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Caderno - Assistência Social - Olhar para as diferenças Programa de Desenvolvimento Infantil (1)

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Assistência Social 
 
 
 
Assistência Social 
 2 
Assistência Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assistência Social 
 
 
2019 
Recife - PE 
 
 
 
 
 
 
Assistência Social 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB 
 
G943 
Governo de Pernambuco. Secretaria de Administração. Secretaria de Educação. 
Secretaria de Desenvolvimento social Criança e Juventude. Secretaria Estadual de 
Saúde. 
Assistência Social: Olhar para as diferenças: Programa de Desenvolvimento 
Infantil. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional de 
Pernambuco, CEFOSPE: Centro de Formação dos Servidores e Empregados 
Públicos do Estado de Pernambuco, 2019. 
80 p.: il. 
 
1. Abordagem interdisciplinar do conhecimento. 2. Interdisciplinaridade. 3. 
Assistência social. 4. Políticas públicas. I. Título. 
CDU – 364 
 
 
Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 212 
 
 
© Governo de Pernambuco / Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional de Pernambuco, 2019. 
 
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. 
Governador de Pernambuco 
Paulo Henrique Saraiva Câmara 
 
Vice-governadora de Pernambuco 
Luciana Barbosa de Oliveira Santos 
 
Secretaria de Administração 
José Francisco Cavalcanti Neto 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria de Educação 
Frederico da Costa Amancio 
 
Secretaria de Desenvolvimento social 
Criança e Juventude 
Sileno Guedes 
 
Secretaria Estadual de Saúde 
André Longo 
 
 
Assistência Social 
 4 
EXPEDIENTE GERAL 
 
❖ 
 
Governador de Pernambuco 
Paulo Henrique Saraiva Câmara 
Vice-governadora de Pernambuco 
Luciana Barbosa de Oliveira Santos 
João Carlos Cintra Charamba 
Secretário Executivo de Gestão da Rede 
Ana Coelho Vieira Selva 
Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional 
Ednaldo Alves de Moura Júnior 
Secretário Executivo de Administração e Finanças 
Severino José de Andrade Júnior 
Secretário Executivo de Planejamento e Coordenação 
Diego Porto Perez 
Secretário Executivo de Esportes 
Cláudia Roberta de Araújo Gomes 
Superintendente de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental 
Adriana Oliveira de Toledo 
Gestora de Educação Infantil 
Vera Lúcia Braga de Moura 
Gerente de Políticas Educacionais de Educação Inclusiva, Direitos Humanos e Cidadania 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
Chefe de Unidade de Educação Inclusiva 
 
❖ 
 
 
 
Assistência Social 
 5 
❖ 
 
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO 
Secretário 
José Francisco Cavalcanti Neto 
Secretária Executiva 
Marília Raquel Simões Lins 
Diretora do CEFOSPE 
Analúcia Mota Viana Cabral 
Coordenação da Educação a Distância 
José Lopes Ferreira Junior 
Coordenação de Educação Corporativa 
Priscila Viana Canto Matos 
Coordenação Pedagógica 
Marilene Cordeiro Barbosa Borges 
 
❖ 
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CRIANÇA E JUVENTUDE 
 
Sileno Guedes 
Secretaria de Desenvolvimento social Criança e juventude 
 
Félix Aureliano 
Secretaria Executiva da Criança e Juventude 
 
Joelsom Rodrigues 
Secretaria Executiva de Assistência Social 
 
Macdouglas de Oliveira 
Gerência de Políticas para a Criança 
 
Flávia Veras 
Assessoria dos Programas para Criança 
 
FICHA TÉCNICA 
 
Conteudistas: 
Macgdoulas de Oliveira 
 
 
 
 
Assistência Social 
 6 
Psicólogo: 
 
Andrea Galindo 
Assistente Social 
 
Coordenação: 
Macdouglas de Oliveira 
 
Tutoria: 
Flávia Veras 
 
❖ 
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO 
 
André Longo 
Secretário Estadual de Saúde 
 
Humberto Antunes 
Secretaria Executiva de Coordenação Geral 
 
Cristina Valença Mota 
Secretaria Executiva de Atenção à Saúde 
 
Giliate Cardoso 
Secretaria Executiva de Regulação em Saúde 
 
Ricarda Samara 
Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde 
 
José Adelino Santos Neto 
Secretaria Executiva de Administração e Finanças 
 
Luciana Albuquerque 
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde 
 
Laura Patriota 
Núcleo de Apoio às Famílias de Crianças com Microcefalia 
 
Arabela Veloso de Morais 
Coordenação de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência 
 
Silvana Monteiro 
Coordenação Estadual da Política das Práticas Integrativas e Complementares 
 
 
FICHA TÉCNICA 
 
Conteudistas: 
 
George Santiago Dimechi 
 
 
Assistência Social 
 7 
Geneticista 
Vanessa Van Der Linden Mota 
Médica Neuro Pediatra 
 
Coordenação: 
Maria Aparecida Pessôa Eugênio 
 
Tutoria: 
Silvana Monteiro 
 
❖ 
 
EQUIPE DE CONTEÚDO – EDUCAÇÃO 
 
Maria Jussara de Oliveira 
Analista em Gestão Educacional – GEIDH/SEE 
Magda Maria Bezerra Prado da Costa 
Professora e Técnica - SUEAI/SEE 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
Chefe da Unidade da Educação Inclusiva – GEIDH/SEE 
Equipe de Colaboração 
Coordenação: 
Mariluce Maria Alves da Silva 
Analista em Gestão Educacional 
Tutoria: 
Mauria Figueiredo da Silva Mota 
Analista em Gestão Educacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assistência Social 
 8 
Sumário 
 
COMPETÊNCIA 1 | Identificar os principais aspectos e especificidades do desenvolvimento infantil ... 9 
1.1 Entendendo a Primeira Infância .............................................................................................. 9 
1.2 Caracterizando as Síndromes e os Transtornos .................................................................... 13 
1.2.1 Compreendendo a Síndrome de Down ............................................................................. 13 
1.2.2 Compreendendo a Síndrome Congênita do Zika Vírus ..................................................... 15 
COMPETÊNCIA 2 | Apresentar o programa olhar para as diferenças, bem como suas diretrizes, 
objetivos e conceitos ............................................................................................................................. 22 
2.1 O Programa Olhar para as Diferenças ......................................................................................... 23 
2.2 KIT MoviMentAção ...................................................................................................................... 25 
2.3 Intersetorialidade e Mapeamento Matricialidade Familiar ........................................................ 27 
COMPETÊNCIA 3 | Discutir sobre a política de assistência social no Brasil suas leis e diretrizes ......... 30 
3.1 Diretrizes da Assistência Social no Brasil..................................................................................... 30 
3.2 Políticas Sociais no Brasil, Leis e Diretrizes ................................................................................. 32 
COMPETÊNCIA 4 | Compreender os desafios e estrutura da Proteção Social Básica na atuação junto 
às crianças com deficiência ................................................................................................................... 39 
4.1 Conceituando a Proteção Social no SUAS ................................................................................... 39 
4.2 Proteção Social Básica - PSB ........................................................................................................ 40 
4.3 Serviços ofertados na Proteção Social Básica ............................................................................. 42 
4.4 Benefícios Socioassistenciais ....................................................................................................... 49 
COMPETÊNCIA 5 | Compreender os desafios e estrutura da Proteção Social Especial na atuação junto 
às crianças com deficiência ................................................................................................................... 54 
5.1 Conceituando a Proteção Social Especial no SUAS .....................................................................54 
5.2 O que é a Proteção Social Especial de Média Complexidade? .................................................... 57 
5.3 O que é a Proteção Social Especial de Alta Complexidade?........................................................ 59 
5.4 As Ações do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - Creas .......................... 60 
COMPETÊNCIA 6 | Refletir sobre as ações voltadas para a pessoa com deficiência na política de 
assistência social ................................................................................................................................... 66 
6.1 Leis e diretrizes da Pessoa com Deficiência no SUAS .................................................................. 66 
6.2 Os direitos e benefícios da Pessoa com Deficiência.................................................................... 71 
6.3 Identificando a pessoa com deficiência nos serviços da Assistência Social ................................ 76 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 79 
 
 
 
Assistência Social 
 9 
COMPETÊNCIA 1 | Identificar os principais aspectos e especificidades 
do desenvolvimento infantil 
 
 
O intuito deste capítulo é fazer com que você compreenda os principais aspectos e 
conceitos sobre a primeira infância, considerando leis, aspectos biológicos, cognitivos 
e sociais que contribuem para o desenvolvimento infantil. 
 
Enfatizando a primeira infância como fase propulsora para a construção e evolução 
do sujeito, buscaremos ainda, discorrer e discutir sobre a caracterização da Síndrome 
Congênita do Zika Vírus, Síndrome de Down e o Transtorno do Espectro Autista, 
refletindo sobre as implicações observadas no desenvolvimento da criança. 
 
Considerando as síndromes e transtorno acima citados, você sabe identificar os sinais 
e sintomas de cada uma delas? E, de que forma você trabalha com essas 
singularidades nos serviços de assistência social? Esses questionamentos parecem 
desafiadores não é mesmo? 
 
Pois bem, o Programa Olhar Para as Diferenças surge para subsidiar a sua atuação, 
com a perspectiva de fortalecer as políticas voltadas para a primeira infância, bem 
como assegurar eixos de formação continuada com a finalidade de dar subsídio ao 
atendimento especializado às crianças com síndromes e transtornos nos serviços 
socioassistenciais. 
 
E aí, preparado para dialogar sobre a temática? Então vamos lá! 
 
1.1 Entendendo a Primeira Infância 
 
O desenvolvimento afetivo, social e físico das crianças de pouca idade tem um 
impacto direto em sua evolução, aprendizagem e construção de sua identidade? 
 
