e Conselho Regional
de Psicologia da 7ª Região (RS).
Esta suspensão gerou uma nota técnica (galeria/aula7/docs/arquivo2945.pdf) do Conselho Federal
de Psicologia em relação a essa decisão.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula7/docs/protocolo.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula7/docs/resolucao2010_009.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula7/docs/resolucao_012-11.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula7/docs/arquivo2945.pdf
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Fonte da Imagem:
O tema é importante e polêmico porque envolve conceitos como justiça, castigo, punição e liberdade. Há muita
discussão sobre o papel que o psicólogo quer e pode ocupar no sistema prisional. Muitos são os desa�os colocados à
Psicologia, nesta área.
Os pro�ssionais, nestes locais, tentam desenvolver seus
trabalhos, lidando com as contradições do mesmo. O
trabalho do psicólogo deve estar voltado para a criação de
estratégias de sobrevivência nesta instituição total
(glossário) - Sistema Penitenciário.
A função do psicólogo na prisão, tendo de participar de
Comissões Técnicas de Classi�cação (CTCs) e realizar
exames criminológicos (EC), é determinada pela Lei de
Execução Penal (LEP).As CTCs são compostas por pro�ssionais técnicos e
agentes penitenciários.
A participação do psicólogo nessas comissões é muito
discutida porque o que se pretende é inferir sobre a
periculosidade do sujeito, tendendo a naturalizar as
determinações do crime, ocultando os processos de
produção social da criminalidade.
As atribuições do pro�ssional, em todas as práticas do sistema prisional devem:
Ser realizadas e fundamentadas no respeito, na promoção dos direitos humanos e na participação nos processos de
construção da cidadania, desconstruindo o conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à
história individual.
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Enfatizar os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização.
Elaborar estratégias de fortalecimento dos laços sociais, com uma ampla participação dos sujeitos, por meio de
projetos interdisciplinares que resgatem a cidadania e a inserção na sociedade extramuros.
A partir dessas premissas, o trabalho possível do psicólogo
nesta Instituição, dependendo de sua organização e
postura frente ao processo de encarceramento será o
acompanhamento psicológico dos presos, possibilitando
para eles atendimentos individuais e em grupos em que se
abordem o fato de estar preso, questões familiares e
di�culdades surgidas no cárcere.
O psicólogo trabalhará de maneira a amenizar o sofrimento
pelos quais essas pessoas passam, ajudando a elaborar a
condição de encarcerado, independentemente de serem
inocentes ou culpados. Além disso, a elaboração de
políticas públicas para atender as necessidades do setor é
um ponto fundamental do trabalho do psicólogo.
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ATIVIDADES
Questão 1 - Na busca por novas formas de resoluções de con�itos acerca de condutas criminalizadas, face ao notório
insucesso e crise do tradicional modelo de Justiça Penal, vem emergindo a Justiça Restaurativa, que se destaca por
ser alternativa condizente com o respeito aos Direitos Humanos e à dignidade da pessoa humana para dirimir con�itos
tanto na esfera Penal quanto no âmbito da Infância e Juventude. Em relação à Justiça Restaurativa, avalie se as
assertivas a seguir são falsas (F) ou verdadeiras (V) e assinale a opção CORRETA.
(     ) Sistema retributivo baseado no delito como ofensa à seguridade social.
(     ) Identi�cada como uma justiça penal social inclusiva.
(     ) Revitalização da vítima em processo dialogado e fundado no princípio consensual.
(     ) Modelo retributivo, de resposta imposta verticalmente e concretizada pela aplicação de pena pelo Estado ao autor
da conduta criminalizada.
F, V, V, F;
V, V, V, V;
V, F, V, V;
V, F, F, V;
V, F, V, F.
Justi�cativa
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Glossário
ILICITUDE
Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e
o ordenamento jurídico. Se essa contrariedade do fato se �zer em relação a uma norma de matéria
penal, será uma ilicitude penal.
Disponível em: <https://www.universojus.com.br/direito-penal-ilicitude/
(https://www.universojus.com.br/direito-penal-ilicitude/)> Acesso em: 04 mai. 2017.
MATERIALIDADE DO FATO
Existência material do fato. Existência real do acontecimento. Fato efetivamente ocorrido. A simples
constatação da materialidade do fato não é su�ciente para uma condenação criminal, se este fato
não for típico, antijurídico, culpável e punido, se a autoria não está determinada, se não houver provas
su�cientes para tanto, se não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal ou existir
circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena.
https://www.universojus.com.br/direito-penal-ilicitude/
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Disponível em: <http://www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html
(http://www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html)> Acesso em: 04 mai. 2017.
DOENÇA MENTAL
A expressão doença mental “abrange todas as moléstias que causam alterações mórbidas à saúde
mental”, como esquizofrenia, transtorno bipolar do humor, paranoia, epilepsia, demência senil, etc.
Disponível em: <http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
Desenvolvimento mental incompleto é a ausência de maturidade psicológica para compreender as
regras da civilização; essa incompreensão é transitória, podendo o indivíduo vir a superá-la. A doutrina
tem considerado que os menores de 18 anos, os índios não integrados à sociedade e os surdos-
mudos que não receberam a instrução adequada têm seu desenvolvimento mental ainda incompleto.
Disponível em: <http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO
Desenvolvimento mental retardado é aquele que nunca se completará, representando um atraso da
idade mental com relação à idade cronológica. É o caso dos oligofrênicos (nos graus de idiotia,
imbecilidade e debilidade mental).
Disponível em: <http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
(http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/)> Acesso em: 30 abr. 2017.
ARTIGO 97 DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS - LEI 7209/1984
http://www.elfez.com.br/elfez/Materialidade.html
http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
http://www.institutomillenium.org.br/artigos/imputabilidade/
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Se o agente for inimputável, o juiz determinara sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto
como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Prazo
1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto
não for averiguada, mediante perecia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo devera
ser de um a três anos.
Perícia médica
§ 2º - A perecia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo �xado e deverá ser repetida de ano em
ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
Desinternação ou a liberação condicional
§ 3º - A desinternação ou liberação será sempre condicional devendo ser restabelecida condicional a
situação anterior se o agente, antes do decurso de um ano, pratica fato indicativo de persistência de
sua periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente,
se essa providência for necessária para �ns curativos.
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável.
CESARE LOMBROSO
A principal ideia de Lombroso foi parcialmente inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no �nal
do século IX, e propõe que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo" (reaparição de
caracteristicas que foram apresentadas somente em ascendentes distantes) de tipo hereditário,
reminiscente de estágios mais primitivos da evolução humana. Essas anomalias, denominadas de
estigmas por Lombroso, poderiam ser expressadas em termos de formas anormais ou dimensões do
crânio e mandíbula, assimetrias na face, mas também de outras partes do corpo. Posteriormente,
essas associações foram consideradas altamente inconsistentes ou completamente inexistentes, e
as teorias baseadas na causa ambiental da criminalidadese tornaram dominantes. Disponível em:
<http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm
(http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm)> Acesso em 04 mai. 2017.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Técnica de solução de con�itos que prioriza a criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos
ofensores.
http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm
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INSTITUIÇÃO TOTAL
É aquela que controla ou busca controlar a vida dos indivíduos a ela submetidos, substituindo todas
as possibilidades de interação social por alternativas internas. O conjunto de efeitos causados pelas
instituições totais nos seres humanos é chamado de institucionalização. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituição_total (https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituição_total)>
Acesso em: 04 mai. 2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_total