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DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO COLEGIADO DE DIREITO ALUNO (A): Jannine Maurício de Santana TURMA:8ºperíodo TURNO: NOT ( ) CAL (x) DISCIPLINA: Técnica de Pesquisa Jurídica PROFESSOR (A):José Marcelo F I C H A M E N T O “MANUAL DE METODOLOGIA JURÍDICA” Itens avaliados Nota Máxima Nota obtida Nota de Recurso Não atende(1) N/A Metodologia e Estrutura 1,0 Citações representativas por capítulo 3,0 Parecer Crítico, correlacionando teorias/conceitos 6,0 Total 10,0 (1) Plágio; somente citações; fichamento não atingir o mínimo de três laudas; parecer crítico com menos de DUAS laudas. Observações do (a) professor (a): AGES PARIPIRANGA/2020-1 1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA FICHADA MONEBHURRUN, Nitish. Manual de Metodologia Jurídica: Técnicas para argumentar em textos jurídicos. São Paulo: saraiva, 2015. 2. CITAÇÕES POR CAPÍTULO PRIMEIRA PARTE: CAPITULO I “O problema estrutural deve ser entendido como um problema na organização do pensamento e no tratamento dos argumentos.” (p.21) “A falta de rigor é oriunda desse método de construção de textos. Sob essa forma o assunto é raramente explorado minuciosamente, com a tecnicidade esperada, com a devida demonstração e com uma argumentação suasiva.” (p.27) “O uso de um método rigoroso visa a consolidar o raciocínio jurídico que deve sustentar qualquer argumentação jurídica. Caso contrário, a argumentação e o raciocínio sofrem ambos de um colapso.” (p.31) PRIMEIRA PARTE: CAPITULO II “A fase preliminar consiste em preparar o terreno para que a parte escrita dimane logicamente e rapidamente. É a parte na qual todo o trabalho se pensa e se organiza: é nessa fase que se constrói a corrente que constitui o fio condutor da argumentação.” (p.35) Nessa linha, a jurisprudência anterior pode eventualmente ser útil para entender como a norma já foi interpretada: o uso da jurisprudência varia claramente em função do sistema jurídico- o common law, por exemplo tendo uma lógica diferente dos sistemas do direito romano-germanico. (p.38) “A problemática é a perspectiva escolhida para examinar um assunto. É a identidade do trabalho, pois é o ângulo pelo qual o autor decidiu refletir para abordar uma questão do direito. (p.42) “Os argumentos devem se encaixar um ao outro. É uma logica quase matemática que prevalece- é isto que é preciso alcançar para que a tese torne-se inatacável.” SEGUNDA PARTE: CAPITULO I O interesse de um comentário de jurisprudência é entender se o jurista conseguiu identificar o problema jurídico de um caso, extraindo-o dos meros limites deste para construir uma reflexão mais ampla que ressalte o interesse, a importância, a utilidade e a relevância da decisão em comparação à jurisprudência anterior, e para o ordenamento jurídico em geral. (p.85) “Verifica-se em muitos trabalhos alguns erros que desvitalizaram o interesse inicial inerente à decisão a comentar. Esses erros podem ser categorizados como: erro de distância e erro de fontes.” (p.87) “Para compreender a argumentação das partes e do tribunal é preciso referir-se a essas normas, lê-las com os olhos e a distância de um jurista.” (p.90) SEGUNDA PARTE: CAPITULO II “Os elementos do fichamento podem ser apresentados na introdução; obviamente, isso deve ser escrito de uma maneira lógica que relaciona e encaixa os fatos do caso às conclusões passando pelos argumentos das partes, pelo processo e pelo problema jurídico.” (p.93) “Em outras palavras, os elementos fatuais do caso não aparecem mais depois da introdução, a não ser que seja de forma pontual, a titulo de ilustração.” (p.94) “A titulo de ilustração, apresentam-se infra dois comentários feitos pelo presente autor, ambos com volumes diferentes, pois as abordagens são distintas.” (p.96) 3. PARECER CRÍTICO DA OBRA O autor da obra expõe as nuances da temática da metodologia jurídica, além de trazer à tona de forma cativante e instigante, que retrata detalhadamente o procedimento de criação de textos jurídicos. Com linguagem acessível e uso de formas para ilustrar os dados exibidos, o autor desperta em cada capítulo um interesse no