 
 
Assistência Social 
 10 
É por esse motivo, que iniciamos a nossa discussão buscando entender a importância 
e necessidade de investirmos nas crianças bem pequenas para maximizar seu futuro 
bem-estar. 
 
As pesquisas em neurologia mostram que a primeira infância é um período 
fundamental no desenvolvimento cerebral. Os bebês começam muito cedo seu 
aprendizado sobre o mundo que os cerca, desde os períodos pré-natal, perinatal 
(imediatamente antes e após o nascimento) e pós-natal. 
 
As primeiras experiências das crianças, ou seja, os vínculos que elas criam com seus 
pais e seus primeiros aprendizados, afetam profundamente seu posterior 
desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social. A otimização dos primeiros 
anos da vida das crianças é o melhor investimento que poderíamos fazer como 
sociedade para se assegurar de seu futuro sucesso. 
 
A primeira infância é a fase identificada pelo período dos 0 a 6 anos de Idade. Então, 
para iniciar a nossa discussão, é importante definir que a primeira infância pauta-se 
nos primeiros anos de vida da criança, ou seja, no período de 0 a 6 anos de idade ou 
72 semanas, como identifica o Art. 2º do Marco Legal da Primeira Infância, Lei N° 
13.257 de 08 de março de 2016. Veja mais sobre essa lei no Link que segue: 
 
 
 
 
 
 
Nesse sentido, entendemos que para o processo de desenvolvimento humano, esse 
período torna-se de extrema importância para a evolução e aperfeiçoamento de 
habilidades sensoriais, físicas, psíquicas, sociais e motoras (OLIVEIRA, 2018). 
 
Sendo assim, destacaremos a seguir as principais características atribuídas a essa 
fase: 
 
LEI Nº 13.257, DE 08 DE MARÇO DE 2016. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.257-2016?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm
 
 
Assistência Social 
 11 
• Desenvolvimento cerebral: no período da primeira infância o nosso cérebro 
se estrutura em até 90% e se equipara ao peso e volume de um cérebro adulto, 
adquirindo assim, habilidades necessárias para o desenvolvimento das 
habilidades sensoriais e motoras. 
 
• Conexões neuronais: a partir dos processos maturacionais do cérebro e das 
interações com o meio social, a criança consegue desenvolver aptidões 
importantes como o movimento e a linguagem. 
 
• Sentidos e reflexos: ainda falando sobre a maturação cerebral e neuronal, a 
criança vai se desvendando, possibilitando aprendizagens, associações e 
novas adaptações ao meio externo. Apropria-se dos processos culturais e 
sociais e compreende leis e regras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você já percebeu que a estrutura cerebral da criança é crucial no crescimento infantil, 
porém, outros aspectos também se fazem necessários para garantir o bom 
desenvolvimento da criança que está destacado a seguir: 
 
• Aspectos psicomotores: a primeira infância também é vista como um campo 
de grandes potencialidades. É nesse período que a criança expande os 
conceitos funcionais da visão, olfato, tato, paladar e tátil. Inicia-se também o 
fortalecimento de tônus muscular, equilíbrio, movimento e respiração. As 
VÍDEO: SETORES DO CÉREBRO 
https://www.youtube.com/watch?v=bQvYZ0TkHjk 
 
 
Você ficou com dúvidas sobre a estruturação do nosso cérebro? Acesse o vídeo 
abaixo para se apropriar um pouco mais sobre esta temática: 
https://www.youtube.com/watch?v=bQvYZ0TkHjk
 
 
Assistência Social 
 12 
noções globais de corpo, tempo e espaço, bem como as suas potencialidades 
também são fortalecidas nesse momento. 
 
• Aspectos cognitivos: é também durante os seis primeiros anos de vida que a 
criança desenvolve as capacidades de pensamento e linguagem. Ela passa a 
solucionar problemas simples, encontrar soluções rápidas, expandir os 
pensamentos questionadores e atribuir novos sentidos. Estabelece, através da 
linguagem, a comunicação verbal e simbólica. Faz-se compreender e 
compreende ao mesmo tempo (FONSECA, 2007 apud OLIVEIRA, 2018). 
 
• Aspectos afetivos: é através das experiências afetivas que a criança 
consegue estabelecer a relação entra ela e os outros. É o sentir e, o reconhecer 
das emoções e sensações presentes nas relações de apego estabelecidas com 
o ambiente e pessoas próximas de referência. É através da afetividade que a 
criança estrutura a empatia (possibilidade de se colocar no lugar do outro), o 
cuidado e o carinho. 
 
E agora? Quer entender um pouco mais sobre os aspectos psicomotores e cognitivos? 
Então vamos lá, é rapidinho, é só acessar esse link abaixo e prestar bastante atenção 
nos conceitos de Vygotsky: 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que já discutimos um pouco sobre os principais conceitos e características, 
corre lá, e dá uma conferida na nossa videoaula de hoje, nele será abordado as 
principais teorias que dialogam com a temática da primeira infância, bem como uma 
reflexão sobre direitos e infâncias no contexto cultural e social. 
 
 
 
VÍDEO: LEV VIGOTSKI - DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
https://www.youtube.com/watch?v=_BZtQf5NcvE 
https://www.youtube.com/watch?v=_BZtQf5NcvE
 
 
Assistência Social13 
 
1.2 Caracterizando as Síndromes e os Transtornos 
 
Você já deve ter ouvido falar muitas vezes sobre Síndrome de Down, Síndrome 
Congênita do Zika Vírus e Transtorno do Espectro Autista – TEA, não é verdade? 
 
Essas discussões estão presentes na sociedade cotidianamente, geralmente com o 
intuito de fortalecer as diversas políticas públicas desenvolvidas e destinadas às 
pessoas com deficiências e transtornos. 
 
Certamente, as inúmeras vezes que você ouviu e discutiu sobre essas temáticas, 
todas elas, envolveram um olhar específico da rede de atenção e atendimento a 
saúde, estou correto? 
 
Por isso, pensando na necessidade de ampliar essa discussão em outros espaços, 
órgãos, instituições e, objetivando ações numa perspectiva intersetorial, buscaremos 
aqui, dialogar sobre as principais características, sinais e sintomas observáveis na 
Síndrome de Down, Síndrome Congênita do Zika Vírus e Transtorno do Espectro 
Autista – TEA. 
 
1.2.1 Compreendendo a Síndrome de Down 
 
Conceituação: Antes de tudo, você precisa compreender que a Síndrome de Down - 
SD não é uma doença, e sim uma condição de sujeito. A SD é caracterizada pelo CID 
10 como uma Malformação Genética e está associada ao Cromossomo 21. 
 
Como ocorre? Falando em genética humana, entende-se que o organismo 
desenvolve dois cromossomos 21 nas células de cada indivíduo. No entanto, quando 
falamos em SD, nos referimos a uma Trissomia do Cromossomo 21, ou seja, ao invés 
do desenvolvimento de dois, o organismo desenvolve três cromossomos e atribui ao 
corpo características específicas pela ocorrência dessa alteração genética. 
 
Sendo assim, a partir do estabelecimento dessa Trissomia, três tipos de SD podem 
ser formadas, como você pode observar abaixo: 
 
 
Assistência Social 
 14 
 
• Trissomia Simples – Esse você entenderá de forma muito simples. É 
justamente quando ocorre a presença do cromossomo extra em todas as 
células do organismo. Ficou fácil não é mesmo? 
 
• Mosaico – Esse tipo de SD também é fácil de compreender. Ele se caracteriza 
quando o cromossomo extra, já mencionado, estiver presente em apenas 
algumas células do organismo, e; 
 
• Translocação – Esse tipo de SD ocorre justamente quando o Cromossomo 21 
está unido a outro cromossomo como o 13, 14, 15 e 22. 
 
Como diagnosticar e quais as principais características? A SD pode ser 
diagnosticada de duas formas, a primeira delas é ainda no período de gestação 
através dos exames como a Ultrassonografia obstétrica endovaginal. A segunda pode 
ser diagnosticada após o nascimento considerando as características comuns as 
pessoas com a trissomia do cromossomo 21 como destacaremos a seguir: 
 
• União das sobrancelhas; 
• Prega no canto do olho; 
• Face aplanada; 
• Língua para fora; 
• Cabelos finos; 
• Quinto dedo curvo; 
• Dedos curtos; 
• Afastamento dos dedos dos pés; 
• Excesso de tecido adiposo no pescoço; 
• Hérnia Umbilical; 
• Olhos puxados; 
• Orelhas pequenas e baixas; 
 
Formas de acompanhamento: O desenvolvimento da criança com SD não difere de 
nenhuma outra. Está relacionando aos estímulos necessários para o desenvolvimento 
 
 
Assistência Social 
 15 
físico, motor, cognitivo e social. A educação também é uma importante aliada para o 
desenvolvimento da SD. No contexto clínico, a criança deve estar regularmente 
acompanhada pelas unidades básicas de saúde da família e obter acompanhamentos 
especializados, quando necessário, No aspecto nutricional, a criança com a trissomia 
deve ingerir alimentos ricos em fibras e ômega 3, garantindo assim, o controle do peso 
e prevenção de doenças relacionadas a má alimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, depois de discutir sobre a Síndrome de Down é hora de dialogar sobre a 
Síndrome Congênita do Zika Vírus, aposto que você está curioso, não é verdade? 
Então presta bastante atenção a discussão que segue! 
 
1.2.2 Compreendendo a Síndrome Congênita do Zika Vírus 
 
Conceituação: Acredito que você já tenha ouvido falar, com grande frequência, sobre 
a Síndrome Congênita do Zika Vírus e Microcefalia, não é verdade? Então, apesar de 
recente a discussão no Brasil, o Zika Vírus foi encontrado pela primeira vez no ano de 
1947, no continente africano. Desse modo, a Síndrome Congênita do ZiKa vírus é 
caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas associados aos aspectos físicos, 
cognitivos, sensoriais e neuronais. 
 
