NPJ seção 5 Direito Civil

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Rua XXX, nº 00, Centro, na Cidade de Londrina/PR, CEP 00000-000 – Tel./Fax: 55 (00) 0000-0000 
MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
APUCARANA/PR 
 
 
 
 
Processo nº XXXXX 
 
 
 
CRISTIANO, brasileiro, menor, neste ato 
representado por sua mãe MARGARIDA, já devidamente qualificadas nos autos de 
número em epígrafe Processo nº XXX, ora em trâmite perante a Nobre VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE APUCARANA/PR, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, por seus advogados e bastantes procuradores “in fine” assinado, apresentar: 
 
CUMPRIMENTO DE SENTEÇA 
 
em face de FRANCISCO, já qualificado nos 
autos com fulcro no artigo 911 do Código de Processo Civil, observando os motivos de 
fato e de direito abaixo aduzidos. 
 
DOS FATOS 
 
Em processo de conhecimento que tramitou 
perante este juízo o executado foi devidamente citado, e tramitado regularmente até a 
prolação da sentença, que ora segue carreada à presente petição. 
 
Excelência, Cristiano é filho de Francisco 
conforme comprovado nos autos principais da presente execução, sendo assim, faz-se 
necessário que o genitor pague ao exequente seus devidos alimentos. 
 
 
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Ainda, ficou estabelecido em sentença 
proferida que Francisco teria que pagar alimentos no montante de R$ 3.000,00 (três mil 
reais), tendo a referida sentença transitado em julgado. 
 
Ocorre que, Francisco vinha efetuando o 
pagamento dos alimentos desde a decisão que concedeu a tutela provisória de urgência, 
porém, após o nascimento de Cristiano, o executado automaticamente cessou de prestar 
alimentos, sob alegação de que somente estava obrigado durante a gestação. 
 
 Insta ressaltar que, Francisco não efetuou o 
pagamento nos últimos dois meses, conforme demonstrado em anexo disponível nos 
autos. 
 
Desta forma, ingressa com o presente 
cumprimento de sentença, para pagamento voluntário dos valores pleiteados referente aos 
2 (dois) últimos meses de pensão alimentícia atrasada, se perfazem na quantia de R$ 
6.000,00 (seis mil reais). 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Com base no artigo 229, CF/88 menciona: 
 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os 
filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e 
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. 
 
Nesse sentido, dispõe o artigo 5º, inciso LXVII 
da Constituição Federal: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
 
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à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável 
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
 
Tratando-se de alimentos gravídicos, com o 
nascimento do exequente, houve automaticamente a conversão dos alimentos em pensão 
alimentícia, nos termos do art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 11.804/08 que menciona: 
 
LEI 11.804 /08 - ART. 6º. POSSIBILIDADE DIANTE DE 
INDÍCIOS DA PATERNIDADE. Diante da existência de 
indícios da paternidade apontada, mostra-se cabível a 
fixação de alimentos em favor do nascituro, destinados à 
mantença da gestante, até que seja possível a realização do 
exame de DNA. 
 
Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, o 
parágrafo 7º do art. 528. 
 
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do 
alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações 
anteriores ao ajuizamento da execução e as que se 
vencerem no curso do processo. 
 
Caso o executado não cumpra com as suas 
obrigações, negligenciando o bem-estar de seu filho, deve-se proceder a sua prisão. 
 
Ora Excelência, visto que o executado está 
inadimplente em três prestações, o que trouxe graves danos às condições de vida da 
criança, caso não pague, deverá ser compelido a isso por todos os meios admitidos. 
 
 
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Dessa feita, encontra-se fundamentado o 
pedido dos exequentes, sendo legítimo e urgente, sob pena de prejuízos irreparáveis para 
a criança. 
 
DO PEDIDO 
 
a) A citação do Executado, para que, em 3 
(três) dias, efetue o pagamento das parcelas vencidas e vincendas devidamente corrigidas, 
provando que o fez, caso não comprove a impossibilidade absoluta de fazê-lo, sob pena 
de ser decretada sua prisão civil, 
 
b) A intimação do ilustre representante do 
Ministério Público, para que acompanhe a presente demanda até seus ulteriores termos, 
em razão desta ação envolver interesses de menor; 
 
c) Requer-se o pagamento dos honorários 
advocatícios, das custas e das despesas processuais; 
 
d) A concessão do benefício da Justiça 
Gratuita, sobretudo porque, a criança/genitora não possui respaldo remuneratório para 
pagamento de eventuais custas que venham advir no curso do presente feito, sem prejuízo 
do seu sustento próprio e o de sua família; 
 
Dá-se à causa o valor de valor da dívida 
corrigida R$ XXXXX (XXXXXXXXXX) 
 
Termos em que, 
P. deferimento 
 
Jacareí/SP: 23 de maio de 2020 às 21:29:51. 
 
ADVOGADA 
OAB/SP XXX.XXX-D 
(ASSINADO DIGITALMENTE)