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NPJ seção 3 Direito Civil

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MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA / PR
Processo nº XXXXXXXXXXXX 
JULIÃO MARTINEZ SAMPAIO e RUTH COSTA SAMPAIO, qualificado nos autos supra, de AÇÃO POPULAR, doravante denominado “Apelante”, em face de JOÃO DE BRITO VENOSA, doravante denominados “Apelados”, igualmente qualificados nos autos, feito que tem curso sob este Juízo, tendo proferido a V. Sentença, julgando improcedente a demanda, por entender que não houve custo para o município na concessão e a impossibilidade do Poder Judiciário controlar o ato administrativo do Poder Executivo, em virtude do Princípio da Separação dos Poderes, com a qual não concorda, vem, data máxima vênia, no interregno legal, com fulcro no artigo 1.009 do CPC, interpor RECURSO APELAÇÃO, juntamente às razões de fato e de direito, que seguem, para ser encaminhado ao Egrégio Tribunal ad quem, buscando a revisão judicial da solução justa e jurídica aos direitos fundamentais do Apelante, que ratifica o pleito, nos termos do artigo 331 CPC, permitindo o juízo de retratação da V. Sentença. 
Por ser de direito e justiça, pede-se deferimento. 
Termos em que,
P. deferimento
Londrina / PR: 13 de abril de 2020 às 18:03:38.
NOME DO ADVOGADO
OAB/PE XXX.XXX-D
RAZÕES DA APELAÇÃO
Processo nº XXXXXXXXXXXX 
Apelante: XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
Apelado: XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
Origem: VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LONDRINA / PR 
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
ÍNCLITOS JULGADORES, 
DA TEMPESTIVIDADE ART. 1.003, § 5º, CPC/15
Nos termos dos arts.219 e 1003, § 5º do CPC, o prazo para interpor o presente recurso é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o doa do vencimento nos termos do art. 224 do CPC/2015.
Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário Oficial na data de XXXX, tem-se por tempestivo o presente recurso, devendo ser acolhido. 
DOS FATOS 
Julião e Ruth possuem um imóvel, localizado a Rua da Bromélias, nº100, na cidade de Londrina/PR e realizaram um contrato verbal de locação com João e Marcos, por prazo indeterminado, fixando um valor mensal do aluguel, no montante de R$ 300,00 (trezentos reais), que nunca foi pago. 
Ficou acordado que, o locatário pagaria todos os impostos e as contas de água e luz, por estarem com dificuldade financeira, João e Marcos deixaram de honrar com seus compromissos de pagar o aluguel, ficando 9 Anos no imóvel, bem como o Sr. Julião e Ruth sempre souberam de suas condições financeiras e consentiam a permanência dos mesmos no imóvel. 
Ocorre que os réus não concordam com o pedido da ação de usucapião por parte do locatário João, pois se foi feito um contrato verbal e mesmo não havendo o pagamento dos alugueis por motivos financeiros dos locatários isso não justifica o interesse da usucapião. 
O magistrado proferiu sentença em julgamento antecipado do mérito, alegando não haver necessidade de produção de outras provas. A sentença em primeiro lugar trouxe o número do processo, a qualificação das partes e um breve relatório dos fatos pela parte autora e pelos requeridos. 
Em seguida, o magistrado passou à fundamentação da sentença momento em que afastou as preliminares de inépcia da inicial por ausências de consentimento do companheiro e de legitimidade ad processum por não observância do art., 595, do CC e no mérito entendeu pela procedência da ação de usucapião e pela improcedência da reconvenção, tendo o juízo fundamentado sua decisão no seguintes argumentos: 1) não há necessidade de consentimento do companheiro, pois o art. 73, caput do CPC/2015, exige o consentimento apenas dos cônjuges; 2) a não observância do art.595 do CC, apena pode ser alegados pelo analfabeto e 3) não restou comprovada a existência de contrato verbal de locação entre as partes. 
O magistrado proferiu sentença em julgamento antecipado do
mérito, al egando não haver necessidade de produção de outras provas. A
sentença em primeiro lugar trouxe o número do processo, a qual ificação das
partes e u m breve relatório – resumo dos fatos narrados pela parte autora e
pelas partes requeridas. E m seguida, o magistrado passou à fundamentação
da sentença, momento em que afastou as preliminares de inépcia da inicial
por ausência de consentimento do companheiro e de ilegitimidade ad
processum por não observância do art. 595, do Código Civil de 2002, e no
mérito entendeu pela procedênci a da
O magistrado proferiu sentença em julgamento antecipado do
mérito, al egando não haver necessidade de produção de outras provas. A
sentença em primeiro lugar trouxe o número do processo, a qual ificação das
partes e u m breve relatório – resumo dos fatos narrados pela parte autora e
pelas partes requeridas. E m seguida, o magistrado passou à fundamentação
da sentença, momento em que afastou as preliminares de inépcia da inicial
por ausência de consentimento do companheiro e de ilegitimidade ad
processum por não observância do art. 595, do Código Civil de 2002, e no
mérito entendeu pela procedênci a da
ANULAÇÃO DA SENTENÇA POR VIOLAÇÃO À AMPLA DEFESA
Depois de vários meses de espera, o juiz proferiu sentença em julgamento antecipado do mérito, alegando não haver necessidade de produção de outras provas.