Como ocorre? A maioria dos estudos apontam que o Vírus da Zika é transmitido pela 
picada do mosquito Aedes Aegypti (mesmo transmissor da Dengue e Chikungunya), 
ou através da relação sexual, quando um dos parceiros foi infectado. Desse modo, a 
Eu sei que você já compreendeu o que significa a Síndrome de Down, 
bem como suas características e propostas de intervenção, mas, espera 
um pouco, te convido a dar uma olhada nesse vídeo curtinho e 
importante sobre a Síndrome, vamos lá? 
 
DOCUMENTÁRIO CONSCIENTIZAÇÃO DA SÍNDROME DE DOWN 
https://www.youtube.com/watch?v=GxHgWt-z_v8 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GxHgWt-z_v8
 
 
Assistência Social 
 16 
mãe passa para o filho durante o período da gestação acarretando várias alterações 
genéticas, bem como o desenvolvimento da Microcefalia. 
Para evitar esse tipo de contaminação você precisa tomar algumas precauções como: 
 
• Fazer uso de preservativo em todas as relações sexuais (o vírus da Zika é 
sexualmente transmissível); 
• Não deixar água parada; 
• Emborcar latas e garrafas e outros recipientes, furar pneus velhos; 
• Limpar e cobrir reservatórios, calhas e outros locais de acúmulo de água; 
 
Durante a gestação alguns procedimentos também são necessários como: 
 
• Uso constante de repelentes (sempre com indicação dos profissionais de 
saúde); 
• Uso de roupas claras e longas (para evitar a picada de mosquitos); 
• Evitar lugares com exposição a insetos ou falta de saneamento básico. 
 
Como diagnosticar e quais as principais características? Em muitos casos a 
doença é assintomática na mãe e quando os sinais e sintomas aparecem, ocorrem 
sempre de forma sutil, assemelhando-se aos sintomas da dengue, como a febre baixa, 
dores nas articulações e manchas vermelhas na pele, por exemplo. 
 
Por esse motivo é tão importante o acompanhamento da gestante através do pré-
natal, por meio dele, a mãe recebe orientações sobre prevenção e identificação 
precoce das situações de risco. Também é possível, através dos exames de rotina, 
acompanhar o desenvolvimento do bebê, bem como as modificações as possíveis 
modificações genéticas. 
 
Se a identificação não ocorrer durante a gestação, após o nascimento, a criança 
apresenta características e sintomas observáveis, como destaquei abaixo. 
 
 
 
 Mas, espere! Você precisa saber que o Zika Vírus não é a mesma coisa que a 
Microcefalia! 
 
 
Assistência Social 
 17 
 
A microcefalia é uma formação menor da cabeça e do cérebro da criança, afetando 
diretamente o desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança. Sendo assim, a 
Microcefalia pode estar associada ao Vírus do Zika, mas não é a única forma, 
implicações na gestação e nascimento podem ser os responsáveis pela alteração 
genética. 
 
Agora sim, voltarei com as características e sintomas do Zika Vírus, observados após 
o nascimento, leia comigo: 
 
• Dificuldades de realizar movimentos, se locomover e manter a postura 
(alterações físicas e motoras); 
• Baixa visão ou cegueira (alterações visuais); 
• Perda parcial ou total da audição (alterações auditivas); 
• Dificuldades no desenvolvimento do pensamento, linguagem e raciocínio 
(alteração cognitiva); 
• Dificuldades para ingerir alimentos; 
• Convulsões – descargas elétricas do cérebro; 
• Movimentos involuntários - Espasmo muscular 
 
Formas de acompanhamento: Novamente reforço aqui à ideia de que o 
acompanhamento às crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus deve ser 
pautado nos processosde estímulo como em qualquer outra criança. Nesse sentido, 
os estímulos precoces, realizados a partir de uma equipe multidisciplinar, diminui o 
comprometimento no desenvolvimento integral da criança, possibilitando a diminuição 
das implicações na linguagem, na escuta, nos movimentos e sentimentos, bem como 
na interação com os outros e com o ambiente. É importante salientar que mesmo 
existindo um acompanhamento multidisciplinar, a estimulação em casa, também se 
faz muito importante. Logo abaixo, Pernambuco (2018), identifica algumas sugestões 
para a estimulação em casa de crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus: 
 
• Brinque junto com a criança, criando variadas maneiras de interagir; 
• Coloque seu rosto de frente ao dela, fazendo gestos e mímicas para que 
elas imitem (caretas, piscar de olhos, bocejos, vozes e outros estímulos); 
 
 
Assistência Social 
 18 
• Olhe nos olhos dela quando estiver falando sobre qualquer coisa; 
• Converse sempre com a criança, ainda que ela não entenda as palavras; 
• Estimule a fala, repetindo as palavras novas ditas por elas; 
• Identifique os sons que ela ouve (latido de cachorro, a chuva caindo, o canto 
dos pássaros, etc.), nomeando os animais ou objetos; 
• Aproveite os momentos de cuidado com a criança para nomear ações e 
partes do corpo, tornando a experiência prazerosa (comer, tomar banho, 
escovar os dentes, etc); 
• Perceba se os brinquedos e brincadeiras são compreendidos pela criança; 
• Fique atento (a) às necessidades da criança e observe o que ela faz de 
melhor; Comece a estimular essas habilidades; 
• Mostrar fotografias, pinturas, desenhos e gravuras, comentando sobre as 
mesmas; 
• Contar histórias imitando os personagens (aspectos físicos e psicológicos); 
caracterizando ambientes, reproduzindo sons; 
• Ouvir e reproduzir música, juntamente com a criança, dançando, batendo 
palmas acompanhando o ritmo; 
• Estimular e participar de diferentes brincadeiras. 
 
Acredito que você já percebeu que a Síndrome Congênita do Zika Vírus tem sido um 
desafio para as políticas públicas do nosso Estado. Inúmeras pesquisas e propostas 
de intervenções estão surgindo para contribuir com a atuação de profissionais de 
várias áreas. Por ser um tema tão desafiador do ponto de vista da Assistência Social. 
Sendo assim, te convido para conhecer a história de emocionante e de superação da 
pequena Catarina no vídeo abaixo. Está pronto para se emocionar? Então clica e me 
conta depois: 
 
 
 
 
 
 
MICROCEFALIA - CATARINA, UMA HISTÓRIA DE OTIMISMO NA 
LUTA CONTRA A SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS 
https://www.youtube.com/watch?v=GxHgWt-z_v8 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GxHgWt-z_v8
 
 
Assistência Social 
 19 
 
Até aqui, já vimos sobre a Síndrome de Down e Síndrome Congênita do Zika Vírus, 
chegou o momento de discutir sobre a última temática proposta por esse módulo que 
é o Transtorno do Espectro Autista – TEA. Então, é hora de prestar bastante atenção 
para todas as informações importantes que trago a seguir: 
 
1.2.3 Compreendendo o Transtorno do Espectro Autista – TEA 
 
Conceituação: Você sabia que o autismo é considerando como um grupo de 
transtornos associados ao cérebro, hoje conhecido como Transtornos do Espectro 
Autismo – TEA? Então vamos lá! 
 
As pessoas com esse diagnóstico geralmente apresentam implicações em duas áreas 
principais: 
 
• A primeira delas ocorre nos processos de comunicação e socialização da 
criança; 
• Já a segunda, está associada aos comportamentos repetitivos e restritivos. 
 
Considerado esses aspectos, as implicações comprometem os processos de 
interação com a família, com a escola e com as relações sociais. Você está com 
dúvidas de como isso ocorre? E quais os sinais observáveis? Então vem comigo 
esclarecer todas essas dúvidas nos tópicos que seguem: 
 
Como ocorre? A maioria dos estudos científicos aponta que as alterações causadas 
no cérebro pelo TEA estão associados aos fatores genéticos, ambientais e biológicos. 
 
Mesmo considerando os fatores acima identificados, o fator ambiental tem sido 
observado como de maior incidência. E você, sabe o que são fatores ambientais? 
Então vamos lá? Destaco a seguir os principais: 
 
• Exposição a agentes tóxicos durante a gestação; 
• Gestação acima dos 35 anos; 
 
 
Assistência Social 
 20 
• Baixo peso da criança no nascimento; 
• Infecções como Rubéola; 
• Asfixia perinatal (diminuição do fornecimento nutricional da mãe para o bebê). 
 
Como diagnosticar e quais as principais características? Para diagnosticar o TEA 
de forma precoce é bom observar alguns sinais de alerta. Mas calma! Você vai 
precisar entender que um sinal isoladamente, não caracteriza o transtorno na criança. 
Observe abaixo, as principais características que poderão ser observadas como 
estado de investigação e alerta: 
 
• Não responder quando é chamado pelo nome; 
• Não olhar para o outro quando também é chamado pelo nome; 
• Não demostrar alegria ou tristeza quando os pais se aproximam; 
• Fazer movimentos repetitivos com o corpo ou objetos (Balançar as mãos, a 
cabeça, repetir sons e palavras constantemente); 
• Diminuir a expressão de sorrisos; 
• Ter diminuição ou ausência do contato visual; 
• Não compartilhar interesses ou prazer com os outros; 
• Ter dificuldade de imitar características ou comportamentos dos outros; 
• Ausência de relações de afeto e amizade. 
 