assunto abordado. Inicialmente, a proposta do autor é apresentar um manual descritivo, de como escrever e sustentar uma argumentação jurídica, ou seja, um esquema de organização de ideias e a feitura de um projeto jurídico. O problema de estrutura muito tem a ver com a má organização de ideias, isto é, é necessário um planejamento correto e completo para que o resultado da estrutura argumentativa seja satisfatório. A obra funciona como o esperado, pois, o autor expõe detalhadamente como produzir textos jurídicos, sejam eles monografias ou até mesmo teses. Cedendo novas técnicas para se obter êxito com mais facilidade. Seguindo a lógica da obra, as faculdades e universidades de Direito não disponibilizam ferramentas e técnicas metodológicas para que os acadêmicos e futuros aplicadores do Direito possam aprender e praticar. Prendem-se somente aos grandes doutrinadores, mas não lhes é ensinado o processo de pensar. Pensar seria descrito como criar ideologias próprias e métodos originais, sem ficar preso a zona de conforto que são as ideias doutrinárias. Isso não é aprofundado nas universidades de direito, o que nos faz relacionar com a quantidade de novas faculdades no país. Fabricando “produtos” de qualidade mediana e que seguem sempre o mesmo padrão. Apesar disso, é perceptível quando o acadêmico utiliza de todos os meios para produzir trabalhos jurídicos. Um exemplo é a fundamentação jurisprudencial. Que segundo o manual, é importante para a reafirmação de total entendimento do assunto trabalhado, ou seja, se usada corretamente, é possível passar para o leitor que o autor da obra obteve êxito no entendimento da problemática além de confirmar ou não a hipótese. Outra questão importante é a apresentação dos fatos e a imparcialidade de um jurista. Quando se expõe a versão das partes, ou até mesmo hipóteses divergentes é preciso descrever com clareza e imparcialidade. Impondo suas críticas e opiniões somente quando oportuno e devido. O que resulta em um trabalho confiável e que concede a oportunidade de o leitor tirar suas próprias conclusões. Porém, o foco do manual é justamente ensinar o passo a passo de como produzir um trabalho jurídico corretamente. E para isso o autor descreve desde a introdução até a conclusão, destrinchando o processo de forma clara e coesa. A etapa de maior importância para a construção é a pesquisa. Apesar de o autor incentivar o pensamento próprio, o embasamento anterior é de suma importância. Como tratamos de um trabalho jurídico, a Constituição Federal vigente é a principal ferramenta de pesquisa e consolidação de ideias. Seguida pelos entendimentos doutrinários, que apesar de algumas vezes divergirem são importantes para saber qual linha de raciocínio seguir. Além de entendimentos jurisprudenciais já comentados, e os princípios norteadores do direito ou da área a que se trata. Outro ponto relevante na construção são os costumes, que servem de base para todas as opções citadas acima. A construção do sumário é descrita de forma minuciosa, com a utilização de formas para exemplificar o procedimento. É a parte onde se é necessária uma maior organização das ideias. Separando os argumentos para que no desenvolvimento do trabalho se possa seguir com uma maior estruturação. Os argumentos são distribuídos por entre os capítulos, até que o pensamento seja concluído. A introdução não resume o trabalho, apesar de servir como norteador sobre o que vai ser apresentado, justamente por ser o primeiro contato direto do leitor com a obra. Nela deve conter o que motivou o assunto, a problemática e suas justificativas. Ao final, na conclusão não se apresentam novos argumentos, somente reforça o que já foi dito e reafirma as hipóteses com fundamento. Além de concluir o pensamento final, mas não se apresenta novas ideias. Para que o leitor também organize o que foi absorvidoda obra em questão. Por fim, a obra é de grande auxilio para o processo de criação de trabalhos jurídicos, dando suporte e norteamento para o desenvolvimento desde o início. Os métodos sugeridos dão organização as ideias e argumentos, facilitando o entendimento do leitor e do próprio autor do trabalho.