O direito à ampla defesa está previsto na Constituição Federal de 1988 no seu artigo 5º, inciso LV:
Art. 5º, LV. “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
ART. 355 do CPC
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
ART. 1208 do CC
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
EXTINÇÃO DO PROCESSO POR INÉPCIA DA INICIAL
O artigo 485 do CPC/15 segue a mesma lógica do antigo 267 do CPC/73 ao elencar as hipóteses de extinção sem resolução do mérito em seus diversos incisos, iniciando especialmente pela hipótese de indeferimento da inicial, no inciso primeiro, em correspondência com os artigos 319, 320, 106 parágrafo 1º e 801, todos do CPC/15, que apresentam, em última análise, o elenco de todos os requisitos que devem, obrigatoriamente, ser cumpridos e atendidos pelo demandante, quando do ajuizamento de sua pretensão.
A decisão proferida em relação à ilegitimidade passiva, caso não implique em extinção do processo pelo reconhecimento de ilegitimidade passiva, não se tratará de sentença, mas sim decisão interlocutória.
ART. 73, caput do CPC
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
ART. 320 do CPC
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
ART. 485, I do CPC
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
EXTINÇÃO DO PROCESSO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA
Com base no art.485, VI, do CPC/2015, pois a procuração não é apta a transmitir poderes ao patrono signatário da petição inicial, não havendo restrição para tal alegação ser feira apelar pelo analfabeto. 
ART. 485, VI do CPC
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
MÉRITO DA AÇÃO DE USUCAPIÃO
Não tenho a posse do imóvel, pois era mero detentor, eis que estava na
propriedade e m virtude de permissão ou tolerância, e o art. 1.208,
do CC/02,
preconiza que os detentores não possuem o animus domini (ânimo de dono),
um dos requisitos para configurar a usucapião. Amparado também no direito
à propriedade consagrado na Constituição Federal de 1988 (art. 5º, caput e
inciso XXII), valendo também ressaltar que a posse qualificada, um dos
requisitos da usucapião, não está presente no ca so
Não tenho a posse do imóvel, pois era mero detentor, eis que estava na
propriedade e m virtude de permissão ou tolerância, e o art. 1.208, do CC/02,
preconiza que os detentores não possuem o animus domini (ânimo de dono),
um dos requisitos para configurar a usucapião. Amparado também no direito
à propriedade consagrado na Constituição Federal de 1988 (art. 5º, caput e
inciso XXII), valendo também ressaltar que a posse qualificada, um dos
requisitos da usucapião, não está presente no ca so
Não tenho a posse do imóvel, pois era mero detentor, eis que estava na propriedade em virtude de permissão ou tolerância e, o artigo 1.208, do CC/2002, preconiza que os detentores não possuem o animus domini (ânimo de dono), um dos requisitos para configurar a usucapião. 
Amparado Também no direito à propriedade consagrado na Constituição Federal de 1988 (art.5º, caput e inciso XXII). Valendo também ressaltar que a posse qualificada, um dos requisitos da usucapião, não está presente no caso. 
ART. 5º, XXII da CF
XXII - é garantido o direito de propriedade;
ART. 1208 do CC
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
MÉRITO DA AÇÃO RECONVENCIONAL
Desta forma sustentando a presença dos requisitos para o despejo com cobrança dos alugueis, estando os fundamentos jurídicos pertinentes na Lei nº 8.245/91 Lei do Inquilinato.
Lei nº 8.245 de 18 de Outubro de 1991
Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.
ART. 62, I da lei 8245/91
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
I - o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;
DOS PEDIDOS 
Requer se que seja o presente recurso recebido, conhecido e provido no sentido de reformar a r. sentença pela inépcia da inicial e carência.
Em virtude do exposto, o Apelante requer que o presente recurso de apelação seja CONHECIDO e, quando de seu julgamento, seja totalmente PROVIDO, para reformar a sentença recorrida, no sentido de acolher o pedido inicial do Autor Apelante e, por ser de inteira Justiça.
Posto isso, os recorrentes pugnam pelo conhecimento desse recurso, pois é cabível e tempestivo, e no julgamento de seu mérito, pelo provimento para:
1) Anulação da sentença por violação à ampla defesa, pois foi negado o direito à produção de prova oral, nos termos do art. 5º, LV, da Constituição Federal de 1988, e do art. 355, do CPC/15.
2) Reforma da sentença. Extinção do processo sem resolução do mérito por inépcia da inicial, pois é necessário o consentimento do companheiro em união estável, com base no art. 458, I, do CPC/15, por violação aos arts. 73 e 320, ambos do CPC/2015.
3) Reforma da sentença. Extinção do processo sem resolução do mérito por ilegitimidade passiva, pois não cabe apenas ao analfabeto alegar defeito no instrumento de prestação de serviços, com fulcro no art. 485, VI, do CPC/15, por violação ao art. 595 da mesma lei.
4) Reforma da sentença. Improcedência da ação de usucapião, em virtude da ausência de seus requisitos, com base no art. 5º, caput, da CF/88, e arts. 1.208 e 1.239, do CC. 4
5) Reforma da sentença. Procedência da ação reconvencional de despejo com cobrança de aluguéis em atraso, com base nos art. 9º, III, e 62, ambos da Lei nº 8.245/91. Requer-se a condenação da parte recorrida em custas e honorários advocatícios recursais, na forma do art. 85, § 11º, do CPC/15.
Termos em que,
P. deferimento
Londrina / PR: 13 de abril de 2020 às 18:03:38.
NOME DO ADVOGADO
OAB/PE XXX.XXX-D
Assinado Digitalmente
Rua XXX, nº 00, Centro, na Cidade de Londrina/PR, CEP 00000-000 – Tel./Fax: 55 (00) 0000-0000

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