Formas de acompanhamento: Você já deve ter observado que para a maioria das 
síndromes, transtornos e patologias infantis, o acompanhamento e intervenções 
clínicas e terapêuticas devem ser pautadas na estimulação dessas crianças. Desse 
modo, se faz necessário o incentivar a linguagem, promover a sociabilidade, bem 
como o estimular aspectos da motricidade (movimentos) e aprendizados. Já 
considerando o planejamento terapêutico, este, deverá ser pautado contando com a 
atuação de profissionais como Psicólogos, Pedagogos, Terapeutas Ocupacionais, 
Médicos e Fonoaudiológos. No que consiste aos direitos socioassistenciais, 
necessitam dos profissionais que atuam nos Centros de Referência Social – CRAS, 
como Psicólogos e Assistentes Sociais. 
 
 
 
Assistência Social 
 21 
E aí, ficou alguma dúvida? Então, para encerrar a discussão dessa temática, te 
convido a acessar o link abaixo, que fala sobre o Transtorno do Espectro Autista, para 
que tenha informações suficientes para nortear a sua atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE É TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA? 
https://www.youtube.com/watch?v=y-_Ly5Tqggc 
 
E, para finalizar esse módulo, te convido para acessar o nosso Fórum e 
discutir comigo sobre uma questão norteadora que envolve o 
desenvolvimento infantil e crianças com deficiência. Estou te esperando 
por lá! 
https://www.youtube.com/watch?v=y-_Ly5Tqggc
 
 
Assistência Social 
 22 
COMPETÊNCIA 2 | Apresentar o programa olhar para as diferenças, 
bem como suas diretrizes, objetivos e conceitos 
 
Olá! Tudo bem? 
Pronto para iniciar o segundo momento de discussões teóricas? Então vou começar 
te apresentando a proposta deste capítulo. Vem comigo! 
 
O principal objetivo deste capítulo é fazer com que você compreenda sobre a 
composição e estrutura do Programa Olhar Para as Diferenças, bem como refletir 
sobre os desafios do trabalho em rede, a Intersetorialidade e Multidisciplinaridade. 
 
Acredito que você esteja fazendo o seguinte questionamento: “Diante de tantos 
programas desenvolvidos nas três esferas governamentais voltados para a criança, o 
que de fato, se apresenta como novo?”. Esse questionamento é importante e 
necessário para nortear toda a discussão deste capítulo, como você verá a seguir. 
 
Como você já estudou na competência I, a primeira infância é a fase de maior 
desenvolvimento físico, intelectual e motor da criança e, são a partir dos estímulos da 
famíliae do ambiente que a criança adquire condições necessárias para se 
desenvolver. 
 
Você também viu que a primeira infância é a fase considerada dos 0 aos 6 anos de 
idade e sua importância ganhou ainda mais destaque a partir da Lei N° 13.257 de 08 
de março de 2016, quando sugere a priorização de direitos e políticas públicas 
voltadas para essa faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia que o Estado de Pernambuco foi o primeiro a regulamentar a Lei 
N° 13.257 de 08 de março de 2016, por meio do Decreto Nº 44.592 de 13 de 
Junho de 2017? Ficou curioso para saber mais sobre o Decreto Estadual? 
Então é só clicar no link abaixo para ver todas as informações sobre ele: 
Decreto Nº 44.592 de 13 de Junho de 2017 
http://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?id=28318 
http://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?id=28318
 
 
Assistência Social 
 23 
Pois bem! Foi seguindo as diretrizes da Lei Nº 13.257/2016 e do Decreto 44.592/2017 
que se identificou a necessidade de estruturar e unificar as diversas Políticas Públicas 
já existentes e desenvolvidas no Estado de Pernambuco voltadas para as crianças, 
bem como estruturar novos olhares, ações e projetos que garantam os direitos básicos 
das infâncias plurais pernambucanas. 
 
Foi então, nesta perspectiva de formular novas formas de atuações, buscando 
alcançar as especificidades do Estado, que foi desenvolvido o Programa de 
Desenvolvimento Infantil Olhar Para as Diferenças, que apesar de se apresentar como 
uma proposta nova traz em seu esboço, a estruturação e fortalecimento dos 
equipamentos já existentes nas políticas públicas da nossa região. 
 
Agora que já foi brevemente o capítulo a ser trabalhado, te convido para aprofundar 
um pouco mais essa temática, não acha? Então, topa seguir dialogando comigo? 
Vamos lá! 
 
2.1 O Programa Olhar para as Diferenças 
 
O programa Olhar Para as Diferenças tem como foco de atuação o acompanhamento 
de crianças com deficiência, bem como a formação continuada dos profissionais que 
atuam nas redes de saúde, educação e assistência social do Estado de Pernambuco? 
 
 Para que você compreenda melhor, o Programa surgiu, após a participação de 
representantes do Governo do Estado de Pernambuco no Curso de Lideranças 
Executivas em Desenvolvimento da Primeira Infância, promovido pela Universidade 
de Harvard dos Estados Unidos e pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância – (NCPI). 
 
 
 
 
 
 
 
Aposto que você ficou curioso para saber um pouco mais sobre o Curso de 
Lideranças Executivas em Desenvolvimento da Primeira Infância, não é 
mesmo? Então, corre e acessa logo o link abaixo, e entenda como foi o curso 
aqui no Brasil: 
Desenvolvimento da Primeira Infância no Brasil 
https://www.youtube.com/watch?v=e9CkB8tIk6g 
https://www.youtube.com/watch?v=e9CkB8tIk6g
 
 
Assistência Social 
 24 
 
Considerando o que foi visto no vídeo, o Programa se estrutura a partir do seguinte 
objetivo: consolidar e sistematizar ações intersetoriais que assegurem o acesso das crianças 
com deficiência à rede de assistência social, saúde e educação, por meio da articulação entre 
o Governo do Estado, municípios, terceiro setor e famílias envolvidas. 
 
Aposto que você deve estar se perguntando sobre a realização dessas ações que o programa 
preconiza, ou até mesmo, sobre quais serão essas ações? É, imaginei que esses 
questionamentos iriam surgir e, por esse motivo, apresento abaixo as principais metas 
previstas para a atuação do mesmo. Presta bastante atenção e se apropria das informações 
abaixo: 
 
Ações Previstas 
• Articular os serviços de saúde, educação e assistência social das redes 
estadual, municipal e privada, para o atendimento integral às crianças com 
deficiência; 
• Distribuir material instrutivo, bem como criar protocolos de atendimento, 
encaminhamento e acompanhamento dessas crianças; 
• Fortalecer os equipamentos de saúde, educação e assistência social; 
• Formar profissionais de saúde, educação e assistência social, bem como os 
profissionais do Programa Mãe Coruja Pernambucana; 
• Possibilitar que as crianças com deficiência possam ser atendidas nos serviços 
públicos da própria região; 
• Orientar famílias sobre os cuidados, estímulos e encaminhamentos 
necessários às crianças com deficiência e transtornos; 
• Potencializar as salas de recursos multifuncionais para atendimento 
pedagógico, existentes na rede Estadual e Municipal, por meio de Kit 
MoviMentAção contendo materiais educativos e lúdicos que garantam o 
desenvolvimento de habilidades físicas, cognitivas e motoras; 
• Articular com as secretarias municipais de educação para efetivação das 
matrículas das crianças em creches, centros de educação infantil ou escolas. 
Considerando esses aspectos, o programa seguirá a metodologia de implantação em 
duas regiões, inicialmente. As áreas de atuação foram identificadas a partir de 
 
 
Assistência Social 
 25 
mapeamento territorial, levando em conta, a escassez de serviços ofertados, a falta 
de formação para os profissionais, ou até mesmo, o quantitativo de crianças com 
deficiência. 
 
Certamente, você está em uma das regiões mapeadas para a implantação do 
programa, e, por esse motivo, está participando desta formação, isso é muito legal, 
não acha? Então, para que você possa visualizar com clareza os municípios que estão 
inseridos neste primeiro momento, destacarei logo em seguida, as áreas pensadas a 
priori: 
 
Vale destacar que o mapeamento seu considerando as Regiões de Desenvolvimento – RD’s 
apoiadas na estrutura da Saúde do estado de Pernambuco e identificadas por Gerências 
Regionais de Saúde, que são: 
 
GERES IV 
Arcoverde, Buíque, Custódia, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manarí, Pedra, 
Petrolândia, Sertânia, Tacaratu, Venturosa. 
 
GERES IX 
Araripina, Bodocó, Exú, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, 
Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade. 
 
Agora que você já sabe sobre a estrutura do Programa, seu surgimento e áreas de 
atuação, te convido a conhecer o Kit MoviMentAção, que faz parte do apoio aos 
municípios. Vem comigo! 
 
2.2 KIT MoviMentAção 
 
Para que você compreenda melhor, o termo MoviMentAção, surgiu a partir da 
compreensão de que o Kit tem o objetivo de subsidiar a atuação dos profissionais 
atuando na estimulação dos movimentos, da mente e raciocínio, bem como o 
resultado dessas estimulações sobre as ações das crianças com deficiência. 
 
 
 
 
Assistência Social 
 26 
Já que esse questionamento surgiu, preciso aqui destacar que o Kit é composto de 
30 itens, contendo materiais específicos para trabalhar as capacidades motoras, 
cognitivas, afetivas e sociais da criança. Então, vem comigo, que te digo logo abaixo, 
quais são esses itens: 
 
Circuito do Bebê; 
Bandinha Rítmica; 
Alfabeto em Lixa; 
Kit de Percepção Visual; 
Jogo da Memória - Frutas; 
Quebra-cabeças – Zoológico; 
Caixa Tátil; 
Prancha Geométrica de Encaixe; 
Túnel; 
Dedoches; 
Fantoches – Folclore; 
Fantoche – Inclusão; 
Torre de Hanói; 
Blocos Lógicos; 
Tapete Liso; 
 
 
Você deve estar se perguntando sobre a importância desse Kit para a atuação do 
programa, não é mesmo? E já vou logo respondendo que os processos lúdicos e o 
brincar tem papel fundamental no desenvolvimento das crianças com e sem 
deficiência. 
 
Nesse contexto, a brincadeira serve como instrumento de exploração e descobertas 
do seu meio externo e de suas habilidades internas. É por meio dela, que a criança 
manipula e manuseia objetos e texturas para seu conhecimento, repete, aperfeiçoa e 
consolida movimentos. Também é capaz de memorizar, fantasiar, criar e compreender 
regras (CARMO, 2015). 
 
Gangorra; 
Jogo de Memória Tátil; 
Dominó de Percepção Braile; 
Bengalas Infantis; 
Lupa Portátil; 
Colmeia Alfabética; 
Tapete de Alfabeto; 
Bola com Guizo; 
Kit Quebra-Cabeças Geométrico; 
Linha Movimento Sensorial e 
corporal; 
Kit Quebra-Cabeças Mosaico;Calça Sensorial; 
Baú Criativo; 
Alfabeto e Números Móveis; 
Kit Boliche. 
 
 
Assistência Social 
 27 
Já viu que o brincar é um instrumento mediador entre a criança e o mundo que a 
cerca, não é mesmo? Só para encerrarmos a discussão sobre a ludicidade, te convido, 
bem rapidamente, para acessar o link e refletir sobre tudo o que foi dito até aqui, tudo 
bem? Vai lá que te espero aqui! 
 
 
 
 
 
 
 
Observando tudo o que discutimos até agora, te convido para dar uma pausa aqui 
chegar lá no fórum de hoje, quero discutir contigo sobre alguns aspectos trabalhados 
até agora. Corre lá, mas volta daqui a pouco, certo? 
 
2.3 Intersetorialidade e Mapeamento Matricialidade Familiar 
 
Bem, agora que você já viu a estrutura do Programa, bem como a importância da 
ludicidade e a utilização do Kit de estimulação precoce, deve estar se perguntando, 
como se dará o acompanhamento dessas famílias, ou até mesmo, como superar os 
desafios do trabalho intersetorial? De fato, parece uma ideia distante, mesmo já 
discutida em tantos espaços de atuação, não é verdade? 
 
Mesmo entendendo esse desafio, existem vários programas e ações que tiveram êxito 
com o trabalho em rede e intersetorial, isso se dá unicamente pelo comprometimento 
de todos os agentes envolvidos, garantindo sua efetivação qualitativa e agilidade na 
execução de suas atividades, beneficiando assim, o público assistido e beneficiário. 
Mas, mesmo entendendo ser um desafio o trabalho intersetorial, me surge agora um 
questionamento, será que de fato é desafiador o trabalho intersetorial ou os 
profissionais, de um modo geral, ainda não compreenderam o que de fato é 
Intersetorialidade? 
 
BRINCAR É IMPORTANTE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL - 
NEUROSABER 
https://www.youtube.com/watch?v=tpnjaLLys-w 
 
https://www.youtube.com/watch?v=tpnjaLLys-w
 
 
Assistência Social 
 28 
É pensando nesses questionamentos que identifico a seguir a importância do trabalho 
intersetorial, bem como suas características e conceitos: 
 
• A Intersetorialidade envolve a junção de vários setores de atuações 
específicas, mas que se unam a partir de uma mesma prática 
interventiva, ou seja, é uma articulação de múltiplos saberes e 
experiências profissionais com o objetivo de atingir o mesmo resultado 
ou finalidade; 
 
• A Intersetorialidade é um conjunto de Políticas Públicas de vários 
seguimentos que propõe o desenvolvimento de ações destinadas, 
muitas vezes, para a proteção, inclusão e enfrentamentos sociais; 
 
• A Intersetorialidade passa a ser uma junção de soluções integradas dos 
problemas da população, considerando a sua totalidade. 
 
Ficou curioso para saber um pouco mais sobre o trabalho intersetorial? Então, dá uma 
olhadinha nesse vídeo cordel que disponibilizei aqui e veja como é simples entender 
esse processo, vai lá e volta rapidinho! 
 
Considerando os aspectos acima, é possível ter a noção de que o trabalho intersetorial 
tem trazido resultados mais efetivos no âmbito das Políticas públicas e sociais, mas, 
para isso, se faz necessário uma boa matricialidade familiar. Acredito que esse termo 
já é bem conhecido por você e por sua prática de atuação, não é verdade? Mesmo 
assim, reforço aqui o conceito de Matricialidade Familiar, para que você nunca 
esqueça: 
 
Para o acompanhamento das Políticas Públicas Sociais, o Ministério de 
Desenvolvimento Social e Combate a Fome - MDS, quando instituído, entendeu que 
a melhor forma, se daria por meio da Matricialidade Familiar, uma forma de estar mais 
próximo à família e garantir o acesso às ações Intersetoriais. Nesse sentindo, destaco 
a seguir algumas contribuições que o olhar da matricialidade permite para a atuação 
na assistência social, observe: 
 
 
 
Assistência Social 
 29 
• A Matricialidade Familiar surge com a perspectiva de ressignificar as formas e 
composições do familiar; 
 
• A Matricialidade Familiar traz a centralidade na família como forma superação 
de suas vulnerabilidades; 
 
• Para a Matricialidade a família independentemente do formato ou modelos é a 
principal mediadora entre os sujeitos e os contextos coletivos e sociais; 
 
• Na Matricialidade a família é fundamental no âmbito da proteção social; 
 
No contexto da Assistência Social, observou-se que a família mesmo desempenhando 
tal importância, tem apresentado sinais de penalização e desproteção. Sendo assim, 
a Matricialidade Familiar passa a ter papel de destaque na oferta dos serviços 
sociassistenciais, considerando a centralidade na família e identificando que para 
assumir responsabilidades no âmbito da prevenção, promoção e proteção de direitos, 
a família precisa ter a garantia de condições que a possibilite desempenharem tal 
papel. 
 
Ainda relatando sobre Matricialidade Familiar, apoiando-me no MDS, por meio da 
Política Nacional de Assistência Social, a Matricialidade Familiar, baseia-se nos 
indicadores das necessidades familiares, propondo o desenvolvimento de uma política 
que foque o cunho universalista, valorizando a convivência familiar e comunitária. 
 
Considerando todos esses aspectos, chego à conclusão de que trabalhar com a 
efetivação das políticas de Assistência Social é desafiador, tanto do ponto de vista 
técnico e profissional, quanto a sua formulação e execução. São diversos os caminhos 
que podem ser percorridos nesse percurso histórico que ainda se encontra em total 
movimento. Perceber as potencialidades das famílias e dos seus atores de forma 
individual faz você adquirir os instrumentos necessários para a condução e 
potencialização dos processos de garantia de direitos. E será com essa discussão que 
vou iniciar o módulo III, e aí, posso contar contigo? Então, estarei te esperando na 
próxima semana, até lá! 
 
 
 
Assistência Social 
 30 
COMPETÊNCIA 3 | Discutir sobre a política de assistência social no 
Brasil suas leis e diretrizes 
 
Olá, seja bem-vindo! 
 
Está pronto para começar a discutir comigo essa nova competência? Então, me deixa 
fazer uma breve apresentação de tudo que vem pela frente, confere aí. 
 
Esse capítulo fará um breve resumo sobre a história da Assistência Social no Brasil, 
bem como a estrutura com a qual ela se alicerçou e atua hoje em dia. Sei que muitas 
dessas informações, você já deve ter estudado e ouvido falar, mas nesse contexto, 
faremos uma revisão comentada de tudo àquilo que você já leu e ouviu. Uma forma 
breve e simples de entender a assistência social no Brasil. Tudo bem para você? 
Posso continuar? Então vem conversar comigo um pouco. 
 
A proposta será discutir sobre as diretrizes que formaram e formam a Assistência 
Social no Brasil e o caminho percorrido para tornar física essa estrutura. Também 
identificar a estrutura do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, bem como, 
suas especificidades, desafios e contrapontos históricos. 
 
Então, vamos deixar de tanta conversa e iniciar logo com a temática de hoje! 
 
3.1 Diretrizes da Assistência Social no Brasil 
 
Eu sei que não é novidade para você que falar sobre a assistência social no Brasil é 
discorrer sobre uma história marcada pelo desenvolvimento e transformações que 
influenciaram diretamente a proteção social do país, não é mesmo? Então, a 
assistência social no país vinha sendo discutida junto com as outras políticas há 
algumas décadas e culminou no período de 1988, com a vigência da Constituição 
Federal. Nesse período a assistência iniciava a luta para ser vista como política 
pública e direito daqueles que necessitam dela. 
 
Anos mais tarde, a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993), inovou quando 
propôs a integração entre economia e as políticas sociais, bem como a centralidade 
 
 
Assistência Social 
 31 
do Estado na garantia dos direitos e dos serviços sociais. Foi assim que, através da 
LOAS, iniciou-se um novo campo para a Seguridade Social. 
 
Mesmo com a instituição da LOAS em 1993, a primeiraPolítica Nacional de 
Assistência Social surgiu apenas após 5 anos depois de sua regulamentação? Pois 
é, mesmo ocorrendo de forma lenta, apresentou ainda, insuficiências e 
incompatibilidades, pois, de um lado visavam assegurar os direitos trazendo à tona a 
questão da pobreza e da desigualdade social, já por outro, colocava em questão o 
Estado vislumbrando investimentos no campo social, que por sua vez, soou 
contraditório, pois a pobreza e a desigualdade social só aumentavam. 
 
Foram com esses diversos embates e desafios que se fizeram presentes na história 
da Seguridade Social, que foi possível notar a necessidade de reestruturar e ampliar 
seus objetivos, sendo assim, sua ampliação, o reconhecimento do Estado e a luta 
pelos direitos das crianças, dos adolescentes, dos idosos e das pessoas com 
deficiência são considerados os avanços conquistados pela sociedade brasileira com 
a construção da política de assistência social desde a LOAS até o Sistema Único de 
Assistência Social – SUAS. 
 
Acredito que você já percebeu o quanto foi árduo o processo para tornar real o 
desenvolvimento de uma política pública social que considerasse a pluralidade das 
massas, bem como as especificidades de cada sujeito por ela identificado e 
acompanhado, não é verdade? 
 
Então, é pensando nessas reflexões que gostaria de discutir um pouco mais sobre os 
processos da elaboração da LOAS e o Sistema Único de Assistência Social – SUAS. 
 
Que tal falarmos um pouco sobre a estruturação do Sistema Único de Assistência 
Social, suas normas, diretrizes e funcionamentos? Muito bom não é? Então continua 
prestando bastante atenção no próximo tópico. 
 
 
 
 
 
Assistência Social 
 32 
3.2 Políticas Sociais no Brasil, Leis e Diretrizes 
 
Para iniciar essa discussão preciso reforçar a seguinte questão: o SUAS é um 
sistema público descentralizado, não contributivo. Tem como finalidade primordial 
a garantia das seguranças básicas, como as de: segurança de vida, sobrevivência, de 
acolhida, de convívio ou vivência familiar. 
 
Em termos gerais, o SUAS organiza a proteção social em níveis, classificando como 
proteção social básica e proteção social especial de média e alta complexidade como 
você, certamente já aprendeu com a sua atuação dos equipamentos 
socioassistenciais. 
 
Nesse sentido, busca, estabelecer co-responsabilidade entre os entes federais, 
considerando o território como área prioritária de acompanhamento, respeitando as 
diversidades regionais e municipais e adotando a matricialidade sociofamiliar 
(Discutido no capítulo anterior deste caderno) para ações de assistência social. 
 
Para sua melhor compreensão, enfatizo que os PRINCÍPIOS que regem a Política 
Nacional de Assistência Social visam as seguintes questões: 
 
• A universalização dos direitos sociais; 
 
• O respeito à dignidade do cidadão; 
 
• Ao direito a serviços de qualidade; 
• A igualdade de direitos no acesso ao atendimento, garantindo igualdade tanto 
nas populações urbanas quanto rurais, divulgando sempre a ampla 
funcionalidade dos benefícios, serviços, projetos e programas assistenciais. 
 
Já com relação aos OBJETIVOS previstos pela Política Pública de Assistência Social 
considera os seguintes quesitos: 
 
• Enfrentar as desigualdades; 
 
 
 
Assistência Social 
 33 
• Garantir condições de atendimentos sociais através da oferta de serviços 
qualificados; 
 
• Fortalecer os programas e benefícios, desde a proteção básica até a proteção 
especial, garantindo a proteção para famílias ou grupos que deles necessitam; 
 
• Focar suas ações na família, garantindo a convivência familiar e comunitária. 
 
De fato, os princípios e objetivos da Política Nacional de Assistência Social fazem todo 
o sentido, não acha? Foram direcionamentos necessários e importantes que 
passaram a nortear toda as elaborações de políticas públicas sociais, garantindo 
melhor adequação e funcionamento dessa rede. 
 
Mas, preciso frisar aqui, que para se efetivar de vez enquanto políticas públicas 
sociais, a Política Nacional de Assistência Social precisaria atuar considerando as 
necessidades específicas de cada município ou região, fazendo-se necessário 
estruturar a oferta de serviços de acordo com estratégias, como o nível de 
vulnerabilidades e indigência, por exemplo, bem como o quantitativo populacional da 
região ou bairros. 
 
Para que você visualize essa estruturação de forma mais clara, destaco aqui, a 
elaboração de uma política unificada que, por meio de mapeamento populacional, 
econômico e social classificou os municípios a partir de suas necessidades e 
demandas sociais. Desse modo, os municípios passaram a ser classificados a partir 
do número de habitantes, como destaco a seguir: 
 
Classificação dos Municípios por Porte e Habitantes 
 
• Pequeno Porte I (Até 20.000 hab.); 
 
• Pequeno Porte II (De 20.001 a 50.000 hab.); 
 
• Médio Porte (De 50.001 a 100.000 hab.); 
 
 
Assistência Social 
 34 
 
• Grande Porte (De 100.001 a 900.000 hab.); 
 
• Metrópoles (Mais de 900.000 hab.) 
 
(Fonte: Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004 Norma Operacional Básica) 
 
 
É bem fácil de compreender a classificação dos municípios não é mesmo? Mas, tenho 
certeza que você deve estar se perguntando sobre como foi identificado o público 
prioritário ou beneficiado desta nova política social, correto? 
 
Então vamos lá! Para essa resposta, o próprio MDS esclarece que, o público usuário 
deve ser identificado da seguinte forma: 
 
• Cidadãos ou grupos que se encontram vulneráveis ou expostos a riscos; 
 
• Famílias que sofrem com perdas e dificuldades em relação aos vínculos 
afetivos; 
 
• Indivíduos estigmatizados em termos étnicos, culturais, sexuais; 
 
 
• Indivíduos excluídos pela pobreza e os meios de sobrevivência que oferecem 
riscos pessoais e sociais. 
 
Bom, agora que já discutimos sobre princípios, objetivos, portes dos municípios e 
público prioritário, já podemos retomar sobre a discussão do SUAS e como se 
organiza os níveis de proteção, concorda? 
 
Primeiro, destaco aqui dois grandes polos, a de Proteção Social Básica e a de 
Proteção Especial de Média e Alta Complexidade. Mas vamos com calma, apenas te 
apresentarei suscintamente a estrutura desses níveis, nos próximos capítulos, trago 
 
 
Assistência Social 
 35 
para você um detalhamento maior de toda a abrangência desses dois tipos de 
proteção elaboradas pela assistência social. 
 
Mas por enquanto, quero que memorize a seguinte definição: 
 
A proteção social básica tem como objetivo principal proteger de forma preventiva 
indivíduos e famílias que estejam expostos a situações de risco e vulnerabilidade 
social decorrentes da pobreza, visando fortalecer vínculos familiares e comunitários, 
também reestabelecer vínculos afetivos de ordem social, agindo no enfrentamento e 
combate à s discriminações de raça, de gênero, de deficiências, entre outros. Os 
serviços de proteção básica são oferecidos pelos Centros de Referência da 
Assistência Social (CRAS). 
 
Acredito que você já percebeu que os serviços de proteção de ordem básica têm um 
caráter preventivo e de inclusão social, por isso devem ser executados principalmente 
pelo CRAS ou por algum outro órgão ou entidade que faça parte da área que abrange 
a assistência social, desde que se tenha o acompanhamento e a coordenação do 
órgão gestor da política da assistência social. 
 
A partir do entendimento da proteção social básica, te convido para a reflexão sobre 
a assistência social especial que organiza-se sob a oferta de: 
 
Serviços a grupos ou indivíduos que vivem em situação de risco e vulnerabilidade 
como abandono, exploração sexual, violência, negligência, situação de rua, 
dependência química entre outros, se destina a enfrentar situações de direitos 
violados na família ou indivíduo, ou até mesmo nas situações em que já tenhamsido 
rompidos os laços familiares e sociais. 
 
É importante que você compreenda que a proteção especial está ligada a uma gestão 
mais complexa, compartilhando sua atuação com o Poder Judiciário, o Ministério 
Público e órgãos ligados às ações do Poder Executivo. Por se tratar de uma demanda 
com teor mais complexo, a proteção social especial, para uma melhor atuação, divide-
se em dois níveis: de Média Complexidade e de Alta Complexidade. Será que você 
conseguiu acompanhar o meu raciocínio? Ficou com alguma dúvida? Espera um 
 
 
Assistência Social 
 36 
pouco, vou trazer logo abaixo a definição da Média Complexidade e Alta 
Complexidade, ambas, inseridas no nível de Proteção Social Especial. 
 
Então, para que não fique nenhuma dúvida, a Proteção Social de Média 
Complexidade organiza programas e projetos, bem como, a oferta dos mesmos. 
Direciona os indivíduos e as famílias com direitos violados ou em situação de 
risco pessoal e social (presta bastante atenção), identificando o agravamento 
desses riscos vivenciados na família ou no indivíduo, visando um acompanhamento 
especializado, individualizado, continuado e articulado com a rede. 
 
A proteção especial de média complexidade oferece atendimentos a indivíduos e 
famílias com direitos violados, MAS QUE AINDA NÃO TIVERAM OS LAÇOS 
ROMPIDOS NA SUA TOTALIDADE, assim, requer estruturação técnica e atenção 
especializada e individualizada como: o Serviço de Orientação e Apoio Sociofamiliar, 
Abordagem de Rua, Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das 
Pessoas com Deficiência, Medidas Socioeducativas em Meio-aberto. Nesse sentido, 
as unidades de referência que atuam no âmbito desse tipo de proteção, será o CREAS 
– Centro de Referência Especializado da Assistência Social e o CREAS POP – Centro 
de Referência Especializado para a população em situação de Rua. 
 
Agora que já compreendeu a proposta de atuação da Média Complexidade, chamo a 
sua atenção para a Proteção Social Especial de Alta Complexidade este, visa 
garantir proteção integral, como moradia, alimentação, higiene, para indivíduos 
ou famílias que se encontram vulneráveis e sem nenhuma referência, ou seja, 
sem proteção familiar e social, em situações de ameaça e/ou com necessidade de ser 
retirados do seu ambiente familiar 
 
Esse nível de proteção apresenta uma oferta de serviços especializados, para 
pessoas que não tem mais nenhum vínculo familiar ou social, a ideia é garantir todos 
os direitos básicos, de forma integral e continuada. Para essas atuações ocorreram 
foram pensados equipamentos específicos que acolham tais vulnerabilidades, desse 
modo, os serviços de referência são: 
 
• Serviço de Acolhimento Institucional; 
 
 
Assistência Social 
 37 
 
• Serviço de Acolhimento em República; 
 
• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e; 
 
• Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de 
Emergências. 
 
Diante a compreensão da trajetória da assistência social no Brasil, você já deve ter 
percebido que os serviços oferecidos pela Política de Proteção Social visam prevenir, 
reduzir, acolher, combater os riscos, as vulnerabilidades e as necessidades que 
eclodem devido problemas sociais, pessoais ou familiares de todos os usuários, não 
é verdade? 
 
É exatamente isso, diversas são as particularidades dos indivíduos que necessitam 
desses serviços, em contraponto, a configuração de seguridade, deve se pluralizar, 
de acordo com a demanda de cada usuário, partindo da necessidade de segurança e 
acolhida, segurança social de rede, segurança de convívio, segurança de 
desenvolvimento da autonomia e segurança de benefícios materiais ou em dinheiro. 
 
Estamos chegando bem pertinho do fim desse capítulo, mas antes gostaria que desse 
uma olhadinha nesse vídeo que traz informações importantes sobre o SUAS, CRAS 
e CREAS. Então, acessa o link rapidinho que te espero por aqui: 
 
 
 
 
 
 
 
Foi rapidinho não é mesmo? Mas antes que me despeça, ainda temos um Fórum bem 
interessante para discutirmos sobre o conteúdo desse caderno. Corre para lá e volta 
para que eu me despeça de você. Combinado? 
 
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS 
https://www.youtube.com/watch?v=tRup-b3UrT4 
https://www.youtube.com/watch?v=tRup-b3UrT4
 
 
Assistência Social 
 38 
Considerando todos esses aspectos, chego à conclusão de que trabalhar com a 
efetivação das políticas de Assistência Social é desafiador, tanto do ponto de vista 
técnico e profissional, quanto a sua formulação e execução. São diversos os caminhos 
que podem ser percorridos nesse percurso histórico que ainda se encontra em total 
movimento. Perceber as potencialidades das famílias e dos seus atores de forma 
individual, nos faz adquirir os instrumentos necessários para a condução e 
potencialização dos processos de garantia de direitos. Por esse motivo, espero poder 
aprofundar ainda mais essas temáticas nos capítulos que seguem. 
Sendo assim, bom descanso e até nosso próximo encontro! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assistência Social 
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COMPETÊNCIA 4 | Compreender os desafios e estrutura da Proteção 
Social Básica na atuação junto às crianças com deficiência 
 
Olá! Neste capítulo compreenderemos a Proteção Social no âmbito da política de 
assistência social, dando ênfase à Proteção Social Básica - PSB no âmbito do Sistema 
Único de Assistência Social - SUAS. 
 
E você, sabe o que é Proteção Social? Em sua atuação profissional você reproduz 
"proteção" ou "desproteção"? O que te leva a refletir sobre isso? Quais os entraves e 
avanços apontados no arcabouço dessa política? 
 
Considerando esses questionamentos, aprofundaremos sobre a Proteção Social 
Básica, os serviços oferecidos no âmbito desta proteção, fazendo um recorte 
específico para o atendimento voltado às pessoas com deficiência e entenderemos os 
benefícios socioassistenciais. 
 
 Vamos continuar nossos estudos?! 
 
4.1 Conceituando a Proteção Social no SUAS 
 
O sistema de Proteção Social garante inclusão a todos os cidadãos que encontram-
se em situação de vulnerabilidade e/ou em situação de risco, inserindo-os na rede de 
Proteção Social local. 
 
A Política Nacional de Assistência Social - PNAS/2004 trouxe uma visão social 
pautada na dimensão ética de incluir “os invisíveis”, as diferenças e os diferentes na 
proteção social, reconhecendo os riscos e as vulnerabilidades sociais a que as 
pessoas e famílias estão sujeitas, bem como os recursos com que contam para 
enfrentar tais situações. 
 
No âmbito da assistência social, em conformidade com a Lei Orgânica da Assistência 
Social - LOAS (Lei nº 8.742/1993), com redação dada pela a Lei nº 12.435, de 6 de 
julho de 2011, o conjunto de serviços e ações da Assistência Social organiza-se 
 
 
Assistência Social 
 40 
considerando dois tipos de proteções: Proteção Social Básica e a Proteção Social 
Especial de Média e Alta Complexidade. 
 
4.2 Proteção Social Básica - PSB 
 
Segundo a PNAS/2004, a Proteção Social Básica - PSB deve prevenir situações de 
risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições bem como o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. É destinada à população que vive 
em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de 
renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e/ou fragilização 
de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, 
étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). 
 
Para a sua melhor compreensão, vale ressaltar que a Proteção Social Básica prevê 
um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios, na perspectiva inclusiva, 
organizados em rede, de modo a inserir, nas diversas ações ofertadas, o atendimento 
às famílias, especialmente daquelas que possuem entre os seus membros pessoas 
com deficiência e/ou pessoasidosas, conforme a situação de vulnerabilidade 
apresentada. 
 
Os serviços de Proteção Social Básica são executados diretamente através dos 
Centros de Referência da Assistência Social - CRAS, como também em outras 
unidades básicas e públicas de assistência social. Podem ser oferecidos, ainda, de 
forma indireta nas entidades ou organizações da sociedade civil que desenvolvem 
ações de assistência social e que estejam referenciadas à política pública. 
 
AFINAL DE CONTAS O QUE É O CRAS? 
 
 
 
Assistência Social 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
O CRAS é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência 
social sendo responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais 
da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas 
de vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF. 
 
Com esse raciocínio, vale refletir que é no campo da promoção e da proteção social, 
que o território é entendido como o eixo para a compreensão da dinâmica dos 
problemas sociais relacionados às situações de vulnerabilidade e risco, assim como 
o lócus para seu enfrentamento. 
 
Nesse sentido, é por meio do território que são produzidas as necessidades dos 
cidadãos, como moradia, transporte, educação, saúde, saneamento, entre outras. 
Para as políticas sociais, essas necessidades deixam de ter caráter individual e 
passam a ser percebidas como demandas coletivas. 
 
Você já deve ter percebido então, que a assistência social foi construída a partir de 
um olhar capaz de entender que a população tem necessidades, mas também 
possibilidades ou capacidades que devem ser desenvolvidas. Os profissionais devem 
compreender que as questões sociais intrínseca no cotidiano dos indivíduos e famílias 
têm enorme influência na sua proteção e autonomia. 
 
 
 
Assistência Social 
 42 
 
ATENÇÃO: As cidades são compostas por territórios distintos que possuem 
características próprias, história particular e também distintos padrões de relações 
comunitárias e convivência. Sendo assim, a análise da adequação entre as 
necessidades da população e a oferta dos serviços e benefícios deve, 
necessariamente, estar baseada nos territórios! 
 
Sendo assim, qual caminho deve ser trilhado? 
 
 
 
 
 
Agora que você já estudou um pouco sobre a PSB e o CRAS, o que acha de 
dialogar um pouco sobre os Serviços que são ofertados a nível básico de assistência 
social? Legal não é mesmo? Então não desgruda os olhos da tela e me acompanha 
nos próximos tópicos: 
 
4.3 Serviços ofertados na Proteção Social Básica 
 
• Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF: É ofertado 
necessariamente no CRAS, tem caráter continuado, com a finalidade de 
fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura de seus vínculos e 
a violência no âmbito de suas relações, buscando garantir o direito à 
convivência familiar e comunitária. Os serviços socioassistenciais 
desenvolvidos com as famílias permite identificar suas demandas e 
potencialidades dentro da perspectiva familiar, rompendo com o atendimento 
segmentado e descontextualizado das situações de vulnerabilidade social 
vivenciadas. 
Definição, 
identificação e 
mensuração de 
fatores de 
vulnerabilidade 
específicos 
Definição das 
necessidades de 
proteção 
Provisões dos 
serviços e 
benefícios do 
SUAS 
 
 
Assistência Social 
 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV: O SCFV tem 
caráter preventivo e proativo, realizado em grupos, de modo a garantir 
aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com seu ciclo de vida. É 
uma forma de intervenção social planejada que no sentido de estimular e 
orientar os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências 
individuais, coletivas e familiares. O serviço pode ser ofertado nos CRAS e/ou 
nos Centros de Convivência, tendo como público alvo: crianças, jovens, 
adultos. É organizado em grupos, segundo os ciclos de vida dos participantes: 
crianças até 6 anos; crianças e adolescentes de 6 a 15 anos; adolescentes de 
15 a 17 anos; jovens de 18 a 29 anos; adultos de 30 a 59; e pessoas idosas a 
partir de 60 anos. Tem como público prioritário: pessoas com deficiência, 
pessoas que sofreram violência, vítimas de trabalho infantil, jovens e crianças 
fora da escola, jovens que cumprem medidas socioeducativas, idosos sem 
amparo da família e da comunidade ou sem acesso a serviços sociais, além de 
outras pessoas inseridas no Cadastro Único. O trabalho realizado no SCFV 
deve complementar o trabalho social, articulando o PAIF, buscando contribuir 
para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários dos usuários. 
 
 
Assistência Social 
 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com 
Deficiência e Idosas: esse serviço é muito importante para a discussão 
do nosso curso, como percebeu, está ligado as discussões sobre pessoa 
com deficiência, foco central do nosso Programa. Sendo assim, vale 
destacar que A Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais 
caracteriza e prevê a oferta do Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio 
para Pessoas com Deficiência e Idosas. Este serviço tem a finalidade de 
garantir o acesso a direitos e a prevenção de agravos de vulnerabilidades que 
possam fragilizar e romper os vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa 
a garantia de direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a inclusão, a 
equiparação de oportunidades e a participação e o desenvolvimento das 
pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e 
potencialidades individuais e sociais. Este serviço, é uma estratégia 
fundamental à equiparação de oportunidades de acesso ao SUAS para 
pessoas idosas e pessoas com deficiência que, em função de suas 
vulnerabilidades, estão com dificuldades de participar das atividades e serviços 
disponibilizados no âmbito das unidades públicas e privadas presentes nos 
territórios. As gestões precisam desenvolver estratégias que vai além da 
identificação da questão da desproteção social. É necessário criar mecanismos 
de inclusão e acessos a serviços e benefícios da rede sócio-assistencial, bem 
como aos serviços de outras políticas públicas, como: trabalho, saúde, 
transporte especial e programas de desenvolvimento de acessibilidade, 
 
 
Assistência Social 
 45 
serviços setoriais e de defesa de direitos e programas especializados de 
habilitação e reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas, observando esse serviço, você pode estar se perguntando sobre qual seria o 
primeiro passo para garantir o direito das pessoas com deficiência na PSB? E te 
respondo rapidinho! Mas antes, dá uma passadinha lá no nosso fórum e discute 
comigo sobre a temática de hoje, pode ser? Te aguardo por lá! 
 
Agora que voltou, destaco que o primeiro passo para a garantia desses direitos é a 
identificação do usuário e o desenvolvimento de um trabalho dentro do domicílio. À 
medida que forem observadas superações das demandas e vulnerabilidades, os 
usuários passam a ser atendidos pela rede de serviços públicos. A família deve ser 
referenciada aos serviços do PAIF e/ou Serviços de Convivência e Fortalecimento dos 
Vínculos. 
 
Sei que foram muitas informações sobre o Serviço de Proteção Social Básica no 
Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, mas para facilitar o seu 
entendimento vou te dizer quais são os principais objetivos desse tipo de serviço, 
agora ficou mais fácil não é mesmo? Então anota aí os tópicos que seguem 
 
 
 
 
Assistência Social 
 46 
Objetivos do Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com 
Deficiência e Idosas: 
 
• Prevenir agravos que possam desencadear rompimento de vínculos familiares 
e sociais; 
• Prevenir confinamento de idosos e/ou pessoas com deficiência; 
• Identificarsituações de dependência; 
• Colaborar com redes inclusivas no território; 
• Prevenir o abrigamento institucional de pessoas com deficiência e/ou pessoas 
idosas com vistas a promover a sua inclusão social; 
• Sensibilizar grupos comunitários sobre direitos e necessidades de inclusão de 
pessoas com deficiência e pessoas idosas buscando a desconstrução de mitos 
e preconceitos; 
• Desenvolver estratégias para estimular e potencializar recursos das pessoas 
com deficiência e pessoas idosas, de suas famílias e da comunidade no 
processo de habilitação, reabilitação e inclusão social; 
• Oferecer possibilidades de desenvolvimento de habilidades e potencialidades, 
a defesa de direitos e o estímulo a participação cidadã; 
• Incluir usuários (as) e familiares no sistema de proteção social e serviços 
públicos, conforme necessidades, inclusive pela indicação de acesso a 
benefícios e programas de transferência de renda; 
• Contribuir para resgatar e preservar a integridade e a melhoria de qualidade de 
vida dos (as) usuários (as); 
• Contribuir para a construção de contextos inclusivos. 
 
Para uma melhor definição de usuários desse serviço, identifico que está destinado 
às pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas que vivenciam situação de 
vulnerabilidade pela fragilização de vínculos familiares e sociais e/ou pela ausência 
 
 
Assistência Social 
 47 
de acesso a possibilidades de inserção social e comunitária, em especial, aquelas que 
são: 
• Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC); 
• Membros de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda; 
• Pessoas com limitações ou impossibilitados para acessar a rede de serviços 
socioassistenciais e de outras políticas públicas; 
• Pessoas com deficiência e idosas em situação de vulnerabilidade, restritas ao 
domicílio e com dificuldade de acesso aos serviços socioassistenciais e de 
outras políticas públicas. 
 
Agora que já viu sobre os Objetivos e perfis do beneficiário do Serviço de Proteção 
Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, deve estar se 
perguntando sobre quais as ações e atividades devem ser desenvolvidas para esse 
público específico, não é verdade? Pois bem, o Ministèrio de Desenvolvimento Social 
– MDS destacou as principais: 
• Identificação; 
• Busca ativa; 
• Visita domiciliar pelo técnico de referência; 
• Conhecimento da realidade da família, propiciando acolhida e escuta 
qualificada; 
• Verificação do perfil para enquadrar-se no Serviço; 
• Inclusão do usuário no Serviço; 
• Elaboração do Plano de Desenvolvimento do Usuário (PDU); 
• Discussão do PDU pela equipe e se necessário reunião com a equipe do CRAS 
para definição e prosseguimento às ações do PDU; 
• Identificação e articulação da rede para o trabalho intersetorial, caso seja 
necessário; 
 
 
Assistência Social 
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• Encaminhamentos com acompanhamento sistemático do usuário e da família; 
• Acolher, orientar, apoiar, informar e facilitar o acesso do usuário à rede 
socioassistencial; 
• Propiciar o acesso do usuário ao PAIF e aos Serviços de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos; 
• Atividades de desenvolvimento de vínculos familiares e comunitários; 
• Encontros grupais no domicílio (reunião com as famílias – pode-se trabalhar os 
direitos das pessoas com deficiência e idosas e sensibilização da família que 
reside no domicílio como os demais familiares em relação à situação 
identificada no PDU); 
• Encontros grupais no território (famílias que compartilham situações 
semelhantes ou não); 
• Campanhas comunitárias (ações de sensibilização que extrapolam o domicílio); 
• Mobilização para a cidadania; 
• Orientação sobre documentação civil; 
• Cadastrar a família no Cadastro Único para Programas Sociais; 
• Propiciar o acesso da família aos programas de transferência de renda; 
• Propiciar o acesso do usuário ao Benefício de Prestação Continuada; 
• Orientar a família na organização dos cuidados; 
• Favorecer relações socioafetivas na família e na comunidade, escutando e 
valorizando a história pessoal e familiar; 
• Proporcionar ao usuário possibilidade de dedicar-se às atividades de lazer e 
ocupacionais; 
• Sensibilização em relação aos direitos sociais e conscientização sobre o 
acesso às demais políticas públicas; 
• Acompanhamento, monitoramento e avaliação do PDU; 
 
 
Assistência Social 
 49 
• Articulação com o Ministério Público, Conselho de Direitos, Conselho Tutelar, 
quando for o caso; 
• Notificação dos casos mais complexos para a rede socioassistencial e as 
demais políticas públicas. 
 
E agora que você já se apropriou dessa discussão, corre lá na nossa videoaula de 
hoje, que está repleta de informações importantes. E aí, está esperando o quê? 
Agora que já discutimos sobre quase toda a estrutura e serviços da PSB, te convido 
a encerrar esse capítulo, dialogando um pouco sobre os Benefícios Sociaissistenciais, 
pois, é na PSB que esses eles são trabalhados e acompanhados, desse modo, te 
convido a ficar bem atento nessa última parte do capítulo! 
 
4.4 Benefícios Socioassistenciais 
 
Você já deve saber que os Benefícios integram a política de assistência social e se 
configuram como direito do cidadão e dever do Estado. São prestados de forma 
articulada às seguranças afiançadas pela Política de Assistência Social, por meio da 
inclusão dos beneficiários e de suas famílias nos serviços socioassistenciais e de 
outras políticas setoriais, ampliando a proteção social e promovendo a superação das 
situações de vulnerabilidade e risco social para famílias com renda per capta mensal 
familiar inferior a um quarto do salário-mínimo vigente. Os Benefícios Assistenciais se 
dividem em duas modalidades, os quais destaco abaixo: 
 
Benefício de Prestação Continuada - BPC: 
 
O BPC é um benefício individual, não vitalício e intransferível, que garante a 
transferência mensal de 1 (um) salário-mínimo à pessoa idosa, com 65 (sessenta e 
cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com 
impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que 
 
 
Assistência Social 
 50 
comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção nem de tê-la provida 
por sua família. 
 
É um direito dos cidadãos garantido na Constituição Federal/88, em seu artigo 203, 
que beneficia todos àquele cuja renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 
1/4 do salário-mínimo vigente. Para acessar esse benefício não é necessária 
nenhuma contribuição para a Previdência Social. O pagamento é efetuado 
diretamente ao beneficiário ou ao seu representante legal através do banco 
autorizado. É importante registrar que este benefício não paga 13º salário e não deixa 
pensão por morte. 
 
A administração do BPC está a cargo do MDS (Ministério do Desenvolvimento 
Social) e os recursos financeiros são oriundos do FNAS (Fundo Nacional de 
Assistência Social). 
 
Para solicitar o BPC é muito simples, basta o requerente fazer um agendamento do 
atendimento numa Agência do INSS próxima da residência ou através da internet, 
vale salientar que os profissionais da PSB devem estar atentos, quando necessário, 
para orientar as pessoas sobre tal benefício, os documentos exigidos são: 
 
• Cadastro de Pessoa Física – CPF: do titular e membros da família; 
 
• Documento de identificação pessoal (Carteira de identidade, Certidão de 
nascimento ou casamento, Certificado de reservista ou Carteira de trabalho e 
previdência social): do titular e membros da família; 
 
• Comprovante de residência; 
 
• Formulários de Requerimento de Benefício Assistencial e Declaração sobre a 
Composição do Grupo e Renda Familiar (disponíveis nas Agências do INSS). 
 
 
Assistência Social 
 51 
 
Importante saber! 
 
A partir do Decreto nº 8.805/2016, o cadastramento dos beneficiários e suas 
famílias no Cadastro Único de Programas Sociais

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